DAQUI A UMA SEMANA ...
... ou, para ser mais preciso, na segunda feira à noite, muito possivelmente, nada será como hoje!
Não porque ... “o que é não pode ser” (na formulação de Ernst Bloch, filósofo marxista, muito citado pelo Prof. Manuel Sérgio, e por isso, invocado, um dia, “de ouvido”, pelo “mestre da tática”), mas porque o campeonato se começará a resolver nos 3 jogos principais de sábado, domingo e segunda!
Quem perder pontos muito dificilmente os recuperará, e se, como diz o povo ... “candeia que vai à frente, alumia 2 vezes”, então o melhor será ganhar quando os outros (ou um dos outros) o não fizer.
Porque se o inverso acontecer, não há sonho que nos faça chegar ao penta!
Só dependemos de nós.
“Só” temos de ganhar todos e cada um dos 7 jogos que faltam ... rumo ao 37!
O “EXPRESSO”, OS OUTROS E A LIBERDADE DE OPINIÃO
João Vieira Pereira, Diretor Adjunto do Expresso, no seu “Bloco de Notas” (pág. 3 do Caderno de Economia), escreve sobre um plano europeu que vai relegar a nossa economia ... “para algo perto da insignificância”!
Lá iremos, mais à frente, fazer a ligação deste objetivo com o que poderão querer, também, fazer ao Benfica!
Antes, porém, um parêntesis, para fazer uma referência ao “Expresso” ... hoje eleito, para os lados da Luz, como um dos alvos a abater, ... por ter enveredado pela (na óptica de alguns) publicação de notícias com o único objetivo de destruir o Benfica!
Como se isso dependesse mais do que se escreve e diz no “Expresso”, na “SIC”, no “Correio da Manhã”, no “Record”, na “CMTV” ... do que faz quem está no Benfica!
O mesmo “Expresso”, hoje com Pedro Santos Guerreiro como Diretor ... que chegou a entrevistar Jorge Jesus num encontro de quadros, onde este atacou quem, na altura, sobre ele, dizia que o “rei ia nu”, nos quais, com toda a modéstia, me incluía!
Cumprindo a regra que sabemos existir em todos os momentos: um conjunto de banalidades dito de forma arrogante e em voz alta ... faz parecer ter carisma e, por isso, capacidade de liderança, a quem não tem características para ser chefe ... a não ser pela ameaça!
Nada de novo, dirão os mais avisados!
Nem isso, nem, depois, as constatações que fazemos de onde cada um dos queixosos vai “metendo” notícias - de novidades “lá de dentro” ou de ataques “cá para fora” (com medo da própria sombra ... vá lá saber-se porquê)!
GRUPO BENFICA? NÃO, OBRIGADO!
Pode até ser - agora - que o “Expresso” fique contente com os termos ... mas confesso que estou farto deste discurso, pretensamente tecnocrático, que usa terminologia como “Grupo Benfica”, “Marca Benfica”, “Instituição Benfica”, etc., etc., etc.
Não está no nosso ADN e só pode ser fruto de quem vê o Benfica como uma empresa com o capital a não pertencer aos sócios!
Percebo, até, que esse pode ser o caminho que está a ser sonhado por alguns.
Não é o meu!
Porque isso é matar o Benfica nascido em 1904, o Benfica que é “nosso”, de todos os sócios, e não de alguns capitalistas ...
Só espero não ter razão antes do tempo!
Porque a diferença, essa, ... num futuro muito próximo ... vai-se, por certo, fazer entre os que, sendo do Benfica, querem que o Benfica continue a ser dos Sócios e os que, dizendo-se do Benfica, invocarão um futuro radioso se o Benfica deixar de ser dos Sócios!
E como estas coisas acontecem quando menos se espera ...
UM ANÚNCIO MAL EXPLICADO ... NUM CAMINHO DE JUSTIFICAÇÃO DO INJUSTIFICÁVEL
Pode até ser - agora - que o “Expresso” concorde com o anúncio de que o Benfica se prepara para reduzir o seu passivo, mas (correndo o risco de não alinhar no elogio fácil) eu discordo!
Porque essa redução será feita, não pelos resultados de um ou dois exercícios, ... mas por antecipação de receitas!
Ou seja - acreditando nessa versão ... e para além das questões tão bem colocadas em
artigo publicado aqui no NGB, ontem - estaremos a reduzir, de forma evidente, a nossa capacidade desportiva para os próximos anos!
Ou seja, este discurso que arrebata aplausos muito facilmente, é a antecâmara de uma justificação do inexito desportivo, para as épocas que aí vêm!
Lá virão as desculpas do “não sou eu que marco golos”!
E nós, todos contentes por os milhões do futebol se perderem num crescimento interminável de relvados no Seixal ou em edifícios e projetos que não visam o ganhar tudo cá dentro e tentar ganhar tudo lá fora, aceitaremos isso como uma inevitabilidade!
Que, obviamente, não é!
É aqui que entronca a citada coluna de João Vieira Pereira, no seu “Bloco de Notas” de sábado (pág. 3 do Caderno de Economia do “Expresso”).
Eu não sei se haverá um plano europeu que visa relegar a nossa economia ... “para algo perto da insignificância”!
Vamos percebendo isso na política, na economia, ... possivelmente sem reagirmos como devíamos!
Mas temos o dever de alertar os que tendo responsabilidades no Benfica - por certo com um conceito diferente do que é e deve ser o Clube no futuro - estarão a caminhar para um Benfica igual aos outros, cá dentro, e (muito) inferior aos outros, lá fora!
Jean Bodin, político francês do séc. XVI, definia uma entidade soberana como aquele que ... “não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna”.
É esse o meu sonho para o Benfica!
Ganhar tudo cá dentro por ser superior, tentar ganhar lá fora por ser igual!
Não quero ir por caminhos que sejam a justificação de ser igual cá dentro e inferior lá fora!
E, com isso, ter como inevitáveis as derrotas na Europa do futebol, apenas se lembrando da hipótese de podermos ser Campeões Europeus ... para enganar os menos avisados (porque eles não acreditam no que dizem).
Isso não é o Benfica!
Não é o que me ensinaram que o Benfica é e, muito menos, o que eu quero para o Benfica!
Também aqui ... e porque há muito a ganhar antes de se ganharem os jogos todos ...
... Vamos a isto, Benfica?