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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Estarei sempre contra as técnicas que fizeram Vieira eternizar-se no poder!

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Têm sido lamentáveis os últimos meses. Arrancou a pré-campanha para as (apetecíveis?) eleições para a Direção do Sport Lisboa e Benfica... e pouco se aproveita do que se tem visto.

Para começar, o próprio SLBenfica e em concreto a MAG que continua sem apresentar nem calendário, nem propostas, nem soluções para o Regulamento Geral Eleitoral. Procurámos, de forma pouco jurídica por não ter essas competências dar uma Contribuição do NGB para o Regulamento Geral Eleitoral há já quase um mês... e nada se tem visto do lado do Clube quando faltam já cerca de três meses para as eleições e metade disso são períodos de férias que limitarão o contributo e participação dos sócios.

Este conceito de "deixar para o fim para atamancar o processo de decisão" parece-me muito típico de "estrategas de opinião publica" como era Luis Filipe Vieira, que usava os momentos e os movimentos de massas em proveito próprio. Foi assim que fez passar os anteriores estatutos e que conseguiu várias eleições. Estou contra! Não quero estratégias à Vieira

Depois temos os candidatos. Acho surpreendente estar-se a confundir ideias e desejos com compromissos e execução. Alguém diz "deviamos ter a equipa mais próxima dos sócios e entrar pela porta 18" (por exemplo, não quero personalizar), mas isto não é um compromisso, é uma ideia... um bitaite. Como "temos que melhorar o ambiente pré-jogo" ou "a forma como são geridas as contratações ou as vendas está errada". Tudo isto, meus amigos, são desejos e bitaites.

O que se espera de um candidato - e agarrando nestes mesmos exemplos para ser objectivo, porém aleatório para ninguém se sentir atacado - é que diga:

- A nossa proposta é mudar a entrada para a porta 18 nos jogos de maior (ou menor, como quiserem) afluência. Para os demais jogos pretendemos que a entrada seja sempre feita pela rotunda Cosme Damião, e iremos fazer essa proposta às forças de segurança. . Se tal não for aceite, seremos forçados a aceitar as normas da PSP, mas os nossos jogadores entraram no reconhecimento no relvado 10min antes para poderem acercar-se aos adeptos do Piso 0 para autografos e fotos.

- No pré-jogo iremos dispensar o DJ e substituir o speaker. Para tal iremos recrutar alguem com o perfil X, Y e Z.... e ter sempre um ambiente nativo liderado pelos adeptos, com música mais baixa e onde os canticos por parte dos adeptos vão liderar. O ambiente será marcado pelos adeptos, que poderão entrar mais cedo para conviver com os atletas.

- Relativamente a vendas, nenhum jogador antes de 3 anos e com mais de 80% dos jogos a titular será negociado, salvo um clube pagar as condições da clausula. Todos os anos iremos integrar três atletas da formação no plantel principal e o nosso treinador terá que se comprometer a dar-lhes pelo menos 20% de utilização em todas as competições, isso irá alterar a política de contratações para jogadores com o perfil A B e C.

Entendem como é diferente falar de ideias ou de compromissos? Não me venha com a conversa que ALGUM dos candidatos fala de factos concretos, porque não fala. Fala da sua ambição, dos seus desejos e ideias. Nesse formato nunca saberemos se as vai concretizar ou se se compromete a abandonar o cargo se não for capaz, por exemplo.

Estas conversas de ambição e foco numa transformação e uma estrela do norte que parecia que nunca chegava e que havia sempre precalços que a impediam... sabem quem é que tinha essa postura não sabem? Não... não gosto de promessas à Vieira.

Por fim os próprios benfiquistas, basta "passear" pelas redes sociais para assistir a três situações que ocorrem diariamente:

1. Vários apoiantes de campanhas a usarem argumentos absolutamente iguais e ao mesmo tempo, indiciando um claro entendimento ou orientação entre eles para fazer passar uma mensagem. Não podemos andar anos a criticar a "cartilha do Vieira" para agora andar a combinar como defendemos um candidato para ele poder estar calado. Os benfiquistas mais que voluntários em prol de alguém, têm que ser eles próprios e não que pode ser bom para alguém em quem confiam.

2. Ataques entre benfiquistas. Isto foi o eterno "dividir para reinar" que Luis Filipe Vieira tanto gostava. Se alguém diz "boa decisão" hoje dia, não passa de um vieirista, de um bot, de um avençado, de alguém a quem vai acabar a mama... o que se pode hoje em dia dizer é que está tudo mal e se terminar a mensagem com OUTubro, melhor. Hoje em dia há os benfiquistas de merda, que são tolerantes ou até simpatizam com quem está no poder. Há os benfiquistas avençados que não tomam uma posição porque são pagos para defender quem está no poder (ou seja, ser moderado passou a ser estar "do outro lado") e há os benfiquistas a sério. 

Eu podia mostrar-vos milhares de exemplos de Vieira a classificar os benfiquistas assim mesmo, mas acho que ia ficar um texto muito longo.

3. Imunidade vs Impunidade. Infelizmente chegámos a um ponto onde os benfiquistas que já pensavam que sabiam tudo, agora pensam que podem tudo. Todos podemos insultar, denegrir, gozar, expor, provocar os outros... mas não podem fazer-nos isso a nós. Já não há respeito institucional - "não fazem por merecer", dizem - e acima de tudo não há sequer respeito pelo outro. Sabem quem se sentia acima de todos os demais, que podia dizer o que quisesse e ai de quem ousasse critica-lo a ele não sabem? Pois...

São demasiadas semelhanças com o passado para eu entender que me falem em mudança. Fazer as coisas assim não é querer mudanças... é querer o mesmo mas que mude quem lá está porque eu gosto mais dessa pessoa ou simplesmente porque não gosto da outra.

Por essas e por outras eu tenho dito: se formos por aí "ainda vai piorar (com outro presidente) antes de melhorar (com outro ainda)" e assim vai andar o Benfica ao sabor de impulsos sociais, para daqui a dois anos já ninguém ter votado no próximo presidente, como hoje ninguém votou no Damásio, Vale Azevedo, Vieira ou Rui Costa... não encontram ninguem.

Aí vão cinco... e faltará (?) mais um!

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Ontem Rui Costa apresentou a sua candidatura. Ao contrário de muitos, não sou da opinião que o actual presidente não devesse concorrer, sendo esse o seu desejo, para abrir caminho à mudança.

A mudança tem que se fazer porque os sócios querem, não porque não há outro caminho possível. Nunca fui adepto de nivelar por baixo. Não podemos achar que porque alguém não é capaz o suficiente para provocar uma mudança, então o melhor é quem lá está sair para que haja a mudança que achamos que deve de haver.

Defendi aqui que, mesmo querendo ser candidato, só haveria uma circunstância em que defendia que não deveria apresentar-se a votos: se não estivesse disponível para mudar drasticamente os nomes que compõem a sua equipa de Órgãos Sociais e SAD: Candidatura de Rui Costa: O mínimo que se pede!

Rui Costa, ao contrário dos demais e como acontece em qualquer eleição (e tem que ser assim) vai ser julgado pelo que fez e acima de tudo pelo que não fez. Terá que saber responder por isso.

O maior favor que os adversários lhe podem fazer, é passar o tempo a "descascar o passado". É preciso não conhecer a cultura de voto portuguesa (seja qual for a eleição) para não entender que o português médio (aquele que vale votos) empatiza com os que são atacados por todos. Aliás, será muito natural que se todos começarem a atacar o passado, comecemos a ouvir expressões tipo "coitado" ou "estes querem é..:" ou ainda "ele até tem razão em algumas coisas". Tipicamente português... Foi precisamente estudando e conhecendo muito bem isto que André Ventura chegou a 60 deputados na Assembleia da República.

A única forma de haver uma mudança é discutir o passado, sim... mas acima de tudo apontar ao futuro. 

A única forma de haver uma mudança é haver contraditório, é os candidatos darem-se a discussões e conversas com quem não pensa como eles e debaterem, mais do que ideias e ambições (o vulgo, "bitaite"), debater compromissos, explicar como se faz, comprometer-se com o que vai fazer concretamente, quem o vai fazer.

Haver uma mudança está mais nas mãos dos candidatos que querem ser alternativa do que nos sócios, por muito que seja cómodo dizer o contrário.

Rui Costa parte em vantagem porque apresenta a equipa e outros não?
Deixo só aqui um exemplo: este Mário Branco decidiu atravessar-se por um candidato que pode perder as eleições e ele perder o emprego a seguir. O português médio prefere quem se atravessa do que justificações tipo " têm empregos e só depois de ganhar é que podem agir".

A minha recomendação, para que realmente haja uma mudança, é que os candidatos com reais ambições a liderar o SLBenfica sejam mais objectivos e declarativos nos seus compromissos... já chega de andar a discutir o que está mal apenas (isso também tem que ser falado), mas temos acima de tudo discutir COMO se vai mudar e QUEM o vai fazer.

CARREGA BENFICA!

terça-feira, 8 de julho de 2025

Eleições 2025: uma oportunidade para um novo percurso glorioso

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Ao invés do que é costume nesta altura do ano, o tema principal entre os benfiquistas não é a pré-temporada ou as contratações e vendas. O tema principal é sem dúvida o ato eleitoral de Outubro.

Entre candidatos assumidos e que se falam, temos neste momento 6 nomes:

- João Diogo Manteigas

- João Noronha Lopes

- Cristóvão Carvalho

- Martim Mayer

- Rui Costa

- Luís Filipe Vieira

Claro que todos estes nomes merecem diferentes apreciações.

Começo, como será óbvio por Luís Filipe Vieira.

Como todos os que acompanham o NGB há anos bem sabem, nunca simpatizei com a figura “Vieira” no SL Benfica e critiquei a sua gestão do clube, sempre. Por isso, tem sido muito divertido assistir no X (Ex TWITTER) aos voluntários de Noronha Lopes chamarem-me de vieirista. Logo eu! Só mesmo para rir!

(Vieira nem está a mostrar inteligência pois o passado não regressa e nunca voltará a ter o apoio que já teve. Se tivesse ficado por apoiar um candidato mas fora de qualquer candidatura, seria o seu direito como sócio e ninguém poderia criticar.)

Foi com espanto e preocupação que assisti à sua nomeação para liderar o futebol do SL Benfica em 2001, nomeação essa feita por Manuel Vilarinho, João Noronha Lopes e restante Direcção.

O resto é história. Eleger Luís Filipe Vieira seria regressar a um passado de gestão nebulosa, a ter no SL Benfica novamente um parceiro do FC Porto, um parceiro do Sistema, e capturado por interesses. Aliás, nem me surpreendia que viesse com o segundo Artur Jorge, de seu nome Sérgio Conceição.   

Se você quer salvar o FC Porto e o Sistema, e não o SL Benfica, vote em Vieira.

Depois teremos Rui Costa.

Teve a coragem de avançar quando todos se encolheram em 2021, em especial Noronha Lopes. Esse mérito ninguém lhe retira. Só que as suas capacidades de gestão são curtas para uma empresa da dimensão do SL Benfica. Falta-lhe visão empresarial e liderança firme. Claro que aprendeu muito estes anos, mas não chega. Seria sensato sair pelo seu pé e perceber que não tem perfil para ser presidente do SL Benfica.

João Diogo Manteigas só foi uma surpresa para quem nunca o tinha escutado. Tem feito o seu caminho, tem passado conteúdos importantes, e tem procurado ser acessível a todos. O que lhe falta em máquina de campanha, ele compensa com gestão criteriosa de meios e tem o mérito de ter já um esboço de programa bastante interessante. De todos, até agora, sem dúvida o que mais se destacou. De longe. Um candidato sério à segunda volta em Outubro.

João Noronha Lopes regressou, depois de ter virado as costas mais uma vez ao SL Benfica em 2021, depois de em 2001 também ter desprezado o SL Benfica, depois de ter participado na escolha de Luís Filipe Vieira para o SL Benfica. Continua a apostar numa campanha tipo partido político, sem ideias próprias e sempre à pesca das dos outros, e pendurado em “personalidades” e recomendações. Vazio de conteúdo, como tinha sido em 2020. Não será opção para os benfiquistas pois todos já viram que Noronha Lopes à primeira oportunidade abandona o barco.

De Cristóvão Carvalho e Martim Mayer ainda se sabe pouco. Estão no início do percurso de se darem a conhecer aos benfiquistas e certamente que terão a oportunidade de mostrar as suas ideias. Mas sem dúvida que são bem-vindos e que vão enriquecer o debate.

Os benfiquistas terão pela primeira vez em muitos anos opções diferentes de escolha. Talvez a estes 6 se juntem mais um ou dois nomes.

O que será garantido é que teremos debates nas TVs ricos em conteúdo e discussão de ideias e opções. Desta vez, até Vieira vai querer ir a debate, pois se ficar de fora mostrará que tem medo de defender o próprio legado e será uma oportunidade de ouro para os outros candidatos passarem um debate de 3 horas a expor Vieira sem contraditório.

Que o SL Benfica saia vitorioso em Outubro e inicie um novo percurso glorioso.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

"Dia do Eusébio": populismo puro

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Querer fazer um "Dia do Eusébio" é não perceber o que o Eusébio sentia pelo SL Benfica, a sua humildade quanto ao que o clube lhe deu e em como ele próprio não apreciava estes actos de endeusamento.

Eusébio CUP ou algo parecido sim, é apropriado.

Tudo o que vá além disso, é populismo puro.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Sim, mas não... ainda é cedo!

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Quem me leu escrever sobre eleições desde 2012 sabe bem o quanto achei lamentável Luís Filipe Vieira nunca sequer se dignar a apresentar um projecto, qual Rei Midas. Para ele o projecto era a gratidão que tinham que ter os sócios por ele ter "salvo" o Benfica. Lamentável circo do culto do líder que foi resultando... e continua a resultar, ao olhar para a forma como já tanta gente tem escolhas feitas sem ter visto um único programa eleitoral, uma única equipa de liderança nada... Tudo na base do culto do líder.

Somos muito bons a repetir os erros do passado e a esperar resultados diferentes.

Isto a propósito de dois temas que me fazem muita confusão:

- Interessa a muito poucos a ausência de regulamento eleitoral quando caminhamos a passos largos para faltarem 3 meses para as eleições, sendo que metade desse período vai ser de férias e ninguém se vai querer envolver em nada.

- Todos acham normal andar-se "na estrada" durante um ano, seis meses, quatro meses... e só quando faltar um mês é que vão aparecer nomes a conta-gotas. Até lá vai tudo na base da crença, aquela que criticamos aos que votavam no Vieira "porque a bola entrava" ou "para não vir outro ladrão". Muda o tipo de crença, mas a base é na verdade a mesma.

O candidato João Diogo Manteigas lançou a estrutura dos vices... mas dizer quem são "a seu tempo". Lançou depois o organograma das modalidades, mas dizer quem os ocupará "a seu tempo"...

Ora, eu posso ter uma leitura fundamental de como deveria ser uma estrutura, posso ter - se quiserem a analogia futebolística - a melhor tática do mundo, mas se depois escolher maus executantes, de que serve?

Algum de vocês gosta do Guardiola pelo seu 433, 442 ou seja lá que distribuição use? Pela forma fantástica como fala? Ou gostam porque com a bola a rolar ele já mostrou escolher os melhores (porém os mais caros) e com isso brindar-nos com 90min de grande execução?

Temos o candidato João Noronha Lopes a dizer que tem uma equipa a trabalhar com ele à meses, o João Diogo Manteigas a dizer que se está a preparar há anos e tem uma equipa orgânica com ele e o Martim Mayer diz que tem trabalhado para este momento há décadas e tem uma equipa de grandes profissionais - parece que andam a ver quem "sabe andar nisto" há mais tempo.

Então, mas se todos têm equipas... porque essas equipas não são conhecidas? Porque não sabemos quem é que tem ajudado cada um a pensar os organogramas, a estratégica financeira, a visão para o associativismo, o plano para as modalidades, etc?

Então falamos em transparência e depois "as equipas" são um "trunfo" para usar quando puder ser explorado em proveito próprio e não para a informação dos sócios?

Se há expressão que todos conhecemos é que o "Excel e o PowerPoint aguentam tudo"... o que quiserem fazer para jogar com números e ideias... esses softwares comem tudo. Depois já não podem dar garantias que funciona, mas ali vai sempre parecer maravilhoso e se não o for é por culpa de quem escreveu.

E atenção que isto não é uma critica a ninguém... é uma sugestão a todos. Não acho que não apresentar esses dados seja motivo de crítica... apenas (no meu caso) faz tardar o elogio.... A não ser que os malucos que gostamos de ter as cartas todas na mesa sejamos mesmo muito poucos. Nesse caso é deixar ir assim que, aparentemente quem está errado sou eu.

Agora parece que irão aparecer o Rui Costa - já aqui deixei o meu pensamento há dois dias que se for para aparecer com mais do mesmo, mais vale deixar a discussão para quem quer vir falar do futuro e não defender o passado - e ainda parece que (será?) quer Luis Filipe Vieira mostrar que consegue vencer a todos. Eu não o censuro, se o "rei do culto do Líder" e das balelas vê que anda tudo à procura de um líder e não de projectos sustentados, sujeitos ao contraditório e vai lá na base da conversa do benfiquismo e de como todos sabemos ver o que está mal... então ele também quer.

Quem já está em jogo está a perder a oportunidade de fazer o que apregoa e marcar a diferença e meter a barra muito elevada para quem quer lutar pelo poder (sim, não usei a expressão ao calhas, mas isso são "outros quinhentos"). Perdeu a oportunidade de chegar com as cartas na mesa, 4 ou 5 nomes fortes de apoio, envolvidos nas conversas e a mostrar trabalho de equipa e não de "todo poderoso-conhecedor". Perdeu ainda a oportunidade de dizer que não vai fazer 100 coisas, mas vai focar-se em 5 ou 10 e explicar em detalhe como pretende fazer e superar as variáveis que não controla sem "achismos".

Depois cabe ao contraditório dos debates e às conversas entre os associados "fazer o resto". Estamos a assistir a demasiados jogos de bastidores para isto vir a ter um bom resultado. Tal como já antecipei algumas vezes, espero estar enganado mas dá-me a ideia que isto vai ficar muito pior (com outro ou com o mesmo) antes de ficar melhor (com outro ainda). Temo que daqui a um ano e meio já ninguém votou no que será eleito, mesmo que ele o seja com milhares de votos...

Aliás, hoje em dia desafio-vos a encontrar um amigo que tenha votado no Damásio, Vale e Azevedo, Vieira ou Rui Costa... se perguntarem a 10 sócios devem encontrar um desgraçado sincero. Mas não se deixem apanhar como o RAP que no outro dia parecia que havia um Benfica até 2018 e outro depois disso... andou pelo menos 6 ou 7 anos distraído, mas mais vale tarde que nunca e eu prefiro quem muda de opinião do que quem finge que está sempre certo.

sábado, 28 de junho de 2025

Candidatura de Rui Costa: O mínimo que se pede!

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A Direcção actual de Rui Costa foi, porventura, o seu maior pecado capital. Podia ter mudado tudo e decidiu não mudar nada. Vejamos:

Entre os vice presidentes temos dois ou três recomendados pela "velha guarda" do "Benfica Bem Maior": Rui do Passo, José Gandarez e Manuel de Brito e três vice presidentes "históricos" e que, independentemente da sua competência, a longevidade nos cargos e no dirigismo não pode ser benéfica para nada: Domingos d'Almeida Lima, Fernando Tavares e Sílvio Cervan

Tirando Fernando Tavares e Domingos e Domingos d'Almeida Lima, desconhece-se qualquer atribuição ou relevância de funções de qualquer dos vices.

Elemento fundamental: Uma candidatura que reconduza qualquer destes seis elementos ou os substitua por outros de iguais características, nem sequer deveria ser considerada pelo actual presidente ir a votos. O actual Presidente, caso se recandidate e tem toda a legitimidade para isso se entender que o tem algo a acrescentar ao futuro, tem a obrigação de apresentar uma lista rejuvenescida e com vontade de voltar a transformar, com funções claras e atribuídas.

No que diz respeito à SAD, como sabem defendo total separação de cargos. Defendo que o Presidente do Clube não deveria ser presidente da SAD, nem nenhum vice deveria ser vice executivo da SAD. A minha perspetiva é que o Presidente do Clube deveria ser Chairman da SAD e nomear dois vices não executivos para o Conselho de Administração e outros dois para o Conselho Fiscal e Comissão de Remunerações da SAD.

Da equipa actual, parece claro que também aqui tem que haver uma mudança ainda que não é tão gritante:

Desde logo na Mesa da Assembleia Geral, a saída de Nuno Magalhães é básica

Ao nível do CA, Nuno Catarino tem sido uma agradável surpresa, mas depois Manuel de Brito, José Gandarez... é tudo para sair dali e mesmo os não executivos (vogais) precisam levar (e levarão) uma volta até porque com 5% do capital, o fundo americano vai querer nomear um administrador. Desejavelmente chegar a acordo com José Antonio dos Santos e ter uma equipa de gestão onde o foco é só mesmo o Benfica.

Para a Comissão Executiva, entendo que Rui Costa deveria apostar num gestor de créditos firmados para CEO, porventura poderia até ser Nuno Catarino se bem que o vejo mais como CFO. Novamente, o mesmo "cancro" tem que ser erradicado: Manuel de Brito e José Gandarez não têm lugar na SAD.

A recandidatura do actual presidente tem tanto de legítima para o mesmo, como para nós não votar na mesma... como terá de legítimo que haja quem o considere - dado o conhecido - melhor que qualquer outra alternativa. Isso chama-se democracia e não me interessa para aqui dizer quem pode ou não ser melhor. Isso veremos.

Estas premissas devem ser a base da candidatura de Rui Costa se quiser ser levado a sério. Se quiser ter uma candidatura a discutir nos debates o futuro e não (apenas) o passado - sim, "apenas" porque o facto de poder criar uma candidatura para o futuro jamais o irá ilibar do passado que não mudou por opção.

Ou seja, um candidatura de Rui Costa que o coloque o como CEO da SAD e que não leve a cabo uma profunda renovação do modelo de governo e dos elementos, nunca poderá ser sequer levada a sério.

Além disso, há vários outros elementos cuja permanência deve chegar ao fim:
Lourenço Coelho, Ricardo Lemos, Miguel Bento, Rui Pedro Braz... tudo elementos que desempenham funções ou há demasiado tempo ou com de forma pouco estruturada face ao modelo de governo (caso de Rui Pedro Braz). Não vou aqui estar a julgar a competência de ninguém, mas posso avaliar os resultados. A comunicação no futebol é caduca (Ricardo Lemos), o modelo operacional isolado da realidade (Lourenço Coelho), a estratégia comercial e de marketing parou no tempo (Manuel Bento)...

Depois temos ainda a revisão de outros cargos que custam dinheiro ao SLBenfica mas que poucos entendemos o que fazem ou a sua relevância, como o Simão Sabrosa, em sentido inverso Guilherme Muller parece ter feito um bom trabalho.

Ou seja, independentemente do sentido de voto que cada um possa vir a ter, Rui Costa se quiser ir a votos tem a responsabilidade, a obrigação, de o fazer num formato que seja uma real transição. Não vá a votos se for para nos propor "mais do mesmo". Acho que já entendeu que todos queremos mudanças reais. 

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