Ontem Rui Costa apresentou a sua candidatura. Ao contrário de muitos, não sou da opinião que o actual presidente não devesse concorrer, sendo esse o seu desejo, para abrir caminho à mudança.
A mudança tem que se fazer porque os sócios querem, não porque não há outro caminho possível. Nunca fui adepto de nivelar por baixo. Não podemos achar que porque alguém não é capaz o suficiente para provocar uma mudança, então o melhor é quem lá está sair para que haja a mudança que achamos que deve de haver.
Defendi aqui que, mesmo querendo ser candidato, só haveria uma circunstância em que defendia que não deveria apresentar-se a votos: se não estivesse disponível para mudar drasticamente os nomes que compõem a sua equipa de Órgãos Sociais e SAD: Candidatura de Rui Costa: O mínimo que se pede!
Rui Costa, ao contrário dos demais e como acontece em qualquer eleição (e tem que ser assim) vai ser julgado pelo que fez e acima de tudo pelo que não fez. Terá que saber responder por isso.
O maior favor que os adversários lhe podem fazer, é passar o tempo a "descascar o passado". É preciso não conhecer a cultura de voto portuguesa (seja qual for a eleição) para não entender que o português médio (aquele que vale votos) empatiza com os que são atacados por todos. Aliás, será muito natural que se todos começarem a atacar o passado, comecemos a ouvir expressões tipo "coitado" ou "estes querem é..:" ou ainda "ele até tem razão em algumas coisas". Tipicamente português... Foi precisamente estudando e conhecendo muito bem isto que André Ventura chegou a 60 deputados na Assembleia da República.
A única forma de haver uma mudança é discutir o passado, sim... mas acima de tudo apontar ao futuro.
A única forma de haver uma mudança é haver contraditório, é os candidatos darem-se a discussões e conversas com quem não pensa como eles e debaterem, mais do que ideias e ambições (o vulgo, "bitaite"), debater compromissos, explicar como se faz, comprometer-se com o que vai fazer concretamente, quem o vai fazer.
Haver uma mudança está mais nas mãos dos candidatos que querem ser alternativa do que nos sócios, por muito que seja cómodo dizer o contrário.
Rui Costa parte em vantagem porque apresenta a equipa e outros não?
Deixo só aqui um exemplo: este Mário Branco decidiu atravessar-se por um candidato que pode perder as eleições e ele perder o emprego a seguir. O português médio prefere quem se atravessa do que justificações tipo " têm empregos e só depois de ganhar é que podem agir".
A minha recomendação, para que realmente haja uma mudança, é que os candidatos com reais ambições a liderar o SLBenfica sejam mais objectivos e declarativos nos seus compromissos... já chega de andar a discutir o que está mal apenas (isso também tem que ser falado), mas temos acima de tudo discutir COMO se vai mudar e QUEM o vai fazer.
CARREGA BENFICA!
sexta-feira, 11 de julho de 2025
Aí vão cinco... e faltará (?) mais um!

terça-feira, 8 de julho de 2025
Eleições 2025: uma oportunidade para um novo percurso glorioso

Ao invés do que é costume nesta altura do ano, o tema principal entre os benfiquistas não é a pré-temporada ou as contratações e vendas. O tema principal é sem dúvida o ato eleitoral de Outubro.
Entre candidatos
assumidos e que se falam, temos neste momento 6 nomes:
- João Diogo Manteigas
- João Noronha Lopes
- Cristóvão Carvalho
- Martim Mayer
- Rui Costa
- Luís Filipe Vieira
Claro que todos estes
nomes merecem diferentes apreciações.
Começo, como será óbvio
por Luís Filipe Vieira.
Como todos os que
acompanham o NGB há anos bem sabem, nunca simpatizei com a figura “Vieira” no
SL Benfica e critiquei a sua gestão do clube, sempre. Por isso, tem sido muito
divertido assistir no X (Ex TWITTER) aos voluntários de Noronha Lopes
chamarem-me de vieirista. Logo eu! Só mesmo para rir!
(Vieira nem está a
mostrar inteligência pois o passado não regressa e nunca voltará a ter o apoio
que já teve. Se tivesse ficado por apoiar um candidato mas fora de qualquer
candidatura, seria o seu direito como sócio e ninguém poderia criticar.)
Foi com espanto e
preocupação que assisti à sua nomeação para liderar o futebol do SL Benfica em
2001, nomeação essa feita por Manuel Vilarinho, João Noronha Lopes e restante Direcção.
O resto é história.
Eleger Luís Filipe Vieira seria regressar a um passado de gestão nebulosa, a
ter no SL Benfica novamente um parceiro do FC Porto, um parceiro do Sistema, e capturado
por interesses. Aliás, nem me surpreendia que viesse com o segundo Artur Jorge,
de seu nome Sérgio Conceição.
Se você quer salvar o FC
Porto e o Sistema, e não o SL Benfica, vote em Vieira.
Depois teremos Rui Costa.
Teve a coragem de avançar
quando todos se encolheram em 2021, em especial Noronha Lopes. Esse mérito
ninguém lhe retira. Só que as suas capacidades de gestão são curtas para uma
empresa da dimensão do SL Benfica. Falta-lhe visão empresarial e liderança
firme. Claro que aprendeu muito estes anos, mas não chega. Seria sensato sair pelo
seu pé e perceber que não tem perfil para ser presidente do SL Benfica.
João Diogo Manteigas só
foi uma surpresa para quem nunca o tinha escutado. Tem feito o seu caminho, tem
passado conteúdos importantes, e tem procurado ser acessível a todos. O que lhe
falta em máquina de campanha, ele compensa com gestão criteriosa de meios e tem
o mérito de ter já um esboço de programa bastante interessante. De todos, até
agora, sem dúvida o que mais se destacou. De longe. Um candidato sério à segunda
volta em Outubro.
João Noronha Lopes regressou,
depois de ter virado as costas mais uma vez ao SL Benfica em 2021, depois de em
2001 também ter desprezado o SL Benfica, depois de ter participado na escolha
de Luís Filipe Vieira para o SL Benfica. Continua a apostar numa campanha tipo
partido político, sem ideias próprias e sempre à pesca das dos outros, e pendurado
em “personalidades” e recomendações. Vazio de conteúdo, como tinha sido em
2020. Não será opção para os benfiquistas pois todos já viram que Noronha Lopes
à primeira oportunidade abandona o barco.
De Cristóvão Carvalho e
Martim Mayer ainda se sabe pouco. Estão no início do percurso de se darem a
conhecer aos benfiquistas e certamente que terão a oportunidade de mostrar as
suas ideias. Mas sem dúvida que são bem-vindos e que vão enriquecer o debate.
Os benfiquistas terão
pela primeira vez em muitos anos opções diferentes de escolha. Talvez a estes 6
se juntem mais um ou dois nomes.
O que será garantido é
que teremos debates nas TVs ricos em conteúdo e discussão de ideias e opções.
Desta vez, até Vieira vai querer ir a debate, pois se ficar de fora mostrará
que tem medo de defender o próprio legado e será uma oportunidade de ouro para
os outros candidatos passarem um debate de 3 horas a expor Vieira sem
contraditório.
Que o SL Benfica saia
vitorioso em Outubro e inicie um novo percurso glorioso.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
"Dia do Eusébio": populismo puro


Querer fazer um "Dia do Eusébio" é não perceber o que o Eusébio sentia pelo SL Benfica, a sua humildade quanto ao que o clube lhe deu e em como ele próprio não apreciava estes actos de endeusamento.
Eusébio CUP ou algo parecido sim, é apropriado.
Tudo o que vá além disso, é populismo puro.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Sim, mas não... ainda é cedo!

Quem me leu escrever sobre eleições desde 2012 sabe bem o quanto achei lamentável Luís Filipe Vieira nunca sequer se dignar a apresentar um projecto, qual Rei Midas. Para ele o projecto era a gratidão que tinham que ter os sócios por ele ter "salvo" o Benfica. Lamentável circo do culto do líder que foi resultando... e continua a resultar, ao olhar para a forma como já tanta gente tem escolhas feitas sem ter visto um único programa eleitoral, uma única equipa de liderança nada... Tudo na base do culto do líder.
Somos muito bons a repetir os erros do passado e a esperar resultados diferentes.
Isto a propósito de dois temas que me fazem muita confusão:
- Interessa a muito poucos a ausência de regulamento eleitoral quando caminhamos a passos largos para faltarem 3 meses para as eleições, sendo que metade desse período vai ser de férias e ninguém se vai querer envolver em nada.
- Todos acham normal andar-se "na estrada" durante um ano, seis meses, quatro meses... e só quando faltar um mês é que vão aparecer nomes a conta-gotas. Até lá vai tudo na base da crença, aquela que criticamos aos que votavam no Vieira "porque a bola entrava" ou "para não vir outro ladrão". Muda o tipo de crença, mas a base é na verdade a mesma.
O candidato João Diogo Manteigas lançou a estrutura dos vices... mas dizer quem são "a seu tempo". Lançou depois o organograma das modalidades, mas dizer quem os ocupará "a seu tempo"...
Ora, eu posso ter uma leitura fundamental de como deveria ser uma estrutura, posso ter - se quiserem a analogia futebolística - a melhor tática do mundo, mas se depois escolher maus executantes, de que serve?
Algum de vocês gosta do Guardiola pelo seu 433, 442 ou seja lá que distribuição use? Pela forma fantástica como fala? Ou gostam porque com a bola a rolar ele já mostrou escolher os melhores (porém os mais caros) e com isso brindar-nos com 90min de grande execução?
Temos o candidato João Noronha Lopes a dizer que tem uma equipa a trabalhar com ele à meses, o João Diogo Manteigas a dizer que se está a preparar há anos e tem uma equipa orgânica com ele e o Martim Mayer diz que tem trabalhado para este momento há décadas e tem uma equipa de grandes profissionais - parece que andam a ver quem "sabe andar nisto" há mais tempo.
Então, mas se todos têm equipas... porque essas equipas não são conhecidas? Porque não sabemos quem é que tem ajudado cada um a pensar os organogramas, a estratégica financeira, a visão para o associativismo, o plano para as modalidades, etc?
Então falamos em transparência e depois "as equipas" são um "trunfo" para usar quando puder ser explorado em proveito próprio e não para a informação dos sócios?
Se há expressão que todos conhecemos é que o "Excel e o PowerPoint aguentam tudo"... o que quiserem fazer para jogar com números e ideias... esses softwares comem tudo. Depois já não podem dar garantias que funciona, mas ali vai sempre parecer maravilhoso e se não o for é por culpa de quem escreveu.
E atenção que isto não é uma critica a ninguém... é uma sugestão a todos. Não acho que não apresentar esses dados seja motivo de crítica... apenas (no meu caso) faz tardar o elogio.... A não ser que os malucos que gostamos de ter as cartas todas na mesa sejamos mesmo muito poucos. Nesse caso é deixar ir assim que, aparentemente quem está errado sou eu.
Agora parece que irão aparecer o Rui Costa - já aqui deixei o meu pensamento há dois dias que se for para aparecer com mais do mesmo, mais vale deixar a discussão para quem quer vir falar do futuro e não defender o passado - e ainda parece que (será?) quer Luis Filipe Vieira mostrar que consegue vencer a todos. Eu não o censuro, se o "rei do culto do Líder" e das balelas vê que anda tudo à procura de um líder e não de projectos sustentados, sujeitos ao contraditório e vai lá na base da conversa do benfiquismo e de como todos sabemos ver o que está mal... então ele também quer.
Quem já está em jogo está a perder a oportunidade de fazer o que apregoa e marcar a diferença e meter a barra muito elevada para quem quer lutar pelo poder (sim, não usei a expressão ao calhas, mas isso são "outros quinhentos"). Perdeu a oportunidade de chegar com as cartas na mesa, 4 ou 5 nomes fortes de apoio, envolvidos nas conversas e a mostrar trabalho de equipa e não de "todo poderoso-conhecedor". Perdeu ainda a oportunidade de dizer que não vai fazer 100 coisas, mas vai focar-se em 5 ou 10 e explicar em detalhe como pretende fazer e superar as variáveis que não controla sem "achismos".
Depois cabe ao contraditório dos debates e às conversas entre os associados "fazer o resto". Estamos a assistir a demasiados jogos de bastidores para isto vir a ter um bom resultado. Tal como já antecipei algumas vezes, espero estar enganado mas dá-me a ideia que isto vai ficar muito pior (com outro ou com o mesmo) antes de ficar melhor (com outro ainda). Temo que daqui a um ano e meio já ninguém votou no que será eleito, mesmo que ele o seja com milhares de votos...
Aliás, hoje em dia desafio-vos a encontrar um amigo que tenha votado no Damásio, Vale e Azevedo, Vieira ou Rui Costa... se perguntarem a 10 sócios devem encontrar um desgraçado sincero. Mas não se deixem apanhar como o RAP que no outro dia parecia que havia um Benfica até 2018 e outro depois disso... andou pelo menos 6 ou 7 anos distraído, mas mais vale tarde que nunca e eu prefiro quem muda de opinião do que quem finge que está sempre certo.
sábado, 28 de junho de 2025
Candidatura de Rui Costa: O mínimo que se pede!

A Direcção actual de Rui Costa foi, porventura, o seu maior pecado capital. Podia ter mudado tudo e decidiu não mudar nada. Vejamos:
Entre os vice presidentes temos dois ou três recomendados pela "velha guarda" do "Benfica Bem Maior": Rui do Passo, José Gandarez e Manuel de Brito e três vice presidentes "históricos" e que, independentemente da sua competência, a longevidade nos cargos e no dirigismo não pode ser benéfica para nada: Domingos d'Almeida Lima, Fernando Tavares e Sílvio Cervan
Tirando Fernando Tavares e Domingos e Domingos d'Almeida Lima, desconhece-se qualquer atribuição ou relevância de funções de qualquer dos vices.
Elemento fundamental: Uma candidatura que reconduza qualquer destes seis elementos ou os substitua por outros de iguais características, nem sequer deveria ser considerada pelo actual presidente ir a votos. O actual Presidente, caso se recandidate e tem toda a legitimidade para isso se entender que o tem algo a acrescentar ao futuro, tem a obrigação de apresentar uma lista rejuvenescida e com vontade de voltar a transformar, com funções claras e atribuídas.
No que diz respeito à SAD, como sabem defendo total separação de cargos. Defendo que o Presidente do Clube não deveria ser presidente da SAD, nem nenhum vice deveria ser vice executivo da SAD. A minha perspetiva é que o Presidente do Clube deveria ser Chairman da SAD e nomear dois vices não executivos para o Conselho de Administração e outros dois para o Conselho Fiscal e Comissão de Remunerações da SAD.
Da equipa actual, parece claro que também aqui tem que haver uma mudança ainda que não é tão gritante:
Desde logo na Mesa da Assembleia Geral, a saída de Nuno Magalhães é básica
Ao nível do CA, Nuno Catarino tem sido uma agradável surpresa, mas depois Manuel de Brito, José Gandarez... é tudo para sair dali e mesmo os não executivos (vogais) precisam levar (e levarão) uma volta até porque com 5% do capital, o fundo americano vai querer nomear um administrador. Desejavelmente chegar a acordo com José Antonio dos Santos e ter uma equipa de gestão onde o foco é só mesmo o Benfica.
Para a Comissão Executiva, entendo que Rui Costa deveria apostar num gestor de créditos firmados para CEO, porventura poderia até ser Nuno Catarino se bem que o vejo mais como CFO. Novamente, o mesmo "cancro" tem que ser erradicado: Manuel de Brito e José Gandarez não têm lugar na SAD.
A recandidatura do actual presidente tem tanto de legítima para o mesmo, como para nós não votar na mesma... como terá de legítimo que haja quem o considere - dado o conhecido - melhor que qualquer outra alternativa. Isso chama-se democracia e não me interessa para aqui dizer quem pode ou não ser melhor. Isso veremos.
Estas premissas devem ser a base da candidatura de Rui Costa se quiser ser levado a sério. Se quiser ter uma candidatura a discutir nos debates o futuro e não (apenas) o passado - sim, "apenas" porque o facto de poder criar uma candidatura para o futuro jamais o irá ilibar do passado que não mudou por opção.
Ou seja, um candidatura de Rui Costa que o coloque o como CEO da SAD e que não leve a cabo uma profunda renovação do modelo de governo e dos elementos, nunca poderá ser sequer levada a sério.
Além disso, há vários outros elementos cuja permanência deve chegar ao fim:
Lourenço Coelho, Ricardo Lemos, Miguel Bento, Rui Pedro Braz... tudo elementos que desempenham funções ou há demasiado tempo ou com de forma pouco estruturada face ao modelo de governo (caso de Rui Pedro Braz). Não vou aqui estar a julgar a competência de ninguém, mas posso avaliar os resultados. A comunicação no futebol é caduca (Ricardo Lemos), o modelo operacional isolado da realidade (Lourenço Coelho), a estratégia comercial e de marketing parou no tempo (Manuel Bento)...
Depois temos ainda a revisão de outros cargos que custam dinheiro ao SLBenfica mas que poucos entendemos o que fazem ou a sua relevância, como o Simão Sabrosa, em sentido inverso Guilherme Muller parece ter feito um bom trabalho.
Ou seja, independentemente do sentido de voto que cada um possa vir a ter, Rui Costa se quiser ir a votos tem a responsabilidade, a obrigação, de o fazer num formato que seja uma real transição. Não vá a votos se for para nos propor "mais do mesmo". Acho que já entendeu que todos queremos mudanças reais.
sábado, 21 de junho de 2025
Contribuição do NGB para o Regulamento Geral Eleitoral

Não sou nem pretendo ser juiz, advogado ou sequer tenho noções jurídicas, mas quis dar o um contributo à discussão do RGE - Regulamento Geral Eleitoral, com algumas ideias que me parecem essenciais para os futuros actos eleitorais, incluindo desde já este de Outubro 2025.
Todas, sem excepção são debatíveis, questionáveis ou porventura podem estar formuladas de forma incorreta. Tentei não escrever nada que entrasse em conflito com os novos estatutos, mas pode ter acontecido. É um contributo de um leigo na matéria:
Artigo 1.º – Objeto
Este Regulamento define os aspetos procedimentais, éticos
e operacionais do processo eleitoral que não estão expressamente previstos
nos Estatutos, nomeadamente ao nível de:
- Transparência financeira e
institucional.
- Procedimentos documentais.
- Boas práticas de integridade.
- Reforço
da credibilidade do ato eleitoral.
Artigo 2.º – Declarações Obrigatórias das Listas
Cada lista apresentada para qualquer órgão social deve,
além do exigido pelos Estatutos, entregar os seguintes documentos
complementares:
a)
Declaração de pelouros propostos
- Identificação
de cada elemento da direcção e definição clara das áreas de
responsabilidade previstas para cada um.
- Atribuições
devem respeitar a organização interna e especialização funcional.
b)
Declaração de remuneração
- Lista
com os nomes dos membros da candidatura que, caso eleitos, irão exercer
funções remuneradas no âmbito dos órgãos sociais, com remuneração a
deliberar pela Comissão de Remunerações, tal como previsto nos Estatutos
do Clube.
- Deve
indicar o tipo de vínculo previsto (ex: tempo integral, tempo parcial,
representação institucional).
c)
Declaração de interesses
- Documento
individual, assinado, que declare:
- Participações
diretas ou indiretas em empresas do setor desportivo, media, marketing,
construção ou outros com potencial conflito de interesse.
- Relações
familiares ou societárias com fornecedores ou credores do Grupo Benfica.
- Envolvimento
em processos judiciais relacionados com gestão desportiva ou empresarial.
d) Cláusula de Verificação de
Idoneidade e Integridade
Todos os candidatos a órgãos sociais deverão declarar,
sob compromisso de honra, que:
- Não
estão envolvidos em processos judiciais por crimes económicos, corrupção,
gestão danosa ou crimes fiscais.
- Não
têm condenações transitadas em julgado que afetem a sua reputação pública.
Artigo 3.º – Representação da Juventude e das Modalidades
Cada lista deve incluir pelo menos:
- 1
membro com idade inferior a 35 anos (representatividade da nova geração
benfiquista).
- 1 membro com experiência reconhecida nas modalidades amadoras (ex-atleta, dirigente ou gestor).
Artigo 4.º – Voto Eletrónico e Voto
Remoto via Chave Móvel Digital
Princípio Geral
O voto eletrónico e remoto será permitido, conforme
previsto nos Estatutos, mediante acordo expresso entre todas as listas
candidatas e sob aprovação da Mesa da Assembleia Geral. A sua implementação deve garantir:
- A universalidade
e equidade do exercício do voto,
- A segurança
e anonimato do votante,
- A independência
do processo face às estruturas do Clube,
- E a
plena auditabilidade por entidades externas e pelos delegados das
listas.
Voto Eletrónico Presencial Descentralizado
Locais de Votação
O voto eletrónico presencial será disponibilizado em:
- Todas
as Casas Oficiais do SL Benfica reconhecidas estatutariamente,
- Desde
que exista uma distância mínima de 50 km entre cada local de voto
eletrónico, para assegurar cobertura geográfica nacional equitativa.
Condições
e Segurança
- Os
terminais de voto eletrónico deverão ser certificados por entidade externa
contratada pela Mesa da Assembleia Geral.
- Os
sistemas deverão garantir anonimato absoluto, integridade dos
dados e inexistência de qualquer ligação técnica com infraestruturas
do Clube.
- Cada
local de votação contará com um delegado por lista candidata.
Voto Remoto com Chave Móvel Digital (CMD) e Correspondência Postal
Elegibilidade
e Pedido
- Qualquer
sócio com pelo menos 5 anos de antiguidade e quotas regularizadas
pode requerer o voto remoto.
- O
pedido deve ser feito até 30 dias antes da data do ato eleitoral,
através de formulário online autenticado via Chave Móvel Digital (CMD),
sistema reconhecido pelo Estado português.
Validação
e Autorização
- O
processo está sujeito a validação e aceitação por parte do Clube,
nomeadamente verificação da elegibilidade, regularização de dados e morada
atualizada.
- Só
serão aceites pedidos previamente aprovados e comunicados ao sócio por via
eletrónica (email com comprativo que o sócio deve guardar).
Envio e Receção do Voto
- Após
validação, o Clube enviará por correio:
- O boletim
de voto físico personalizado,
- Um envelope de segurança,
- E
um envelope de remessa pré-pago e fechado, endereçado diretamente
a uma apartado, correspondente a uma entidade independente de custódia
de votos.
- O sócio deve:
- Preencher o boletim,
- Selar
o envelope de voto,
- E
enviá-lo por correio, exclusivamente nesse envelope, até 5 dias uteis
antes do acto eleitoral formal.
Validação
do Voto
- Só
serão considerados válidos os votos remotos que:
- Tenham
sido autenticados via CMD,
- Tenham
correspondência exata entre a autenticação digital e a receção do voto
físico.
- Em
caso de discrepância entre voto eletrónico remoto (CMD) e voto físico, prevalecerá
o voto físico.
Entidade Técnica e Auditoria
Contratação e Requisitos
- A
Mesa da Assembleia Geral contratará uma entidade externa especializada
em processos eleitorais digitais, com histórico comprovado em eleições
auditáveis.
- O
processo de identificação e selecção da empresa deverá contar com um
representante de cada lista, em regime de observação, cabendo à Mesa da
Assembleia Geral a integral responsabilidade pelo processo. Os
representantes das listas estão proibidos de qualquer declaração publica
sobre o processo.
- O sistema deverá cumprir:
- Encriptação ponta-a-ponta,
- Certificação
ISO/IEC 27001 ou equivalente,
- Logs
de integridade acessíveis aos delegados das listas.
Supervisão
e Delegados
- Todo
o processo será auditável em tempo real pelos delegados das
listas candidatas, em igualdade de condições.
- Uma
Comissão Técnica Eleitoral, supervisionará a execução técnica do
sistema e será composta por:
- 1
representante da Mesa da Assembleia Geral,
- 1
técnico de segurança informática externo,
- 1
jurista de proteção de dados,
- E
1 delegado por cada lista,.
Encerramento do Voto e Contagem Final
Votos físicos – Contagem e Envio
- Após
o encerramento do ato eleitoral, os votos físicos recebidos pela
entidade independente de custódia deverão ser:
- Lacrados,
numerados e transportados com segurança,
- E
entregues imediatamente à mesa central de voto, situada no Estádio
do Sport Lisboa e Benfica.
- Após
o encerramento do ato eleitoral, os votos físicos recebidos em cada
assembleia de voto deverão ser:
- Contados
no local e validados por todas as candidaturas
- Lacrados,
numerados e transportados com segurança,
- E
entregues num prazo de 24h à mesa central de voto, situada no
Estádio do Sport Lisboa e Benfica.
Contagem
- Os
votos recebidos via correspondência serão abertos e contados conjuntamente
com os votos físicos presenciais, sob supervisão dos delegados das
listas e da entidade auditora.
Publicação e Transparência
- Serão
disponibilizados publicamente no portal do clube até 48h após o
encerramento da contagem, relatórios de:
- Logs
eletrónicos (apenas mediante solicitação formal à MAG)
- Quantidade
de votos recebidos por canal,
- Resultados
por local e via de voto,
Artigo 5.º – Publicação do Plano de Governação
Pós-Eleições
Todas as candidaturas à Direção devem incluir, juntamente
com o programa eleitoral, um plano de primeiros 100 dias, incluindo
medidas de governação, auditoria, revisão organizacional e transparência.
Artigo 6.º – Conduta e Financiamento de Campanha
- As
listas devem apresentar, com a candidatura, um orçamento estimado
da campanha e fontes previstas de financiamento.
- São expressamente proibidas:
- Doações
em numerário, exceto por transferência bancária nominal.
- Receitas
de entidades com contratos ativos com o SLB ou suas participadas.
- Utilização
de instalações, funcionários ou meios do clube sem aprovação da MAG.
- Além
da entrega do orçamento e do relatório final, todas as listas devem:
- Identificar
nominalmente todos os financiadores individuais com donativos superiores
a 1.000€.
- Declarar
expressamente que não aceitaram financiamento estrangeiro de entidades
com interesses comerciais junto do clube.
- O
orçamento máximo de campanha por candidatura será de 300.000€,
incluindo todos os custos diretos e indiretos, com exceção de serviços
voluntários e apoio técnico não remunerado declarado. Todas as receitas e
despesas devem constar de relatório entregue à Mesa da Assembleia Geral
até 30 dias após o ato eleitoral.
- O
Clube restituirá 50% do valor investido a todas as candidaturas que
obtenham mais de 20% dos votos e restituirá 100% do valor da campanha às
listas vencedoras. As listas devem previamente indicar se pretendem
abdicar de receber os valores correspondentes
- O relatório
final de contas da campanha deve ser entregue até 30 dias após o
ato eleitoral.
- A
Mesa reserva-se o direito de solicitar a qualquer lista auditoria
externa ao financiamento da campanha, caso haja indícios de infração.
- Caso
se confirme infração, a Direcção eleita será destituída e realizar-se-á
novo processo eleitoral.
Artigo 7.º – Publicação de Dados e Transparência
Para garantir igualdade e integridade do processo:
- O
Clube disponibilizará uma plataforma oficial de acompanhamento do
processo eleitoral, onde serão publicados:
- Listas
completas com pelouros e indicação de remuneração ou não.
- Declarações
de interesses (resumo não confidencial).
- Orçamentos de campanha.
- Comunicações oficiais da MAG.
- Agenda
de acções de campanha previstas para a semana seguinte
- As
listas poderão remeter comunicações públicas oficiais à MAG para
divulgação nessa plataforma, sujeitas a moderação neutra.
Artigo 8.º – Debates e Igualdade de Tratamento
- A
MAG, em colaboração com Benfica TV e outros meios do clube, promoverá um mínimo
de dois debates públicos oficiais, presenciais.
- Cada
candidato terá que aceitar:
- Um
debate publico presencial a dois com cada um dos outros candidatos e um
debate entre todos os candidatos.
- Caso
ocorra segunda volta, deverá voltar a repetir-se um debate publico
presencial a dois.
- As
listas terão tempo igual para participação e acesso a meios
oficiais (dentro de espaço previamente definido).
- Qualquer
violação do princípio da equidade comunicacional poderá levar à suspensão
do acesso a meios do clube e exclusão da candidatura.
Artigo 9.º Canal Ético Eleitoral
Criação de um canal digital confidencial para denúncia de
irregularidades durante o processo eleitoral, sob gestão da Mesa da Assembleia
Geral ou entidade externa neutra.
Ficará disponível desde 15 dias antes do acto eleitoral
e qualquer sócio poderá denunciar irregularidades durante a campanha e/ou o
acto eleitoral, sendo apenas aceites denuncias com apresentação de provas
documentais e/ou testemunhas que as possam corroborar de forma inequívoca.
Artigo 10.º – Boletins, Fiscais e Recurso
- Cada lista pode nomear:
- Até
5 fiscais para as urnas.
- 1
mandatário junto da Mesa da Assembleia Geral.
- Os
boletins de voto incluirão:
- Nome da lista.
- Nome
do candidato a Presidente ao órgão.
- Nome
dos vice-presidentes e respectivos pelouros
- Símbolo (opcional).
- Qualquer
reclamação deve ser formalizada até 2h após o encerramento das urnas.
Artigo 11.º – Código de Conduta Eleitoral Temporário
Todas as listas devem subscrever um Código de Conduta da
Campanha, com compromissos sobre:
- Ética no discurso público.
- Proibição
de insultos, difamação ou desinformação.
- Compromisso
com debates abertos e respeito institucional.
Artigo 12.º
– Disposições Finais
- A
Mesa da Assembleia Geral reserva-se o direito de interpretar e aplicar
este regulamento, em articulação com os Estatutos.
- Casos
omissos serão resolvidos à luz do princípio da transparência e da
igualdade de tratamento.
- Este Regulamento entra em vigor na data da sua publicação oficial