Quem não se lembra das ameaças constantes de "apocalipse" que Luís Filipe Vieira usou durante anos para se perpetuar no poder? O fantasma de Vale e Azevedo, do Apito Dourado, da falta de dinheiro… tudo servia para se proclamar o "salvador", o único capaz de resolver os problemas e transformar o Benfica no que os adeptos desejavam.
Vieira chegou com a promessa de apostar nas infraestruturas, mas nunca apresentou um verdadeiro plano, compromisso ou visão em mais de 20 anos. Saiu pela porta pequena, envolvido nas teias de um sistema que tentou dominar e acabou por ser consumido.
No entanto, os benfiquistas parecem ter aprendido pouco. A desresponsabilização dos adeptos continua a ser um dos maiores problemas. Justificamos sempre as nossas posições com "whataboutismo": quando se aponta algo, surge logo a questão “e aquela situação que foi pior?”.
Recentemente, surgiram comentários sobre apoios a Pedro Proença para a FPF ou Artur Soares Dias para a Liga, vindos de candidatos à presidência do Benfica em 2025 e também de sócios na última Assembleia Geral. Comentários e criticas. Soluções nem vê-las!
Parece que qualquer um fora da direção atual recebe o mesmo "cheque em branco" que Vieira teve - ninguém precisa apresentar soluções, se criticar já está "do lado certo". As pessoas preferem ser “benfiquistas com opinião” escondidos atrás de colunas de opinião, querendo ser vistas como alternativas sem nunca se assumirem como oposição. Quem é alternativa precisa de apresentar SOLUÇÕES. Se só criticam, então são oposição.
Chegou a hora de assumirem o que são. Basta de discursos encomendados a cronistas de jornais desportivos; é hora de discutir SOLUÇÕES. O foco não pode ser o poder, tem que ser o Benfica.
Muitas vezes perguntam-me por que critico João Noronha Lopes. A resposta assenta em três pontos simples:
- Teve mais de 30% dos votos, o que lhe confere responsabilidade.
- Prometeu lutar pela verdade das eleições, mas preferiu legitimar a dúvida.
- Quem quer ser alternativa deve apresentar soluções, e não apenas aparecer quando "a casa está a arder".
Recentemente, leu um discurso onde dizia que "temos que liderar" os direitos televisivos e a eleição da FPF e Liga. Uma frase cativante, mas faltou explicar como deveria ser essa liderança, especialmente para alguém tão influente entre os benfiquistas. Que "varinha mágica" tem para os direitos que só dependa dele e como se assegura a não eleição de Proença e ASD?
Mais importante do que decidir apoios é entender o sistema de voto. Recomendo vivamente que voltem a ler este texto: E agora, Benfica? Também não podemos "conduzir em sentido contrário"?
Na FPF, a eleição é feita por 82 delegados, e a influência do Benfica é mínima – os Açores, por exemplo, têm mais votos que o SL Benfica. Portanto, falar em “liderar” sem perceber estas nuances é pura demagogia.
Na FPF, a eleição é feita por 82 delegados, e a influência do Benfica é mínima – os Açores, por exemplo, têm mais votos que o SL Benfica. Portanto, falar em “liderar” sem perceber estas nuances é pura demagogia.
Se realmente queremos mudar o “status quo”, o trabalho de influência deveria ter começado há muito tempo junto das associações de futebol (AFs) e clubes. Proença, por exemplo, anda em campanha há mais de um ano - quem quiser que investigue quem paga. Já Fernando Gomes tem atrasado as eleições, entre outras coisas, para assegurar as renovações todas dos contratos aos "amigos". MÁFIA!
Por isso, não adianta falar em liderança sem uma estratégia clara. O Benfica, sozinho, não muda nada! As eleições da FPF dependem de grupos de poder onde os clubes são uma pequena parte, apeanas. O problema está no modelo de poder, de governação, e no RJFD (Regulamento de Justiça e Disciplina). Não vejo ninguém a querer mudar isso!
Neste contexto, o único caminho viável para o SL Benfica é negociar com Pedro Proença, garantindo presença nos centros de decisão da FPF, não para influenciar, mas para combater as decisões tendenciosas na arbitragem e disciplina. Tem que ser não com Proença, mas apesar de Proença!
Alguns lerão isto como um “endosso” ao status quo, mas sem um projeto alternativo e acima de tudo com este modelo de poder, ficar fora da Direção da FPF não trará nenhum benefício ao Benfica. Se alguém tem um plano melhor, estou interessado em ouvir. Mas só oiço criticas e zero propostas ou soluções.
Então e a Liga?
Quanto à Liga, a situação é um pouco diferente. Aqui estamos a falar da organização da competição, da promoção, venda e desenvolvimento de um produto para o mercado de massas. A Liga precisa de uma liderança com experiência empresarial neste contexto de mass market e promoção de "producto", alguém que entenda como gerir um ecossistema e trazer vários parceiros económicos e empresariais.
A minha proposta para a Liga? João Noronha Lopes.
Antes que venham com histórias a ligar isso ao SLBenfica, a sugestão nada tem que ver com isso. Se há outras venham elas, mas deixem-se de se preocupar com teorias e foquem-se em discutir soluções.
A Liga Portugal, tem que apontar aos exemplos de topo como a Premier League e a La Liga, focar-se na organização, comercialização e gestão dos campeonatos profissionais, com um papel fundamental na gestão dos direitos televisivos e no desenvolvimento da marca "futebol" para um público alargado, tanto a nível nacional como internacional. João Noronha Lopes poderia ser uma boa opção pelo sua vasta experiência profissional numa marca global e de mass market.
A Liga Portugal, tem que apontar aos exemplos de topo como a Premier League e a La Liga, focar-se na organização, comercialização e gestão dos campeonatos profissionais, com um papel fundamental na gestão dos direitos televisivos e no desenvolvimento da marca "futebol" para um público alargado, tanto a nível nacional como internacional. João Noronha Lopes poderia ser uma boa opção pelo sua vasta experiência profissional numa marca global e de mass market.
Para a Liga creio ser fundamental a experiência de crescimento, adaptação a diferentes mercados e gestão de uma marca global de massas, porventura diria até que encaixa melhor no que se precisa para a Liga do que para o SLBenfica. Noronha Lopes saberá, digo eu, como construir um ecossistema de parcerias comerciais que beneficiem todas as partes interessadas — clubes, adeptos, parceiros comerciais e a própria liga — essa é a genese da McDonald's.
É precisamente por isto que ligo a experiência na marca McDonalds às necessidades da Liga. Os principios são semelhantes.
É precisamente por isto que ligo a experiência na marca McDonalds às necessidades da Liga. Os principios são semelhantes.
Conclusão: A Liga Portugal necessita de uma liderança que compreenda o mercado de massas, saiba promover um produto e tenha experiência na construção de parcerias estratégicas para maximizar o valor da marca futebol. João Noronha Lopes tem esse perfil... Artur Soares Dias não tem! PONTO!
Haverão alternativas? Admito que sim, venham elas. Mas sejam capazes de discutir isto sem ligar às eleições no SLBenfica, mas sim com o perfil de pessoa para a Liga.
Haverão alternativas? Admito que sim, venham elas. Mas sejam capazes de discutir isto sem ligar às eleições no SLBenfica, mas sim com o perfil de pessoa para a Liga.
Quanto às eleições do Benfica, caso João Noronha Lopes avançasse para a Liga, não há muito com que se preocupar. A situação atual é insustentável e, como disse Luís Mendes, até contra um candidato fraco Rui Costa perderia. É minha convicção que Rui Costa nem sequer irá a votos, e com a sua saída, já temos um candidato assumido e nada impede que outros surjam também se o entenderem, para lutar contra o "status quo" focados em soluções do que em críticas ser populistas nas criticas apenas.
As eleições para a Liga devem ocorrer antes de Outubro e pessoalmente não vejo isto como perder um candidato - até porque dificilmente seria a minha escolha pelo que (não) fez em 2020 e 2021. Vejo isto como ganhar uma Liga com potencial de desenvolvimento, com alguém que não representa anti-corpos para outros clubes e tem um percurso profissional que ajudaria a Liga.
Agora se quiserem podem fazer como sempre: criticar! Inventar fantasmas!
... Ou podem dialogar sobre o racional e apresentar soluções anternativas e discutirmos soluções em vez de problemas e criticas.
As eleições para a Liga devem ocorrer antes de Outubro e pessoalmente não vejo isto como perder um candidato - até porque dificilmente seria a minha escolha pelo que (não) fez em 2020 e 2021. Vejo isto como ganhar uma Liga com potencial de desenvolvimento, com alguém que não representa anti-corpos para outros clubes e tem um percurso profissional que ajudaria a Liga.
Agora se quiserem podem fazer como sempre: criticar! Inventar fantasmas!
... Ou podem dialogar sobre o racional e apresentar soluções anternativas e discutirmos soluções em vez de problemas e criticas.
PELO BENFICA E NÃO PELO PODER!