O blog Novo Geração Benfica é agora um espaço aberto a outros bloggers benfiquistas. Os autores dos textos serão os únicos responsáveis pelos mesmos, não sendo definida qualquer linha editorial ou obrigatoriedade. novogeracaobenfica@gmail.com

sábado, 31 de dezembro de 2016

Desejos para 2017:

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Benfiquistas: que festejemos o tetra que responderá com o número 36. Que deixemos de ser um clube satélite do Jorge Mendes.

Sportinguistas: tenham um novo presidente que não seja anti-Benfica, índio, narcisista e que queira o melhor para o vosso clube.

Portistas: consigam finalmente livrar-se do tipo que levou o vosso clube para o pântano da corrupção e que o FCP possa finalmente ser um clube respeitável.

Bracarenses: que o vosso presidente consiga dizer uma frase inteira sem dizer bacoradas ou parecer que tem a boca cheia de favas.

Belenenses: que possam recuperar o controlo do futebol pois com o mafioso que lá está aquilo só vai piorar.

Lagartos: que continuem com o atrasado mental que está como presidente, que ele possa renovar com o azeiteiro do JJ por mais 20 anos e que lhe triplique o vencimento.

Tripeiros Benfiquistas: em Maio lá vos veremos na Av.Boavista e por tantos outros sítios do Porto a festejar o tetra.

Tripeiros portistas: que o filho do Pinto da Costa continue a "mamar" na teta do vosso clube.

Um pequeno resumo do que espero de 2017.

Mas acima de tudo, muita saúde para todos os que visitam o NGB. Todos mesmo.(Exceptuando o Luis Filipe e o Guerra que merecem é um balde de "cocó" pela cabeça abaixo).

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

69-56: Incontestável

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Que bela forma de terminar o ano. Uma tareia na Luz frente ao FCPorto em basquete.
Grande jogo, rapazes!

BOMBA: Rui Vitória rebenta com a formação! (impensável)

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Afinal não era só outro treinador que acreditava que era preciso nascer 10x para substituir um titular do SLBenfica. Também Rui Vitória ontem rebentou com a capacidade dos jogadores da formação do SLBenfica. Para ver no video:



Ou então não...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O "Record" insiste em Seferovic.

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"Haris Seferovic é um jogador seguido há algum tempo na Luz pois termina contrato com o Eintracht Frankfurt em junho de 2017. O jogador não renovou contrato com o clube alemão e, nos últimos meses, recebeu várias propostas que agora vai analisar de forma a definir o seu futuro.

Atenta a todo o processo nos últimos meses, a SAD está ciente de que não será fácil conseguir o concurso do atacante dado o elevado número de clubes envolvidos mas, caso surja a possibilidade de trazê-lo para a Luz, os responsáveis encarnados vão avançar. Apesar de não ser obrigado a indemnizar o emblema germânico, a SAD do Benfica sabe que para concretizar o negócio terá sempre de avançar com um avultado prémio de assinatura.

A saída de Seferovic do Eintracht está praticamente confirmada, mas o futebolista continua a jogar com regularidade. Na presente temporada até à pausa de inverno regista 13 jogos, nos quais marcou dois golos nas partidas com o Borussia Dortmund e Hamburgo. O clube germânico, sublinhe-se, continua a tentar negociar um novo vínculo com o internacional suíço." - Record.

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Realmente, entendo que a loucura esteja instalada pela contratação de um avançado que:

- Desde 2010, em 145 jogos disputados nos campeonatos italiano, espanhol e alemão marcou uns fantásticos 16 golos.

- Que nos 21 jogos adicionais em Taças nacionais e competições europeias marcou 3 golos.

Nem imagino a quantidade de clubes de topo interessados neste fantástico avançado. 

Por isso, compreende-se que o Benfica para garantir o concurso de tal craque tenha que pagar, como diz o Record, "um avultado prémio de assinatura".

Como disse no post Seferovic - jogador da Lian Sports(Football Leaks) interessa ao Benfica? , a performance deste jogador é miserável. 

O Frankfurt pagou 3.2M por este cepo. Tudo o que seja acima de 500 euros é caro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Comboios que só passam uma vez na vida de LFV

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Resumindo e baralhando, há que reconhecer que Luís Filipe Vieira tem sido inteligente para aprender com alguns erros que cometeu ao longo do caminho, e que explicam em grande parte (julgo eu), o Luís Filipe Vieira que temos hoje.

E há quatro momentos que queria destacar aqui:

1. O despedimento de Fernando Santos: Até LFV já percebeu que a grande maioria das “chicotadas” são chicotadas emocionais, e que raramente resolvem os problemas de fundo. Em suma, muito raramente, mesmo nos maus resultados, a grande causa desses maus resultados é a má qualidade do treinador.

2. A lesão de Mantorras há muitos anos atrás, um jogador já na altura muito cobiçado pelo mercado, e um activo que o Benfica não pode rentabilizar.


E se estes dois momentos estão bem enterrados no baú das memórias, outros dois há, mais recentes que, se dúvidas houvessem na cabeça de LFV lhe indicaram definitivamente o caminho a seguir:

3. A lesão de Sálvio em dois finais de época consecutivos, com tudo já apalavrado para ser vendido.

4. A desvalorização drástica da grande promessa Nélson Oliveira, que passou em meses de um jogador que se dizia cobiçado por Barcelonas e afins, para um jogador de valor financeiro quase zero.


Estes últimos dois pontos, recentes diga-se, fizeram LFV perceber que realmente, o futebol é o momento e que há comboios que só passam uma vez.


Se eu concordo com isto? Bem, tenho de concordar em parte, porque mesmo quando não concordo tenho de ser inteligente para perceber algumas razões pelas quais nos dias de hoje se procede como procede mas...

Também tenho a minha parte que não concorda, isto porque, e lá voltamos ao mesmo, o que Luís Filipe Vieira disse foi que iria mudar o paradigma, e reduzir os custos, e blá blá blá, e que não mais o Benfica teria de vender.

Hoje em dia pois, parece que o Benfica tem de vender, e não me parece estúpido achar que se o Benfica quisesse, Renato Sanches por exemplo poderia rer ficado mais um aninho sem grandes amuos. O que acontece é o tal comboio que Luís Filipe Vieira já percebeu que às vezes só passa uma vez... E assim que cheira a dinheiro, ele aí vai...

Se entendo? Sim, entendo. Mas também entendo que o Benfica, como grande clube europeu que é, não deve viver numa política de risco zero, em que assim que cheira a dinheiro prefere passar todo o risco para o clube comprador. Não, o Benfica também tem de ter margem para correr algum risco.


Traduzindo tudo isto para miúdos...

Qual Jorge Jesus qual quê?! Quais Bernardos, Cancelos e Andrés e Ivans quais quê?! Estes putos, com ou sem Jorge Jesus, iriam sempre ser vendidos assim que cheirasse a dinheiro! Jorge Jesus foi uma desculpa espetacular para justificar negócios e “cláusulas que por lá havia”, que iriam sempre acontecer com Jorge Jesus ou com o Zé da Esquina!

Assim estes como os outros dois ou três Made in Seixal que pelos vistos irão já a seguir e com o aval de tanta gente que há pouquíssimos anos atrás, cruzes credo, que até a venda de Di Maria ao Real Madrid era caso para convocar uma manifestação no Estádio da Luz contra este Presidente!


Em conclusão pois, a verdade é que tudo estará bem enquanto o Benfica ganhar, enquanto em 2016 se achar que no Benfica já está tudo garantido nos próximos dois anos, que se vende o A e entra o B, sai o C e entra o D, e que o que temos é de começar a pensar já em 2020!

Assim seja mas, que não se duvide...

Os sócios dirão sempre Ámen a tudo enquanto o Benfica ganhar e SÓ se o Benfica ganhar...

No dia em que não ganhar (e não vai ganhar sempre, é importante estarmos conscientes disso), cá estarão as mesmas dúvidas de sempre, e as questões a ser colocadas, e os sócios a querer entender, e a política desportiva, obviamente, a ser posta em causa...


O que também aqui, diga-se, talvez LFV já esteja um passo à frente de todos os outros: O Benfica não vai ganhar sempre, seja com que política for, com vendas ou sem vendas... A juntar a isto, um Tri ou um Tetra já deram mais que margem a LFV para poder não ganhar um ano ou dois sem grandes alaridos, e nos entretantos, o dinheirinho vai entrando e o clube caminhando rumo ao futuro!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O que se deve desejar ao Benfica? Feliz 2018?

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Eu percebo o Shadows (e muitos outros que gostam desse desporto): Um plantel com 25 jogadores e um clube com tantas notícias diárias... algumas têm que ser más escolhas.

Ultimamente o Shadows tem-se divertido com o Jovic ou com o Ould-Chikh, pois são os exemplos de como o Benfica está rendido aos poderes ocultos do futebol mundial.

(paragem para riso coletivo)



O Benfica anda nas bocas do mundo pelo Caixa Futebol Campus, pela estrutura profissional, pela aposta na formação, por ter jogadores cobiçados ano após ano... mas o Shadows depois resume isso tudo ao Jovic que não rede na sombra do Mitro, Jonas, Guedes ou Jimenez... e que só está no Benfica porque o Benfica está rendido aos pés dos interesses ocultos da máfia.

Curiosamente, a minha opinião é diametralmente oposta. Na minha opinião o SLBenfica está a trabalhar, pelo menos, com um ano de antecipação. Dificilmente algum jogador contratado no mercado de inverno será a pensar na presente temporada, mas sim na próxima ou mesmo na seguinte.



É caso para dizer que este ano talvez seja mais prudente desejar ao Benfica um Feliz 2018.

Eu não estou preocupado com eventuais saídas no plantel do SLBenfica em Janeiro. Só os que acreditam que o Benfica devia ter uma postura semelhante à de outros tolinhos que por aí andam é que pensa que é possível ou sequer saudável manter a resistência do assédio dos "tubarões" aos grandes jogadores do SLBenfica.

Nem é possível nos cofres da tesouraria do Benfica, nem é possível na cabeça e nos bolsos dos jogadores. Em que terra é possível acreditar que o Lindelof vive à margem das movimentações de bastidores dos grandes clubes da Europa que o tentam assediar a escolhê-los como destino, usando empresários-mercenários (uns mais que outros) como mensageiros bem pagos?

Quem no seu perfeito juízo acha que uma transferência é tratada entre o clube que quer comprar e o clube que pode vender? Quem acredita que, quando se trata de tantos milhões assim, não há meses e meses de observações feitas em sintonia com empresários, feitas de jantares de "namoro", feitas de promessas e ofertas... tudo isto "nas costas" do clube vendedor?

Quando aqui se critica a demasiado próxima relação do Benfica com empresários, dando nota que são todos bem pagos pelo clube, esquece-se que é precisamente esse vetor que faz com que os empresários façam o mínimo possível nas costas do Benfica, porque sabem que "meter o Benfica na jogada" é rentável.

A grande questão não é perda de um jogador de qualidade como o Lindelof ou Renato, o Semedo ou o Guedes... obviamente que - desportivamente - será sempre uma má notícia. Se não fosse uma má notícia, como seria possível que os jogadores rendessem tanto dinheiro?

Só no mundo da ilusão é que um negócio de tantos milhões é bom só para uma das partes...

O grande desafio que se coloca nestes casos é o timing! Se o momento de forma do sueco mostra que a saída de Lindelof não seria um problema demasiado grave, não é menos verdade que de entre todos os potenciais jogadores a serem alvos de cobiça, Lindelof será talvez o que tenha menos impacto no percurso dos objetivos desportivos do SLBenfica - na medida em que Jardel já provou no ano passado a excelente qualidade e Lisandro há muito que demonstrou que deveria - na minha opinião - ocupar o lugar de Luisão.

A outras opções terão que ser vistas apenas no final da temporada. 



Guedes tem um substituto "no forno". Zivkovic, pé ante pé vai evoluindo e fazendo parte das opções de banco do Rui Vitória, na mesma medida em que Carrillo parece perder cada vez mais espaço - por culpa própria, pois a qualidade do peruano é imensa, a vontade de trabalhar é que nem por isso.

No ano passado André Almeida fez das melhores épocas de sempre no lugar de lateral direito e talvez a saída de Semedo no final da temporada não venha a ser um drama demasiado intenso. 

Na rampa de lançamento já todos temos assistido ao que se passa na equipa B... Florentino, Pedro "Craque" Rodrigues, Diogo Gonçalves, João Filipe, Heriberto Tavares, José Gomes, João Carvalho... só para referir alguns.

Feliz 2018, pessoal!

Seferovic - jogador da Lian Sports(Football Leaks) interessa ao Benfica?

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"O avançado suíço Haris Seferovic está em fim de contrato com o Frankfurt, mas o Benfica poderá garantir o passe do avançado no mercado de inverno por dois milhões de euros, segundo diz A BOLA.

A outra hipótese será arriscar até ao final da temporada para garantir o passe do jogador a custo zero, mas poderá surgir mais interessado no passe do internacional suíço." - A Bola.

Não deixa de ser curioso que todos os jogadores mencionados na imprensa como sendo interessantes para o Benfica estejam na órbita dos mesmos grupos de interesse. 

Neste caso, o jogador é representado pela Lian Sports, que já nos trouxe aquele fantástico negócio do Jovic, entre outros. 



No post "Football Leaks: Jovic no meio de ligações muito perigosas.", publicado a 15 de Dezembro de 2016, está explicado quem é esta gente, os interesses que representam e em como colidem directamente com os valores do Sport Lisboa e Benfica.

Também o post "Football Leaks: Jorge Mendes ligado a Ahmet Bulut. Todos ligados a Zahavi. Jovic é exemplo grave." aprofunda o porquê de querermos o Benfica longe destes parasitas.

Mas mesmo olhando à performance do jogador...é miserável. Espero mesmo que seja especulação. 

sábado, 24 de dezembro de 2016

O NGB deseja...

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Boas Festas a todos!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Football Leaks: os truques sujos de Doyen Sports. Parte IV.

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(continuação do post Football Leaks: os truques sujos de Doyen Sports. Parte III.)

O médio franco-argelino Yacine Brahimi cresceu na França e iniciou a sua carreira sénior com Rennes antes de se transferir para o clube espanhol Granada em 2012, assinando um contrato permanente com os espanhóis em 2013.

No Verão de 2014, o FC Porto anunciou que tinha comprado o jogador por 6,5 milhões de euros. Na realidade, o Brahimi custou ao FC Porto 9,5 milhões de euros, dos quais oito milhões foram pagos pela Doyen Sports em troca de uma participação de 80% no jogador.

A Doyen Sports tinha comprado em segredo a participação em Brahimi a outro investidor, o que evitava uma comissão para o Rennes que, segundo Lucas, tinha "uma parte no lucro da futura transferência". O FC Porto pagou uma comissão de 500.000 euros para a conta da empresa Denos, da Doyen Sports, no Dubai. Porque Lucas não tinha uma licença de agente, foi seu colega Juan Manuel López que assinou os documentos do contrato.

No ano seguinte, em 29 de julho de 2015, Lucas organizou o pagamento secreto de 1,5 milhões de euros para Brahimi, via Denos.

"Brahimi é a nossa prioridade, mesmo porque pode acontecer um acordo neste verão!", Escreveu Lucas. A natureza do negócio não era clara. Poucos dias depois, no dia 4 de agosto, Lucas estava preocupado que o processo de pagamento estava demorando muito. "Isto está pago?", Ele escreveu. "Preciso dessa transferência hoje[...] Jogador quer falar com o clube e vai ser embaraçoso para mim."

O dinheiro foi finalmente transferido em 10 de agosto. Um mês mais tarde, Brahimi renegociou com sucesso o seu contrato com o Porto e que resultou que o FC Porto comprou os seus direitos de imagem por quatro milhões de euros.

Lucas recebeu 500.000 euros em pagamento de comissão do Porto, que foi enviado para Vela, através da sua conta bancária no Liechtenstein. Vela recebeu também um mandato para a venda futura de Brahimi, junto com uma comissão de 10 por cento sobre qualquer soma. Foi uma solução “criativa”, já que Lucas chefiou a Doyen Sports, que detinha uma participação de 80 por cento em Brahimi.

Para Doyen Sports, parece que não há lucro que deva ser ignorado. 

O defesa do Porto, Sergio Oliveira, foi libertado por uma transferência livre pelo seu clube para passar para um modesto lado português. 

Mas em janeiro de 2015, pouco depois de a Doyen Sports ter começado a representar o jogador, o FC Porto decidiu contratá-lo de volta com a ajuda financeira da Doyen Sports.

O processo estava marcado por um conflito de interesses, porque a Doyen Sports era o agente de Sergio Oliveira, que também detinha uma participação de 25% no jogador que tinha comprado por 500.000 euros ao FC Porto, ao passo que Lucas recebeu uma comissão de 300.000 euros como agente do FC Porto .

Uma vez que a lei portuguesa proíbe uma pessoa ou empresa de representar mais de uma parte num acordo de transferência, Lucas recorreu ao maltês Kevin Caruana, que deu a cara pela comissão de 300.000 euros (a pagar via Vela). Caruana recebeu 2.000 euros pelos seus serviços. Pouco tempo depois, Caruana escreveu a Lucas para pedir-lhe que "me apresentasse às pessoas do FC Porto", as mesmas pessoas que ele deveria ter conhecido no negócio de Sergio Oliveira.

A decisão da FIFA de proibir os negócios de TPO, que entraria em vigor em maio de 2015, era naturalmente indesejável para a Doyen Sports. A proibição impede qualquer um que não sejam clubes de deter uma participação nos direitos económicos de um jogador.

"These cocksuckers want to bash third party ownership continually", escreveu Arif Arif sobre jornalistas críticos do sistema TPO. 

Em novembro de 2014, um mês antes que os representantes da FIFA votassem sobre a então proposta proibição dos negócios de TPO, houve um pico de atividades na Doyen Sports. Lucas enviou uma nota ao seu pessoal insistindo na urgência de fazer negócios enquanto o tempo permitia, citando três jogadores, um brasileiro e dois espanhóis, em quem ele queria comprar uma participação.

"Agora está chegando um momento que afetará negativamente nossos negócios, já que os negócios que estamos fazendo provavelmente serão proibidos", escreveu ele. "[...] Portanto, devemos nos concentrar em fazer novos negócios agora, O MÁXIMO QUE PODEMOS."

Depois que a proibição da FIFA foi introduzida em maio de 2015, que começou com um período de transição, Lucas tentou em vão comprar em nome pessoal 25 por cento do meio-campista francês Gilbert Imbula durante a transferência deste último de Marselha para o FC Porto. A Doyen Sports, entretanto, tentou comprar jogadores em divisões inferiores.

Em novembro de 2015, seis meses após a entrada em vigor da proibição da FIFA, a Doyen Sports comprou participações de dois jogadores do Cadiz, com um custo total de 1,5 milhões de euros. Os parceiros do negócio concordaram com uma cláusula pela qual a venda das participações compradas só seria validada se e quando a proibição da FIFA fosse anulada. Até então, o dinheiro que era pago serviu como um empréstimo.

Porque só os clubes são agora autorizados a manter uma participação nos jogadores, Lucas insistiu em comprar uma participação nos clubes, com o objetivo de receber sempre uma parte da transferência quando o clube vende um jogador. 

Em julho de 2015, ele tentou comprar uma participação no clube espanhol Granada através de uma das empresas holandesas a seu serviço no que ele chamou de um ambiente livre de impostos.

"Tenho que fechar urgentemente com Granada e preciso da estrutura", escreveu Lucas aos seus advogados em 15 de julho de 2015. No final, o clube espanhol preferiu um acordo com investidores chineses. 

Lucas também se envolveu com uma tentativa prolongada do tailandês Bee Taechaubol para investir no clube italiano AC Milan. 

Depois de meses de negociações, em maio de 2015, o Taechaubol apareceu na véspera de comprar 48 por cento da empresa Fininvest do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. Taechaubol nomeou a Doyen Sports como conselheiro para o negócio. 

Parece provável que o envolvimento de Doyen Sports foi o resultado da amizade de Lucas com Adriano Galliani, vice-presidente do clube, e cuja filha é empregada da Doyen Sports. 

A 10 de junho de 2015, Taechaubol publicou uma foto em sua conta Instagram mostrando Lucas e Galliani apertando as mãos num jato particular, ao lado da legenda: "Construindo juntos sob a orientação do Presidente." Mas o negócio acabou por cair. 

Apesar de Bee Taechaubol insistir que ele permanece na licitação, Berlusconi aceitou este verão vender o clube a um grupo de investimento chinês num acordo ainda a ser finalizado.

Em novembro de 2015, a Football Leaks publicou detalhes de um acordo de TPO entre a Doyen Sports e o clube holandês FC Twente. A revelação do acordo secreto resultou na proibição do clube participar nas competições europeias por parte da associação de futebol holandesa por três anos, enquanto o clube foi também multado em 170.000 euros pela FIFA. 

Enquanto isso, Doyen Sports tenta bloquear legalmente a proibição de TPO, mas até agora não conseguiu.

Football Leaks: os truques sujos da Doyen Sports. Parte III.

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(continuação do Football Leaks: os truques sujos da Doyen Sports.Parte II.)

Uma das viagens, no final do verão de 2015, foi particularmente rentável. Em 26 de agosto de 2015, Lucas viajou para Madrid com uma mulher loira chamada Sabina para a assinatura da transferência do médio espanhol Asier Illarramendi do Real Madrid para a Real Sociedad. Cinco dias depois, Sabina viajou para Marselha com Lucas e o defesa português Rolando, para onde seria transferido vindo do FC Porto. 

Lucas procurou a companhia das mulheres para seu interesse pessoal? Eles ajudam a reforçar seu status durante as negociações? Ou eles são colocados à disposição de seus parceiros de negócios, como no caso de Miami com o presidente da Real Madrid? Ele não respondeu. 

Enquanto Nelio Lucas parece não ter dificuldade em encontrar mulheres, Arif Arif, entretanto, parecia ser um cliente compulsivo de prostitutas, incluindo uma que ele descreveu como uma "18 year old blonde, so tender and fresh".

O assunto das prostitutas é discutido abertamente pelos dois gestores da Doyen Sports: "Seria bom se você pudesse me dar aquelas 2500 libras esterlinas, I paid the bitches!!!", escreveu Lucas a Arif em julho de 2013.

Arif Arif parece disposto a trazê-las do leste da Europa, através de dois intermediários, um dos quais é um primo. Em trocas de mensagens sobre o assunto, ele usa cuidadosamente as palavras "futebolistas" e "jogadores", como nesta mensagem: "Organize futebolistas agora. Não perca tempo, vamos acabar como a noite passada sem nada !!!! "

Isto foi respondido três horas mais tarde com uma foto de uma mulher. O intermediário informa que ele vai participar de um "grande elenco neste fim de semana", organizado pelo gigante russo Gazprom.

Arif Arif usou sua rede para encontrar as mulheres que Lucas usou em seus negócios?
A família Arif não responde a perguntas. Por intermédio de seus advogados, a família disse: "Partes essenciais de suas perguntas são baseadas em suposições falsas e / ou preocupam questões protegidas pelos direitos pessoais das pessoas nomeadas".

A partir do outono de 2013, Nelio Lucas decidiu usar fundos ocultos em três empresas com sede nos Emirados Árabes Unidos (EAU), incluindo a capital Abu Dhabi e Ras al-Khaimah.

A Doyen Sports devia injectar 10,8 milhões de euros de comissões secretas para as empresas, chamadas Denos, Rixos e PMCI. Os documentos contidos no Football Leaks não revelam a quem o dinheiro foi destinado no final da cadeia, mas eles fornecem várias pistas.

O primeiro dos grandes negócios pelas comissões envolvidas refere-se ao internacional belga e jogador do Manchester United Adnan Januzaj.

Em fevereiro de 2014, a Doyen Sports comprou metade da empresa que administrava os direitos de imagem da Januzaj, por um pagamento de 1,5 milhão de euros e um segundo pagamento de 500 mil euros que transita via Denos com um contrato de "consultoria" falso e uma factura falsa. Em um email enviado por Lucas, este foi descrito como "pagar Januzaj", no que parecia ser um movimento para dar ao jogador um pagamento de bonus através de estruturas offshore.

Em 22 de maio de 2014, um advogado que representava Januzaj escreveu a uma colega de Lucas para reclamar: "O pagamento ainda não foi recebido. [...] Agora o pai está realmente a ficar nervoso. "

No verão de 2014, o sistema tornou-se mais freqüente. Lucas exigiu que dez por cento dos lucros de cada transferência de jogadores fosse pago via Denos no Dubai. O pagamento da primeira comissão secreta, de 1,3 milhões de euros, diz respeito à venda para o Mónaco no verão de 2013 do médio francês Geoffrey Kondogbia e também do avançado colombiano Radamel Falcao.

Lucas explicaria que a transferência era para pagar "as pessoas que precisamos para compensar" e que "não poderia fornecer ou não querem fornecer papelada". Ele acrescentou que tinha prometido aos destinatários isso, mas que eles estavam a perder a paciência ao ter que esperar para receber os pagamentos.

"Não podemos demorar mais", escreveu ele. Arif Arif queria saber mais sobre as identidades dos beneficiários, mas seu pai, Tevfik Arif, um dos quatro irmãos que controlam o grupo Doyen, disse-lhe "para ficar fora disso".

Tevfik Arif ordenou que seus contabilistas libertassem o dinheiro, apesar da preocupação de que nenhum contrato fosse entregue.

Um mês depois, os fundos secretos serviriam para o desbloqueio de uma grande operação. 

Em Agosto de 2014, o clube inglês Manchester City comprou o defesa-central francês Eliaquim Mangala do FC Porto por 45 milhões de euros, o que foi um recorde para um defesa. 

Foi também para dar à Doyen Sports o seu retorno mais rentável num investimento TPO. Com uma participação de 33 por cento em Mangala, a Doyen Sports ganhou dez milhões de euros no negócio, que era quatro vezes o preço que pagaram pela percentagem.

Então, no dia 2 de setembro, apenas cinco dias depois de receber o dinheiro, Lucas escreveu ao gestor bancário da Doyen para providenciar que dois milhões de euros fossem transferidos para a PMCI em Abu Dhabi. Isso representou 20% do lucro obtido com a transferência de Eliaquim Mangala, o dobro dos dez por cento habituais que foram transferidos ilicitamente do exterior.

Como justificativa para a transferência bancária, Lucas enviou ao gestor bancário da Doyen um contrato não assinado segundo o qual a PMCI havia realizado trabalhos de consultoria para a transferência de Mangala. Mais uma vez, o beneficiário da soma permanece um mistério.

(continua na parte IV, às 11h.)

Olha, querem ver que as lesões são um problema?

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«É importante recuperar os lesionados» - Jorge Jesus


Tem graça! Ia jurar que o Rui Vitória sem metade dos titulares tinha obrigação por parte da imprensa, adeptos e até adversários de fazer muito melhor. Curiosamente é lider!

Outros há que em 4º lugar não perdem tempo a justificar desaires e um futebol cheio de tremideiras com duas lesões.

Bem prega Frei Tomás...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Football Leaks: os truques sujos da Doyen Sports.Parte II.

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Em 2013, Arif Arif foi à procura de casa em Londres. - Encontrei uma boa - disse a Lucas. - Quero lhe mostrar. Feita à medida para orgias."A que Lucas respondeu:" Oh sim !!! " 

As suas mensagens de texto no WhatsApp sugerem que, para eles, os jogadores de futebol são apenas vacas de fazer dinheiro. Em 2014, Arif enuncia para Lucas os seus jogadores/clientes convocados naquele ano para o Campeonato do Mundo no Brasil. 

"Mangala, Promes, Defour, Januzaj, Xavi, Falcão, Rojo, Negredo, de Gea ... Doyen Sports niggas going to World Cup!" Quando a seleção brasileira de Neymar passou às meias-finais, Arif escreveu a Lucas: "Neymar bitch. Nigga making us money."

Os comentários sobre os jogadores se tornam particularmente desagradáveis ​​se um jogador de futebol escolheu seus próprios interesses antes dos da Doyen Sports. 

Um dos casos foi o atacante colombiano Radamel Falcao que, também no verão de 2013, mudou-se do Atlético Madrid para o Mónaco, uma transferência promovida por Jorge Mendes. 

A transferência foi de 43 milhões de euros, o que deu à Doyen, com uma participação de 33% no jogador, um lucro de 5,3 milhões de euros. Mas Lucas aparentemente esperava maiores retornos de Falcao. "Ele foi para Mónaco aquele cabrão", escreveu Arif, antes de insultar a mãe do jogador colombiano e concluir: "Sua carreira está acabada. [...] Ele vai acabar pagando impostos em França."

Para a Doyen Sports Investment, parece que “imposto” é uma palavra muito desagradável. 

A empresa está sediada em Malta, dando-lhe uma base respeitável na União Europeia, ao mesmo tempo que oferece o atraente compromisso de um regime de impostos simples e segredo comercial. Nelio Lucas possui duas empresas offshore registadas lá, escondidas atrás de testas de ferro. 

Um deles é WGP, que detém os 20 por cento em Doyen Sports, que lhe foram oferecidos pela família Arif. O segundo, chama-se Vela e tem uma conta bancária no Liechtenstein, e lida com os 900.000 euros anuais que remuneram Lucas e seus colegas. 

O português também tem uma conta no banco do Crédit Suisse em Zurique. A razão, nas suas próprias palavras, é "para que ninguém divulgue nada sobre nós". 

Nelio Lucas recebeu uma participação de 20 por cento na Doyen Natural Resources, uma das empresas do grupo no Panamá, que possui através de uma empresa-mãe nas Ilhas Virgens Britânicas. Quando não estava comprando futebolistas, Lucas viajou para negociar acordos de mineração no Brasil, na Serra Leoa e em Angola, três países cheios de corrupção. 

"Acha que eu deveria suborná-los ???", perguntou a Arif numa mensagem sobre os negócios no Brasil. "Sim mano", veio a resposta. O negócio desmoronou aparentemente depois que a outra parte tentou subornar Lucas.

Mas a especialidade de Lucas era, acima de tudo, ofertas de TPO(Third-party ownership). 

A Doyen Sports agiu como uma espécie de usurário no mundo do futebol, obtendo taxas de juros proibitivas para os clubes em crise financeira e que são forçados a vender suas jóias da equipa. 

O sistema era que Doyen Sports compraria a um clube uma percentagem num jogador, na esperança que seria vendido rapidamente com um bom lucro para Doyen Sports, que recebeu uma parte proporcional da transferência paga pelo clube novo. 

Oficialmente, a Doyen Sports não tem influência sobre as decisões de transferência, conforme estipulado nas regras da FIFA. Mas, na prática, era diferente. Quase todos os meios valiam a pena empregar para a Doyen Sports conseguir um acordo. 

Em agosto de 2013, Lucas organizou uma festa de sexo em Miami, numa tentativa de convencer Florentino Perez a comprar Geoffrey Kondogbia em que Doyen Sports tinha investido numa participação. 

Em 14 ocasiões entre março de 2014 e setembro de 2015, Lucas enviou mulheres jovens de Minsk, Moscovo e São Petersburgo para ajudar a resolver negócios, com os bilhetes de avião pagos por sua empresa offshore Vela. Algumas mulheres eram modelos. Outra, cujo nome é Kateryna, orgulha-se em sua conta no Twitter que ela é uma "Mulher bonita - um paraíso para os olhos, inferno para a mente e purgatório para os bolsos". 

Exceto o caso de um par de mulheres trazidas para Ibiza para dois dias de festa, Lucas usou a empresa feminina exclusivamente em viagens de negócios. Algumas juntaram-se a ele para os jogos da Liga dos Campeões, como a meia-final em abril de 2014 entre o Real Madrid e o Bayern de Munique. As mulheres também o acompanharam em viagens de negócios a Madrid, Barcelona, ​​Bruxelas e Atenas.

(continua na parte III, amanhã às 09h)

Football Leaks: os truques sujos de Doyen Sports. Parte I.

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(Nota prévia: não deixo de me surpreender com a pouca ou nenhuma atenção dada pelos jornalistas desportivos portugueses ao que vai sendo revelado pelo "Football Leaks". Não é por acaso que muitos deles apreciam os comes e bebes nos camarotes empresariais de alguns estádios). 

A 20 de Janeiro de 2014, Nelio Lucas celebrou o seu 35º aniversário de forma curiosa.

Perto dos seu escritório no centro de Londres, numa antiga igreja do século 19, Lucas hospedou 118 convidados para um jantar e festa que durou até de madrugada.

O custo da noite chegou a 195.000 euros, que ele pagou a partir de sua conta no Lichtenstein.

O evento, para o qual foram convidados amigos e parceiros de negócios, foi mais uma demonstração de força do que uma festa de aniversário.

Presentes estiveram o presidente do Real Madrid, Florentino Perez e Miguel Angel Gil, presidente do Atlético de Madrid, que deixaram de lado a sua rivalidade desportiva para brindar a boa saúde de Lucas.

Também participaram do evento o vice-presidente do Milan AC, Adriano Galliani, e a sua filha, que a empresa Lucas Doyen Sports Investments contratou recentemente, o director desportivo do Inter de Milão, bem como os directores do clube inglês Fulham, do Sporting Clube de Portugal, do clube espanhol Sevilla e o filho do presidente do FC Porto, Alexandre Pinto da Costa.

Os membros da elite do futebol estavam ao lado de oligarcas da antiga União Soviética (incluindo os proprietários da Doyen Sports), advogados suíços especializados em estruturas offshore e intermediários como o ex-agente Luciano d'Onofrio, com antecedentes criminais  de corrupção.

Os jogadores dirigidos pela empresa de Lucas também estavam na festa, incluindo o avançado Neymar do Barcelona, ​​o seu então companheiro de equipa Xavi Hernández e o defesa do Chelsea David Luiz.

Nelio Lucas tinha boas razões para sentir-se satisfeito consigo mesmo. No espaço de menos de três anos, este empresário pouco conhecido pelo público em geral tinha tornado a Doyen Sports Investment num dos maiores fundos de investimento no futebol europeu. A imprensa começava a compará-lo com Jorge Mendes.

Conselheiro de clubes, em que também actuou como agente e intermediário, Nélio Lucas gere  a comercialização da imagem de estrelas do futebol como David Beckham e Neymar, o jamaicano Usain Bolt, e o clube de futebol AS Monaco. Mas a especialidade da Doyen Sports eram os negócios de propriedade de terceiros (TPO) dos jogadores de futebol, um sistema denegrido pelo qual os direitos económicos de um jogador eram de propriedade de investidores.

A Doyen tinha investido mais de 100 milhões de euros em acordos TPO até que a prática foi proibida pela FIFA - cujo presidente Gianni Infantino comparou o sistema à "escravidão moderna" - em maio de 2015.

Os documentos contidos no Football Leaks revelam, pela primeira vez, o lado negro da Doyen Sports com empresas de fachada em Malta e nos Emirados Árabes Unidos, vastas comissões secretas pagas por facilitar transferências de jogadores, facturação falsa e contratos “martelados” e assinados  por testas de ferro.

A Doyen é o símbolo de uma realidade muito distante do que acontece no campo. Trata-se de um negócio de transferência assemelhando-se a um mercado de gado, excepto que o seu valor anual chega a quatro bilhões de euros. É um comércio onde os escrúpulos têm sido abandonados na busca de riqueza.

A história de Doyen Sports começa com um encontro improvável entre Nelio Lucas, filho de uma família portuguesa de meios modestos e filho de um empresário cazaque.

No início dos anos 2000, na Europa, actuou à margem da lei, pagando multas por evasão fiscal, conduzir sem carta e passar cheques sem corbertura.
Em Londres, ele começou a trabalhar para Pini Zahavi, que lhe ensinou o ofício. Lucas foi gestor de uma agência de modelos antes de ser contratado para lançar a Doyen Sports.

Os proprietários da Doyen Sports Investment são quatro irmãos do Cazaquistão, que agora estão localizados em Istambul, e que fizeram sua fortuna, principalmente no ramo de matérias-primas.

Em 2011, os irmãos Arif criaram uma filial londrina do seu grupo Doyen, incluindo uma divisão desportiva. Arif Arif, então filho de Tevfik Arif, de 25 anos, um dos quatro irmãos, foi encarregado de gerir o negócio londrino, dirigindo a recém-criada Doyen Sports ao lado do recrutado Nelio Lucas. Arif disse a Nelio Lucas. "Não se esqueça do nosso lema: juntos para sempre, bons e maus. Teremos sucesso e nos tornaremos bilionários ".

No seu caminho para alcançar esse objetivo, Lucas comprou um Bentley por 72 mil euros e um iate por 3,5 milhões de euros. Os dois jovens viajaram juntos para os jogos de futebol, para os luxuosos restaurantes de Londres e para passear em Ibiza, na Itália e na Riviera Francesa, onde ficaram na villa de luxo da família Arif. 

(continua na parte II, às 23h)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Arbitragem: O que liga estes senhores?

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Rui Costa


Paulo Costa


Pinto da Costa e Lourenço Pinto


Pinto de Sousa


Carlos Carvalho


O que liga estes senhores? Provavelmente nada. Mania da perseguição! Nem percam tempo a estar atentos às suas movimentações.

É tudo gente séria, sem nada em comum, e até acredito que nunca se encontrem de forma ocasional em nenhum restaurante. Nem que mandem recados por interposta pessoa.

Nem nunca me passará pela cabeça que sequer alguma vez tenham conversado sobre arbitragem.

Direcção do Sport Lisboa e Benfica: tranquilos que são todos "boa gente".

Benfica - Rio Ave.

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Já há onze do Benfica: Ederson, Nélson Semedo, Luisão, Lindelof, André Almeida, Fejsa, Pizzi, Rafa, Cervi, Gonçalo Guedes e Mitroglou.

No banco Rui Vitória tem a seu lado Paulo Lopes, Jardel, Samaris, Celis, Carrillo, Jonas e Raúl Jiménez. De fora ficaram Lisandro e Zivkovic.

Vamos acabar o ano com uma vitória ok? :)

Os valores transmitem-se logo em pequenino!

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Santiago Vitória. Benfiquista desde o berço! 

Parabéns treinador Rui Vitória!!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Football Leaks: O Jogo diz que Nico Schulz interessa ao Benfica. Vamos falar da ROGON, empresa que gere a sua carreira. E de Friesenbichler.

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"O Benfica está a observar de forma atenta o lateral-esquerdo Nico Schulz, segundo escreve esta terça-feira o jornal O Jogo.

De acordo com a indicada publicação, o lateral de 23 anos está referenciado pelo clube da Luz há mais de dois anos, altura em que representava ainda o Hertha Berlim, que vendeu Hany Mukhtar ao Benfica.

O Benfica procura reforçar o lado esquerdo da defesa face à possível saída de Grimaldo em janeiro e de Eliseu em junho (o português termina contrato no fim da época).

O Monchengladbach pagou cerca de três milhões de euros ao Hertha pela contratação de Schulz, mas o jogdor de 23 anos está por agora tapado pelo sueco Oscar Wendt."" - O JOGO.

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O Der Spiegel relatou no passado dia 16 de Dezembro de 2016 alguns factos que envolvem a ROGON e Roger Wittmann, agente de Nico Schulz.

Logo um facto curioso é que Wittmann, apesar de ser um dos gestores mais influentes da Alemanha, não tem licença para ser agente. Curioso.

No ano passado, foi grande a polémica por este senhor ter colocado vários jogadores ao mesmo tempo no Schalke 04, no Hoffenheim e no Wolfsburgo. Foi acusado de interferir demasiado nas decisões dos clubes.

O jornal alemão dá o exemplo de Julian Draxler, promissor jogador alemão e como a maioria dos jogadores mais novos considerados estrelas, tanto fazia um grande jogo como realizava uma pobre exibição.

Apesar da falta de consistência de Draxler, o Schalke aceitou renovar o contrato em 2013 com as seguintes condições: pagamento de 1,2 milhões para a ROGON, bem como 450 mil euros por cada temporada adicional. 

Além disso, o Schalke assumia que no caso de transferência do jogador, pagaria à ROGON 15% do valor total da venda.

O Der Spiegel relata depois uma campanha enorme de promoção da imagem do jogador, quer pelo Schalke quer pelos agentes.

Em Agosto de 2015, Draxler foi vendido ao Wolfsburgo por 36 milhões de euros, com cerca de 5.4 milhões a irem para a ROGON. Ou seja, com a renegociação do contrato, a empresa lucrou cerca de 7 milhões de euros por um jogador de 19 anos, ainda necessitando de provar que era mesmo um fora de série.

Os contratos revelados pelo "Football Leaks" revelam como os agentes podem ser "criativos", sem escrupulos e gananciosos quando se trata de garantir comissões.

Entre os dados do Football Leaks está um contrato datado de 28 de abril de 2014, entre o Benfica e a Rogon. Foi assinado por Christian Rapp, gestor da ROGON no Brasil e envolveu o avançado Kevin Friesenbichler.

Em 2014, Kevin Friesenbichler, avançado da Áustria com 19 anos, jogou na equipa de reservas do Bayern de Munique na liga regional da Baviera, testando suas habilidades contra equipes obscuras como TSV Buchbach e Bayern Hof. 

"O que um participante da Liga dos Campeões como o Benfica queria com um jogador assim? 
A resposta é simples. Nada." - diz o Der Spiegel.

No mesmo Verão, o Benfica emprestou Friesenbichler a Lechia Gdansk. 

Dois dos amigos íntimos de Wittmann estavam envolvidos nos assuntos comerciais do clube polaco na época. 

Rogon recebeu um bónus líquido de 1 milhão de euros do Benfica por ter enviado Friesenbichler. 

O Benfica também concedeu à agência uma comissão de 50% sobre qualquer transferência futura envolvendo Friesenbichler, menos os milhões já pagos. 

Para comparação, em 2013 Rogon recebeu uma comissão de 1,2 milhões de euros para organizar a transferência do jogador brasileiro Luiz Gustavo em agosto de 2013 do Bayern de Munique para VfL Wolfsburg mais uma comissão anual de entre 300.000 e 350.000 euros durante os cincos anos de contrato. 

"Um membro da selecção nacional brasileira no auge de sua carreira vale praticamente o mesmo que um avançado da liga regional da Baviera? Ou o Benfica é apenas estúpido? Ou há outra história por trás do dinheiro?" - isto é o que pergunta o Der Spiegel.

"Não está claro. Na indústria do futebol profissional, não há nenhum órgão de supervisão que analise de perto esses números. 

Não há limite de taxas de transferência e não existem autoridades antitruste que se concentram em agentes. Os auditores e os fiscais raramente tropeçam nas entranhas de acordos internacionais complicados. E até a FIFA desistiu. 

A associação global de futebol, cuja missão inclui a regulação do futebol, deixou a certificação de agentes para os organismos nacionais de futebol desde o ano passado - uma capitulação para uma indústria que praticamente qualquer um pode participar.", conclui o Der Spiegel.

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