"Os agentes de futebol Abdilgafar Ramadani e Nikola Damjanac foram esta quarta-feira constituídos arguidos por um tribunal espanhol, por suspeita de branqueamento de capitais, fraude fiscal e outros delitos relacionados com um esquema ilícito de transferências de jogadores.
O albanês Ramadani e o sérvio Damjanac, sócios na agência Primus Consultance - que se chamava anteriormente Lian Sports -, estão a ser investigados pelas contratações fictícias de jogadores para clubes que controlavam em diferentes países europeus, como o cipriota Apollon Limasol, com o objetivo de encarecer as suas transferências futuras para os maiores clubes europeus.
A chamada 'Operação Lanigan', que teve origem em notícias divulgadas em vários órgãos de comunicação social com base em documentos tornados públicos através do Football Leaks, descobriu que os dois empresários captavam para a sua agência jovens jogadores que despontavam em equipas de países do Leste, como a Sérvia e a Roménia, e, quando os grandes clubes europeus se interessavam na sua contratação, faziam-nos assinar por um dos clubes que controlavam para depois os venderem mais caros.
Os futebolistas nem sequer chegavam a vestir a camisola dos "clubes de passagem", de acordo com as provas reunidas pela acusação. - Record.
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Em 2016 publicamos vários posts sobre estes temas:
As várias informações publicadas na altura ligavam Ramadani a negócios dos irmãos Osmani, conhecidos como chefes do crime organizado de Hamburgo e em outras cidades alemãs.
Também o ligava a Marc Rautenberg, (um nome obscuro do futebol, direitos televisivos e com ligações às federações de futebol) e intermediário em transferências de futebol.
Rautenberg ofereceu uma série de jogadores romenos e sérvios ao FC Porto. Nenhum foi para lá. 2 deles assinaram pelo Apollon Limassol sem nunca irem lá sequer e depois foram parar ao Benfica(Jovic) e ao Eintracht Frankfurt.
Diz o portal: "Many players are further sold within days to clubs in western Europe, but the profit stays with the investors in Cyprus, which includes Pini Zahavi."
Ora, no caso de Jovic, a coisa fica mais interessante quando analisamos a sua "venda" ao Apollon.
A 25 de Janeiro de 2015, o Estrela Vermelha vende 70% dos direitos de Jovic ao Apollon por 1,4 milhões de euros. Além disso, o Apollon garante uma clausula que lhe garante os restantes 30% por 600 mil euros.
Mas o jogador ficou em Belgrado. Nunca jogou pelo Apollon. E a 1 de Fevereiro de 2016 assina pelo Benfica.
Ou seja: o Estrela Vermelha recebeu no máximo 2 milhões de euros por um jogador que veio directamente de Belgrado para Lisboa e o Apollon, sem que o jogador lá tenha colocado os pés, recebeu 4,65 milhões de euros pelo jogador.
O "grande" gestor do Estrela Vermelha que fez este negócio brilhante foi Zvezdan Terzic. Este senhor esteve fugido à justiça 2 anos por acusações de desfalque tendo-se entregue em 2010 e pago mais tarde uma caução de 1 milhão de euros para regressar "ao activo".
Entretanto, a irmã deste senhor é casada com um antigo guarda redes chamado Nikola Damjanac que foi contratado pelo Benfica para representar o clube nas negociações com Jovic. Por isso recebeu 100 mil euros do Benfica.
Este senhor é o outro nome que o Estado Espanhol acusa.
Damjanac era co-proprietário da Lian Sports que entre outros representava: Djuricic, o irmão de Markovic Filip e Fejsa. Quem são os sócios de Damjanac? Rautenberg e Ramadani.
Quem tiver dúvidas pode consultar The Black Sea.
Que necessidade o SL Benfica tinha de se meter com esta gente?