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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A impunidade acabará no dia em que SL Benfica e Sporting CP quiserem

71 comentários

Afinal, há mais gente que se preocupa em tentar salvar o futebol português e os clubes.

O texto de Rui Gomes da Silva na passada segunda-feira (link) foi lapidar quanto aos caminhos que têm que ser necessariamente percorridos.

Saúdo a frontalidade do Luis Lisboa no blogue “És a Nossa Fé” (link).

A chave é mesmo esta: colocar de lado pequenas questões acessórias e olhar para os temas fundamentais.

Quem me acompanha no NGB, sabe que defendo há muitos anos que no dia em que SL Benfica e Sporting CP perceberem que juntos podem limpar o futebol português, isto muda mesmo.

Não é por acaso que Pinto da Costa só ganhou quando teve um aliado num dos clubes de Lisboa ou quando pelo menos um desses clubes estava fragilizado e por isso inactivo quanto a opor-se às movimentações do FC Porto nos bastidores do futebol.

Relembro também que durante décadas havia um entendimento tácito entre SL Benfica, Sporting CP e o CF Belenenses em nunca apoiar ninguém ligado ao FC Porto para ocupar o lugar de presidente da FPF.

Fernando Martins no SL Benfica abriu a porta a Pinto da Costa. Foi o início dos tempos negros do nosso futebol.

Manuel Damásio apoiou Pinto da Costa para presidente da então Liga de Clubes.

Entretanto o Sporting entrou numa espiral de presidentes completamente opostos a João Rocha, que era um senhor.

Sousa Cintra era e é um anti-benfiquista primário. Portanto, terreno fértil para Pinto da Costa.

Santana Lopes é um político e na altura muito perto do poder, e portanto pouco interessado em guerras. Ideal para Pinto da Costa.

Roquette foi quem assumiu esse entendimento tácito com o FC Porto de partilha de poder desde que ganhasse um campeonato, como ganhou, de quando em vez.

Quem aproveitou esse embalo foi Valentim Loureiro e com a vergonha de arbitragens que nos lembramos, o Boavista foi campeão.

Como o FC Porto vacilou esses anos, aproveitando também o período de terra queimada no SL Benfica, o Sporting tornou a ser campeão.

Mas com a entrada de Vieira no SL Benfica, nunca mais o FC Porto teve oposição para tomar conta do futebol.

Mesmo com o Apito Dourado, essa oportunidade de ouro para limpar o futebol, Vieira preferiu apoiar o director financeiro do FC Porto para presidente da Liga de Clubes, primeiro, e depois para presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Portanto, escusam de pensar que há inocentes na ascensão do FC Porto. Não há.

Voltamos ao princípio:

Para livrar o futebol português desta podridão trazida pelo FC Porto de Pedroto e Pinto da Costa é preciso SL Benfica e Sporting CP serem inteligentes e não anti-qualquer coisa.

Sejamos realistas: o futebol português não existe sem SL Benfica. Muito menos terá qualquer possibilidade de ser viável sem SL Benfica e Sporting CP.

Portanto, e com tanto em jogo nos próximos tempos em especial quando se trata da Centralização dos Direitos Televisivos, os 2 clubes mais representativos do país têm que assumir a liderança do projecto de reforma do futebol português.

O poder concedido ao FC Porto e à AF Porto têm liquidado o futuro do nosso futebol.

Não é por acaso que assim que puderam acabaram com as zonas inferiores que garantiam que na Primeira Divisão estavam representados clubes de todo o país.

Não é por acaso que se repetem os casos, como no final da anterior temporada, em que clubes afectos ao FC Porto são beneficiados nas subidas à Primeira Divisão e até à Segunda Liga.

A reforma do futebol português também passa por isto: restabelecer critérios na Segunda Liga que devolvam o futebol ao país inteiro e dessa forma mais visibilidade e praticantes serão atraídos.

Só alguém não afecto ao FC Porto, com independência provada, poderá construir uma alternativa para liderar a FPF e reformar o futebol português.

Por mais que as Associações de Futebol, em especial as do Porto e Braga, queiram opor-se a mudanças, nada pode ser feito no futebol português contra a vontade do SL Benfica e Sporting CP juntos nessa mudança.

Repito: o SL Benfica tem na Centralização de Direitos Televisivos a sua oportunidade de liderar este processo de reformas no futebol português.

Sabemos que o que está na mesa é dar muito dinheiro ao FC Porto e ao SC Braga retirando ao SL Benfica e também ao Sporting CP.

Querer pagar fortunas a clubes por audiências que não têm, além de errado, é subverter a lógica do mérito.

É também roubar os clubes que fazem mexer o mercado da televisão.

Enquanto tivermos adeptos/sócios que preferem andar com odiozinhos que apenas permitem ao FC Porto do Apito Dourado continuar a reinar, nada vai mudar.

Quando os adeptos/sócios perceberem que a exigência e a mudança de mentalidades será o caminho para liquidar a influência dessa agremiação regional, então sim, teremos mudanças.

Os dirigentes são um reflexo da mentalidade da maioria dos seus adeptos.

Está na mão de todos nós essa mudança.

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