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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Casa das Transferências e limitação de jogadores estrangeiros...fraude?Mero embuste?

. 3 comentários
Nos últimos dias vários temas têm sido lançados para a arena mediática, pelos putativos candidatos à presidência da Liga de Clubes de Futebol Profissonal em Portugal. Numa tentativa de criar "sound bytes" ou "cachas", que prendam a atenção da comunicação social, e possam ser reproduzidas em série...mas também tivémos conhecimento de um estudo de um grupo de "sábios" nomeado pelo Snr. Ministro Relvas. Mas no meio do ruído mediático, alguns pontos de ordem são vitais para se compreender de que se trata...até porque uma velha táctica, velha de milénios, está a ser aplicada aqui....lançar temas mediáticos e na sucapa tomar decisões sobre matérias conexas que assim passam despercebidas... Assim.... 1) Relvas constitui grupos de reflexão mas depois decide conforme o seu instinto e conveniências políticas. Há quem diga que ele não tem pejo em decidir "a contrario" do que os grupos de trabalho aconselham. Por todos, veja-se o caso da RTP. Agora não se esqueçam....Relvas é inteligente, esperto, hábil e não faz nada ao acaso...Curiosamente é um bom desportista... 2) Os interesses que o Ministro Relvas procura defender (os jogadores jovens de nacionalidade portuguesa) deverão ser naturalmente diferentes dos dos clubes profissionais. Estes tentam agradar a seus accionistas, associados e dirigentes. Alguns destes clubes têm as suas SAD´s detidas por capitais estrangeiros (Estoril, Beira Mar, Sporting?, ....) pelo que se compreende que a um Ministro importa salvaguardar o Bem Comum e a um dirigente os interesses de quem lhe paga ou quem o elege no âmbito de um clube ou de uma SAD. Em resumo, os interesses de Portugal e dos seus clubes profissionais poderão ser divergentes. 3) O poder político promoverá o interesse dos jogadores portugueses. Os clubes os seus interesses, que são atingidos com jogadores de qualquer nacionalidade. Os clubes querem jovens que permitam realizar mais valias em transferências, não importando se de origem brasileira, argentina, angolana ou portuguesa...elementar, meu caro Watson, teria dito o famoso detective. 4) Portanto, sobre a limitação de jogadores estrangeiros está tudo dito...ou quase....falta mencionar que essa limitação não poderá ser aplicada a jogadores nascidos na União Europeia, mas para Portugal, importador maciço de jovens brasileiros, argentinos ou africanos, vai a dar ao mesmo... Nao por acaso, Jesus, nosso treinador, veio colocar o dedo na ferida. A proposta do grupo de "sábios" parece modelada da prática do Reino Unido que apenas admite a importação de jogadores regularmente internacionais...e por isso Ramires esteve em risco... Toda a gente percebe que os clubes portugueses não poderão contratar esses profissionais, internacionais regulares, de países do primeiro ou do segundo mundo futebolístico. Tem razão Jesus. O impacto no Benfica, Porto, Sporting, Braga, Guimarães, Académica, entre outros, será tremendo.

5) Mais interessante, contudo, a proposta de uma tal de Associação Nacional dos Agentes de Futebol. Causou-me estupefacção...por ser razoável, inteligente mas contrária aos interesses da classe que representa...E o que propõe a ANAF? (www.anaf.pt) Que exista uma "Bolsa" de transferências" onde se consiga determinar o valor exacto de cada transferência e quem fica com que parte da transferência! Revolucionário! Porque antes das SAD´s a prática era os clubes compradores e vendedores declararem valores fictícios, acabando a diferença numa conta numerada, não nominativa, num paraíso fiscal (veja-se a condenação transitada em julgado de Vale e Azevedo). Depois com a constituição das SAD´s passou a existir um incentivo a favor de maior transparência...agora poderiam fazer-se "em cima da mesa os negócios que antes eram feitos por debaixo de mesa". E assim foi. Ficámos a saber que Falcão foi vendido ao Atlético de Madrid por 40 milhões de euros e que 10 milhões o F.C. Porto não recebeu e destinou-os para o pagamento de "despesas de intermediação e comercialização"....ou seja, implicitamente, comissões pagas aos agentes envolvidos na transferência...mas agora estes virem pedir mais transparência....ou será que essas comissões, pagas a sociedades com nomes anónimos, registadas em paraísos fiscais sem troca de informações com as autoridades fiscais portuguesas, não se destinaram a remunerar os agentes mas outros personagens? Afinal dos dirigentes dos clubes têm um mero mandato para gerir os clubes ou as SAD´s mas não são os donos da coisa...será que as sociedades "offshores" são detidas, em última instância, pelos dirigentes? Será? Será que será? Será do Guaraná ou da Fernandinha?
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3 comentários

  1. Essa é a principal razão da intervenção de "certos" clubes no mercado de transferências cada vez que vão ao mercado, conseguem "roubar-nos" não pelo que negoceiam e é público mas pelo que escondem e camuflam, como foi o caso Danilo. É um caso de PJ, mas pelo visto certas pessoas são eternas em certos cargos.
    PS

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  2. Casa das Transferências, Casa dos Bicos, Casa de putas!!! Há casas para todos os gostos mas acho que o Paulo Marcos está coberto de razão: É da Nandinha mesmo... (do caso da lagartada é o da Joana)

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  3. Muito bem Paulo Marcos; será que é assim que se criam os sacos azuis que sustentam a corrupção? Não tenho dúvidas e, assim sendo, é imperativo saber quem paga o quê a quem, quando e onde.

    É necessário aprofundar o assunto, mas, para já parece-me claro.

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