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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Os benfiquistas tanto acusaram direcções de sportiguização, que o fizeram eles

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Somos, neste momento, o nosso maior inimigo. Não tenham a mais pálida duvida!
Bem sei que ao ler esta frase, muitos vão confundir imediatamente isto com estar a culpar os benfiquistas por criticarem. Esses não precisam continuar a ler o post, porque eu não consigo partilhar a opinião de forma a que gente mal intencionada saiba entender. Saiam já aqui nesta paragem.

Se continuou a ler é porque consegue entender o problema social em que estamos metidos e em que o Clube, por ser o Maior de Portugal, acaba por ver isso reflectido de forma exacerbada: O Activismo Extremista.

O modelo social hoje, potenciado com as redes sociais que como que vieram dar um megafone a todos para falar numa sala às escuras, faz com que a grande maioria dos que ocupam o espaço não têm noção do nível de ignorância que têm.

Qualquer pessoa acima dos 45 / 50 anos consegue esboçar um sorriso quando vê as televisões cheias de comentadores a falar sobre coisas que nunca fizeram na vida, mas que se sentem capazes de julgar a forma como os outros o fazem. Muitos destes conseguem, num programa só, opiniar sobre futebol (sem nunca ter jogado ou treinado... ou o feito com o sucesso que exigem), sobre gestão (sem nunca ter gerido nada e ser responsável pelos resultados), sobre liderança (sem que eles próprios tenham liderado coisa nenhuma e as vezes nem a própria vida são capazes de liderar), sobre finanças (sem que tenham alguma vez sido capazes de construir riqueza para eles e para os demais), etc.

Esta é a geração mimada que acha que por ter andado na faculdade há um emprego à espera deles, e já agora a entrar tarde, sair cedo e bem pago. Os que não admitem que o chefe lhes exija nada e se o faz estão a ser perseguidos. Os que não toleram ter que aceitar que as esposas ou maridos tenham diferenças na forma de actuar e acham que mais vale acabar as relações, etc etc etc.

A geração que vai ao futebol de forma desinteressada, tornando os estádios num teatro ou numa ópera que assistem enquanto nos grupos de whatsapp e nas redes sociais evidenciam que eles sim sabem perfeitamente como aqueles jogadores deviam jogar, como aquele treinador devia orientar e como aquele presidente deveria ganhar tudo.

Gostem ou não, os sportinguistas chegaram a isto muitos anos antes de nós. Era isto que os destruia, que perpetuava lideranças fracas, porque as alternativas eram baseadas na critica e no insulto sem base. Estamos iguais.

Confundir, porém, tudo isto com um apelo à complacência é como fazer a prova dos nove (os maiores de 50 sabem o que é) a tudo o que foi dito antes. O que está em causa não é calar-nos perante o que achamos que está mal... O que está em causa é não se achar que somos nós os criticos sobre tudo, que temos uma opinião formada sobre tudo e que está tudo mal. O que está em causa é dividir o mundo (e o Clube) entre os ignorantes/burros/incompetentes e os espertos/inteligentes/competentes. Nunca será esse o caminho.

No dia que soubermos equilibrar as nossas atitudes, estaremos sempre mais perto de 1) ser mais objectivos e ouvidos nas nossas criticas; 2) ter maior legitimidade e 3) contribuir realmente para que as coisas mudem.

Muita coisa está mal. Estava, está e continuará a estar porque se elegeu o menos mau, o menos fraco, o menos arriscado. Eu antecipei que iria piorar antes de melhorar. Está à vista. Mas a forma extremada e "subuja" como lidamos com esta realidade apenas viabiliza a soberba de quem, legitimamente, foi eleito e confunde o seu adversário ter perdido (porque perdeu por incapacidade de entender como ganhar e não porque não fizesse todo o sentido mudar) com ter ele ganho uma eleição - que não ganhou.

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