O que fizeram os jornais desportivos no dia seguinte a uma agressão bárbara a um dos seus companheiros de profissão?
Que opção tomaram os directores dos jornais desportivos quando essa agressão é antecedida de intimidação a outro jornalista por parte do presidente do FCP?
Tudo gravado com som e imagem.
O que fizeram?
BRANQUEARAM.
As capas dos jornais desportivos de hoje, em vez de uma condenação enorme a este atentado à liberdade de imprensa, logo no dia a seguir a se ter festejado o 25 de Abril, PREFERIRAM BRANQUEAR O FC PORTO, O SEU PRESIDENTE E QUEM DO FC PORTO INTIMIDA E AGRIDE, VERBAL E FISICAMENTE.
Sim, porque a intimidação a um jornalista e a agressão a outro foram apenas a continuação do que vimos no relvado logo após o final do jogo.
Sérgio Conceição, o reles director de comunicação do FCP, o mini Sérgio Conceição e muitos outros a intimidar e agredir verbalmente o árbitro.
ONDE ESTÃO AS CAPAS A DENUNCIAR E CONDENAR TUDO ISTO? OU VOLTAMOS AOS ANOS 90?
Por isso, nada melhor que questionar responsáveis dos jornais desportivos, bem como o Sindicato dos Jornalistas:
"Caro Jornalista,
O que se passou ontem em Moreira de Cónegos, quer no campo depois do final do encontro, quer fora do estádio em zona de acesso restrito, foi muito grave.
A intimidação a árbitros bem como a intimidação e agressão a jornalistas não pode passar impune.
Achamos deplorável que as vossas capas não reflitam a gravidade do que se passou.
Um dia depois de todos andarem de boca cheia a festejar a "liberdade" e a lembrar que no antigo regime é que havia "censura", assistimos a algo que só mesmo em ditadura se podia esperar: o branqueamento de um crime público (agressão) bem como da intimidação feita pelo presidente do FC Porto a outro jornalista, acompanhado por staff do FCP.
Não admira que a credibilidade do jornalismo ande pelas ruas da amargura. Não admira que as vendas de jornais desportivos estejam em mínimos históricos.
Quando os jornalistas nem para defenderem a sua própria classe têm coragem, não podemos esperar mais nada do jornalismo.
O jornalismo desportivo afinal vive no dia 24 de Abril de 1974, com medo de afrontar poderes estabelecidos.
Lamentamos, como adeptos de futebol, que o clima de intimidação, por parte do FC Porto, seja alvo de protecção por parte do jornalismo.
Lamentamos que a integridade e credibilidade do jornalismo desportivo estejam reduzidos a...quase nada.
Que vergonha, senhores jornalistas!"
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