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sábado, 8 de março de 2014

O Critério do Palhaço

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A BOLINHA VERMELHA, NÃO NO CANTO DA TV, MAS SIM NO NARIZ


Certamente já toda a gente viu e talvez riu com a actuação de algum palhaço, seja num circo ou num estúdio televisivo. Possivelmente ri, mas gosto igualmente de deixar aqui a minha admiração pelo trabalho de caracterização que o palhaço tem de fazer antes de entrar em "palco". Mas o que muitas pessoas não fazem é pensar no interior daquele homem, ou mulher, no que está por detrás daquela maquilhagem que o transforma fisicamente e cuja missão é fazer rir o público que o vê e o ouve.

Quando pensamos na vida difícil e "mascarada" de um palhaço, ocorre-me o pensamento de que possivelmente já todos nós fizemos um pouco de palhaço ao longo das nossas vidas, isto é vestimos roupas e "capas" que disfarçam os nossos sentimentos, que ocultam emoções ou receios, para podermos satisfazer os desejos de outros.

Talvez possamos chamar de hipocrisia o recurso a este disfarce quando não somos profissionais do "palhacismo", ou seja, não é com a maquilhagem, roupas ou adereços que procuramos ganhar o nosso pão, fazendo desta a nossa profissão. Não nos cabe a nós, falando em termos profissionais, entreter filhos, familiares, amigos, estranhos, fazê-los rir para depois passado algum tempo, já embriagados pelo riso, mudar-lhes o humor, levando-os ás lágrimas com uma actuação sentimental, que nos abre as portas da alma. 

Poder-se-à pensar que vale a pena ser-se palhaço, quando olhamos para um público de crianças, que se deixam levar e viajar pela pureza deste "universo construído" e que não sabem compreender os limites entre o entretenimento e a malícia. O seu papel de fazer rir quando por vezes nos apetece chorar, de dizer presente quando se pede alguém que nos faça esquecer o dia a dia, de dar esperança a todos aqueles que como nós por vezes, a perdem, de dar alegria e liberdade aos muitos que vivem em tristeza e até opressão.

A esses profissionais, tiro o meu chapéu e aplaudo, pela sua entrega e profissionalismo.

Revolta-me que muitos dos "chique espertos" da vida, pensem que tudo isto é um circo. Revolta-me que haja tanta gente com responsabilidades a pensar que nos podem "entreter", quando a sua função não é essa. Vestem roupas, fatos empresariais, puxam do seu carisma "comprado" no mercado ou na tasca do lado, e querem-nos transportar para o seu mundo construído. Mas ao contrário dos verdadeiros e profissionais palhaços, o mundo destes não é de entretenimento mas sim de ilusão, decepção e logro.

Já fui criança, e gosto de a manter viva dentro de mim, mas já não é pelos seus caprichos inocentes que me guio na minha vida, nem tão pouco pelos seus impulsos que tomo decisões. Agora, quando quero ver palhaços, compro um bilhete e vou lá, entrar na magia do seu mundo. Não gosto que me iludam fora do circo. Aliás, a mania de chamar circo ao mundo do futebol, nunca foi tão bem aplicado como nos dias que correm. Mas desenganem-se, nem eu sou criança, nem encaro o futebol como um circo, apesar de todos os esforços que muitos "senhores" têm feito. 

Esta palhaçada, que não posso atribuir outro nome, apelidada também de Conselho de Presidentes da liga Portuguesa de Futebol, tem sido "liderada" por nomes que poderiam figurar num circo Chen, ou Cardinali. Digo poderiam, mas não podem, pois o seu intento, como já disse, não é a do verdadeiro palhaço. Nomes como Pinto da Costa, Júlio Mendes, Salvadore, Rui Alves, a que podemos juntar outros ilustres como Joaquim Oliveira, Rui Pedro Soares, Fernando Gomes, entre muitos, muitos outros.

Estou cansado destes "cartazes" de circo, e nunca como agora seria necessário um murro na mesa por parte de um Benfica e Sporting! Fico a aguardar por desenvolvimentos, e sobretudo um movimento em conjunto daqueles que, como eu, não querem um circo, mas sim um futebol profissional. O Futebol Português está à beira do precipício, resta agora ver se damos o passo em frente, ou meia volta e trilhamos um caminho sério e limpo. SEM MAQUILHAGENS, SEM TENDAS ou LUGARES PREENCHIDOS POR TACHOS.

Sintam a Mística, Carrega Benfica!  


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