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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Arrancam as duas útimas semanas e podia ter começado hoje!

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Infelizmente, o SLBenfica anda a conviver com uma campanha eleitoral há 4 meses... e chegados a duas semanas do acto eleitoral, podia ter começado hoje, que ninguém ia notar a diferença.

A campanha tem sido populista, demagoga e propagandista, no geral.

Um presidente incumente em "serviços minimos" que faz umas presenças nas televisões, eventos e casas, mas acima de tudo aposta na continuidade. Não apresentou nada novo além do corte visceral com a equipa de Luis Filipe Vieira ao juntar Fernando Tavares e Silvio Cervan às anteriores saídas de Domingos Soares Oliveira, Miguel Moreira e Lourenço Coelho - Rui Pedro Braz saiu por vontade própria.

Os demais inundam-nos diariamente com "ideias" e listas de "desejos" sem que objectivamente expliquem COMO pretendem fazer o que apregoam. Todos parecem esquecer-se da velha máxima nestas coisas de que "menos é mais" e procuram acima de tudo criar um plano de hype nas redes sociais em especial no X, onde pelo menos espero que as "surpresas-óbvias" de Carlos Moedas, Marco Almeida e Pedro Duarte tenham explicado aos "Reis da Propaganda" que o X é uma bolha muito menos relevante do que pensam...

Para este final de campanha eu sinceramente não preciso de ver os candidatos todos os dias nas televisões a "repetir a mesma casset". Não preciso que participem em 50 podcasts ou dêem 45 entrevistas a jornais.

Sinceramente, o que eu gostava era de um debate diário 1x1 até final, eventualmente com dias com dois debates e a culminar com um debate final entre todos. Infelizmente o calendário eleitoral que os sócios aprovaram nos Estatutos não permite que isto seja execuível pois da data da aceitação das listas até às eleições, com 6 candidatos isto é impossível.

Mas claro, esperar que nós, como sócios possamos assumir que metemos mais uma argolada nos estatutos é impensável, porque só somos capazes de reconhecer os erros a quem está no Clube ou quer para lá ir. Nós somos sócios e acertamos sempre tudo... 

Portanto, entendendo que, salvo as honrosas excepções de Martim Mayer (para mim a maior surpresa positiva da campanha) e João Diogo Manteigas (igual a si próprio e quase sempre dando o exemplo na campanha em termos de conteudo), ninguém quis debates realmente, ninguém fazer realmente o que apregoava... e esperam agora que eu confie neles para durante 4 anos fazerem o que dizem???

Penso que com 4 meses de campanha para praticamente todos, mesmo 2 semanas fantásticas pela frente não iriam mudar a minha primeira opinião de todo este processo: Campanha fraquissima, nivelada muitíssimo por baixo e onde o populismo e a propaganda tiveram sempre o papel principal. E pensar eu que isto era precisamente o que acusam e acusavam (e bem) quem lá está de o fazer.

Então o que esperar destas duas semanas?

- Bom, antes de mais que os candidatos parem de incentivar os seus apoiantes, mais conhecidos pelos "Fabrizios Eleitorais", a entrar em lutas na lama. Tem sido uma vergonha... ainda hoje lia um a dizer "é uma vergonha o que fizeram..." de pois arranca para uma vergonha igual ou pior. Lamentável e triste.

- Depois, já que as campanhas não quiseram nunca responder aos meus 10 mandamentos e nenhuma delas até hoje conseguiu cumprir mais que um ou dois pontos de 10, explicados aqui: Nivelar por baixo e fé na Mudança costuma correr mal. Exigência selectiva?, tambem eu vou baixar o nivel de exigência, que já vi que os candidatos (e os próprios votantes) não querem manter a exigência alta:

1. Foco na sustentabilidade financeira - expliquem quanto custa o que propõem. Entendo que são todos gestores responsáveis e sabem dizer - com números - quanto custa, como se paga, quanto se poupará com as medidas que pretendem implementar e fazem parte das listas de ideias que propõem aos sócios.

2. Expliquem porque (excepto Martim Mayer em abono da verdade) querem substituir todos os directores e contratar novos e mais do que os que existem e quanto custa isso? Parecerá “Jobs for the Boys” se não for explicado e feito sem falar com as pessoas, analisar, avaliar e só depois decidir. Será responsável despedir sem avaliar?

3. Maior foco no “COMO”.Não chega fazer uma “wishlist”. É preciso, pelo menos para as 10 medidas mais centrais do mandato, consigam detalhar e assumir COMO se vai fazer, QUANDO e QUE garantias podem dar de execução. Quais as medidas de sucesso para avaliarem o mandato?

4. Dar a palavra aos vices. Queremos conhecer o seu plano de acção, o que se comprometem, que alocação de tempo terão ao clube e quais serão as suas actividades. Irão abdicar de remuneração ou não? Nisto incluo a Comissão de Remunerações: que modelo propõem para a remuneração? Que tecto? Que Distribuição? 

5. Estrutura da SAD: tenho lido muita “baralhação” entre SAD e Clube, parece-me que há candidatos a vices que ainda não entenderam a diferença. Que modelo vai existir? Que vices serão Administradores (espero que nenhum!)? Que responsabilidades em cada cargo? Como vai funcionar o modelo de acção e decisão Profissional / Formação / Scouting?

6. Que modalidades serão aposta Europeia e como (face à disparidade de orçamentos)? E qual a abordagem à formação e infra-estruturas mas não numa óptica de desejo, mas sim de conclusões já estudadas? Haverá encerramentos? Haverão novas modalidades?

7. Qual o projecto para o capital da SAD? Vão comprar as % detidas por terceiros? Se sim, qual o máximo investimento aceite? Como vão tornar esse objectivo viável sendo que depende de outros? Se sim, qual o plano posterior e para quando? Vão abrir o capital a investidores institucionais? Com que papel e contexto financeiro?

8. Futebol Feminino será um projecto autónomo e aberto a investidores? Com uma liga fraquíssima, como será possível captar investidores e em que dimensão o querem fazer? A SAD fica na actual ou terá autonomia e com que model financeiro de curto e médio prazo?

9. Qual o plano para os direitos televisivos e que garantias podem dar, sabendo que o Benfica só tem um voto e fazer voz grossa fica bem aos sócios mas não muda nada? De que forma pretendem abordar concreta e objectivamente este tema? O mesmo para a arbitragem, onde também dependemos dos demais clubes para fazer passar mudanças: quais preconizam e como pretendem conseguir que seja viabilizadas?

10. Por fim, uma pergunta muito simples que merece uma clarificação de todos: Se perder vai colaborar com o presidente vencedor caso este queira implementar algum dos seus projectos ou modelos, fornecendo os dados necessários, colaborando ate com as suas equipas? Por outras palavras, candidata-se pelo Benfica ou pelo Poder?

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