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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Os capatazes das Assembleias Gerais não são donos do benfiquismo de ninguém

. 2 comentários

Tem mexido bastante com os benfiquistas (das redes sociais) os acontecimentos relacionados com as recentes Assembleias Gerais do SL Benfica.

Há uma tentativa de purga em curso promovida pelos que se consideram “puros” e “líderes ou porta vozes” dos 1000 e tal sócios presentes nas Assembleias Gerais, ou passando pelos que com uma folha de ponto procuram marcar falta aos “maus benfiquistas”, os restantes 300 e tal mil sócios, que não vão às Assembleias Gerais.

Para esses, os restantes sócios não merecem ter poder de decisão porque não aparecem quando eles querem.

O que dirão então dos milhões de benfiquistas em todo o mundo que não são sócios? Serão uns canalhas?

A essência do SL Benfica sempre foi e será simplesmente… vencer.

Não nascemos para “participar” ou para “ganhar o “Troféu do Segundo Lugar” nas competições.

Nem existe nenhum "Cartão de Presenças" na AGs do SL Benfica que dê direito a "Troféu Assembleia Geral".

Nem sequer devemos o “Ser SL Benfica” a nenhum homem em específico, como que idolatrando alguém em especial, como vejo alguns.

Temos de facto benfiquistas que em diferentes fases da vida do nosso clube deram “mais que o normal” para o bem comum deste nosso amor. Mas pelo seu espírito altruísta e humilde, nunca se consideraram “donos” do benfiquismo de ninguém.

Os muitos citados Borges Coutinho ou Ferreira Bogalho, mas também José Rosa Rodrigues (1º presidente) Mário Madeira (presidente aquando da vitória na Taça Latina) ou Maurício Vieira de Brito (presidente do Projecto Europeu que nos deu 2 Taças dos Campeões Europeus).

Há uma coisa que sei: todos estes deram muito mais ao SL Benfica que qualquer dos atuais capatazes das Assembleias Gerais que vigiam enconstados às paredes e fotografam os hereges, e nunca foram donos das vontades e benfiquismo de ninguém.

Há que não confundir 2 coisas fundamentais num clube de futebol: a insatisfação com a “bola que não entra na baliza” e a insatisfação com o “regime”.

A primeira apodera-se da esmagadora maioria (e é assim que tem que ser!) assim que não vencemos um jogo com demérito nosso.

A segunda só existe mediante factos muito graves.

O próprio João Diogo Manteigas, candidato anunciado às eleições de 2025, lembrava hoje num artigo que publicou a queda nos que queriam mudanças profundas de 2020 para 2021.

Em 2020 a votação de mudança atingiu os 35% enquanto que em 2021 foi 12% (e não 15% como dizia JDM).

Ou seja, o sentimento de mudança nos benfiquistas nessa altura caiu, seguindo esse raciocínio.

Não há uma vaga de fundo que exija a “queda do regime” no SL Benfica. Há sim um sentimento de que precisamos de uma renovação de quadros, o que é bastante diferente.

Daí que o mais importante, e referindo-me novamente a declarações de João Diogo Manteigas com que concordo inteiramente, há que dar tempo a quem quer ser opção para apresentar os seus projectos, equipas e ideias para o SL Benfica.

Mas isso, salvo algum cataclismo, só será em 2025.

Até lá, há temas demasiado importantes para o futuro próximo do SL Benfica a que dar atenção.

Não é a cor dos equipamentos ou andar em permanentes AGs a discutir outros temas menores.

Eleições na FPF e na Liga de Clubes. Centralização de Direitos Televisivos. Reforma das competições de futebol.

Todas estas situações precisam de contributos válidos dos benfiquistas.

Como diria o @benficabygb, precisam de que indiquemos todos caminhos e soluções e não estar apenas de dedo apontado a dizer “está mal”.

O SL Benfica foi fundado em 1904.

Nunca teve donos ou capazes, mesmo quando alguns quiseram ser isso mesmo.

Não é agora que isso vai mudar.

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2 comentários

  1. A limpeza parcial que houve no Benfica foi efectuada pela Justiça; se fosse efectuada pelos sócios é mais do que evidente que ficaria tudo cheio de esterco.
    Podem saltar de raiva o quanto quiserem mas ainda precisamos que a Justiça afaste alguns tipos do Benfica.

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  2. Portanto, agora não se pode criticar, só indicar soluções, é isto?
    Ou seja, vocês criticam no dia a dia até ao ponto de estar tudo tão mal e aparecer uma onda generalizada de crítica. Aí, já pedem controlo na crítica - e apontam que as eleições são só daqui a 1 ano, ou seja, é demasiado cedo para criticar -, não vá a crítica crescer em demasia e, na altura certa, mudar...

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