Fernando Santos: a medíocre Ronaldette que a FPF de Fernando Gomes adora

Fernando Santos vai continuar a ser o seleccionador. Porquê? Porque é medíocre e só gente assim se submete ao lobby instalado na FPF.

Aliás, Fernando Santos tanto como treinador dentro do campo como fora do campo insiste em comprovar que é medíocre.

Como? Bem, um dos méritos de um grande treinador é conseguir ter o grupo do seu lado, por não utilizar diferentes critérios para situações iguais. E um grande treinador é exigente e tabela essa exigência pedindo aos melhores e mais capacitados que liderem pelo exemplo.

Ora o que tem feito Fernando Santos? Exactamente o contrário.

Há um critério para Ronaldo e outro para os restantes. Mais: Ronaldo, como ontem se viu em determinada parte do jogo quando Ronaldo vai ao banco beber água, até se dá ao luxo de dar ordens a Fernando Santos. Só mesmo perante um treinador de fraca personalidade isso é possível.

Além disso, um treinador exigente não daria a braçadeira de capitão a Ronaldo. Quantas vezes é que o capitão de equipa se dirigiu à equipa de arbitragem durante o jogo, mesmo quando o encontro aqueceu com entradas duras? Zero. Isso não é ser capitão.

Como é que se justifica que um gajo de 36 anos faça os jogos todos sem sequer ser substituído e sem que as suas exibições justifiquem tal permanência? Justifica-se com submissão do medíocre Fernando Santos.

Como ser Ronaldo que marca qualquer livre mais perigoso. Porquê? Quantos golos marcou? Qual a percentagem de eficácia? Não justifica.

Marcou golos? Sim, mas quase todos de penalty. Bruno Fernandes, por exemplo, também raramente falha a marcação de um penalty. E temos mais gente na equipa. Porquê ele? Para os seus records de merda?

Melhor que ninguém, os restantes jogadores percebem como é Ronaldo quem manda em Fernando Santos. Por isso, ou calam e são chamados, ou reclamam e na próxima convocatória o seu nome é riscado. Simples.

Mas também fora de campo a situação de privilégio que é dada a Ronaldo rebenta com o grupo. Chega quando quer, sai quando quer.

Ontem saiu do relvado sem saudar os portugueses, ao contrário do resto do grupo. Tornou a atirar a braçadeira de capitão ao chão. É isto respeito pelo lugar de capitão de equipa? É isto o exemplo? É este o exemplo que Fernando Santos ainda ontem louvou quase com baba na boca no final do jogo?

Dizia ontem Joaquim Rita na SIC que Fernando Santos teve o mérito de pacificar a selecção. Pelo contrário, o que FS fez foi impor e sujeitar a selecção aos humores de Ronaldo.

Já escrevi no NGB que Ronaldo é um exemplo em trabalho de treino e disciplina para obter a melhor forma e qualidade de jogo. Sem qualquer dúvida quanto a isso.

Mas nada justifica que, aos 36 anos, tenha uma equipa subjugada a si, e que seja ele a dizer a Fernando Santos que gosta mais de jogar com A ou B. Sim, é a realidade.

Em termos de resultados em campo, Fernando Santos NÃO JUSTIFICA a continuidade no cargo. Pelo contrário, justifica a dispensa imediata. E no futebol, tudo deveria resumir-se a RESULTADOS.

Já deitamos fora um Mundial e agora deitamos fora um Europeu onde, com um treinador ambicioso e capaz de aproveitar a qualidade do grupo teria muitas chances de revalidar o título, vencendo a mais que provável França nas meias finais.

Portugal precisa de um treinador que estimule a concorrência no grupo e a que cada um dê o seu melhor, e na sua posição natural. Precisa de um treinador que demonstre aos melhores que são eles a terem de liderar pelo exemplo e não pela condição de privilégio.

Os interesses que dominam a FPF querem Fernando Santos na Selecção. Ou na pior das hipóteses, querem Rui Jorge que significará continuidade e a mesma falta de ambição como se viu na final que disputou.

É a mediocridade ao volante de um Ferrari.