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terça-feira, 29 de julho de 2025

Organograma da SAD - Proposta Benfica Vencerá (vamos ver)

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Hoje a candidatura de João Diogo Manteigas anunciou a estrutura do CA da SAD. Claro que qualquer modelo pode e deve ser discutido, mas sem nomes não faz muito sentido fazer esse tipo de considerações, porque na verdade um excelente organograma pode ser um desastre se operado pelas pessoas erradas, e vice-versa.

Não obstante, e salvaguardando a minha leitura individual que porventura ignora algumas vertentes do modelo de governo que possam ter que ser tidas em conta, este organograma oferece-me a seguinte perspectiva:

- Não gosto de um "Presidente todo poderoso". Liderar o futebol ou a comunicação (em termos estratégicos) deve ser algo a tempo inteiro, coisa que o Presidente do CA da SAD não poderá fazer, na medida em que também será Presidente do Clube.

- Não vejo a necessidade de ter um vogal na SAD focado no Clube e no Associativismo. Isso é uma matéria do Clube e não da SAD. Da mesma forma que não entendo um cargo de liderança para a ligação ao Clube quando o Presidente é o mesmo e, imagino, haverão vices do Clube, como vogais da SAD (o que não concordo).

- Também não vejo necessidade de ter um Vogal da Adm da SAD para relações institucionais

Já em sentido contrário, gosto da ideia de ter um vogal não executivo, porventura convidando o accionista que detém 5% a assumir essa posição (que aliás é sua por direito ao ter posição qualificada).

No futebol, se queremos (como dizem todos os candidatos) "falhar menos" e "apostar na formação" então ambos devem estar ao mesmo nivel. Penso que se queremos que a formação e o scouting sejam pilares de excelência, então penso que faz sentido ter os seus máximos responsáveis sentados na mesa de decisões da SAD a poderem intervir directamente nas estratégias de forma a que os seus pelouros não sirvam apenas, mas influenciem as estratégias.

Tomei a liberdade de fazer um rascunho do que poderia ser um um modelo de CA da SAD (e CE da SAD, por consequência):
 

O Presidente do CA poderia até ser o Presidente do Clube, actuando como Chairman e sendo nomeado um CEO como Presidente da CE (caixas a vermelho).

O futebol Profissional, Formação e Scouting ao mesmo nível - não incluí o futebol feminino porque entendo que deveria ter uma SAD separada, detida pela SAD do futebol futebol profissional. Isto assegura que quando é necessário apresentar algo para o futebol, possamos ter ao mesmo nivel o scouting a validar opções e a formação a identificar se tem soluções - o Adm do Futebol pode tomar a decisão com o apoio do Presidente e em função do contexto aprovado pelo outro Administrador: Financeiro (CFO na CE). 

Também a área Comercial e de Marketing, onde estaria a exploração dos direitos televisivos, merchandizing entre outras áreas fundamentais para a captação de receitas, como matchday, etc.

Por fim, a área de Tecnologia e Inovação, onde se insere a vertente digital e outros meios tecnológicos em coordenação com todas as demais áreas.

Se repararem o CA tem 9 elementos e a CE tem 7, para assegurar sempre factores de desempate.

Penso que areas como Juridico, Compliance, Comunicação, Ligação aos Sócios (?) e Relações Institucionais devem ser apenas direcções, em dependência do CEO da CE de modo a poderem ser factores transversais à organização.

Claro que isto requer muito mais trabalho, desenvolvimento e - tal como referi anteriormente - pode ter tanto valor como ser irrelevante se não houver pessoas com certas características de liderança e experiência para as funções. Não serve, por exemplo (olhando ao passado) nomear Rodrigo Magalhães como Adm da SAD. Não tem o perfil, apesar de ter sido um enorme valor profissional e a cara do scouting - isto apenas como exemplo.

Eleições: TODOS VOTAM OU HÁ MEDO?

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Vamos lá olhar para a realidade à nossa volta e para o que nós, os sócios, decidimos nos Estatutos. Vamos talvez começar por aí: não vale agora a pena andar a disparar em todas as direcções - os estatutos são uma responsabilidade dos sócios e formato actual foi o que nós quisemos na altura.

Infelizmente, muitos dos presentes votaram / regeram mais contra o que não gostaram no passado do que no que consideravam que deveria ser um futuro sério e honesto. É muito normal que estejamos a viver com uns Estatutos anti-passado mais do que os Estatutos para o futuro.

Agora olhando para o que nos rodeia: Não tenho os dados muito detalhados e vou falar em grandes numeros - o que para os efeitos de análise é suficiente. Vejamos:

Na Europa, apenas nos podemos comparar com Real Madrid, Barcelona e Bayern Munique. Isto porque em Espanha apenas esses entre os grandes são associativos, em França e Italia entre os grandes já não sobra nada, Inglaterra menos ainda e depois são todos os alemães e nesse caso podemos olhar ao clube mais associativo e reconhecido do país.

Vamos a factos:

Real Madrid:
- Adeptos: cerca de 400/450 milhões
- Sócios: menos de 100 mil (0,025% dos adeptos)
- Votantes: desde 2013 que ninguém desafia Florentino, em 2000 e 2004 tiveram cerca de 30.000 (30% dos sócios)

Barcelona:
- Adeptos: cerca de 300/350 milhões
- Sócios: cerca de 150 mil (0,05% dos adeptos)
- Votantes: habitualmente à volta de 50 a 60.000 (mais de 30% do total de sócios)

Bayern Munique
- Adeptos: cerca de 100/110 milhões
- Sócios: mais de 400 mil (3,5% dos adeptos)
- Votantes: muito pouco participadas, os registos mostram cerca de 2 a 3mil votantes (de 2010), mas podemos até assumir que duplicou ou triplicou que será sempre muito baixo (10.000) e na ordem 2,5% dos associados.

O que têm tudos em comum: Voto presencial e fisico!

O SLBenfica não foge à regra:
- Adeptos: cerca de 8/12 milhões
- Sócios: mais de 400 mil (4% dos adeptos)
- Votantes: em 2021 foram cerca de 40.000. ou seja 10% do total de sócios. Vamos até considerar que só metade são elegíveis... são então 20% - continua a ser baíxissimo.

Está claro que há um problema de representatividade dos sócios nos clubes. Não faz qualquer sentido que apenas 10% ou 20% dos sócios. Mesmo o Barcelona, com matriz regional vincada e com muitos sócios concentrados na região, não consegue elevar a fasquia acima dos 30/40%.

Se os candidatos querem mudança, democracia e o tal "devolver aos sócios" a participação activa no Clube (e sócios que não o confundam com participar na SAD, que é uma empresa com parcerias, cotada, etc.), então é preciso mudar o paradigma e fazer a eleição chegar a TODOS OS SÓCIOS.

Hoje em dia nada justifica que os sócios do SLBenfica não sejam chamados a votar através de uma plataforma digital que assegure autenticação segura e validação da identidade digital.



Os bancos já permitem abertura de contas à distância através de plataformas que obrigam a scanear o cartão de cidadão e tirar uma foto no momento para comparação; outros contratam um serviço de validação de identidade através de video chamada que dura um minuto (há empresas portuguesas que o fazem)... o processo pode ser seguro se todos quiserem que o seja.




O fluxo é simples, não é dispendioso, é 100% auditável e as empresas que fornecem os serviços são obrigadas a normas de certificação para o operar nesta área.

Acesso ao Website e App produzida para o efeito se não quiserem que seja no site e app oficiais por independência. Não tem que ser bonito, tem que ser funcional. É para um momento unico e para fazer três selecções (Lista Presidência, Lista Mesa da Assembleia Geral e Lista Conselho Fiscal):

Caso o sócio tenha Chave Móvel Digital:
> Validação por Chave Móvel Digital (CMD) + Numero de sócio
> Confirmação de identidade digital por scan do Cartão de Cidadão mais Selfie
> Redireccionamento para site de voto para escolha das listas a votação
> Voto e confirmação do mesmo enviado por email (pode ou não ser cifrado, desejavelmente sim)

Caso o sócio não tenha CMD
O processo faz-se por Numero de Sócio e Password seguido de:
> Confirmação de identidade digital por scan do Cartão de Cidadão seguida de video chamada para validação da identidade
> Redireccionamento para site de voto para escolha das listas a votação
> Voto e confirmação do mesmo enviado por email (pode ou não ser cifrado, desejavelmente sim)

Desta forma TODOS os sócios votantes com mais de 18 anos e quotas em dia, podem exercer o seu direito de voto onde estiverem em qualquer parte do país ou do Mundo.

Desta forma o processo é SEGURO e AUDITÁVEL

Desta forma os mais velhos que preferem votar fisicamente poderão continuar a fazê-lo sem filas e espera enormes, muitas vezes inibidoras das suas participações, apesar de benfiquistas de muitos anos.

Deixa de haver chico-espertices de mobilização de grupos de associados (e casas) amigas para votar. TODOS podem (e devem votar).

Nada disto é "inventar a roda" e pode ser implementado em poucas semanas, controlado em tempo real por representantes de todas as candidaturas, é totalmente independente do Clube e com isso representa não só um passo à frente como um compromisso com os sócios: TODOS VOTAM!

Se alguém me conseguir explicar porque isto não deve ser implementado, em vez do tradicional voto em urna ou voto eletrónico centralizado?

Afinal querem aproximar os sócios e querem mais democracia e representatividade ou não?

Qualquer candidato que esteja contra maximizar o numero de votos é um candidato que não está a ser sério nas suas intenções. TODOS VOTAM OU HÁ MEDO?

Além disto, mantenham-se atentos ao tema das remunerações. Cuidado com os paraquedistas. Já tivemos o Fernando Martins a salvar a Teixeira Duarte, o João Santos a salvar a Diese, o Manuel Damário a salvar as dividas do Braz & Braz (sim, eu sei que a malta nova não sabe o que isto foi e acham que chegámos ao Vale e Azevedo por acaso). Tivemos o Sr Jorge de Brito - a excepção - que empenhou o seu património pelo Benfica, mas que depois os filhos (e bem) foram buscar o que ele lá colocou.... informem-se: Vamos falar de Remunerações: Nunca foi tão importante sabermos ao que vamos!









segunda-feira, 28 de julho de 2025

Vamos falar de Remunerações: Nunca foi tão importante sabermos ao que vamos!

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Pela primeira vez, os orgãos sociais do SLBenfica passarão a ser remunerados. Se há coisas que os benfiquistas gostam de presentar na história do clube e lutar por ela como princípios que sempre caracterizaram o Clube, a relação com dinheiro não é uma delas.


Estou à vontade para falar disto porque sempre me manifestei absolutamente contra a remuneração dos orgãos sociais do Clube e para tal importa fazer as seguintes distinções:

- Eu sou a favor da integral separação da gestão da SAD, da gestão do Clube.
Alguém muito bom na dimensão eclética e representativa do Clube, não tem que ser alguém bom na gestão do futebol profissionais e todas as dimensões de negócio que o envolvem. Isso simplificaria e muito a eleição do Presidente do Clube.

Para mim, o Presidente do Clube deve ser Chairman da SAD sem funções executivas mas com poder de veto em qualquer decisão da Comissão Executiva da SAD, se assim o entender.

Para a SAD, o Presidente eleito do Clube, deve nomear o CEO da SAD, num processo desejavelmente de selecção profissional e este, num processo de selecção semelhante, deve eleger a sua estrutura de Administradores.

Antes - para o Clube - deve propor-se a votos com uma equipa de Vice Presidentes que devem ser o garante da liderança estratégica e visão eclética para o Clube. Para operacionalizar, deve haver uma equipa profissional sim (e bem remunerada) para liderar as diferentes áreas em reporting ao Vice Presidente.

Os cargos de Presidente / Chairman de uma instituição como o SLBenfica, assim como os cargos de vice Presidentes, deve ficar a cargo de homens e mulheres experientes, com elevado reconhecimento entre os benfiquistas, com visão estratégica fruto de um percurso profissional reconhecido. Devem ser a voz o Presidente nas diferentes áreas de gestão profissionais, lideradas por directores seleccionados e pagos em conformidade.

A nivel remuneratório, todos os profissionais do SLBenfica com cargos de liderança devem ter uma remuneração fixa que corresponda a 60% do total do que podem auferir... e 40% associados à performance que lhe corresponde, sendo que destes 40%, uma fatia de 25% deve ser condicionada à performance colectiva


Ora, recentemente um candidato referiu a sua intenção (muito infeliz na minha opinião) de ter um salário e de ter uma remuneração por bónus só quando o SLBenfica vencesse. Ora, isto uqer dizer que o candidato consider que o Presidente - do Clube - deve ter uma remuneração igual à dos treinadores e jogadores, que recebem em função do desempenho para o qual são contratados: vencer títulos.

Porém, um Presidente do Clube está muito longe de ser contratado para isso... Esse modelo aliás ficou muito conhecido no FCPorto onde os Administradores, mesmo com as contas todas no vermelho, sacavam grandes remunerações em bonus porque tinham sido campeões.

Este modelo é um incentivo ao uso do futebol como bandeira propagandista e ao risco do desgoverno das contas, se num momento dado for necessário sacrificar a sustentabilidade para dar titulos que permitam ao Presidente segurar-se e ganhar algum..

DISCORDO EM ABSOLUTO E TOTALMENTE DESTE MODELO DO FCPORTO que o candidato João Noronha Lopes propõe para o SLBenfica.

A remuneração dos OS não é obrigatória... é possível. Nada impede os candidatos de nomearem profissionais para o Clube e manterem os vice presidentes eleitos tal e como até hoje. Eles próprios, no Clube (repito: NO CLUBE) não faz qualquer sentido serem remunerados.

Eleger além - que não pode ser demitido por incompetência por foi eleito - e pagar-lhe por cima em função dos resultados desportivos é completamente sem sentido algum.

Recordo a todos que foi definido ter 0,05% da receita do grupo Benfica assignada a salários para os orgãos sociais... ou seja, cerca de 400 milhões de euros, que representam praticamente 200.000€/ano por orgão social. MAS ESTÁ TUDO BEM DA CABEÇA????

Agora, o no caso da SAD a conversa é outra:
- Eu sou totalmente a favor de um CEO remunerado, de uma Comissão Executiva remunerada - e bem remunerada - e de um Conselho de Administração onde os não executivos são remunerados por dedicação (de tempo) e envolvimento nas decisões da SAD.

A estes acrescento o Director da Formação e Director do Scouting (que são dois cargos que se fosse eu a decidir integraria na SAD como Administradores com poder de influência na operativa estratégica da SAD - ou queremos apostar na formação ou não queremos. O director geral para as modalidades, o Director Técnico, Director de Performance e Desenvolvimento, Director de Marketing e Comercial, Director Financeiro (do Clube, porque a SAD tem CFO), etc.... são tudo cargos (alguns existem outros novos) que devem ser remunerados - tal como o modelo anteriormente exposto.

É por isto que considero que os OS não devem ter funções na SAD e que funções de liderança e direcção no Clube e SAD devem ser remuneradas. Os OS só devem estar no Clube e não se requer a tempo inteiro e não devem ser remunerados - o que não significa que não devam ter as suas despesas, deslocações etc. em representação do Clube inteiramente pagas, claro que sim.

Noronha Lopes quer um SL Benfica para a "elite"

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Um dos principais segredos da popularidade do SL Benfica ao longo dos tempos foi a forma como todos os sócios e adeptos estão ao mesmo nível no Estádio da Luz ou fora dele, no apoio ao clube.

Não há “doutores” ou “trolhas”. Há benfiquistas. Referi isto nas últimas semanas.

Festejamos todos juntos, ficamos tristes todos juntos. Não há separações, fossos ou sentimentos de superioridade.

No entanto, uma pequena franja de benfiquistas identificada/apoiante de João Noronha Lopes não concorda com isso e tem vindo a insistir que há benfiquistas de primeira e benfiquistas de segunda.

Critérios como “presenças em AG”, utilização própria do RedPass ou idas aos jogos fora fazem parte do “cartão de fidelidade” que essa minoria exige que se implemente.

João Noronha Lopes identifica-se com esse radicalismo do SL Benfica e toma a dianteira em propor medidas para elitizar o acesso aos jogos na Luz e fora a uma pequena franja de benfiquistas.

Por exemplo, quem por alguma razão não pode ir a alguns jogos e não teve ninguém a quem ceder/revender o lugar desse jogo, com João Noronha Lopes será penalizado. Incrível! 

Isto significa que, para João Noronha Lopes:

 A)  Um trabalhador por turnos que não consegue ir a todos os jogos, deve perder o seu RedPass, apesar de o pagar todos os anos

B) Um cuidador familiar de pais ou familiares idosos que não possam estar em todos os jogos deve ser penalizado e perder o lugar

C) Um pai/mãe divorciados/solteiros com filhos que não consigam estar em todos os jogos, perdem o lugar anual

D) Alguém com uma saúde frágil que não lhe seja favorável ir a um jogo numa noite fria e chuvosa deve ser penalizado

Estes são alguns exemplos dos benfiquistas que João Noronha Lopes ataca com as suas medidas.

Para Noronha Lopes, apenas uma elite deve ter acesso aos jogos. Criar um cartão de “fidelização” e usar o mesmo para medir o benfiquismo é das medidas mais “anti-Benfica” que já vi.

Penalizar um benfiquista que não possa ir a um ou outro jogo é de um “anti-benfiquismo” inaceitável.

Além de tornar os adeptos não sócios em benfiquistas de segunda, que só por sorte poderão ter acesso a bilhetes para os jogos, Noronha Lopes cria nos sócios um ranking de benfiquismo.

Quer criar um SL Benfica de uma elite, contrariamente ao SL Benfica do Povo.

O sistema de bilhética deve ser simples, sem rankings. Quem primeiro chega, primeiro compra. Online deve haver limite ao número de bilhetes que cada um pode comprar. E já agora, acabar com os bilhetes dados a claques e colocar disponível todos e qual bilhete desses para a venda em geral.

Noronha Lopes, com este projecto para elites, devia é ser candidato ao Sporting CP.

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