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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O voto electrónico e as Casas: a voz dos benfiquistas

. 7 comentários

Começo este texto por dizer de forma bem clara: o fim do voto electrónico no SL Benfica é um ataque aos benfiquistas e ao benfiquismo.

Mas porquê?

Bem, ao longo dos anos o sistema de voto electrónico implementado pela Direcção de Luís Filipe Vieira nunca teve a credibilidade que uma instituição como o SL Benfica merece.

Foram vários os momentos em que no NGB tentamos esclarecer os benfiquistas quanto à forma como o mesmo era gerido no SL Benfica, a partir de um único gabinete e com apenas uma pessoa a controlar todo o sistema.

Fomos nós no NGB que questionamos a Comissão Nacional de Eleições e acabamos com a mentira de que o sistema no SL Benfica era certificado pela CNE. Não era certificado e nunca o foi.

Portanto, ficamos bem esclarecidos quanto à falta de credibilidade do sistema de voto electrónico da então Direcção de Luís Filipe Vieira.

Mas em 2020, com o interesse acrescido das Eleições no SL Benfica e com 3 candidatos distintos, o tema do voto electrónico e da sua transparência era vital.

O que foi proposto na altura para garantir que a vontade dos benfiquistas era respeitada?

O acesso prévio de todas as candidaturas a:

- Arquitetura utilizada no desenvolvimento e implementação do sistema informático;

- Tecnologias utilizadas no seu desenvolvimento;

- Protocolos de comunicação de rede;

- Manuais de utilizador e de administrador da aplicação utilizada.

Foi também foi questionado se era possível cifrar e assinar as bases de dados que suportam o processo eleitoral, bem como cifrar o sistema operativo (“file system”).

Estas condições não foram aceites pela então Direcção do SL Benfica e pelo então PMAG.

Mas também foram REJEITADAS por outros dos que agora estão com o fim do voto electrónico.

Para esses, apesar de andarem sempre com “os valores do Benfica” na boca, os votos e a liberdade de votar dos benfiquistas de fora de Lisboa são coisas dispensáveis. Apenas os seus votos e as suas vontades são importantes.

Daí o ódio que destilam às Casas do SL Benfica, pois quem está longe não está preocupado com cores de equipamentos ou com monocromáticos. Quem está longe quer fazer parte do SL Benfica e que o clube vença, e a forma mais aproximada de o fazer como nós em Lisboa é estar numa Casa do SL Benfica.

Para este pequeno grupo de sócios fanáticos, cujos interesses devemos questionar, pouco importa se os benfiquistas de Trás-o-Montes ou do Algarve conseguem votar. O importante é que eles votem no que querem.

Por isso também estão muito interessados em quebrar com algo que tem garantido a defesa dos interesses do SL Benfica e a sua não exposição a quem queira tomar conta hostilmente da SAD: o número de votos atribuído a cada sócio conforme a antiguidade.

Ao retirar aos sócios fiéis de décadas o poder de o seu voto ter mais peso, estão a abrir a porta a que qualquer grupo de pessoas possa chegar ao SL Benfica, fazer-se sócio e logo organizar-se numa AGE e aprovar a venda da maioria do capital da SAD. Nem é preciso pensar em mais nada. Pensem só nisto.

Ser sócio de um clube não é o mesmo que votar no país. Por isso a lenga-lenga de “um sócio, um voto” não faz qualquer sentido.

Somos sócios durante décadas e envolvemo-nos emocionalmente com um clube. Participamos na sua vida. Ou simplesmente queremos ter o ato de amor que é contribuir com o nosso dinheiro para ter um clube mais forte. Quem está ligado ao SL Benfica há muitos anos não pode ter um peso idêntico a quem acaba de chegar ao clube.

A democracia no SL Benfica não se defende atacando sócios de décadas.

A democracia no SL Benfica é defendida com pluralidade, debates entre candidatos, e a possibilidade de garantir aos benfiquistas que qualquer votação electrónica tem o escrutínio de uma entidade independente, com a presença de representantes do clube e das candidaturas. E que a votação só pode ser apurada com a participação activa dos já mencionados.

Defender o voto electrónico auditado e abrangente e defender o papel das Casas do SL Benfica é defender os princípios basilares do SL Benfica.

Termino esta reflexão com as perguntas:

- O que está por detrás de quem quer calar as vozes dos benfiquistas por esse Portugal fora?

- O que esconde quem quer tirar o poder do seu voto a quem já é sócio há 30, 40 ou 50 anos, para dar um poder quase igual a quem só agora se tornar sócio? Que interesses estão realmente a defender?

- O que escondem os que não querem um sistema de voto electrónico independente e auditado, que permitiria a participação de milhares de benfiquistas não importa onde estivessem? Porque querem calar os benfiquistas por esse país fora?

Querem tirar a voz aos benfiquistas por restringir as possibilidades de poderem votar, bem como por retirar peso aos benfiquistas que apoiam o SL Benfica há décadas. 
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7 comentários

  1. O voto electrónico é o melhor caminho para haver fraude nas eleições.
    Por favor acabem com isso antes mesmo de começar.
    Se isso do voto electrónico passar para as eleições na política é melhor encerrarem o país.

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    Respostas
    1. Sem ler o artigo porque hoje não tenho pachorra, quero dizer que gostei da entrevista de Rui Costa.Ponto.
      Depois aparecem as carpideiras dos comentadores com o "João Neves" coisa e tal.
      O Neves para além de gostar do Benfica, gosta mais do dinheiro - e bem, do ponto de vista do seu futuro e da sua família, fez o que eu faria - que o Benfica jamais lhe podia dar.

      Portanto RC tem razão nas vendas todas que fez porque o Benfica fica mais solto com outro tipo de jogadores. O João Mário?! O homem nem correr sabe porra. O Neres?!onde estava a regularidade no contributo para a equipa?. O Morato?! quantos golos sofremos por culpa dele, quantos passes mal feitos? Deixem-se de merdas, foram bem vendidos. Ponto.

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    2. Em Portugal e para variar, é useiro e vezeiro por-se o carro à frente dos bois... depois dá no q dá, frases feitas repetidas até á exaustão, para DEPOIS se vir GRITAR: AQUI DEL REY, Q ESTAMOS A SER ROUBADOS... PORQUE A MULHER DO CESAR NAO BASTA APARECER. Et pluribus unume. Já agora, onde anda a cmtv?

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  2. Apresentas pressupostos que não são verdadeiros.
    O voto electrónico mantém-se se todas as listas o aceitarem. Por outro lado o voto físico pode ser exercido em todas as casas do Benfica desde que existam representantes de todas as listas em todas as mesas de voto.
    O que é que um velhinho já com alguma demência consegue elaborar melhor que uma pessoa com 30 ou 40 anos, queremos que seja a demência a decidir no clube? Admito 1 voto até aos 10 anos, 2 votos dos 10 aos 25 e 3 dos 25 em diante, mais que isto é pura loucura. Já fui sócio por 3 vezes e saí por completo antagonismo com as direções, agora só porque tenho 4 anos de sócio, um velhinho demente (que respeito profundamente até devido á minha profissão) tem mais capacidade de decidir o Benfica que eu? Vá lá um pouco de bom senso. Sendo honesto o razoável seria uma pessoa um voto, caso não fosse isso o Pinto da Costa ainda era presidente do Porto, entendamos esta dinâmica.
    As eleições deviam ter urnas em todas as casas do Benfica para que todos os 300 mil pudessem votar.

    A AG correu muitíssimo bem, nós somos um povo de gente com sangue quente mas capaz de se unir na adversidade, é a natureza do povo.

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  3. Sou favorável ao voto electrónico nas casas. Não sou favorável a votos através de apps.

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  4. BOM TEXTO
    Não faz qualquer sentido um sócio um voto, é tentar subverter, manipular e adulterar a verdade, sendo assim um qualquer grupo económico pode oferecer e inscrever por exemplo 50000 novos sócios ou mais, para uma qualquer eleição, posteriormente não pagar ou anular essas inscrições, e não valorizar aqueles que são sócios sem interrupções à 10, 20, 30, 40 anos, com quotas em dia.
    Quanto ao voto eletrónico todos vimos como foram manipulados pelo corrupto e aldrabão dono do palheiro que omitiu procedimentos, e não foi nada transparente. Mas é possível implementar esse voto com regras, uma entidade credível que supervisione, e de forma transparente usar e ter a utilidade desse voto, alargando o acesso democrático dos sócios ao voto. Quanto aos votos das casas do Benfica, em vez de deixarem esses votos na mão dos presidentes dessas casas, faz todo o sentido o voto eletrónico , e votarem os Benfiquistas, sem discriminação e não deixar um número elevado de votos na decisão de uma única pessoa. Este sistema existente foi implementado por gente de má fé, que tentou por todos os meios usar e abusar do BENFICA e dos Benfiquistas, o que pelos vistos alguns ainda andam por lá, ainda existem e persistem em olhar não para o TODO mas única e exclusivamente para o umbigo deles.
    JHG

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  5. "estão a abrir a porta a que qualquer grupo de pessoas possa chegar ao SL Benfica, fazer-se sócio e logo organizar-se numa AGE e aprovar a venda da maioria do capital da SAD."

    Lá vem o papão. Faz lembrar o "dono do palheiro", que era "ou eu ou o caos".

    Nem todos os benfiquistas são atrasados mentais. Chega de fantochada, é preciso um clube de gente adulta.

    Façam uns estatutos em condições que limitem os papões da venda do capital da SAD e outros fetiches e não será preciso haver uns mais benfiquistas que outros.

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