120 anos da história mais bonita que alguma vez me contaram
Perdi a conta ao número de vezes que escrevi sobre o Sport Lisboa e Benfica e aquilo que significa para
mim. Ainda assim, por mais que o faça, colocar em palavras um sentimento tão intenso como este continua a
ser uma tarefa difícil.
Como já tive oportunidade de dizer noutras publicações, sabia ainda pouquíssimas coisas sobre o mundo em
geral quando tive o meu primeiro contacto com o Benfica. Era uma miúda, com os seus 4 ou 5 anos, que
tinha como uma das suas prioridades ver o Benfica. Claro que não tinha ideia do que era o futebol, mas se o
meu pai não perdia um jogo do Benfica então é porque era algo importante. Comecei a fazer como ele. Se entendia alguma coisa? Óbvio que não. Mas aqueles 90 minutos a ver o Benfica, ao lado do meu pai, eram
incríveis. Já era amor e eu não sabia.
Com o passar dos anos descobri que o Glorioso tem uma das histórias mais bonitas que
alguma vez me contaram e que, apesar de ter nascido no Norte, o meu coração sempre esteve em Benfica.
Coincidência ou não, acabei mesmo por me mudar para Lisboa e, espantem-se, da janela do meu quarto
podia contemplar algo que até então só tinha visto na televisão e em fotografias: o Estádio da Luz. Os astros
estavam finalmente alinhados a meu favor. Era o circunstancialismo perfeito para começar a marcar presença
em todos os jogos na Luz. E não só. Sozinha no meio da capital, longe da família e dos amigos era na
Catedral que encontrava o conforto de casa. Refugiava-me ali várias vezes nos momentos em que precisava de parar, de pensar e tomar decisões, como um crente que procura respostas na fé. É inexplicável a
tranquilidade que sentia naquele local. Ele estava vazio, mas o meu coração ficava cheio.
Durante esses três anos em Lisboa vivi alguns dos momentos mais bonitos da minha vida, como por
exemplo, as idas aos jogos, as amizades que nasceram por causa do Benfica e, claro, os festejos na majestosa
rotunda do Marquês do Pombal. Recordo com certa nostalgia a chegada do autocarro, com aquele ar
imponente de quem nunca neste país encontrou rival e a cidade pintada de vermelho. Não havia sítio no
mundo onde eu pertencesse mais do que àquelas ruas repletas de abraços apertados, festejos efusivos e
declarações de amor em forma de cânticos direcionadas ao clube que nos envaidece.
O regresso à minha maravilhosa cidade, Vila Nova de Gaia, fez com que as habituais idas à Luz dessem
novamente lugar aos jogos no sofá com o meu pai e a minha irmã. Até que no ano passado, eu e a minha
irmã, sem pensarmos muito, decidimos ir a Aveiro ver o clássico para a Supertaça. E aqui tudo mudou. No
mítico convívio pré-jogo conheci um grupo de incríveis benfiquistas com quem normalmente trocava ideias
na internet e desde então que nos encontramos em quase todos os jogos do nosso Benfica, sejam eles na Luz ou
noutro estádio qualquer. Ali nasceu a minha família do Benfica que não parou de crescer (e ainda bem)! Com
membros de Vizela, Gaia, Viseu, Braga, Coimbra, Lisboa, Valência…todos juntos por um amor maior: o
Benfica. E o que o Benfica uniu ninguém separa. Os 600km que faço ao fim de semana para ir à Luz com a
minha fiel companheira da bola, a minha irmã, valem sempre a pena pelo Benfica e o Benfica é o jogo e o
encontro repleto de abraços, sorrisos e finos com essa gente boa.
Foi também graças ao Benfica que me juntei à família NGB e voltei a descobrir a minha paixão pela
escrita. Aquilo que para muitos não passa de um simples clube de futebol para mim é bem mais do que isso.
A grandeza do nosso Benfica motivou-me a voar mais alto e inspirou-me sempre quando a criatividade me
faltou.
Por tudo isto e por outras tantas coisas que tenho guardadas na memória e no coração levo orgulhosamente
tatuado no corpo o ano da tua fundação.
Parabéns, amor da minha vida. Parabéns, Sport Lisboa e Benfica.
👏👏
ResponderEliminarque lindo o seu comentàrio .!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarviva o BENFICA
Só queria deixar aqui isto:
ResponderEliminarSporting-Benfica
Árbitro: Fábio Veríssimo
Assistentes: Pedro Martins e Hugo Marques
4.º árbitro: Hélder Malheiro
VAR: Fábio Melo
AVAR: João Bessa Silva
O habitual: árbitro do sporting e var do porto
EliminarOlá Filipa , Gosto sempre de ler os seus textos. Vesse mesmo uma verdadeira benfiquista desse lado.
ResponderEliminarUm beijinho 😘
Filipa como é linda a tua história a transbordar de benfiquismo por todos os poros, o Benfica é isto nunca imaginei também desde menino que o Benfica me fizesse tantas amizades são mesmo centenas de pessoas que desconhecia que existissem e que o Benfica me fez as conhecer e formar laços de amizade para o resto da vida, actualmente vivo no estrangeiro e o Benfica me fez ligar a outras etnias que lindo é ser do Benfica adorei o que escreveste lindo viva o Benfica.
ResponderEliminarFoi o dia 17 de Outubro de 1965 a confirmação de que eu era Benfiquista.
ResponderEliminarMiúdo de recados numa empresa, quis o patrão levar-me num grupo em que todos eram sportinguistas para assistir a um Benfica-Sporting na Catedral.
Estavam os lagartos confortávelmente a ganhar o jogo quando o Glorioso marcou o seu primeiro golo e eu que me tinha até aí sentado a assistir aos festejos do grupo pelos golos do Sporting, dei um salto e festejei sózinho.
Levei um calduço e nunca mais me levaram à bola.
E já lá vão muitos anos de alegrias e desalentos, mas sempre com a mesma alma.
Sortudo por ter visto ao vivo algumas das grandes glórias que elevaram bem alto o voo da nossa Águia!
Em alinhamento com as grandes e rápidas alterações sociais e económicas, infelizmente,muitas coisas boas desapareceram.
E veio ao de cima o pior que o dinheiro e a sociedade de consumo podem gerar.
Charlatanice, vigarice, popularismo, chico-espertice e tudo o mais que a sociedade tem de mau e que por via dos milhões que os clubes desportivos geram, é mel para esse tipo de artistas.
O S.L.B., fruto da grande massa adepta também tem quem, apesar de benfiquista, dê prioridade ao bolso próprio esbulhando o Clube.
Enquanto a grande massa adepta esmifra os tostões que lhe faltarão noutras áreas da vida para pagar quotas, bilhetes, viagens, cachecóis, camisolas e todas as tralhas que a imaginação de alguns inventam.
Sinais dos tempos com que os mais antigos tem de viver.
Apesar de tantas maldades que fizeram, continuam a fazer e farão no futuro ao Sport Lisboa e Benfica a sua grande base de apoio decerto levará esta Grande Instituição a mais 120 anos, na boa!
VIVA O SPORT LISBOA E BENFICA de COSME DAMIÃO!!!
Lindíssimo texto o seu, cara Filipa. Pleno de fervor Benfiquista!
ResponderEliminarTambém gosto muito das suas crónicas aos nossos jogos. Portanto, por favor continue a escrevê-las, mesmo que por vezes tenha de ler comentários e críticas desagradáveis e nada educadas.
Já assisti a jogos do Benfica em Casas do Benfica de muitos distritos em Portugal - no Norte, Centro e Sul. Não nas Regiões Autónomas e no estrangeiro, infelizmente. Sem qualquer desprimor para os Benfiquistas de todas essas regiões (antes pelo contrário, pois sei bem como todos vibram e sofrem pelo Benfica), nunca vivi um jogo de forma tão intensa como quando pude assistir a um jogo nosso na Casa do Benfica de Vila Nova de Gaia. E sei que os Benfiquistas da cidade do Porto e da região do Porto vivem o Benfica de forma muito especial.
Acho que muitos dos nossos atletas, treinadores e dirigentes não perdiam nada se passassem pela experiência de acompanhar, nem que fosse uma só vez, os nossos adeptos que fazem centenas de quilómetros em poucas horas só para ver o Benfica, com tudo o que isso implica de sacrifícios financeiros e nas suas vidas pessoais. Tenho a certeza que passariam a jogar, a treinar e a dirigir de outra maneira :)
Parabéns pelo seu texto.
Viva o Sport Lisboa e Benfica.
Apenas mais uma “história”, derivada deste (mais 1) excelente texto:
ResponderEliminarNos tempos em que não havia tv em directo, onde só ouvíamos relatos dos jogos do Benfica:
Tinha 15 anos, e decidi (com a aceitação do meu pai) ser sócio do Benfica , pedi a autorização do meu pai e lá fui eu , de comboio, sozinho, fazer-me sócio do maior clube de Portugal , aquele que me fazia chorar quando ouvia os relatos na rádio, e o Isaías chutava para fora ou o Veloso falhava um penalty…
Ou quando vencíamos jogos por 6-3 na casa do adversário ou íamos a finais de CHAMPIONS!
Nao interessava , na altura… era uma segunda pele!
Hóquei
Basket
Tantas e tantas tardes/noites a chuva , com a “almofadinha para o rabo”, de comboio até casa.
120 mil no antigo estádio!
Hoje , passo isso para o meu filho (quase que o “perdia” para as cores verde e brancas (a família materna dele é toda do sporting), e que prazer é (mesmo nos dias de hoje) vibrar e celebrar com as conquistas do nosso SLB a seu lado!
Pai para filho!
Benfica sempre!
Mesmo com tantas desilusões e choro compulsivo!
Parabéns BENFICA!!!!
Fellini
a maior herança e ensinamento q o meu Pai me deixou (a mim e ao meu irmão e já transmitido ás respectivas filhas), Amar este Clube Imenso, Obrigado BENFICA por existires, nascemos para ti, Vivemos para ti, Ó BENFICA MÁGICO Ganha para todos nós.
ResponderEliminar