O escândalo que a FPF queria esconder: FC Porto e Portimonense juntos contra a verdade desportiva?

 

No passado 26/08/2022 foi produzido um Acordão pelo Conselho de Disciplina (Secção Não Profissional) da FPF que deixou a nu um verdadeiro escândalo que obrigará a uma investigação urgente por parte das autoridades judiciais, já que as do futebol são corruptas e nada fazem.

A ligação entre o dono do Portimonense e o FC Porto, para quem tinha dúvidas, ficou exposta.

O FC Porto pagou 600 mil euros ao dono do Portimonense por uma actividade que Theodoro Fonseca não está nem esteve habilitado a exercer. O que pagou afinal o FC Porto?? 

Mais ainda: comprova-se que o nome do dono do Portimonense não é o veiculado há anos pela imprensa. Ou seja, em tudo faz lembrar o antigo processo que envolveu o ex-árbitro Carlos Calheiros, que viajou para o Brasil com o nome José Amorim e cuja viagem foi facturada pela Cosmos ao FC Porto.

A integridade dos 3 campeonatos ganhos pelo FC Porto desde a entrada deste senhor no Portimonense estão agora em causa e as autoridades têm que investigar!

Se em Portugal não o quiserem fazer, devem os clubes da Primeira Liga ou outros denunciar este caso à UEFA e FIFA.

Theodoro Fonseca é acionista maioritário da Portimonense SAD desde 2013/2014.

Desde a entrada deste senhor no Portimonense, nas disputas com o FC Porto, os algarvios contam 11 derrotas em 11 jogos para o campeonato e 1 para a Taça de Portugal em 1 jogo.

Theodoro Fonseca apareceu em Portugal como “empresário de Hulk”.

Theodoro Fonseca apareceu também como “empresário de Walter”, outro antigo jogador do FC Porto.

Quer o FC Porto quer Nakajima não foram alvo de sanção pois o CD Não Profissional passou essa análise para o CD Profissional. Relatos dizem que essa análise foi enviada às autoridades judiciais.

FC Porto e Portimonense não merecem estar no escalão principal do nosso futebol e devem descer de divisão.

O que ficou provado pelo Conselho de Disciplina:

1) Constantin Teodoro Panagopoulos é Theodoro Fonseca.

2) Constantin Panagopoulos 50% do capital da empresa For Gool Company, com sede no Reino Unido, sendo os outros 50% de Justyna Wojcik.

3) A For Gool Company detém 85,88% das acções da Portimonense Futebol SAD, sendo a accionista maioritária

4) Constantin Panagopoulos não está inscrito na FPF por clube ou sociedade desportiva, e nunca esteve registado como intermediário

5) O filho deste senhor, Theodoros Panagopoulos (também conhecido por Theo Ryuki), esteve inscrito pela Portimonense SAD como jogador profissional na época 2021/2022, tendo rescindido o contrato por mútuo acordo ainda em 2 de Agosto de 2021. Já tinha jogado nos juniores do FCP. O transfermarkt indica que terminou a carreira na temporada 2019/20.

6) A YK Teo, representada por Constantin Panagopoulos, iniciou em Abril de 2016 processo de registo como intermediária na FPF, onde declarou que o referido CP era o representante da empresa entregando também cópia do Passaporte. Nunca completou o processo e por isso nunca teve junto da FPF registo como intermediária.

7) A 25 de Junho de 2019, a FCP SAD celebrou documento escrito na cidade do Porto com a YK Teo contrato de intermediação desportiva com vista à prestação de serviços de intermediação na negociação da transferência internacional do jogador Nakajima do Al Duhail para a FCP SAD.

8) A FCP SAD assumiu pagar à IK Teo 600 mil euros como contrapartida pelos serviços prestados, sendo esses:

a)       Aconselhar o clube na estratégia negocial com o Al Duhail

b)    Actuar como intermediário da FCP SAD comunicando ao Al Duhail os termos contratuais propostos pela FCP SAD

c)       Convencer o Al Duhail a aceitar os termos propostos pela FCP SAD

9) A assinatura do representante da YK Teo é semelhante à do passaporte detido por Constantin Panagopoulos

10) Nakajima assina contrato de trabalho desportivo com a FCP SAD a 01/07/2019.

11) O acordo entre o Al Duhail, a FCP SAD e Nakajima indica na clausula 8 que a FCP SAD declara que o intermediário IK TEO participou em representação da FCP SAD nas negociações do referido acordo.

12) O contrato de trabalho desportivo assinado entre Nakajima e a FCP SAD refere na sua clausula 7 que “o presente contrato foi celebrado sem a intervenção de intermediário, em representação do clube”.

13) No registo do contrato de trabalho desportivo junto da FIFA, no campo que se destina a prestação de informação se houve a actuação de intermediário, a FCP SAD fez contar ter sido representada pela IK TEO.

14) O registo no FIFA TMS (Transfer Matching System) é preenchido pelo clube, neste caso a FCP SAD, conforme esclarecimento da Direcção de Registos e Transferências da FPF.

15) Constantin Panagopoulos tornou pública a sua intervenção na intermediação do negócio na rede social Instagram

16) O administrador da Portimonense SAD, Edgar Vilaça, diz conhecer o nome “IK TEO” mas desconhecer a sua estrutura societária.

17) O administrador da Portimonense SAD, Robson Ponte, diz desconhecer o nome “IK TEO”.

18) Os referidos administradores dizem tratar dos temas da Portimonense SAD com a acionista Justyna Wojcik e não com Constantin Panagopoulos.

19) Ficou provado que o accionista do Portimonense, Constantin Panagopoulos, também conhecido por Theodoro Fonseca, exerceu a actividade de intermediário em nome da FCP SAD, não estando habilitado e credenciado para o fazer.

20) Diz o acórdão: “…Constantin Panagopoulos atuou com conhecimento de que a sua conduta era ilícita, não se abstendo de realizá-la, conformando-se com o resultado directo da sua conduta – atuando portanto com dolo directo.”

Continua o acórdão: “…inexistindo qualquer conduta posterior que abone a favor do arguido.”

21) Não ficou provado/demonstrado o papel do filho de CP, Theodoros Panagopoulos, apesar de uma notícia do Jornal A Bola o exibir ao lado de Nakajima como “seu empresário”.

22) Sanção decidida pela FPF: