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terça-feira, 8 de março de 2016

Carta de amor a Lisboa!

. 56 comentários

Subscrevo tudo. É o que dá colocar como presidente da Câmara de Lisboa alguém de fora, que não sente a cidade, e permitir que esteja acompanhado por um Manuel Salgado qualquer que se orienta à custa da destruição da cidade de Lisboa.

Todos os que gostam, amam Lisboa têm a obrigação de partilhar isto tudo até à exaustão. Está na hora de lutar contra isto.

Retirado daqui.

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"Normalmente não gosto de colocar aqui publicações do facebook mas esta notícia supera-me. Ainda tive uma vaga esperança que fosse mentira. Não é.  Vivo em Lisboa desde sempre. Os meus pais iam ao Jamaica. A minha mãe ainda vai. Ainda há uns meses estive no Europa.

O Diogo Faro tem toda a razão. A Lisboa que eu amo não é esta Lisboa dos hostels, dos tuk-tuk, dos rankings, dos mercados, do diabo a quatro mais um hamburguer gourmet. Não é que os hamburguers gourmet não sejam bons mas eu posso comer um hamburguer com um ovo, bacon e compota de frutos silvestres em qualquer sítio do mundo. O que não posso é ir ao Bairro Alto em qualquer sítio do mundo e sentar-me nos degraus das casas com um copo de plástico. E lá ficar pela madrugada dentro já depois dos bares terem cumprido a hora do fecho.

O que não posso é ir ao Europa ou ao Jamaica em Londres, está bem? Não posso ir aos alfarrabistas da Baixa em Berlim. Não posso ir a Nova Iorque e passar à porta de uma tasca e ouvir um marmanjo invariavelmente bêbado embrulhado num fado vadio. Não posso ir ás Catacumbas no Rio de Janeiro. Não posso ir ao Japão comer ameijoas no Baleal.

Não posso pagar uma renda altíssima e desajustada ao nível de vida dos Portugueses só porque vivo no Castelo ou em Alfama. Na Suécia eu não posso ver a placa do Eça mesmo por cima do Nicola. Não posso sentar-me nos degraus do Dona Maria à espera que a peça comece enquanto vejo a malta a brincar nas fontes do Rossio.

A Lisboa que eu amo é a Lisboa das tascas, dos eléctricos vazios às oito da noite ou oito da manhã (A única hora em que se apanha lisboetas no eléctrico) das discotecas na Rua Nova do Carvalho, daquele kiosque no Príncipe Real, a Lisboa dos putos a empoleirarem-se nos coretos, é a Lisboa em que o dono de um salão de cabeleireiro para homens sabe a que horas acaba a hora de almoço do alfarrabista do lado e da modista em frente, é a Lisboa em que os bairros são pequenas aldeias onde toda a gente se conhece, onde há donos de restaurantes que já vinham do tempo dos nossos pais, dos nossos avós. A Lisboa que eu amo é a Lisboa do Galeto, do Stop, do Jesus (Do Goês). 

É a Lisboa dos casais a namorar na rua do Alecrim enquanto estorvam quem quer passar. A Lisboa que eu amo é a Lisboa em que se grita na Bica “O Bairro Alto é que é!” e sai um insulto de uma janela porque só um lisboeta é que sabe onde acaba a Bica e começa o Bairro Alto.

A Lisboa que eu amo é a Lisboa das lojas empoeiradas e despretensiosas, com bustos do Eça e do Herculano. A Lisboa dos miúdos – e miúdas – a andarem à “boleia” na porta de trás dos eléctricos. A Lisboa do Bairro onde se encontra toda a gente. A Lisboa que eu amo é a Lisboa dos prédios antigos, mal pintados, todos diferentes e desalinhados, a Lisboa descuidada, que parece que acabou de acordar, a Lisboa da calma do café ao fim da tarde ali nas Arcadas do Martinho ou no Miradouro da Graça. A Lisboa que eu amo é a Lisboa que se galga e conhece a pé, com muito esforço, e não numa coisa acolchoada que só faz barulho.

A Lisboa que eu amo merece mais do que este planeamento ridículo, do “dá dinheiro então faz-se”, sem visão, sem futuro, sem nada. Uma visão que só pretende tornar Lisboa, a minha Lisboa, numa cidade genérica, igual ás outras que foram ganhando fama à custa de rankings e restaurantes com estrelas michelin. Uma Lisboa sem lisboetas. E não me lixem, mas os lisboetas fazem Lisboa, os lisboetas são Lisboa. Ignorantes, curiosos, mal-dizentes, bairristas, mal-educados ou educados de mais, doidos por novidades mas detestando a mudança, com um respeito indiferente pela diferença. Isto são os lisboetas. Lisboa é deles. É nossa. É minha. E estragarem-ma é que não permito. Nem admito."

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56 comentários

  1. Luigi SLB8/3/16 03:17

    E os hubers desta vida,,, estás a chegar lá shadows. Vamos lá ver se vamos a tempo. GLOBALIZAÇÃO e CAPITALISMO SELVAGEM, está na moda. Não se esqueçam de dizer aos vossos filhos e netos como era Lisboa menina e moça, mas encantada de pessoas genuinas. Até um dia Lisboa o meu grande Amor.

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    1. A modernidade e o historicamente típico podem conviver. Essa dicotomia só é incómoda para os gulosos.

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  2. Como Homem que nasceu na baixa e cresceu no bairro do res ves,isto doi.Mas as minhas melhores memorias da Lisa e do Jardim da Parada,da Rua Ferreira Borges,do Jardim da Estrela e das Amoreiras.Amo-te Lisboa.

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    1. Tinhas motivos para seres melhor, pah!! Então cresceste no melhor bairro do mundo!! :)

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  3. Eu gostava era da Lisboa anterior à da praça da Figueira, que era o farol da Europa e o orgulho dos lisboetas e não dos imigras que vieram reconstruir a Baixa e nisso duraram duas gerações.

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    1. Lisboa tem lugar para todos, desde que se respeite o seu património e ambiente tão único.

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  4. Eu gostava era da Lisboa antes do terramoto....

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  5. Anónimo8/3/16 09:23

    isso é tudo fofinho. mas diz lá, quem é que ia reabilitar aquele bloco edificado? o dono, com as rendas ridículas que os 3 bares pagavam? ou gostas é de ver aquilo em ruína, e esperar pelo dia em que cai em cima das pessoas que estão na rua?

    obviamente, devia existir forma de promover, senão nesse, em outros 3 ou 4 blocos daquela zona, recuperaçao para habitação em vez de hotel. mas isso sao outras contas. a bolha turistica lisboeta um dia estoira e depois vai ser o bonito com hoteis fantasma numa baixa desolada.

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    1. Estás a gozar? Os senhorios deixaram aquilo a cair durante tantos anos e ainda recebiam rendas por cima!
      Agora andam todos gulosos com o Cais do André mas ainda algum tempo atrás, quando estava cheio de prostitutas velhas e boites decadentes ninguém parecia muito preocupado.
      E quem lá estava e continuou? Pois é.

      Onde andaram os senhorios quando aquilo ruiu? Quem é que teve que mexer-se para que a CML promovesse a consolidação da estrutura?
      Além disso, um hotel ali?! Numa zona de vida noturna intensa?
      A própria CML andou a pedir a empresários para investir ali e agora que aquilo mudou vêm os especuladores.

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  6. Lisboa já tem sol mas cheira a lua
    Quando nasce a madrugada sorrateira
    E o primeiro eléctrico da rua
    Faz coro com as chinelas da ribeira

    Se chove cheira a terra prometida
    Procissões têm o cheiro a rosmaninho
    Nas tascas da viela mais escondida
    Cheira a iscas com elas e a vinho

    Um cravo numa água furtada
    Cheira bem, cheira a lisboa
    Uma rosa a florir na tapada
    Cheira bem, cheira a lisboa
    A fragata que se ergue na proa
    A varina que teima em passar
    Cheiram bem porque são de lisboa
    Lisboa tem cheiro de flores e de mar

    Cheira bem, cheira a lisboa

    A fragata que se ergue na proa
    A varina que teima em passar
    Cheiram bem porque são de lisboa
    Lisboa tem cheiro de flores e de mar

    Lisboa cheira aos cafés do rossio
    E o fado cheira sempre a solidão
    Cheira a castanha assada se está frio
    Cheira a fruta madura quando é verão

    Teus lábios têm o cheiro de um sorriso
    Manjerico tem o cheiro de cantigas
    E os rapazes perdem o juízo
    Quando lhes dá o cheiro a raparigas

    Cheira bem, cheira a lisboa

    A fragata que se ergue na proa
    A varina que teima em passar
    Cheiram bem porque são de lisboa
    Lisboa tem cheiro de flores e de mar
    ---------------------------------------------------------

    Naquele tempo é que era!!!
    Qual METRO qual quê a gente andava era de carroça.
    Amarelos da carris??Nada disso a carroça é que era.
    Pontes sobre o Tejo??Para quê, se havia o cacilheiro.
    Estádio da Luz??Nada disso,havia a quinta da Feiteira!
    Uberes??Então se havia as carroças!!!
    Esse tempo é que era bom!!!

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  7. Shadows eu nao vivo em Lisboa mas isto é uma verdadeira facada na minha juventude o cais sodré na realidade os pseudos investidores que estao por tràs desses senhorios da treta sao grupos muitas vezes de lavagem de dinheiro traficantes que se tentam passar por coitadinhos querem eles convencerem-me que as rendas baixissimas nao podem ser reavaliadas com o negocio que tem os gorvernantes tem obrigaçao de propor aos interessados soluçoes que tem que ter en conta a historia desta capital mas o que é isto o povo nao pode ser constantemente excluido das decisoes que vergonha ver Lisboa ser invadida por tukes e companhia a Lisboa que todos os estrangeiros apreciam se modificam aquilo que é a alma da cidade um dia serà uma Capital fantoma reservada a uma élite e jà sabemos infelismente como isso termina RUA COM OS IRRRRESPONSAVEIS POLITICOS sobretudo com aquela senhora que dissse que o Glorioso tinha sido beneficiado aonde anda ela para defender os LISBOETAS

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    1. Aquelas discotecas da treta do terreiro do paço.

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    2. Felizmente a minha discoteca preferida continua viva(incógnito)

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    3. Pedro, tens pinta de... Plateau! :)

      Artur, há espaço para o moderno e para o clássico. O que não pode ser é sacrificar tudo o que esteja no caminho de hotéis!
      A quantidade de hotéis que estão a abrir na Baixa é ridículo.

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    4. Frequentavas o Plateau,Shadows?Também gostava!

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    5. Ainda lá vou de vez em quando. Está na mesma...! :)

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    6. Não ponho lá os pés a 3 anos.

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  8. Também tenho saudades do Ágora, ardeu...
    Não percebo nada de contratos de arrendamento, mas não estão os senhorios nos seus plenos direitos?
    Faz-me lembrar aqueles posts revivalistas de "nos anos 80 fui muito feliz nesta discoteca, vejam como está, vamos fazer um abaixo assinado para a reabertura", ao que eu respondo, tens muita saudade compra e abre... pois...

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    1. Meu caro, conheces aquilo certo?
      Onde andaram os senhorios nas últimas décadas?
      Onde andavam os senhorios quando aquilo era um ninho de drogados?
      Quando eram só prostitutas naquela rua?
      É fácil virem agora falar em direitos. Quando aquilo estava a cair tudo tiveram que ser as discotecas a mexer-se.

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    2. Os senhorios muito provavelmente nunca tiveram dinheiro para reabilitar o prédio. Aquilo que recebem dos bares anualmente deve dar no máximo para pagar o IMI, ou seja, o lucro é zero. Não é por acaso que Lisboa é a capital da Europa com mais prédios em ruína. Esses 3 bares vivem à custa dos senhorios.

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  9. Ter vieiras a gerir coisas normalmente traz resultados destes...

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  10. Não gosto de ~Lisboa, sou honesto...nunca gostei, para mim Lisboa começa e acaba no Estádio da Luz, mas tudo o que vens para aqui dizer chama-se modernização Shadows, não é só em Lisboa, é por todo o pais....
    Há já muito anos que os barrismo em Lisboa acabou, aliás desde de meados da década de 90 que o Barrismo não existe na zonas Centro e Sul, porque é que deixou de existir??
    Existe muitas explicações/opiniões que se dividem, mas a certeza essa nunca será concreta, porque o que para uns é cinzento para outros é preto e para outros é branco sujo, mas em abono da verdade, o crescimento da industria nestas zonas, mais os agravamentos das situações financeiras e tudo mais proporcionaram essa queda do espirito barrista...

    Mas agora falas em nomes de cafés e bares e sei lá mais o quê....porque acaso Shadows sabes porque é que os cafés bares e etc fecham?
    Primeiro porque os valores de licenças de sonorização (até por ter um rádio a pilhas és obrigado a pagar), mais os direitos de projeção de imagens (teres a televisão num café hoje em dia é um luxo pouco apetecido para muitos) mais licenças de sonorização geral (dentro e fora do estabelecimento), mais o I.M.I. mais os custos de renda alguns bem acima da média..precipitam para a queda todo e qualquer cafezinho se proponha a algo em grande...
    Depois tens ainda outra questão a maior parte do pessoal pensa automaticamente em ganhar dinheiro, e esquecem-se que num café os primeiros 6 meses são de perdas e de criação de "ambiente de casa", como tentam ganhar dinheiro à pressa os valores por item são demasiado altos, é um café entre 0,80€ e o 1,20€, uma imperial a rondar 1,20€ e os 2,50€ e até a água em copo em alguns cafés é paga...por isso os cafés que fecham por falta de clientela........não me impressiona, vejam os preços praticados e comparem...
    Antigamente era bastante usual os jovens da margem sul à 6ª feira e ao sábado fazerem tipo excursão para irem a capital para os copos, hoje....os valores e o entretenimento são pouco apetecíveis.... pelo mesmo valor visitasse a Troia o seu novo Casino e as discotecas e bares, por isso é que é cada vez mais usual os jovens Lisboetas se deslocarem para as noites da margem sul onde se paga valores bem mais baixos, pelo preço de por exemplo 1 café e 1 martini em Lisboa, em Setubal por exemplo dá para pagar 2 cafés e 2 Martinis, por isso é que Setubal Barreiro Montijo e etc voltaram a ter alguma noite...

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    1. Pedro, o bairrismo existe e está bem vivo!
      As casas em questão não têm problemas financeiros nem dificuldade em pagar rendas superiores. Nunca o tiveram.
      O Jamaica enche todos os dias. Todos.

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  11. Os amantes dos bares do Cais Sodré que se juntem e comprem aquilo... O que é que a Câmara de Lisboa tem a ver com propriedade privada? Resta saber se isto até é verdade. É que já vi isto em 3 sítios, todos baseados no mesmo post.

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    1. Pior. Vai a Santos e vê a podridão(putos e pitas com 15 ,16 anos perdidos de bêbados)

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    2. Xô Tor, a CML tem obrigações muito importantes como por exemplo expropriar quem deixa imóveis daquele tamanho a cair sem quaisquer obras de manutenção.
      Foi o que aqueles senhorios fizeram.

      Pedro, quando tinhas a idade deles não bebias não? No tempo do Até que Enfim, da Vaca Louca, do Gingao, do Pontapé na C...

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    3. Um pontapé na c no Arroz doce.A dona Alice era o máximo.
      Claro que apanhava bezanas,mas perdeu-se uma certa ingenuidade que era natural e salutar(com 18 anos)

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    4. Quando a "tia" Alice morreu, era uma questão de tempo até o filho rebentar com aquilo.
      Foi um tempo fenomenal...

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  12. Para quem adora a Uber pela evolução resiste à evolução natural de uma cidade turística. Dito isto mentaliza-te que partes do nosso país (tipo alguns em desenvolvimento) não são para os nativos.
    Mas como nunca gostei de Lisboa para mim é irrelevante

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    1. Eu não adoro a Uber. Não gosto é de gente que não passa automaticamente faturas e que foge aos impostos, que é malcriada, e que agride fisicamente quem não concorda consigo.

      Lisboa tem o seu encanto, os turistas são muito bem vindos, mas não à custa do que faz a história da cidade. Dos seus espaços e ambientes.

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  13. Esqueci-me do tacão e do gingão do qual era fiel cliente

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  14. Escura?Cidade escura é o Porto apesar de achar bonita,mas Lisboa é a minha cidade preferida por mais cidades que tenha conhecido.

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  15. Ora aí está Shadows! É só não falares de futebol jogado no campo e estamos de acordo! ;)

    Este texto até me comoveu, como uma jogada do Di Maria na Luz, uma assistência magistral de Pablo Aimar, uma bomba de Oscar Takuara Cardozo...

    Que grande homenagem à capital, tão certeira, tão alfacinha...sem querer parecer lisboeta pedante, só os lisboetas percebem este texto...e como isso se percebe nalguns comentários...

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    1. Não é de minha autoria mas revejo-me inteiramente nele.

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  16. Lisboa é uma cidade lindíssima, alegre, cheia de luz (escura??) e a Câmara, desde que para lá foi António Costa, tem feito um trabalho muito interessante. Concordo com os rabiscos nas paredes, detestáveis, mas o civismo é uma pecha do povo português, não só dos lisboetas.

    Por falar em criminalidade elevada, vivo aqui desde que nasci, há 55 anos e fui assaltado uma única vez, já lá vão mais de 30 anos.

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  17. Um habitante do Porto chamar "escura" a Lisboa é de facto um caso de estudo.

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  18. Quer dizer, três discotecas a bombar que nem 1000 euros davam de renda, no seu somatório... oh pa, quer dizer, a vida está difícil para todos. Chorar por 3 discotecas...Em Lisboa, o que não falta, é locais para andar com a cabeça à roda. Fossem estes os problemas de Portugal.

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    1. Quer dizer, um prédio que estava a cair de podre, que chegou a cair, que os senhorios andaram anos a fio a deixar aquilo cair... Isso é que era bom.

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    2. A questão aqui é, se fosse uma zona cultural, ou realmente um ponto turístico de enorme valia, fazia sentido todo o alarido. Agora haver grande debate por 3 discotecas coladas umas às outras, que estão numa condições lastimáveis, para mim, faz-me confusão. Se me falares que há uma grande relação sentimental para com o local, tudo bem, mas Portugal e Lisboa têm mais que se preocupar.

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    3. Tens ido lá? Lastimáveis?

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    4. Pelo vídeo, a zona onde se encontram as tais discotecas, tem um aspecto de certa forma degradante( Mas posso ter sido induzido em erro). Mas força nas reivindicações que acreditas. Cada um, na sua luta.

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  19. Tripas, por acaso a Rua Escura fica no Porto. :)

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  20. Eu por acaso acho que esse descrição é um atentado à Lisboa de antigamente. Onde o Bairro alto e a Rua cor de rosa eram dois centros de prostituição. E esses elétricos são um atentado às tradicionais carroças. E dos autocarros que fazem tremer os prédios prefiro nem falar. Discotecas? Mas estamos a brincar? Isso só vai tirar malta das casas de fados de Alfama.

    Lisboa pode ter muitos problemas, mas o argumento do "ái não que isso vai mudar coisas da minha meninice" é só patético.

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  21. Tokyo, Jamaica e Europa vão fechar
    Estive no tokyo, este fim de semana.É pena

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  22. Adoro ler os teus devaneios revivalistas:-)
    O que tu não darias para comer um bifinho no Café Martinho ou jogar uma partidinha de bilhar no Palladium, e depois uma passagem pelo mitico Café Gelo para uma imperial e um rissol de camarão...
    Também eu, lisboeta de alma e coração, sinto que muita coisa mudou,fruto dos novos tempos, mas sua maravilhosa luminosidade, essa não vai acabar nunca...nem que a vaca tussa!

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    1. A luminosidade de Lisboa,contemplada de um dos vários miradouros é ouro.

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  23. O Alentejo mudou muito em certas zonas por causa da moda dos lisboetas irem passar fins-de-semana para lá. Passou tudo a ser tão típico que certas zonas criaram uma autenticidade de plástico. Agora provem do mesmo.

    A verdade é que a última vez que Portugal teve um período intenso de desenvolvimento foi depois de certa cidade sofrer um terramoto. Devia dar que pensar.

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  24. Eh pah desde que n fechem a tasca do Alberto.....

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  25. O teu melhor post Shadows! É mesmo isso!
    É bom saber que anda por aqui malta do Jamaica, do Plateau, do Incógnito!
    Ainda recentemente fecharam o Palmeira, melhor restaurante da Baixa, aberto há mais de 60 anos, porque vão nesse prédio fazer um hotel... E Alfama vai sendo tragada pelo AirBnB, qualquer dia põem lá figurantes a fazerdde varinas e malta a assar sardinhas de plástico!
    Esquecem que Lisboa vale tanto no Turismo pq ainda é autêntica, estamos a perder isso..

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