Os fundamentalistas antivieira, alguns dos quais, cronistas do NGB, que não se
cansam de acusar a Direção do Benfica de falta de democraticidade, de falta de
diálogo, de autoritarismo, de incompetência, e os Benfiquistas que não pensam
como eles, de carneirismo, andam agora todos ufanos
porque uma “milícia” de “pedagogos democráticos” se mobilizou para participar
ativamente nos trabalhos da Assembleia Geral do Clube, insultando Dirigentes e
outros sócios, fazendo rebentar um petardo em plena Assembleia! Não se
disponibilizaram para discutir o relatório e contas, pedindo explicações e
exigindo soluções, não apresentaram ideias e projetos alternativos sustentadores
da sua oposição, não procuraram esclarecer os restantes associados do seu ponto
de vista. Esgrimiram apenas os argumentos da má-criação, da violência e da
intimidação revelando incapacidade total de entender a Democracia.
Segundo reza a lenda, foi assim
que o mostrengo chegou ao poder; dissuadindo os opositores com uma “milícia”
que, pelos vistos, ainda por lá anda, para garantir que “tudo corre sobre
rodas”, por sinal, com satisfação de todos, pois não se conhecem protestos
internos, nem queixas das alegadas vítimas. E ninguém vai preso! Uma autêntica
Festa!
Tal não acontecerá no Benfica!
Opor-nos-emos, com as mesmas “armas, se preciso for. Este clube e tudo o que
representa não ficará refém de um grupo de arruaceiros que não têm a menor ideia
do que é o Benfiquismo - quem sabe se, entre eles, não estarão alguns ao serviço
do mostrengo. Tal é o ódio que derramam sobre os Dirigentes que suscitam
felicitações de adeptos do mostrengo pela “por fim, descoberta da verdade”. Como
se, quem tem calado e consentido as indignidades que vieram a público acerca da
corrupção no futebol, se preocupasse com o bem do Benfica ou com a verdade!
Tenham vergonha na cara!
Iniciei a minha participação nos
blogues Benfiquistas, com a satisfação própria de quem pensa estar entre “quase”
família. Com a satisfação de trocar impressões, ideias, ou simplesmente celebrar
o Benfica. Nunca me passou pela cabeça que houvesse ódio entre Benfiquistas! E
há-o! Este blogue é exemplo disso mesmo! Isto nada tem a ver com o Benfica! Ódio é algo que não entra no
dicionário deste clube, nem sequer relativamente aos adversários. É esta a
grande vitória do mostrengo! Não são os títulos fraudulentos, os títulos da
vergonha, os títulos da lama, da covardia, da hipocrisia. É ter conseguido
“fomentar” o ódio entre Benfiquistas .
É por isso que defendo, desde
algum tempo, a aprovação de um projeto de ética Benfiquista a em Assembleia
Geral para que todos os que querem fazer parte desta família estejam conscientes
dos valores Benfiquistas e a eles se vinculem sob palavra de honra. Quanto a
mim, prefiro poucos e bons. Divergência na unidade e unidade na divergência é um
dos lemas adequados para este clube.
Transcrevo extratos da CS acerca
da referida AG:
CM, 28 de Setembro de 2012 (salvo erro),
por Octávio Lopes:
“Quando discursou, lembrou que
devolveu a credibilidade ao Benfica, mas foi apupado por grande parte dos 600
sócios presentes , entre os quais muitos jovens. Mal
saiu do palanque rebentou um petardo no Pavilhão da luz. No final da AG, o
presidente ouviu gritos de “demissão” e foi escoltado por seguranças das
águias.”
“A bola”, 28 de Setembro de 2012, por
Gonçalo Guimarães:
“O chumbo deve-se, em boa parte,
à posição dos sócios mais recentes, que têm entre um e cinco votos. Cerca de 95
% votou contra, não sendo alheio a este facto o conflito que a principal claque
do clube mantém com Vieira há largo tempo.”
“…Quando acabou de falar, alguém
rebentou um petardo, produzindo muito fumo na sala. No exterior, grupos de
adeptos quase se envolviam em agressões.”
“…Teve de ser escoltado pela
segurança do clube, mas não necessitou da intervenção dos três agentes da PSP e
três spotters presentes. Os contestatários, na
maioria jovens, no entanto, gritaram bem alto: “Demissão, demissão, demissão!”
“A Bola”, 29 de Setembro de 2012,
declarações de Carlos Móia:
“O que se passou tem pouco a ver
com a tradição do Benfica. Não estão em causa as contas, foi um grupo
instrumentalizado que não representa a massa associativa do clube. Confesso que
não me lembro de um petardo rebentar numa Assembleia Geral…não é normal, e, numa
circunstância dessas, se calhar, a Assembleia Geral não devia ter continuado. Em
Outubro haverá eleições e portanto, se alguém quer ir a votos que apareça agora,
tem é que ser mais sério. O que se passou ontem não fragiliza o presidente do
Benfica, fragiliza o Benfica….”
“A Bola”, 29 de Setembro de 2012, crónica
de Fernando Guerra:
“Prenda igualmente merecida por
Luís Filipe Vieira (vitória sobre o Paços de Ferreira), depois de na véspera tão
maltratado ter sido na assembleia geral do clube, a qual, mais que o défice, não
lhe perdoa a míngua de títulos, sem se dar conta de o presidente jamais ter
olhado a meios para formar um plantel de nível europeu, talhado para recolocar o
Benfica na rota das grandes conquistas. Objetivo conseguido com extraordinário
esforço, ao contratar praticantes jovens e talentosos, com os quais qualquer
treinador do mundo, de reconhecida qualidade, adoraria trabalhar e teria
sucesso.”
Nenhuma claque manda no Benfica! Nenhuma
claque intimida os sócios ou Dirigentes do Benfica! Nenhuma dúzia de arruaceiros
manda num clube com 14 milhões de adeptos! Vão lá para as assembleias do
mostrengo exigir a demissão do “bicho”! Ou juntem-se “aos macacos” que já enchem
a barriga de títulos oferecidos. Desamparem-nos a loja.
Considero que o blogue Nova
Geração Benfica tem a sua quota parte de
responsabilidade do sucedido pelo fundamentalismo antivieira - quanto mim, anti-Benfica -, que o caracteriza
maioritariamente.
Já aqui perdi as estribeiras e
prometi não voltar a fazê-lo. Perante o ódio que aqui vi, no rescaldo da
famigerada AG - motivo de regozijo e chacota dos adversários - receio não
conseguir manter a promessa. E não quero! Quero estar entre Benfiquistas,
despretenciosamente, com satisfação, celebrando o Benfica, nas vitórias e nas
derrotas, racionalizando as causas dos insucessos, descrevendo jogadas
espetaculares, identificando estratégias para o futuro, sugerindo melhoramentos
aos vários níveis e setores da vida do clube, criticando com fundamentação,
racionalidade e cordialidade.
Publiquei aqui trabalhos
profundos, detalhados, acerca do que há nos bastidores do mostrengo, para que
todos possam perceber a origem do seu poder, sugerindo estratégias de
neutralização do dito. Publiquei aqui trabalhos de grande envergadura,
nomeadamente, nas análises às entrevistas de Rui Gomes da Silva e de Fernando
Tavares, que constituem autêntico anteprojeto de desenvolvimento
estratégico do Benfica.
Salvo raras exceções o debate foi
quase nulo; ou seja, muitos dos que aqui, reclamam debate, nem sequer fazem
ideia do que isso é! Debater implica expressar as ideias próprias com
sinceridade e tentar perceber os pontos de vista dos adversários, sempre, neste
caso, visando o bem do clube. Ora, salvo exceções, aqui há conversas de surdos,
ressabiamentos incontidos e uma cultura permanente de ódio ao Benfica por
interposta pessoa. CHEGA!
Agradeço perante todos, o honroso
convite do Viriato e do Master - de cujo Benfiquismo e democraticidade não
duvido, apesar das evidentes divergências entre nós - que aqui me trouxe.
Agradeço do fundo do coração aos que me lisonjearam com a leitura e comentários
das minhas crónicas. Não posso continuar a colaborar com quem faz do ataque
sistemático, por vezes sórdido, ao Benfica, uma missão de vida. Aliás, foi
precisamente esta, a condição que coloquei, logo de início, para colaborar no
blogue.
Aprendi aqui algo que,
efetivamente, desconhecia e me surpreendeu, algo negativo, desastroso e que,
mais que os proenças, os xistras, os soares, os costas, os
elmanos, etc, prejudica o
clube: O ÓDIO ENTRE
BENFIQUISTAS!
É esta a maior vitória do
mostrengo. É este o primeiro inimigo do Benfica que urge resolver, promovendo a
reconciliação com quem se mostrar disponível, pelo bem do clube. E é para este trabalho de reconciliação que
estarei disponível, aqui, em qualquer outro lado, ou em lado nenhum. Não me
movem quaisquer aspirações além das que aqui referi.
VIVA O BENFICA!