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sexta-feira, 15 de abril de 2011

PSV 2 Benfica 2 A chama imensa

. 3 comentários
Depois do resultado de 4-1 na 1ª mão eu não acreditava que seria possível o PSV dar a volta á eliminatória. Contudo, até ao minuto 40 as coisas estiveram bastantes complicadas e uma eliminatória que tinha tudo  para ser de sonho esteve muito perto de se tornar um pesadelo. Felizmente, os jogadores reagiram e empataram o jogo.

O Benfica entrou para este jogo com algumas surpresas no onze: a ausência de Aimar e a titularidade de César Peixoto numa equipa talhada para o contra-ataque e quiçá a pensar numa gracinha semelhante ao que se verificou nas meias-finais da Taça de Portugal.
Contudo, o Benfica entrou com tudo no jogo e com os olhos na baliza adversária e logo nos primeiros 10 minutos podia ter sentenciado de vez a eliminatória com oportunidades de Gaitán e Saviola. O Benfica entrou forte mas pouco depois deste lance, ao minuto 17 o PSV colocou-se na frente do marcador aproveitando o forte pendor ofensivo do Benfica. Sálvio sai lesionado pouco depois sendo substituído por Carlos Martins e o PSV marca o 2-0 aos 25 numa fase de grande desorientação do Benfica.
Para mim, este perigo deveu-se á péssima gestão do jogo por parte da equipa. Os jogadores têm que saber moderar o ritmo e controlar o posicionamento no relvado e a posse de bola consoante o resultado. Esta equipa infelizmente só sabe jogar a uma velocidade e a inconsistência defensiva causada pela ausência de mais do que um médio que defenda, a instabilidade nos centrais (o Benfica já testou imensos esta época) e os tremeliques de Roberto tornam a equipa menos sólida se não menos entusiasmante.

De qualquer das formas o Benfica reassumiu o controlo do jogo, a entrada de Carlos Martins levou a que houvesse maior controlo da bola e combatividade no meio-campo após o descontrolo que levou aos golos dos holandeses além de que o português contribuía e muito para os desequílibrios ofensivos do Benfica. Se o que disse da equipa do Benfica é verdade, a defesa do PSV parece de papel.
O golo que repôs justiça no marcador chegou já mesmo no fim da primeira parte de uma falta cavada por Carlos Martins e de um livre muito bem marcado por este: os defesas do PSV a dormir deixam que a bola passe por eles na entrada da pequena área, Isaksson alivia mal a bola (algo que deveria ter sido feito por um defesa) e Luisão num remate acrobático gela o estádio do PSV.

Na segunda parte, o Benfica esteve sempre mais perto de empatar que o PSV de dilatar a vantagem, os jogadores recuperaram a tranquilidade e viu-se a importância de dominar a bola a meio-campo: César Peixoto e Carlos Martins davam água pela barba aos holandeses, Gaitán podia ter marcado não fosse Isaksson ter feito uma defesa magistral mas o golo acabou por chegar após falta para pénalti sobre Peixoto.
Desta vez Cardozo não falhou (muito tremi eu) e a eliminatória ficou definitivamente resolvido.
No resto do jogo o Benfica controlou o andamento do jogo não permitindo quaisquer veleidades aos holandeses e com o apito final do árbitro todos os benfiquistas puderam festejar o regresso a uma meia-final europeia após 17 anos de travessia no deserto.

Uma nota final para dois factos que quero salientar: Luisão já leva 30 golos com a camisola do Benfica. É um dos 10 jogadores estrangeiros com mais golos pelo clube. César Peixoto demonstrou definitavemente que o seu lugar não é a lateral-esquerdo mas sim no meio-campo onde, apesar da sua lentidão, oferece uma ajuda preciosíssima a Javi Garcia a nível defensivo mas também consegue fazer muito bem a transição defesa-ataque. Por incrível que pareça acho que o seu posicionamento no meio campo é a chave para dar mais consistência defensiva ao Benfica bem como para a equipa conseguir controlar melhor os ritmos de jogo. Não acredito que mereça ser titular mas é um suplente precioso.
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3 comentários

  1. Águia Preocupada15/4/11 13:40

    Inacreditável!A forma como o Benfica entrou em jogo! É confrangedora a falta de maturidade, ambição, garra. alma, profissionalismo ou lá o que seja!
    Até parece que fazem gala e sentem prazer em fazer-nos sofrer!
    E depois há quem não goste de comparações... Mas temos que as fazer, quer gostemos quer não!
    Não sei se entraram em jogo com sobranceria, com a certeza da passagem ou com medo. Seja como for, além de treinador, é também tarefa de JJ incutir nos jogadores outra mentalidade; mais ganhadora, mais responsável e mais ambiciosa.
    E se ele não tem capacidade, que faz lá Rui Costa? Figura decorativa? Para bibelot já lá há bonecos a mais!

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  2. FCdaFruta15/4/11 14:12

    Porque é que o César não joga sempre assim... O Luisão foi enorme... O Roberto apesar de tudo fez lá umas grandes defesas... que podiam ter dado o 3-0... O Jardel viu-se a rasca com o Lens, que lhe dava pau a toda a hora... O dzsudzsak mais 1 vez a dar trabalho... O penalty do Cardozo foi 1 bocado arriscado...

    Os corruptos entraram bem e marcaram cedo. O glorioso entrou bem e sofreu cedo... Penso que aqui esteve a diferença entre golear e tremer... Se o glorioso marcasse logo tudo teria mudado...

    E depois jogar contra o 2º melhor ataque da Europa,74 golos marcados na liga, e contra 1 equipa que está em 2º lugar na Holanda a lutar pelo 1º, com alguma tradição na Europa, é 1 bocado diferente do que jogar contra 1 equipa que está em penúltimo na liga russa, e que nunca ganhou nada na Europa...

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  3. Concordo plenamente com o artigo publicado,mas acho que o JJ nos jogos grandes não transmite confiança e garra aos jogadores como o Domingos e o merda do V. Boas. Quando me refiro a jogos grandes refiro-me aos jogos com o porto, sporting, Braga e nas competições internacionais com as equipas que têm algum nome na Europa. Os outros jogos ganhamos porque temos uma das melhores equipas dos últimos anos e com algum mérito to treinador evidentemente. Tambem, não me posso esquecer que o JJ veio dar outra alma à equipa e esperença aos sócios.

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