O Blog Novo Geração Benfica é agora um espaço aberto a outros bloggers benfiquistas. Os autores dos textos serão os únicos responsáveis pelos mesmos, não sendo definida qualquer linha editorial ou obrigatoriedade. novogeracaobenfica@gmail.com

sábado, 22 de março de 2025

Um Livro de Propostas para o Benfica? Vamos la analisar dar opinião!

. 44 comentários


Foi lançado um livro de Mauro Xavier, que lhe chamou "A nossa camisola", onde referece que se trata acima de tudo de propostas que estudou e quis apresentar num livro. Já li no outro dia no CM dizer que se tratam de ideias, independentes de qualquer Direcção que as possa ou venha a poder implementar.

Nesse sentido, apesar de o próprio não fechar a porta a um dia poder ser candidato a Presidente do Sport Lisboa e Benfica enquanto nega a possibilidade de integrar qualquer candidatura às próximas eleições, vou analizar então as ideias sem qualquer posicionamento face às eleições.

Pelo que entendi, os pilares que o livro pretende responder são:

- Como dobrar as receitas nos próximos anos?
- Como resolver a centralização dos direitos televisivos?
- Como equilibrar as despesas operacionais?
- Como potenciar mais vitórias? (esta parte continua a ser muito explorada mas parece que se continua a insistir esquecer que estamos a falar de desporto, mas enfim...)
- Como potenciar mais a formação?

Lendo a entrevista de um lado a outro, portanto escuso-me a analisar avaliações que um sócio do SLBenfica faz da direcção ou de outros candidatos. Isso cada um tem a sua opinião e não vou entrar por aí, em especial porque vi que afasta qualquer candidatura de curto prazo e a pergunta é feita sobre duas pessoas que eu eu saiba nada mostraram que justifique a candidatura e outro sim que já o demonstrou.

Vamos mas é às ideias...

Venda de jogadores
Considera que deve ser vista como receita extraordiária, que as contas devem ser sustentáveis sem a venda e essas receitas devem ser usadas para:
1) modernização e expansão de infra-estruturas (Estadio e Seixal e Cidade das Modalidades);
2) Abatimento da divida;
3) Cobrir uma receita que se manifeste em baixa num ano (má participação na Champions, por exemplo).
Refere que no livro, estão indicadas as ideias que preconiza para colocar este elemento em prática, mas não vi detalhes na entrevista assim esperarei por mais detalhes, sendo que o princípio me parece relevante e nada seguido pela Direcção actual.

Regulamentação do Estado
- Redução do IVA dos jogos de 6 para 23%
- Permissão para vender bebidas alcoólicas no Estadio
- Revisão do Modelo de descontos para a Segurança social de 23% para uma taxa fixa
- Redução dos impactos obrigatórios com seguros na ordem dos 8%
Em resumo propõe um modelo de revisão dos custos do Estado que hoje me dia representam mais de 60% do encargo com atletas.

Isto parece-me um contexto muito relevante e que teria necessariamente um impacto muito relevante nos custos, nunca tinha explorado esta vertente de forma tão detalhada e de facto o impacto é brutal, porém vejo aqui uma falta de organização e liderança no Desporto em Portugal que seja capaz de levar isto por diante, na medida em que por muito boa e bem estudada que seja a ideia, não creio que possamos implementá-la unilateralmente.

Parece-me ser uma ideia para o futebol português e que cai naquela vertente de responsabilidade que o SLBenfica de ter para liderar as temáticas estruturantes, porém sozinhos e com nivel baixíssimo de qualidade e competência da FPF e Liga, não vejo estas coisas a avançarem com o Governo. Não obstante, a verificar-se era uma transformação excelente e muito necessária.

Quadros Competitivos, Arbitragem e Disciplina
Mais uma vez, trata-se de ideias para o futebol português, que me parece essencialmente ter sido o foco principal do entrevistador desde o início.

O Mauro Xavier apresentou a ideia de um modelo que nunca tinha lido:
- 1a volta a 18 equipas a jogar entre si tipo so uma vez modelo Champions
- Depois o Top8 joga o apuramento de Campeão e os restantes 10 jogam a Manutenção num total de 31 jogos por equipa em vez dos 34 actuais - mas aumentando o numero de jogos entre os Top8 (que sao os jogos mais vistos, o que em tese aumenta a receita)

Aqui acho que a Champions está a ser pioneira neste contexto, todos estranhamos ao inicio mas penso que é claro que todos acabámos a gostar. O meu problema aqui será que é indiscutivelmente mais receita para Direitos Televisivos, por exemplo - e como tal mais receita para todos num contexto de centralização - mas não é menos verdade que a Liga dos Bottom10 pode ser competitiva pelo tipo de jogos e haver mais equipas em risco.

Não será fácil convencer todos, no modelo actual de decisão da Liga e FPF a montar uma coisa destas, mas é indiscutivel que é necessário rever este tema, como o modelo da Taça da Liga e rever a Supertaça.

Quanto à arbitragem, refere que deve ser um organismo autonomo dos Clubes e Associações (portanto fora da FPF e Liga) e o mesmo para a Disciplina de modo a que os clubes não influenciem regulamentos, decisões, etc.

Isto parece-me outra daquelas questões que todos atacam mas ninguém arrisca nem actua. Se é para o SLBenfica liderar, que haja coragem para nos batermos por isto... faltou porventura aqui explicar quem e como se escolheria quem iria liderar estes novos organismos e como os definir. Não sei se está no livro, mas é claramente um tema central.

Direitos Televisivos e a Liderança do Benfica no tema
Assume-se como favorável à centralização, porém pensa que os modelos actuais são maus, que aponta a que fomentam a pirataria e com isso limitação de receitas para quem tem que pagar os custos dos direitos. 
Segundo entendi, para o Mauro Xavier os jogos na Luz continuariam a passar na BenficaTV e os jogos restantes (dado que os clubes não têm canais próprios) na LigaTV e que estes canais seriam exclusivos de um unico operador (com a BTV a nao ser um canal pago), sendo isto aumentaria os subscritores desses operador - sujeito a concursos anuais (?? - parece-me muito curto, talvez trianual). Isto para a captação
Depois em termos de distribuição: 
- Venda internacional seria detida pelos clubes directamente (até porque ha diferentes niveis de interesse em função dos clubes em causa e a Liga não irá defender isso - isto pareceu-me uma fantástica ideia).
- 30% do Total da receita a dividir de forma equitativa por todos.
- os restantes 70% a dividir "por quem angariou o mercado" que não está explicado na entrevista, mas assumo que esteja no livro, não obstante ontem vi na pergunta ao Nuno Catarino uma alusão ao modelo defendido pelo Mauro, onde referia que havia distribuição de uma parte em função da classificação, das assistências e da audiência. Se for por aqui parecem-me critérios certeiros, porém onde grande parte vai estar conta porque beneficiam... o SLBenfica.

Este é um tema sensível onde vejo uma ideia boa e bem estruturada, mas que não sei como é que se convence alguém na Liga a levar por diante isto, quando a preocupação actual de todos parece ser limitar as receitas do SLBenfica, para que todos possam ganhar mais.

Despesas Operacionais do SLBenfica
Esta parece então a primeira pegunta que feita que foi mesmo sobre o SLBenfica.
Retira o foco cental da redução das despesas operacionais (os ditos FSE como elemento fundamental), porque considera que não resolve o problema reduzir 10% nesta dimensão, por exemplo. Tendo a concordar com isto - como já escrevi antes várias vezes - porque há acima de tudo um elemento de gasto em função da receita. Não podemos ter tantas equipas, modalidades, um estadio maior etc... e depois querer ter o mesmo nivel de gastos. Temos é que aumentar receitas.

Defende o aumento das receitas - que imagino que refira no livro como e quais, o que na entrevista não se vê - e centra na necessidade de não fazer aquisições a custos muito elevados (o Nuno Catarino ontem defendia o oposto, que temos que ter condições para salários ainda mais elevados e contratações ainda mais caras). Neste aspecto penso que o que defende o Mauro Xavier é mais responsável do que aquilo que defende o Nuno Catarino, mas o "diabo está nos detalhes" e penso que talvez só lendo o livro é poissivel entender o que interessa: o como.

Capital da SAD
Recompra de Acções e saída de bolsa como factores fundamentais para revalorizar a SAD e permitir um acordo estratégico com parceiros para 45% do capital que estejam alinhados com o as principais areas de receita do SLBenfica (match day, merchandizing e direitos televisivos) no que me parece um modelo muito semelhante ao do Bayern e que é claramente aquele que considero ser o mais amplamente confirmado como mais valido onde os investidores têm interesse directo no sucesso da gestão e na criação de valor.

Formar Treinadores
Conceito interessante que passou superficialmente, mais pareceu ser algo para fugir a fazer criticas ou elogios aos profissionais em funções (o que me parece sério publicamente). Apontou à ideia de criar um conceito de formar treinadores, algo que me parece um conceito interessante, mas que carece de maior detalhe para entender.

Pirotecnica nos Estadios
Defendeu mau pesada e expulsão de sócio a quem não cumpra as leis e prejudique o clube, mas acima de tudo registo que entende que a pirotecnica faz parte do espetaculo e deve ser permitida antes dos jogos o que me parece algo positivo também.

EM RESUMO:
O que me foquei foi nas ideias e na entrevista em papel ao Jornal A' Bola de onde não dá para extrair muito. Vi no twitter que há um site com maior detalhe https://www.anossacamisola.mx/ mas que ainda não tive oportunidade de ler que eventualmente mais adiante vamos poder ir debatendo algumas ideias.

Seja como for, penso acima de tudo que ter sócios do SLBenfica a partilhar ideias, a contribuir para que o debate seja sobre o Clube, o futuro e o que deve ser feito, penso que traz o Benfica de volta para o essencial: deixar de discutir pessoas, salvadores da pátria e lideres churchillianos, para passar a discutir ideias, o que deve ou não ser feito, o caminho que devemos seguir, o contributo para um Benfica melhor... e depois naturalmente emergirão os que terão a capacidade para o por em prática.



Se comentar anonimamente, não use o nickname Anónimo. Deverá inserir um nick seu (em Comentar como: opção Nome/URL).

44 comentários

  1. Concordo com quase todas as conclusões que para mim também são na maioria intermédias pois não li o livro.
    Na excelente ideia para alteração dos quadros competitivos, acrescento que permitiria também aumentar a intensidade dos jogos dos 8 primeiros que seriam os participantes da UEFA e muito iam beneficiar também disso a nível competitivo.
    Na centralização dos direitos de transmissão estou muito descansado depois das declarações do nosso CFO sobre o assunto. O direito à propriedade tem inclusivamente raízes constitucionais...aí julgo termos muito a dizer pela nossa dimensão na participação no negócio.
    Discordo contudo da conclusão do BenficabyGB no elogio a Mauro Xavier em baixar os salários e passes de jogadores, aí estou completamente convencido que o caminho é o defendido por Nuno Catarino.
    Não há como ser mais ambicioso e querer desinvestir ou travar o aumento do investimento, desde que feito de forma responsável.
    O que acho tem sucedido - claro que investimentos falhados nunca serão totalmente evitáveis mas apenas possíveis de optimizar.

    ResponderEliminar
  2. Eu não me esqueci como este deslumbrado «Microsoft boy» pegava no andor de Vi€ira...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um sonsinho cheio de ideias...
      Todos sabem gerir tudo mas o Benfica continua da forma que todos sabemos...
      E é dos sócios, é...

      Eliminar
    2. Os sócios são clientes pagam é fidelização e compram merchandising o resto não riscam nada por muito que se apregoa a democracia Antes da democracia Bla Bla Bla...

      Eliminar
    3. Anónimo das 22:22, apenas isso!
      Tudo o resto é ruído para serem sempre os mesmos a tomar conta do tacho.
      No país, nos partidos, no desporto, tudo o que involva votos para eleger os "artistas" ddt´s está sempre inquinado à nascença porque o pessoal só pode eleger aqueles que o sistema permite.

      Eliminar
    4. Exemplarmente atente-se no caso do dia: FPF...

      No AMIGUISMO, na SALADA político-futebolística que surge imediatamente, num Director da PJ a comportar-se em directo como MANDATÁRIO e PORTA-VOZ do Dr. Fernando Gomes no CCB, a quem «só veio trazer um abraço amigo neste dia especial!...»...

      Que país, que espelunca, que pocilga!...

      Eliminar
  3. Agora promovem o neo-vieirismo.
    Cada vez melhor.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Explica la isso melhor. Porque aqui que eu saiba a unica coisa que foi feita foi analisar uma entrevista.

      Eliminar
  4. Para quando o post a falar do estado das modalidades?
    Perdemos em todas.

    ResponderEliminar
  5. sobre a venda dos jogadores é uma ideia que qualquer direção deveria ter.
    ainda que numa primeira fase, primeiros anos, será sempre difícil de implementar na sua totalidade.
    agora contra nova obra manutenção e até ampliação da existente sim nova não.

    sobre impostos uma coisa é o que se pretende e outra é o que é possível.
    o iva é possível baixar, desde que consertado com fpf, liga e clubes.
    reduzir a segurança social não vai acontecer nunca esta malta parece que se esqueceu da maior manifestação feita em portugal nos últimos trinta anos contra precisamente baixar segurança social e era para todos agora imaginem se fosse só para o futebol.
    sobre os seguros não sei, agora neste caso não é receita do estado mas de seguradoras ou seja existe uma contra parte que não vai querer baixar e seguradoras tem muito poder, mais ainda quando os jogadores são mais propensos a acidentes de trabalho, lesões, do que qualquer outro trabalhador.

    só que a liga dos campeões não é um campeonato nunca foi é uma competição a eliminar.
    num campeonato com uma volta vão aparecer diferenças que podem decidir um campeonato por exemplo jogar os dois jogos com os outros dois crónicos candidatos fora ou jogar os dois em casa se ia sempre dar porcaria em qualquer lado do mundo então cá nem se fala.
    tem de haver uma redução de clubes. não existem jogadores de qualidade, nem capacidade para os contratar, para abastecer dezoito equipa na primeira divisão.
    para isso em vez de andar a inventar bastava reduzir para dezasseis clube.
    e parece que não se conhece o campeonato nacional o interesse de jogar com o sexto, sétimo e oitavo é o mesmo que jogar com o décimo quinto porque em portugal à muito anos que não existem equipas de meio da tabela só topo e as que lutam para descer.

    direitos televisivos
    tudo muito bonito só que depois esbarra na fidelização dos operadores, logo volta ao mesmo pirataria.

    receitas e despesas
    mas o termos mais coisas só tona a comparação com os outros parva, que sempre foi.
    o problema das despesas é que elas são demasiadas em relação às receitas que temos.
    temos de aumentar receitas, isso seria o ideal só que as receitas não são um poço sem fundo tem limite e não se conseguido o que temos é de cortas as despesas em função das receitas que temos até conseguirmos aumentar as receitas e isso não tem sido feito.

    capital da sad
    só que o modelo do bayern só é possível na alemanha, alias em mais lado do mundo se consegue o mesmo.
    pior ainda em portugal porque os parceiros que nos interessavam nunca na vida vão estar interessado em meter o dinheiro em portugal, e os que estão interessados não nos interessam porque são ou chico espertos ou patos bravos, e quem diz patos diz frangos ou galinhas.

    antes de andar a formar treinadores o que se tem de aproveitar, fomentar e apoiar é a formação de antigos jogadores que queiram ser treinadores e isso não tem sido feito.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A parte de equilíbrio entre receita e despesa ordinária do Mauro Xavier parece-me radical demais.
      Só não é apresentada como "austeridade" porque faz uma pirueta com ideia que é possível duplicar a receita (só não diz em quanto tempo).
      No mundo real o equilíbrio é conseguido, pelo menos no curto prazo, cortando despesa. É a única alavanca que se controla.
      Convivo bem com o desequilíbrio estrutural do Benfica. É a única maneira de andar nos 16 melhores da Europa. E se a gestão desportiva for boa o Benfica vai sempre gerar mais-valias nas transações de jogadores, porque faz de rampa de lançamento para as Big-5.
      O problema é que o défice está actualmente descontrolado. Tem de haver contenção, mas a redução de dívida têm de ter em conta os ciclos desportivos.
      Portanto, reduzir despesas SIM, reduzir dívida e respectivos encargos SIM. Devagarinho, sem ser dogmático. E mais betão nem pensar! Pelo menos enquanto houver uma dívida significativa.

      Quanto aos direitos de TV tenho as mesmas dúvidas. Sobretudo porque me parece evidente que as operadoras não quererão entrar numa competição mutuamente desvantajosa. Vão sempre negociar uma repartição posterior ou compra conjunta dos direitos, de forma a controlar o preço e não se atacarem no futebol. Isso dos consumidores mudarem de operadora a cada mês de Julho é fantasioso.
      Apetece-me dizer que é uma visão do mercado aplicável a "vacas esféricas no vácuo" (procurem no google se não conhecem a expressão).
      Quanto à duplicação da receita é música à Proença. Se não tem credibilidade dito por um, também não pode ter dito por outro.

      A parte das competições proposta pelo Mauro Xavier é apenas um disparate. É negativa do ponto de vista desportivo e catastrófica para os clubes pequenos. O João Carlos toca nos pontos que já escrevi por aqui. O que interessa é reduzir o denominador, ou seja, os clubes por quem se divide receita, assistências e jogadores. Surpreende-me que uma ideia tão má chegue à prensa.

      Eliminar
    2. mas o grande problema é que a gestão desportiva tem sido má.
      por isso é que tem falado em conter a despesa porque as receitas por muito boas ideias que se tenham não é tão facilmente controlável como o a despesa.
      e foi pelas varias razões que aponta que eu disse que dificilmente se poderia implementar nos primeiros anos na sua totalidade.

      a ideia dele é a mesma que levou à exclusividade, no inicio da btv, na meo só que ficou provado que nem isso levou a mais clientes para a meo nem as pessoas trocaram de operador só por isso, porque existem muito outros fatores, preço, qualidade, cobertura etc envolvidos alem de um canal ou de se ter um desporto.

      ainda hoje li a opinião de mais um dos que decidem, no caso o do vampiro do belenenses, que não se podia reduzir jogos porque isso era reduzir receita.
      este como os outro todos presidentes dos clubes pequenos não percebem, ou não querem perceber, que a única maneira de aumentar receita, seja por via de direitos televisivos ou outros, é por via de maior qualidade e não por quantidade.

      Eliminar
    3. João Carlos. Para aumentar receita é preciso qualidade e quantidade. A proposta do Mauro Xavier não garante a 1ª e diminui a 2ª.

      O número de clubes tem de diminuir. A estratégia é aumentar a QUALIDADE DAS EQUIPAS PEQUENAS pela concentração de jogadores e das receitas distribuídas pela Liga, e pelo aumento da sua receita autónoma através da QUANTIDADE DE JOGOS CONTRA OS GRANDES (que são quem traz o público no curto prazo).

      Vejamos, na proposta do MX os 10 do fim só jogam 1 vez com cada grande. Depois jogam um mini-campeonato que ninguém vai ver (sobretudo os estrangeiros...). Já os de cima vão ter mais jogos a doer na 2ª fase, mas na prática só jogam mais 2 vezes entre si. Um jogo de um grande com o 6º ou o 8º é praticamente igual em dificuldade a um jogo com o 12º ou 14º.
      O "produto" fica a valer mais ou menos a mesma coisa, sendo que o dinheiro dos 10 últimos diminui e terá de ser colmatado com repartição da receita dos da frente, que vem sobretudo dos grandes.

      Do ponto de vista desportivo a 1ª fase introduz demasiada aleatoriedade. Uma equipa pode muitos jogos difíceis fora, e outra muitos jogos fáceis fora. As aspirações duma equipa, seja ao título ou à permanência, podem ficar hipotecadas em Dezembro devido a um sorteio desfavorável (o que também leva a reduções de audiência). O importante é manter a dúvida e o interesse até ao fim.
      Depois, como sabe, no fim do campeonato os jogos com os "aflitos" tornam-se mais difíceis, porque são de vida ou morte para os que estão para descer. Num campeonato com 2 grupos numa fase final isso desaparece.

      Acho que existem vários exemplos melhores de campeonatos com 4 voltas e 12 equipas, ou com 2 fases e 16 equipas. A proposta do Mauro Xavier não existe em lado nenhum, por boas razões. É sub-óptima.

      Para mim o "enriquecimento" dos pequenos passa por 12-14 equipas e mais jogos dos pequenos com os grandes. Pede ser com 12 em 4 voltas simples, ou com 12-14 e uma 2ª fase em que participem TODAS as equipas, mas com redução de jogos pelo mecanismo de folgas rotativas condicionadas à classificação da 1ª fase (ou seja, sem eliminar jogos entre, por exemplo, os 6 primeiros).
      Fim da Taça da Liga (-3 jogos), redução da Taça de Portugal para as equipas da 1ª Liga (-2 a -3 jogos, entrando mais tarde e sem meias a 2 mãos) e eventualmente até fim da Supertaça. O dinheiro está no campeonato. Tudo o resto representa perda de receita.

      Eliminar
    4. só que existem dois problema uma são jogos a mais, mas só existem jogos a mais para as equipas que vão ás competições europeias as outras tem jogos a menos.
      outro problema é procurar mais receitas.
      considerando as duas realidades para já o aumento das receitas tem de ser feito pela via da qualidade e não pela quantidade.

      não acho que seja um jogo, a supertaça, que pese numa época.

      na taça tirando a meia final a duas mãos, que pesa, os restantes jogos que se tiram por entrarem as equipa da primeira mais tarde não pesa porque são por norma jogos onde jogam os menos utilizados.

      a taça da liga deveria ser aquilo que eu sempre disse quando se começou a falar nela, uma competição exclusiva para as equipas não apuradas para as competições europeias.
      permitia jogos a equipas com menos e não terem períodos grandes sem competirem e terem alguma receita a mais do que a que tem hoje.

      eu percebo a sua ideia mas um campeonato a quatro voltas com doze equipa são quarenta e quatro jogos mais dez dos que os atuais quando os atuais já são demasiados jogos.
      um campeonato a quatro voltas só seria possível com oito equipas e que eu saiba não existe em lado nenhum na europa, nem nos muito periféricos, e até é demasiado curto para a realidade nacional.

      Eliminar
    5. Os 44 jogos com menos Taça e Taça da Liga dão uma diferença de 5 jogos relativamente à situação actual. Tirando a Supertaça acrescentava uma semana ao campeonato e passava a diferença para 4.
      Mas compreendo a limitação dos jogos, por isso é que proponho o modelo de 4 folgas que elimina 4 jogos entre equipas dos grupos de cima e de baixo na 2ª fase.
      Gosto mais a 4 voltas, mas isso implicava redução das datas FIFA. Também me parece difícil de implementar. Por mim só havia campeonato, sem taças.

      Na Escócia, com 12 equipas, o modelo é mais ou menos o oposto do que propõe o Mauro Xavier. Salvo erro, há 3 voltas com todos e depois divide em 2 grupos que jogam a 1 volta. Dá 38 jogos. A Bélgica muda quase todos os anos. Já teve um modelo de 2 fase com redução de pontos, playoffs, etc. Há vários modelos, o do Mauro Xavier é simplesmente mau.

      Sem considerações de ordem prática, acho que o futuro das competições devia passar por 2 campeonatos paralelos, em formato liga, todo o ano, cada um com 30 e tal jogos: um europeu (com divisões) e um nacional, com nacional jogados ao fins de semana e europeu durante a semana. Depois tinha de se ver como articular o acesso entre nacionais e europeu.

      Para a realidade nacional acho que 24 equipas na 1ª e 2ª ligas são mais do que suficientes. O futebol profissional não é só a 1ª Liga.

      Faço aqui um aparte, o problema do calendário não é só o número de jogos. Os plantéis têm, excluindo equipas B, quase 30 jogadores. Os treinadores é que só gostam de usar os 14-15 melhores. Mais rotação resolvia esse problema. Numa empresa seria impensável ter tantos funcionários (bem pagos) que só estão ocupados 10-20% do tempo.

      Eliminar
    6. mas na minha opinião neste momento existem seis jogos a mais e mesmo com cortes, sendo que a supertaça só corta a dois que até por vezes é só um, a taça os jogos que propõem só corta um talvez dois jogos aos jogadores mais utilizados, mas mesmo assim acrescenta jogos quando o que é necessario é reduzir.

      mas esse seu processo de folgas, se bem entendi, seria também uma coisa subjetiva que iria dar confusão.

      só que a taça de portugal tem enorme tradição e é uma competição diferente, sinceramente quatro jogos contra o décimo segundo classifica continuam a não ter interesse nenhum seja em que modelo for já um jogo da taça a eliminar num só jogo tem um interesse que muitos jogos do campeonatos nunca vão ter.

      mas a rotação que o treinadores não fazem é outra questão, continuo a achar que independentemente de uma maior rotação que os treinadores deveriam fazer existem jogos a mais.

      Eliminar
    7. Sim, as folgas introduzem aleatoriedade e alguma desigualdade.

      Quanto a jogos a mais, era apenas um aparte sobre o racional económico. Também acho que há jogos a mais. E isso leva também ao empobrecimento do futebol do ponto de vista táctico e colectivo. Se não há tempo para treinar o futebol de clubes passa a ser mais baseado em inspiração individual, e com tendência a ser defensivo para evitar ser anárquico. Um pouco como os torneios de seleções.

      Eliminar
  6. Trazer ideias para a discussão é sempre positivo, embora não concorde com Mauro Xavier sobre reforma das competições, centralização de direitos TV e modelo de negócio (MX actual, porque aqui há uns anos dizia outra coisa).

    A parte da fiscalidade tem pontos que podem ferir susceptibilidades, mas a proposta parece-me equilibrada e é algo que deve entrar no programa de qualquer candidato.
    A parte do capital da SAD é interessante, mas considero que não é prioritária e não seria feito no próximo mandato de qualquer direção.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. a parte da fiscalidade do ponto de vista do clube faz sentido.
      agora do ponto de vista da realidade portuguesa e da aplicabilidade é nula até porque nenhum dos candidatos pode prometer o que não esta na sua mão decidir.

      Eliminar
    2. Óbvio, mas podem fazer lobby por isso e apresentar desde já essa vontade, para lançar a discussão, sondar a opinião política e concertar posições mais rapidamente entre clubes no futuro.

      Não acho que a aplicabilidade seja nula. A parte do IVA é "fácil" e a segurança social pode ser afinada e condicionada ao tempo de permanência no país.
      Pode por exemplo haver uma devolução da contribuição do trabalhador ao próprio, que já seria bom. Há maneiras de chegar a compromissos entre a flat rate do Mauro e os 11+23% para todos.
      Não me ofende que um futebolista que passe cá menos de 5 anos e depois se vá embora não pague SS por inteiro.

      Eliminar
    3. lobby e pressão podem fazer sempre não precisa de estar no programa.

      o iva como disse no meu comentário inicial acho que é possível desde que exista união, liga, fpf e clubes.
      a parte da ss, e foi a essa que me referi como nula porque subentendi que era a essa que se estava a referir, é nula porque a si não o choca, a mim também pode não chocar, a quem acompanha o clube afincadamente também não choca porque significa melhores jogadores mas choca com a vasta maioria da população portuguesa.
      para essa vasta maioria dos portugueses é incompreensível que quem ganhe o ordenado mínimo nacional pague, ele e o patrão os tais 34 por cento, e depois um tipo que ganha num mês o que a tal malta do ordenado mínimo não vai ganhar na vida toda pague menos nem que seja só 0.05 por cento a menos para depois gastar a diferença num carro de luxo que estampa.

      Eliminar
    4. Sim, a SS é um assunto sensível. Mas é "trabalhável".

      Não tem necessariamente de estar no programa. Falar das coisas já é colocar na agenda.

      Eliminar
    5. mas não sou contra ser colocado na agenda e se falar nele, agora para mim isso é irrelevante já que no aspeto da ss nunca vai acontecer.

      Eliminar
  7. JUNTARIA as estas idéias, q o Benfica terá sempre mas SEMPRE q se proteger em relação à formação dos seus jogadores, defendendo assim os ALTOS interesse da instituição e Ñ os interesses das ditas COMIXÕE$ & COMIXIONÁRIOS... tipo o q o estado faz em relação aos pilotos q são formados na força aérea e q querem sair para ganhar + $$$... se há custos com a formação, deveria ficar contratualizado q + tarde ou + cedo todos os jogadores q sobem à equipa principal e em q o o Benfica tenha interesse em q continuem a representar o clube, no MINIMO, eles terão q representar o clube 4/5 anos sem os VENDER, SIMPLES ASSIM...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Isso era muito provavelmente ilegal. Portugal tem leis do trabalho e a UE também. Não é assim tão simples.

      Além disso, mesmo que legalmente pudesse implementar essa política a única coisa que conseguia era que os empresários e pais desviassem os jogadores para a formação de outros clubes antes de assinar qualquer contrato. Na melhor das hipóteses tinha os jogadores que assinassem a recusar cláusulas elevadas, de forma a poderem ser "libertados" por clubes estrangeiros. Não é mesmo nada simples.

      Depois isso na prática já existe. Nenhum jogador chega à equipa principal sem ter contrato. E os contratos que assinam são normalmente de... 5 anos. E essa ressalva dos 5 anos não impedia os jogadores de ir embora a custo zero ao terminar o 1º contrato. O Benfica vende os jogadores porque quer!

      Eliminar
  8. Hei-de voltar ao personagem. Obrigado pela propaganda ao livro BenficabyGB mas não compro. Ainda que o «desse ponto de vista» como é conhecido o Mauro, quando o vejo a por-se em bicos de pé e não dizer nunca a uma possível candidatura, suplico a todos os santos para que tal nunca aconteça ou a acontecer que nunca chegue a presidente do Benfica. Imaginem o Benfica presidido por este personagem do Mauro, que horror.
    Como já alguém disse aqui, um vieirista dos sete costados a querer dar um ar de independente.
    O BenficabyGB neste já não lhe aponta defeito algum. Aliás, o «desse ponto de vista» no espaço que comprou na A Bola, perdão, no Videomaníaco, deu logo para trás a todos os putativos candidatos, todos tinham defeitos, só ele é que tinha virtudes. Mas este Mauro vê-se ao espelho todas as manhãs?
    Já há muito tinha percebido que o BenficabyGB morria de "amores" pelo Mauro Cartaxo.
    Mas quem é o Mauro Cartaxo?

    ResponderEliminar
  9. Gostava de saber porque não posso reproduzir o que perdi tempo a escrever sobre o Mauro Xavier no post anterior sobre a entrevista Catarino. Vou partir do princípio que é por ser comprido e não por censura.

    Quanto ao modelo de negócio e ao equilíbrio entre despesa e receita ordinária:
    - Contradiz posições anteriores de Mauro Xavier, virando do discurso da "necessidade de vender", para um de equilíbrio absoluto, supostamente de forma a não precisar de vender todos os anos e reter talento.
    Isso é ver o problema pela metade. O Benfica pode ter as contas todas equilibradinhas, mas os jogadores vão na mesma querer dar o salto (sobretudo se gastar metade em salários). Ou seja, se não quiser ver os jogadores sair no final dos contratos o Benfica terá de vender na mesma. Não tem a ver só com contas, tem a ver com jogar numa "minor league".
    - Depois acho castradora essa postura "à alemã", que na prática implicava ou aumentar magicamente a receita ordinária (cabe a MX explicar como se atinge essa meta) ou reduzir drasticamente a massa salarial (para cerca de 40M€/ano). Era adbicar de passar a fase de grupos da Liga colocar o Benfica ao nível de um Olympiakos ou Club Bruges.
    - Finalmente discordo do foco no betão, sobretudo se for no Seixal ou Cidade das Modalidades. O único betão que dá retorno é um novo estádio, que neste momento é prematuro e incomportável.
    Acho incoerente querer reduzir a dívida e canalizar receitas para infraestrutura. Mas o principal é saber o que é que se faria depois de a contruir. Porque o Benfica vai sempre continuar a vender para as Big-5, quer queira quer não, gerando (espera-se) mais valias sistemáticas com transações. A longo prazo, acabado o betão e pagas as dívidas todas, o excedente tinha de ser canalizado para contratações e/ou salários.

    Concordo que o Benfica deve ter maior equilíbrio. É fundamental reduzir a dívida para diminuir encargos com juros. Também acho que o desequilíbrio entre a receita e a despesa ordinárias deve ser menor para ser necessário vender menos todos os anos e poder reter talento. Ou seja, acho que existe um meio-termo entre o desequilíbrio estrutural do mandato de Rui Costa e a "austeridade" a que se converteu MX.

    ResponderEliminar
  10. Quanto a direitos televisivos:
    - Mauro Xavier considera a centralização inevitável, mas o argumento parece ser o do rebanho: já todos os países centralizaram, portanto nós também temos de o fazer. Isso para mim não é argumento. Não tem em conta nem a realidade de cada mercado, nem o impacto em cada clube e Liga da centralização.
    - A critica à "má centralização" é somente ser contra os canais premium, defendendo que a BTV e a Liga TV fossem abertas e vendidas a um único operador em exclusividade durante 2 anos, passando os espectadores a mudar de operador de telecomunicações sempre que o contrato mudasse de mãos.
    Neste ponto não me sinto capacitado para análises aprofundadas ou para propôr alternativas, mas parece-me um disparate. Primeiro, MX pressupõe concorrência perfeita num mercado onde há 3-4 operadoras, ou seja um cartel. Exagerando, o que MX propõe no limite manda à falência as operadoras que ficam sem os direitos e perderiam grande parte dos seus clientes durante vários anos. Duvido que as operadoras fossem nisso e que não chegassem a acordo para partilha de direitos.
    Segundo o mercado será menos elástico do que MX imagina. As operadoras fazem bundling de vários serviços em pacote, colocam hardware à disposição dos clientes, etc. O consumidor pode não estar disponivéis para andar sempre a mudar de operadora.
    - Falta-lhe ligar a questão da centralização à da reforma das competições. Escócia, Áustria, Dinamarca, etc. tem campeonatos com 12 equipas. A Bélgica tem 16 e múltiplas fases. A Holanda tem 18, mas a questão já se colocou e é mais uma questão de tradicionalismo numa cultura fortemente "regionalista".
    Nenhuma das ligas periféricas se tornou mais competitiva devido à centralização. Nem em competitividade interna, nem em competitividade externa. ZERO.
    - A distribuição internacional é o ponto mais interessante. No início da experiência de centralização na Holanda, o Ajax apresentou algum descontentamento, tendo defendido a ideia de vender os seus direitos no estrangeiro isoladamente.
    Não tenho capacidade para aferir, mas não acho que o Benfica fosse mais bem sucedido do que a Liga a vender os "seus" jogos do campeonato lá fora. Acho que vai dar no mesmo, porque o mercado da Liga e do Benfica é praticamente o mesmo e muito limitado. Não ponho fé em plataformas digitais, porque a audiência é a que é: portugueses, emigrantes e PALOP (com limitado poder aquisitivo).
    - Quanto ao duplicar das receitas parece-me uma fantasia, ou se quisermos uma fezada à Proença. Quem acha que é possível é que tem de demonstrar como se faz esse milagre.

    ResponderEliminar
  11. Quanto à reforma das competições, é onde Mauro Xavier mete os pés pelas mãos:
    - Não mexe no denominador, ou seja, no número de clubes pelos quais é dividida a receita. Clubes sem público ou adeptos. Fica tudo na mesma.
    - Propõe a redução do número de jogos da competição principal para os 8 da frente. Isso reduz a receita, não aumenta. E os 10 de baixo só jogam com os grandes 1 vez, potencialmente (azar dos azares) fora de casa. A sua receita televisiva e de bilheteira é obliterada. Uma catástrofe.
    - Num campeonato que se decide por detalhes introduz uma aleatoriedade adicional onde os grandes não jogavam o mesmo número de vezes em casa e fora. Ninguém aceitaria isso.
    - O grupo de apuramento da descida deixava de ter audiência televisiva. Se há 4 jogos entre os 8 da frente quem é que vai ver um jogo para apurar a descida?

    Para quem quer centralizar direitos só porque os outros já fizeram, porquê inventar? Mais vale copiar um campeonato estrangeiro. O modelo proposto é um desastre. Nunca seria aceite por nenhum clube, nem grande, nem pequeno. E prejudica gravemente os clubes pequenos. A receita aumenta-se com mais jogos, não menos. O produto promove-se tendo mais jogos bons e interessantes. A competitividade aumenta dividindo a receita e os jogadores de qualidade por menos clubes. Da ideia do MX a única coisa que se aproveita é a extinção da Taça da Liga, mas isso é quase consensual.

    Uma redução do número de clubes e mais jogos com os grandes é muito mais eficaz do que uma centralização de direitos TV a aumentar as receitas dos clubes pequenos. O Benfica tem de fazer depender a centralização da reforma da Liga.

    ResponderEliminar
  12. Por que é que os equipamentos de aquecimento da selecção têm o verde como côr dominante?
    Por que é que o fato de treino da seleção é todo verde?
    Por que é que tentam tanto transformar o verde em cor dominante quando ela não tem nem nunca teve qualquer relevância nas cores nacionais?
    Benfiquista abram os olhos! Percebam o que está em curso! Não sejam Inácios!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A bem dizer, historicamente as cores nacionais sempre foram o azul e o branco. O verde e o vermelho são uma invenção da república.

      Mas olhe que os relvados verdes trazem água no bico... Eu se fosse a si fazia uma denúncia anónima ao MP!

      Eliminar
    2. O azul é o branco eram as cores da monarquia, mais precisamente dos Bragança. O verde e o vermelho são as cores da república que é o que somos como nação.
      Mas eu não me estava a referir ás cores da república e muito menos da monarquia. Estava a referir- me ás cores da sel ção nacional de futebol nos seus pouc mais de 100 anos de história.

      Eliminar
    3. Bandeira portuguesa verde vermelho e amarelo qual é o stress??? Equipamento alternativo todo branco vermelho amarelo queres o símbolo dos lampiões nas camisolas??? é roda da bicicleta???ou do trator....

      Eliminar
    4. Caro Anónimo das 14:15. É um ponto de vista. Para mim monarquia ou república são formas de governo, e nação é algo intangível que tem a ver com identidade, cultura e história comuns. Ou seja, a nação portuguesa existia da mesma forma em 4 de Outubro de 1910 e em 6 de Outubro de 1910.

      O conceito e nascimento da ideia de nação dá pano para mangas. Há quem entenda que é um conceito do século XVIII e quem veja raízes mais profundas. Sendo leigo, inclino-me para o segundo caso. Podemos chamar-lhe o que quisermos, mas a ideia de "nação portuguesa" para mim começa na crise de 1383-1385.

      Mas nessa altura não havia bandeiras nacionais. Como você disse, havia muitas bandeiras, pavilhões, etc., e os reis mudavam os campos das bandeiras e até as armas consoante as convenções da heráldica e o seu gosto. Mesmo na dinastia de Bragança foram alternando entre muitas combinações de cores.
      E os períodos azul/branco e vermelho/verde são quase idênticos. O azul e branco é muito posterior à Restauração. Só é adoptado depois das Guerras Liberais. Portanto durou uns 80 anos. Para ultrapassar os 115 anos do vermelho/verde temos de adoptar abusivamente as armas da dinastia de Borgonha como símbolo nacional.
      Pode-se argumentar que as cores nacionais são o azul e branco das armas afonsinas, emolduradas pelo vermelho da bordadura "herdada" de Castela acrescentada ainda na dinastia de Borgonha. Ou seja, as cores predominantes no escudo de armas.

      Seja como for, não deixa de ter graça que a República tenha mantido as armas reais limitando-se a tirar a coroa. E substituiu o azul/branco liberal (mais do que de Bragança) pelo verde/vermelho da Carbonária. Ou seja, o que mais dizia respeito à monarquia ficou, e o que podia perfeitamente ser adoptado pela República saiu. Não sou de forma nenhuma monárquico, mas foi um atentado à estética.

      E também tem razão que as cores da Federação e da selecção foram sempre o vermelho e branco da cruz de Cristo.
      Estava só a brincar com a ideia do comentário original de que a adopção do verde nos equipamentos é uma conspiração anti-Benfica. Parece-me ser sinal de um espírito paranóico e faccioso.
      Mas que é feio que se farta, isso é... Tal como a nossa bandeira.

      Eliminar
    5. É evidente que a recente preponderância do verde nos equipamentos da slecção nacional são o resultado da operação em curso de ‘tomada de poder’ do sporting no famoso ‘sistema’ substituindo e aproveitando o declínio do Porto nos últimos anos. Só os ingénuos não vêem isso que se iniciou no tempo do Bruno de carvalho( note-se que eu falo do universo sporting e as suas elites e não necessariamente da direcção do clube)aliás o comentário do anónimo lagarto infiltrado das 23.28 diz tudo.
      Benfiquistas abram os olhos e lutem como puderem contra isso enquanto é tempo. O sporting é muito mais perigoso que o porto pois este apenas se interessava pelo futebol enquanto que os lagartos têm um objectivo de hegemonia total no desporto e não só.
      O clube dos alpinistas sociais funciona como uma maçonaria convencidos que o sangue verde é uma espécie de ordem nobiliárquica e por isso goza de muito apoio Das elites e pseudo elites com poder táctico em todas as áreas.

      Eliminar
    6. Anónimo das 00.18:
      Não pretendia nem pretendo discutir o conceito de nação mas é claro que não partilho a visão da história oficial que vê uma continuidade entre todos os períodos históricos. Eu não posso ignorar que na monarquia o país pertencia ao rei, aos nobres e à igreja. O povo era constituído por súbditos, gente pouco mais que servos manipulados pelos poderosos. Por tudo isso s só considero Portugal como uma nação responsável com a democracia.
      Mas claro que isto é uma visão muito subjectiva e q não tem nada que ver com a discussão sobre as cores. Falava apenas nas cores tradicionais da federação de futebol( é diferente nas outras federações )

      Eliminar
  13. Ao longo destes anos andamos a fazer orçamentos com receitas extraordinárias, champions e vendas de atletas, bastavam 3 orçamentos dentro das nossas possibilidades que já teríamos não passivo mas saldo positivo, mas para isso é preciso ter uma visão de longo prazo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Resultados operacionais e resultados financeiros do exercício negativos deveria dar lugar a destituição da direção. Nunca gastar mais do que se pode para garantir a estabilidade financeira presente e futura

      Eliminar
    2. Todo o devido respeito pelo Anónimo da 1:09, mas neste caso disse um grande disparate. Não há nenhuma empresa que funcione assim. Há ciclos de investimento que se fazem com recurso a crédito.

      Mas nem temos de ir a empresas. Por essa ordem de ideias qualquer família que compre uma casa a crédito está a ser irresponsável. Até comprar um carro novo com recurso a poupanças provoca um "resultado anual" negativo para uma família de classe média.

      Já pensou que assim nunca podia reagir a uma onda de lesões graves? E nunca na vida construir um estádio novo...

      Eliminar
    3. E os empréstimos obrigacionistas como churros....

      Eliminar
    4. Os EO serem como churros é que é má gestão. Mas entre andar de EO em EO e destituir direções por 1 exercício com resultado negativo há um mundo de diferença. Misturar as 2 coisas é simplesmente estar a desconversar.

      Eliminar
  14. A minha proposta: passar o texto por um corretor ortográfico antes de publicar! Tantos, mas tantos erros que até custa ler.

    ResponderEliminar
  15. Se concorrer tem o meu voto. Luis

    ResponderEliminar
  16. O caso FPF exige um POST GeraçãoBenfica!

    ResponderEliminar

O NGB mantém registo dos comentários. Não use o nickname Anónimo, insira sempre um nickname à sua escolha (em Comentar como: opção Nome/URL). Seja moderado na linguagem, senão será rejeitado. Comente o assunto do post, salvo algum off-topic que se enquadre no contexto do blog.

ranking