SL Benfica 6-1 FC Vizela: meia dúzia de bons motivos para sorrir

O Estádio da Luz voltou a ser palco de uma vitória tranquila do SL Benfica (tínhamos saudades disto, não é verdade?). Os encarnados receberam e golearam (6-1) o FC Vizela na 22ª jornada do campeonato. 

Revolução no onze titular e uma primeira parte a todo o gás 

11 do SL Benfica: Trubin, Otamendi, Tomás Araújo, Bah, Morato, João Mário, João Neves, Neres, Tiago Gouveia, Rafa e Tengstedt. 

Roger Schmidt surpreendeu no onze, mas de um modo geral esteve bem. O resultado final é prova disso. Os escolhidos entraram bem no jogo e assumiram o seu controlo desde o primeiro momento. Confesso que duvidei de algumas das escolhas do treinador, nomeadamente, os regressos de Morato e Tengstedt e a continuidade de João Mário, mas com o decorrer do jogo percebi que apenas uma delas tinha saído ao lado. Havendo Carreras disponível não consigo compreender como é que Morato é a primeira opção para a lateral esquerda. O jogo que fez hoje voltou a não justificar a aposta. 

Já os outros dois, João Mário e Tengstedt, mostraram-me que afinal o mister não errou quando os escolheu. A jogar ao lado de João Neves o camisola 20 esteve em bom plano, bem melhor do que nos jogos que fez como extremo esquerdo. E o dinamarquês foi uma excelente ajuda na frente: com boas movimentações foi abrindo espaços e só falhou mesmo na finalização. 

Este onze e a boa exibição na primeira parte acabaram por provar que Schmidt tem opções bastante válidas no banco e que é possível rodar a equipa e até trazer mais qualidade para o coletivo. O que terá levado o treinador a insistir tantas vezes em João Mário na esquerda quando tinha no banco Tiago Gouveia em boa forma? Para quê deixar Di María acumular tantos minutos nas pernas quando há David Neres fresco e pronto para fazer magia em campo? 

O problema das substituições e uma segunda parte adormecida 

Elogio Schmidt pelo onze escolhido, mas volto a crítica-lo no seu ponto mais fraco: as substituições. Di María foi o primeiro a saltar do banco e a sua entrada, além de não fazer sentido (o jogo não o pedia e não havia necessidade de o fazer acumular minutos), acabou por não acrescentar nada de interessante à equipa. Havia outros jogadores no banco que podiam ter sido lançados para que pudéssemos ver mais deles. E o jogo permitia isso mesmo. Carreras e Rollheiser são dois desses casos que pediam minutos, mas acabaram por entrar já perto do minuto 90. O que espera o treinador com isto? 

A segunda parte acabou por ser completamente diferente da primeira, com um Benfica que, bastante confortável com o resultado, tirou o pé do acelerador e deixou o Vizela jogar. Não gostei desta postura e gostava de ter continuado a ver um Benfica com atitude em campo, mas ouvir adeptos a assobiar a equipa com um 5-1 no marcador é para lá de lamentável… 

Tanto os onze escolhidos como os restantes que foram entrando no decorrer do jogo deram uma boa resposta. Veremos o que vai fazer Roger Schmidt daqui para a frente. A postura adoptada nos últimos jogos leva-me a crer que já no próximo jogo vai voltar ao onze base que tem apresentado. Caso o faça volta a cair num grande erro. Espero estar enganada neste ponto.

O homem do jogo: David Neres

Absolutamente fantástico. Mas isto já não é surpresa para ninguém. David Neres é um dos melhores jogadores do plantel encarnado e peça fundamental para desbloquear jogos. Fê-lo hoje e outras tantas vezes no passado. O seu lugar tem que ser sempre, sem dúvida, no onze titular.