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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Algumas notas sobre o relatório e contas da Benfica SAD

. 52 comentários

Já muito se escreveu sobre o relatório e contas da Benfica SAD referente ao exercício de 2019/2020. Vou aqui tentar não repetir o óbvio, que, por esse mesmo motivo, já foi diversas vezes referido por essa blogosfera fora … e não só. 

Este é um texto essencialmente técnico que incide sobre a temática do relato financeiro. Vou, contudo, tentar apresentá-lo de forma compreensível para todos os leitores (incluindo para o presidente do nosso Benfica). Vou ainda tentar não me alongar muito no texto, pois sei (em grande medida por experiência própria) que textos longos perdem interesse. 

Podemos fazer várias leituras do mais recente relatório e contas da Benfica SAD. A leitura que aqui partilho convosco incide sobre as verdades que não são ditas, mas que transparecem da informação financeira relatada… porque “the trouth is out there”. 

Começo pelo seguinte parágrafo que se encontra na mensagem do presidente na página 7 do relatório e contas da Benfica SAD. 

“Um caminho assente no respeito dos nossos compromissos, na credibilidade da nossa palavra ou na sustentabilidade do nosso negócio, tudo sinónimos de mais de uma década de desenvolvimento que conjuga o rigor, a paixão pelo futebol, a solidez financeira e a obtenção de resultados.” 

Sr. Presidente, está a gozar com os sócios e adeptos do Benfica? Tudo o que vou falar neste texto é mencionado neste parágrafo… mas ao contrário! 

1- Conjugação de solidez financeira com obtenção de resultados (presume-se que desportivos) 

A conjugação das 2 coisas pressupõe que essas 2 coisas se verificam em simultâneo. Ou seja, a solidez financeira (aqui medida pelos capitais próprios) evidencia uma tendência crescente e o desempenho desportivo (aqui medido pela posição no ranking da UEFA) também evidencia uma tendência positiva. Ora o gráfico seguinte não deixa dúvidas quanto à magnitude da inverdade subjacente a esta afirmação do presidente do Benfica.



De facto, o capital próprio da SAD tem vindo a aumentar consistentemente desde 2013, mas também tem aumentado a posição do Benfica no ranking da UEFA (e aqui o aumento é negativo). Ou seja, ao contrário do que o atual presidente e a atual liderança do clube e da SAD têm tentado transmitir, a consolidação financeira da SAD tem sido feita à custa do sucesso desportivo do Benfica onde verdadeiramente interessa e onde o Benfica se tornou grande: na Europa! O melhor desempenho do Benfica em termos de ranking da UEFA ocorreu precisamente quando a solidez financeira foi mais afetada. 

Senhor presidente, tenha a decência de assumir perante os sócios e adeptos do Benfica que não consegue conjugar a solidez financeira com o sucesso desportivo. Outros há que o conseguem fazer. Os sócios devem ter conhecimento disso e devem ter a possibilidade de dar a oportunidade aos que conseguem verdadeiramente conjugar o sucesso em ambas as vertentes... ou então, tenha a decência de assumir perante os sócios e adeptos do Benfica que, para si e para a atual liderança, o verdadeiro objetivo do futebol do Benfica não é o sucesso desportivo. 

2- Sustentabilidade do negócio 

Senhor presidente, aqui está mesmo a gozar connosco! Está a gozar tanto connosco, que isto já roça o sadismo. 

Desde quando é sustentável um modelo de negócio em que os rendimentos operacionais (de direitos de TV, comerciais e de bilhética e afins) representam 81% dos gastos operacionais (essencialmente custos fixos)? Então os rendimentos da venda dos nossos produtos/serviços não chegam para cobrir os custos fixos da atividade e isto é um modelo sustentável? … e estamos a olhar para números que beneficiam do forte contributo da Liga dos Campeões, algo que, infelizmente, não vai acontecer na presente época. 

Esperem… temos lucro! Isso é que interessa. O “bottom line” não mente! Afinal, parece que o negócio é sustentável. Mas como surgiu esse lucro? Esse lucro surgiu com a venda de passes de atletas, de onde resulta um contributo líquido de 125,7 milhões de euros para o resultado do exercício de 2019/2020. Então isso leva-nos a concluir que a sustentabilidade do modelo de negócio da SAD assenta na alienação dos seus melhores ativos. 

Mas que raio de gestão é esta? Isto é um hino à gestão de curto prazo e revela uma profunda miopia estratégica por parte do presidente do Benfica e da atual liderança. Está-se a sacrificar o desempenho futuro à custa de resultados imediatos. Um claro exercício de destruição do valor dos acionistas da SAD e, sobretudo, do potencial de sucesso desportivo do futebol do Benfica. 

Em primeiro lugar, todos sabemos que transações como a verificada no exercício de 2019/2020 (João Félix) não surgem todos os anos. Tivemos esta em 2019, houve mais algumas com ocorrência esporádica nos últimos anos … e não tivemos outra desta magnitude já na presente época, porque o nosso presidente não quis vender o passe do Vinicius por muitas dezenas de milhões de euros e, dessa forma garantir a competitividade desportiva do plantel … do Tottenham. 

Em segundo lugar, quando delapidamos o nosso plantel com a venda do passe dos principais atletas, estamos a comprometer o sucesso desportivo e, dessa forma, a pôr em causa uma importante fonte de rendimentos (as receitas da Liga dos Campeões), como aliás já percebemos este ano. Por outro lado, sem os principais atletas, a qualidade do futebol praticado diminui, o que afasta o interesse dos adeptos do futebol em geral com consequências nefastas ao nível de outra fonte de rendimentos muito importante: patrocínios. Aliás, o insucesso desportivo referido atrás não se faz sentir unicamente ao nível das receitas associadas à participação nas competições da UEFA. Como é referido no primeiro parágrafo da página 28 do relatório e contas, ficar aquém dos objetivos desportivos acordados com os patrocinadores também resulta em menores rendimentos associados a patrocínios. 

Em terceiro lugar, sem os principais atletas no plantel, com uma qualidade de jogo mais pobre e sem sucesso desportivo consentâneo com o que os sócios e adeptos do Benfica esperam e merecem, é de esperar menos público no estádio (quando tal for possível) e, consequentemente, também menos receitas de bilheteira e afins. 

Em quarto lugar, com a saída do plantel dos principais atletas e com o consequente insucesso desportivo associado, a visibilidade da equipa e de outros atletas com potencial existentes no plantel diminui substancialmente, o que prejudica a própria fonte da alegada sustentabilidade do negócio: a venda de passes de atletas. Uma incoerência do próprio modelo de negócio subjacente à tão propalada consolidação financeira e desportiva… já de si cheia de incoerências. 

Uma última nota sobre a sustentabilidade do negócio. Muito mais havia a dizer sobre as verdades escondidas no relatório e contas relacionadas com este tópico, mas, para não me alongar em demasia, quero apenas fazer referência à variação observada na rubrica de gastos com o pessoal. De acordo com a demonstração dos resultados, esta rubrica diminuiu de 88,3 milhões de euros no exercício de 2018/2019 para 85,6 milhões de euros no exercício de 2019/2020. Finalmente, boas notícias … ou não! 

Vamos então perceber um pouco melhor o que se passa nesta rubrica e, para isso, vamos fazer uma breve incursão pela nota 19 (página 132 do relatório e contas). De acordo com a informação que se encontra nesta nota, afinal os salários até subiram (remunerações fixas). Houve um aumento de 13% na folha salarial da SAD (sendo que o número de atletas sob contrato até baixou significativamente). Ou seja, continuamos a engordar a estrutura e a cavalgar nesse aumento inexorável dos salários que se paga sem que isso se traduza em sucesso desportivo… mais uma ode à brilhante gestão do futebol do Benfica! 

Mas se a folha salarial aumentou, porque motivo diminuíram os gastos com o pessoal? Essa diminuição deve-se essencialmente à redução nas remunerações variáveis. Uma redução de 9,5 milhões de euros que se percebe pelo facto de o futebol do Benfica ter falhado em toda a linha na época desportiva de 2019/2020. O que não se percebe muito bem é como ainda assim foram incorridos gastos com remunerações variáveis no montante de 7,3 milhões de euros. Certamente tem a ver com a conquista da supertaça ou com o brilhante segundo lugar alcançado na fortíssima liga portuguesa. Fomos os primeiros de entre todos os perdedores… É, mais uma vez, a apologia da mediocridade. É a falta de cultura de vitória que crassa no nosso clube e uma imagem pálida do Benfica que os nossos pais e avós deixaram e que, pelas vicissitudes da vida, acabou nas mãos desta liderança que não sente e não respeita a gloriosa herança do Benfica. 

3- Rigor 

Estou a ficar sem adjetivos para a vocação que o nosso presidente demonstra ter para essa tão nobre arte de “zombar” com os outros (neste caso sócios e adeptos do Benfica). Vamos ver alguns exemplos desse rigor (ou da falta dele) ao nível do relato financeiro da Benfica SAD. 

Primeiro exemplo: No exercício de 2019/2020 a rubrica de gastos com fornecimentos e serviços externos ascendeu a 72,7 milhões de euros. Excede claramente o total agregado das receitas de bilheteira e com atividades comerciais. A composição desta rubrica é apresentada na nota 18, onde podemos constatar que os trabalhos especializados ascendem a 11,4 milhões de euros. Mas a que respeitam estes trabalhos especializados? A administração da SAD responde da seguinte forma na página 131 do relatório em contas: 

A rubrica de trabalhos especializados inclui diversos fornecimentos e serviços prestados por terceiros, sendo de destacar os gastos com consultores e de assistência técnica. 

Ficaram elucidados? Eu também não. Um esclarecimento lacónico que revela uma grande parcimónia nas palavras. Afinal, há que poupar em alguma coisa… 

Na mesma nota e em relação à mesma rubrica, constata-se que os outros fornecimentos e serviços ascendem a 7,9 milhões de euros. “Outros” devia corresponder a um montante residual no contexto da rubrica em causa, mas não. É simplesmente o terceiro componente com mais peso nesta rubrica e sobre o mesmo nada é dito. Vê-se um claro aperfeiçoamento na arte de poupar em explicações sobre temas “complicados”. 

Em suma, nada é dito sobre o que representam 19,3 milhões de euros de gastos com fornecimentos e serviços externos. Não sou eu que estou a ser demasiado exigente com as explicações que a administração devia dar no relatório e contas. São as normas internacionais de relato financeiro que especificamente o exigem (alínea c) do parágrafo 112 da IAS 1). Normas estas que a administração da SAD diz, no primeiro parágrafo da nota 2.2 (página 95 do relatório e contas), ter seguido. Ninguém explica, assim, como foi gasto este dinheiro, o qual daria, por exemplo, para pagar o salário ao Cavani durante 2 épocas. 

Segundo exemplo: Na página 40 do relatório e contas é dito que a dívida líquida (empréstimos bancários acrescidos dos empréstimos obrigacionistas e deduzidos de caixa e equivalentes) diminuiu quase 30%. Parece ser um bom indicador. Mas como se explica o aumento dos gastos financeiros de 15,6 milhões de euros para 16,8 milhões? Não era suposto pagarmos menos juros quando diminui a dívida remunerada? Este aparente paradoxo não é explicado no relatório e contas. Aliás, na página 126 do relatório e contas é referido que a taxa de juro média dos empréstimos no exercício de 2019/2020 foi 3,86%. Como se chega e esta taxa e como se relaciona a mesma com os gastos financeiros indicados na demonstração dos resultados? Ficamos sem resposta para estas dúvidas legítimas. Mais, esta divulgação da taxa média de juro está incompleta, pois devia incluir o comparativo do ano anterior, conforme requerido pelo parágrafo 38 da IAS 1 que a administração afirma ter adotado da preparação das demonstrações financeiras. 

Este aumento dos gastos financeiros pode ter várias explicações. Há, contudo, pelo menos uma que me preocupa bastante. Tem a ver com o desconto das receitas da Nós. Em primeiro lugar, este desconto das receitas futuras da Nós é um empréstimo obtido (garantido com os créditos sobre a Nós). Como tal, devia, por respeito ao dever de transparência que a administração da SAD tem (para com os sócios, adeptos, investidores, regulador, …) e atendendo à caraterística qualitativa da informação financeira útil da representação fidedigna, prevista na estrutura concetual das normas internacionais de relato financeiro que a administração diz adotar, ter sido apresentado como um empréstimo obtido e não na rubrica de outros passivos. “Outros” tem sempre uma conotação de menor importância e, para além disso, esta classificação faz com que este financiamento obtido não seja sujeito aos requisitos de informação que se aplicam à rubrica de empréstimos obtidos. Não é, assim, dada qualquer informação sobre as condições deste financiamento, incluindo sobre taxa de juro do mesmo. Não é, desta forma, possível confirmar se este financiamento tem associada uma taxa de juro tão elevada, que tenha contribuído de forma decisiva para o aumento observado nos gastos financeiros. 

Terceiro exemplo: Na página 147 do relatório e contas é feita referência aos processos judiciais que envolvem a SAD e os seus representantes. Mais uma vez, a arte da parcimónia nas explicações no seu melhor! Explicações lacónicas sobre os processos judiciais que envolvem a SAD, que não permitem perceber, entre outros, qual a verdadeira natureza dos mesmos e quais os efeitos financeiros associados, divulgação requerida pelo parágrafo 86 da IAS 37 (norma que a administração diz ter adotado). Este é um assunto sempre delicado, mas os sócios, adeptos e interessados em geral têm o direito de saber quais as consequências financeiras e desportivas que a SAD enfrenta decorrentes destes processos… mas neste particular, o tão propalado rigor não dá para mais. 

Quarto exemplo: No último parágrafo da página 97 do relatório e contas (nota 2.4) é referido que os prémios de assinatura pagos aos jogadores são considerados como parte integrante do custo de aquisição do correspondente passe, o qual é classificado como um ativo intangível a amortizar durante o período do contrato. Ora, este tratamento não se afigura como estando correto, uma vez que o pagamento é efetuado ao atleta. Uma vez que o atleta tem um vínculo laboral com a SAD, tais pagamentos devem ser classificados como gastos com o pessoal (são em substância salários). Este entendimento é preconizado também na página 6 da publicação da PwC “Accounting for Typical Transactions in the Football Industry”, de outubro de 2018. Curiosamente, a PwC é quem audita as demonstrações financeiras da SAD. Alguém anda distraído… 

Quinto exemplo: No primeiro parágrafo da página 104 do relatório e contas é referido o seguinte: “o rédito corresponde ao justo valor do montante recebido ou a receber relativo a serviços prestados”. Na página anterior é ainda referido que o rédito é reconhecido de acordo com as disposições da norma IFRS 15. Ora, de acordo com o parágrafo 46 desta norma, o rédito corresponde ao preço da transação, o qual consiste na contrapartida a que a entidade tem direito ao transferir o controlo sobre os bens ou serviços para o cliente (parágrafo 47 da mesma norma). Ou seja, a base de medição do rédito (componente tão importante do desempenho) referida pela administração no relatório e contas não está de acordo com a norma que a mesma administração diz ter aplicado. Mais um exemplo do rigor a que a atual liderança do Benfica nos tem habituado. 

Existem mais verdades “ocultas” no relatório e contas da Benfica SAD que ficam para uma próxima ocasião. Urge debater o tema da qualidade do relato financeiro, uma vez que a grandeza de uma instituição também se mede pela transparência da sua comunicação, muito em particular do seu relato financeiro… e a transparência é um dos pilares em que se alicerça o nosso sonho de transformarmos o BENFICA NO MAIOR E MELHOR CLUBE DO MUNDO

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52 comentários

  1. Parei de ler após a analise que fez do gráfico.

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    1. Qualquer finalista universitário pode e deve aproveitar este texto como futura tese de mestrado......foge-te!!

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    2. Então os viscondes lagartos vão processar o SLB? Será que é porque não têm tusto e não pagam a ninguém?
      Porque razão o SLB não os processa a eles e, assim sendo, a descida de divisão era tiro e queda!?!?

      Lagartos: pagai (e muito) a quem devem!

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    3. x2. Quando a coisa não tem lógica não vale a pena

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    4. Eu parei de ler logo a seguir a ler o título do nº 1.
      A "análise" habitual.

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    5. Já fomos 2...depois do gráfico e explicação saltei para o final para vislumbrar o seu autor! Ok. Fiquei logo esclarecido...

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  2. Um texto longuíssimo e confuso
    Parei de ler em (Até para o Presidente do SLB)

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    1. è este tipo de atitude, que permite a aldrabões governarem o Benfica. O conhecimento dá trabalho por isso as pessoas preferem ficar ignorantes...depois queixam-se...mas são ignorantes por opção

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    2. "Conhecimento"? Qual conhecimento? De quem?

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  3. Scaramanga, eu li tudo até ao fim mas devo ser excepção - para mim foi aproveitar para passar o tempo - é muito grande. Percebo há muita coisa para dizer.
    O que eu acho que seria mais importante era a projecção do que será as contas do Benfica daqui a 1 e a 2 anos: Conjugação de antecipação de receitas, emp. obrigacionistas, empréstimo NB, sem champions, aumento despesas que deve ser grande, gostaria muito até para se for esse o caso desmascarar a propaganda vieirsta.
    vieira e dso (ambos gostam muito do yazalde) são especialistas em contabilidade criativa à la bes.

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    1. Eu li tudo. Muito bom trabalho e muito bom texto que dá para perceber os muitos problemas existentes no RC apresentado. Pena não haver um debate entre os candidatos de forma a que um deles pegue neste relatório e questione o LFV sobre as várias questões e irregularides apresentadas aqui.

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  4. Raúl Santa-Clara9/10/20 12:20

    Vieira merece integralmente o título: VALE AZEVEDO II...

    E agora parece que quer arranjar um Vale Azevedo III como sucessor...

    Ao que chegou o Benfica: uma monarquia de pantomineiros!...

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  5. João Adamastor9/10/20 12:27

    Outro aqui. O texto parece um misto de rigor com uma perspectiva de conto de fadas. As contas são sempre positivas? Então bora lá falar que não existe um Félix todos os anos, mas esquecendo que por acaso todos os anos e vão muito seguidos lá ocorre uma surpresa que nos faz dar um bigode ao corrupto fcp e ao caloteiro scp.

    E estes resultados no contexto da Europa e da pandemia? É tudo fácil e cheio de erros? Curioso olhar todos, TODOS sem excepção na Europa e as contas dos gigantes. Parece que seria giro ver os tais gráficos comparativos com as contas de Barcelona, Real, Manchester City, United, etc e ver as fontes de receitas colossais deles e verem o resultado final desportivo/económico da generalidade. Nenhum gráfico pode inverter a verdade, até na pandemia nos destacamos pela gestão, e já agora este tal e tão criticado investimento desportivo foi feito com base em quê? Passaram a aceitar torresmos ou pagamos vmocs ou só temos jogadores por empréstimo com a consequente incapacidade de gerar receita futura?

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    1. Bigode? Será que estás a falar da época finda?

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    2. Aqueles a quem damos um bigode nos "duvidosos" resultados financeiros, estão na 1a divisão da Europa, LC, e nós, campeões nos resultados, através das vendas de jogadores, estamos na 2a divisão da Europa, LE.

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    3. Por achares os RC duvidosos é que das valor a este texto... Uma coisa explica a outra

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    4. João Adamastor9/10/20 23:19

      Não Wipinho, eu não me considero mais esperto que e empresa de auditoria externa do Benfica, nem que a CMVM, nem a PJ, nem que o Ministério Público, nem considero toda a gente sem excepção no Glorioso com falta de honestidade porque um relatório de contas é fruto de uma equipa...

      E aqui não é o clube da fruta e café com leite.

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  6. Vou pedir um dia de folga ao patrão para ler o texto todo

    Fabio

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  7. Gostaria muito de ver o Benfica Eagle e os dois senhores que falam sobre o Relatório e Contas e as finanças do clube em geral (no programa da BTV «Contas feitas, dúvidas desfeitas») a comentar este texto do Scaramanga - tem ou não tem Scaramanga razão? Prestariam um grande serviço de esclarecimento aos benfiquistas menos versados nestes temas.
    Os meus agradecimentos, Scaramanga.

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    1. Nau09 Outubro, 2020 13:25 se o objectivo da analise fosse ser-se sério podiamos acreditar nela, mas basta ler o linguajar utilizado na analise para se perceber que tudo é manipulação dos numeros. Uma empresa termina um ano com lucro de um milhão e no ano seguinte termina com um lucro de 800 mil.Sabes o que diz o analista tipo scaramanga? Diz que teve um prejuizo de 200 mil...Contabilidices....
      Factos...não se reduziram salários a ninguém e conseguiu-se manter COMPETITIVIDADE em TODAS AS MODALIDADES...o resto é dor de c....

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    2. COMPETITIVIDADE em TODAS AS MODALIDADES? Em todas?
      E a banhada no futebol?
      Contra os intervencionados e falidos...

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  8. O texto é longo : tentativa de boicote, a favor do analfabetismo, salazarismo, manter as pessoas no desconhecido, na ignorância, enfim é assim que os imbecis, os incompetentes, procuram ter o PODER...Acabar com os TRICOLOR, da propaganda, da mentira, manipulação, é o melhor que se pode desejar ao GLORIOSO...

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  9. Resumindo: o Benfica sera o próximo clube português a ser intervencionado pela UEFA! Sem ironias...

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    1. Sem ironias mas com grande ignorância.

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  10. Que grande confusão que para aqui vai!

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  11. Que anormal, my god!

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  12. Scaramanga para jà obrigado pelo seu comentàrio não sou nada especialista em relatorios de contas mas na realidade quando leio os conteudos dos seus comentàrios fico mais esclarecido e por isso lhe agradeço o seu texto é longo mas não fastidioso, a pertinencia das suas observações ajudam os verdadeiros Benfiquistas a compreender as artimanhas destes Gaiosos mafiosos que invadiram o nosso clube indo mesmo até ao ponto por vezes de ignorar por completo o conflito de interesses, mais uma vês obrigado e VIVA O BENFICA

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  13. PEDIDO ESCLARECIMENO

    Alguém que me ajude a esclarecer este ponto, se as candidaturas juntas de RGS, JNL e Francisco Benitez, tiverem mais votos que o Chefe da TRUPE TRICOLOR, poderão fazer um acordo e serem ELES a ganharem as ELEIÇÔES ? Grato a quem de boa fé nos esclareça sobre o assunto.

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    1. Claro que sim, aqui pode se tudo,quando se tem candidatos no desemprego, sem os anos de sócio, vale tudo, os últimos ficam mais primeiros os primeiros ficam em último existe uma máquina que votas no RGS e voto vão para o Vieira..

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    2. É isso que chamas de democracia? E não. Não podem

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    3. " poderão fazer um acordo e serem ELES a ganharem as ELEIÇÔES ? "

      E para que servem os estatutos ?

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  14. Para ler e meditar.
    Tambem o BES apresentava relatirio de contas excepcionais.
    Depois...foi o que se sabe.

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  15. A análise do gráfico é simplesmente mirabolante. De rir à gargalhada.

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  16. trouth ?? LOL

    Ed 404

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  17. Obrigado e parabéns pelo trabalho.

    Se o calendário se mantiver em relação a anos anteriores, no final de Novembro teremos a AG da SAD e este ano, tal como em 2018, conto lá ir. Já partilhava de alguma dúvidas aqui levantadas e alertaste para outras.

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  18. Não achei o texto nada longo. Apreciei o sentido pedagógico e construtivo do mesmo. Concordo inteiramente com as alternativas que propõe e fiquei esclarecido com o seu exemplo do que deve ser um R&C.
    Obrigado.
    Agora vou tomar a medicação.

    Ed 404

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  19. Scaramanga,
    Podes explicar-nos o que se passa com as receitas e despesas, por rubricas, da Vieira TV?
    É possível extrair essa informação do R&C?
    É verdade que as subscrições pagas pelos Benfiquistas, vão para os cofres da NOS? Ou estão expressas numa qq rubrica deste Relatório?

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    1. E gostaria de saber quanto dinheiro vai para a NOS, foi no passado exercício. Somos nós que estamos a Pagar à NOS aquilo que eles estão a pagar ao Benfica.

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    2. Claro querias o quê?? Champagne e lagosta??.

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  20. Não tenho formação na área mas tenho inteligência para ler. Para nós comuns mortais devia existir um documento em anexo sem jargões técnicos. O relatório e deliberadamente opaco e não fornece informação objetiva, quanto mais opaco é um documento mais ele quer esconder. Se a governança fosse clara e inatacável apareceriam os itens todos descriminados, tanto para advogados tanto para comissões e a quem, qual a divida ao banco X e os custos líquidos e a taxa de juro incluída, quanto de receitas foram antecipadas e quanto ficam anualmente disponíveis, etc etc etc. TEMOS PÉSSIMA GESTÃO NO BENFICA EM LINHA COM A PÉSSIMA GESTÃOQ UE O VIEIRA TEM NAS SUAS EMPRESAS, que revelaram em 700 milhões um buraco de 225 pagos por todos nós, que representa mais de 30% do total, ISTO DEVERIA COLOCAR QUALQUER PESSOA INTELIGENTE DE SOBREAVISO MÁXIMO, se Vieira não sair, os próximos anos vão revelar uma situação financeira semelhante a realidades de outros clubes adversários. Fica o aviso votem em quem quiserem, mas o vosso voto é responsável por um clube repleto de vitalidade ou a definhar.

    Em termos de receitas este ano qual é a previsão? Em termos de custos qual é a previsão? A má gestão desportiva - perca do campeonato passado - fez-nos perder 50 milhões de euros e consequentemente perdemos Rúben Dias e o Vinícios resultados de uma péssima gestão de Vieira. Quando se faz muito dinheiro e "usamos de expedientes" é fácil vender a ideia de grande gestor.

    Vieira é um péssimo gestor, Vieira é Mendes e JJ e nada mais.

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  21. Só um Blogger neste blog com quem vale a pena discutir os R&C. E não é o Scaramanga

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    1. 3 capachos que não tem puta ideia do que leram, enfim é o mundo do Vieira..

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    2. Anónimo. Você, a julgar pelo jargão, nem ler saberá muito bem, daí que, quando sair da caverna, talvez se possa dialogar...

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  22. Oh companheiro, quando o preço da transação é pago a prazo, muitas vezes de 3, 4 ou 5 anos, como é que o rédito pode corresponder ao preço da transação? Não se atualiza o plano de recebimentos? Só mesmo para quem nunca sequer estudou finanças. Como se percebe que não é o caso fica demonstrada a honestidade intelectual, ou, numa linguagem que lhe é mais cara, foi só para zombar com a Malta...

    Mas a mim só me interessa um ponto: teima-se em não considerar os rendimentos com a alienação de jogadores como operacionais. Já sei que os preceitos do relato a isso obrigam, não é isso que agora interessa. A questão é que a rentabilização de passes de jogadores é o modelo de negócio desta direcção, é por aí que ela procura aproximar a capacidade financeira do clube da de clubes de mercados mais desenvolvidos. Sim, já sei que é só para meter dinheiro ao bolso e distribuir pelos amigos, mas a verdade é que se o Benfica se quer aproximar de um patamar superior tem que desenvolver modelos de negócio alternativos ao "só vende jogadores mais, só compra jogadores bons, segura os melhores, não falha contratações, só faz contratações cirúrgicas e Bla Bla Bla", isso não chega, abram os olhos que isso não chega. Que se deve procurar minimizar os erros é uma coisa, agora dizer que só vou comprar bem é simplesmente treta. Quem não aceita este modelo de negócio, pelo menos que exija aos outros candidatos que expliquem como propõem elevar o cash flow do Benfica acima do potencial do mercado onde opera, é que sem isso bem podem apregoar que têm ambição na Europa que são só balelas bem maiores que as do Vieira.

    Pelo menos Vieira montou bem o plano de negócios: investiu na capacidade formadora, desenvolveu a capacidade de conhecimento e intervenção no mercado, fez parcerias para exponencial receitas e mitigar riscos (sim, isto é o Mendes, e paga-se, ou só é bom se só o Benfica ganhar), e fez-se à vida.

    Os resultados foram bons, ainda não chegam, mas que venham mostrar quando é que o Benfica evidenciou melhor performance económica...

    Volto a dizer, quem não gosta pelo menos que exija explicações sobre a alternativa, porque trocar isto por nada é só estúpido.

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    1. "Os resultados foram bons"...
      É por isso que estamos na 2a divisão da Europa!

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    2. Nem mais. O modelo atual de negócio é mau, mas ninguém apresenta alternativa credível!

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  23. Excelente Resumo do relatório e Contas que explica os gastos que os actuais dirigentes do Benfica procuram esconder. Resumidamente os lucros do Benfica são obtidos através da delapidação do potencial estratégico do actual plantel, ou seja, a competitividade da equipa baixa de ano para ano, o post mostra ainda os gastos com pessoal da SAD e do plantel a aumentar e a competitividade do plantel a baixar, ou seja o equilíbrio financeiro só e atingido com recurso a venda dos nossos melhores jogadores...os gastos e despesas estão camuflados para evitar o escrutínio. Quem não deve não teme, é uma vergonha a ocultação do detalhe dos gastos. Com uma gestão mais capaz, com maior controlo de gastos é possível aumentar os nossos resultados internos e internacionais, basta deixar de alimentar bandidos e focar no que realmente interessa,. Parabéns pelo Post

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  24. É um herói este aqui.

    Consegue reter os melhores jogadores. Consegue competir com os melhores clubes na Europa sem vender. Consegue um Benfica sustentável sem vendas de jogadores.

    Enfim, é um mundo à parte..

    É um perigo este tipo de conversas porque tem gente que acredita.

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  25. "Vou aqui tentar não repetir o óbvio"

    O óbvio que ficou por contar é o quê ? a parte positiva do R&C ?

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