Estamos a 29/05/2018 e...

....até agora ninguém pediu a suspensão do início do próximo campeonato.

Ninguém exigiu à Justiça celeridade na investigação e decisão sobre as suspeitas sobre, pelo menos, 8 jogos da Primeira Liga envolvendo o Sporting e o seu director desportivo.

Ninguém faz capas todos os dias com o porquê de um director desportivo ter necessidade de guardar num cofre administrativo 60 mil euros em dinheiro.

Ninguém coloca em causa a verdade desportiva do campeonato 2017/2018, apesar destas e de outras suspeitas/casos como o da invasão ilegal ao campo do Estoril Praia, a não realização da segunda parte do jogo quer no próprio dia quer no dia seguinte, o pagamento de valores demasiado questionáveis por parte do FCP ao Estoril entretanto ou o caso da denúncia anónima sobre o guarda redes do Marítimo que é expulso num lance que nenhum outro guarda redes consegue justificar.

Ninguém exige todos os dias a responsabilização da Juventude Leonina pelo que se passou em Alcochete. Pelo contrário, há uma mensagem repetida vezes sem conta de que quem fez aquilo são "pseudo-adeptos" ou nem sequer adeptos do Sporting. Aliás, até era comum nas primeiras horas apontarem adeptos de outros clubes como os responsáveis por aquele ataque terrorista. De repente, a lei 39/2009 que era alvo de citação diária, parece que deixou de existir.

Pois não só são adeptos do Sporting, como são sócios quer da claque quer do clube. 

Não há comunicados das sempre tão diligentes Comunicações dos clubes a exigir a demissão dos responsáveis do Sporting. 

Há um silêncio comprometedor dos paladinos da legalidade e bons costumes face à intimidação e ameaças feitas todos os dias a jogadores do Sporting ou a membros da Assembleia Geral do clube. 

Bem lembramos o que disseram e exigiram quando alguns sócios do SL Benfica atiraram cadeiras numa AG do nosso clube. 

Muito menos ninguém exige a demissão de Fernando Gomes por o líder da FPF, orgão que detém o poder do futebol em Portugal, ter permanecido em silêncio enquanto dirigentes e departamentos de comunicação incendiavam o nosso futebol nos últimos anos.

Nem o paladino da Verdade Desportiva, Rui Santos, tem uma palavra neste sentido quando no ano passado por esta altura exigia a suspensão do arranque do campeonato.

Na verdade, quando chegamos a este ponto dos acontecimentos, a cor da camisola deveria ser o menos importante. 

O essencial deveria passar pelo exemplo dado pelos próprios clubes ao banirem das suas bancadas, antes de qualquer decisão judicial, todos os envolvidos dolosamente em confrontos violentos. São prontos a apontar o dedo aos adversários mas vergonhosamente calam-se quando se trata de incidentes na sua própria casa.

Uma nota final para a Direcção do SL Benfica: ninguém compreende o vosso silêncio mediante todos estes casos, em especial os que envolveram os casos do FC Porto e o desfecho do jogo com o Estoril. Rápidos a defenderem o indefensável, rápidos a atacarem benfiquistas, caladinhos que nem ratos quando é preciso defender o clube e a verdade.

P.S.: Esta tarde falaremos das contratações.