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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ainda há amor à camisola sim...

. 6 comentários

... o que não há hoje em dia é... caridade!

O amor à camisola não quer dizer que os jogadores que a sentem não sintam também o apelo de construir uma vida para lá do Benfica... e que o Benfica construa uma vida para lá do apego dos jogadores à camisola.

O melhor exemplo acabado disto é o André Horta. Um dia o Benfica pôs de parte a paixão que o André tinha pela camisola e pelo clube e tiveram que lhe pedir que seguisse outro rumo. O André seguiu, deu o seu melhor depois de interiorizar o desgosto de ver fugir o sonho... e voltou.

Voltou por uma porta maior ainda do que aquela em entrou um dia, por uma gigantescamente maior do que aquele por onde um dia saiu... mas isso não quer dizer que perca o amor à camisola um dia que o apelo de um grande clube (em dinheiro), uma grande liga (em exposição) o chamar com a mesma naturalidade que o SLBenfica um dia o encaminhou para fora.

Confundir este apelo pela camisola, confundir o olhar que vemos nestas fotos do André e do Gonçalo... com o mercantilismo dos que não nasceram no Benfica, mas fizeram-se homens cá, é como confundir a sensação e as memórias da primeira escola e da primeira professora, com o primeiro emprego e o primeiro chefe. Um é paixão, o outro é memória, gratidão.

Confundir a gratidão e aprendizagem do Luisão, Maxi Pereira, Samaris ou outros no Benfica... com o olhar de menino do Renato Sanches, do André Horta ou do Gonçalo Guedes quando vestem a camisola para entrar em campo... é não perceber de paixão, de dedicação a uma causa superior que só se compara com Rui Vitória se virar para trás na bancada e dizer a um de nós: "tu, anda que vais jogar".

Nada disto se pode confundir com caridade! Nem dos jogadores a quem nunca será justo pedir que não saiam para uma vida melhor por amor à camisola... Nem do clube a quem nunca será justo pedir que segure um jogador sem que este represente valor acrescentado à equipa e ao clube.

Amor à camisola há... vocês procuram-no é nos jogadores errados. Talvez por isso não saibam bem o que é ter amor à camisola e insistam em confundir isso com caridade que não encontram (e ainda bem) no futebol.
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6 comentários

  1. alerta vermelho13/9/16 00:51

    A génese do BENFICA é sobretudo amor á camisola! Não nos esqueçamos que se lutou para ter uma bola, que se lutou para ter estádio, e tudo o mais. É por isso que o BENFICA é um clube popular, e o maior de Portugal, é por isso que o BENFICA tem uma mística indescritível, e que mais ninguém tem! Já o Sporting é um clube que nasceu com todas as condições e infraestruras, mas que não tinha equipa, aliás a primeira equipa de futebol que teve foi contratá-la ao BENFICA! É por isso que o Sporting não tem nem nunca teve mistíca! Querer fugir a isso no BENFICA, é matar o BENFICA na sua essência e transformar o BENFICA, numa coisa que ele não é! Discordo plenamente dessas alegações que se fazem, em que o único critério é apenas economicista, e fico preocupado, porque é um sinal de que possivelmente o BENFICA, tem no seu interior muita gente que nada entende do que é o BENFICA,e apenas vê o clube como uma oportunidade de fazer negócios!

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  2. 100 % de acordo.

    Luís Silva

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  3. Caro GB aqui está um texto equilibradíssimo e sensato! :)
    Todas as premissas são razoáveis e facilmente observáveis por todos, independente de credo ou clubite :D

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  4. 100% de acordo GB.
    O teu post é a prova provada do tipo de gentinha que visita e comenta neste blog.
    Se fosse para dizer mal de LFV, do Rui Vitória ou do apanha bolas do Benfica, já tinhas mais de 100 comentários.
    Os Taliban e os infiltrados já mal se distinguem. Para eles quero façam o que o Maradona mandou.

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  5. Benfica By GB,

    Sim. É importante distinguir aquilo que é apego, paixão, amor ao clube do que e profissionalismo.
    Profissionais são todos os que jogam no benfica, mas há uns que além de profissionais são adeptos e por isso têm uma forma diferente de sentir e acredito que a entrega é ainda superior.
    Claro que há bons profissionais que não sendo benfiquistas são exemplares na forma como se batem em campo e há jogadores que sendo adeptos não têm os mesmos níveis de profissionalismo que outros jogadores oriundos de outras latitudes.
    Porém, não são esses que se podem comparar, mas sim os os profissionais exemplares com os profissionais exemplares que além do mais são adeptos. Isso sim é que é uma forma de não distorcer a realidade.
    Claro que no Benfica desorganizado dos anos 90 e início desta década permeável a todos os níveis ( Quantos Peres Bandeira o Benfica teve!!!) os miúdos foram muitas vezes vitimas da falta de apoio para melhor servirem o Benfica.
    Casos como Hugo Leal, Edgar, Maniche ... serão mais difíceis de acontecer na atualidade, pois os miúdos são devidamente acompanhados e os aliciadores têm menos espaço de manobra. Ainda assim há quem se deixe seduzir por clubes inglese, italianos ou espanhois.
    Para concluir, Rui Costa vive de certeza absoluta o Benfica de forma diferente do que vivia o Carraça ...
    Viva o nosso Benfica!

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