O blog Novo Geração Benfica é agora um espaço aberto a outros bloggers benfiquistas. Os autores dos textos serão os únicos responsáveis pelos mesmos, não sendo definida qualquer linha editorial ou obrigatoriedade. novogeracaobenfica@gmail.com

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Já não há heróis.

. 22 comentários


Tenho escrito algumas vezes sobre a forma como encaro os jogadores de futebol e os que compõem o plantel do Benfica.

O tempo actual não é um tempo de amor à camisola mas sim de quem paga mais.

Por isso, discordo de grandes manifestações de “amor” a jogadores que temporariamente servem o clube. Até porque estão cá por dinheiro e não pelo clube.

O caso de Luisão é um exemplo claro disso. Tem um percurso no Benfica que merece respeito, mas sem grandes entusiasmos. O brasileiro nunca se coibiu de tentar forçar a saída nas últimas 6 ou 7 temporadas e apenas ficou…por dinheiro.

Não que isso seja criticável pois Luisão e qualquer outro jogador está no seu direito de lutar por melhores condições financeiras para si e para a sua família.

Mas equiparar o “amor” pelo clube ao dos adeptos/sócios é um exagero muito grande.

O tempo do amor à camisola terminou nos anos 90.Depois disso, são muito raros os jogadores que merecem ser considerados “como nós”.

O Redmoon mencionou o exemplo do Gerard, mal comparado no meu ponto de vista. O inglês teve um momento onde ambicionou para si poder ter no seu currículo títulos, o que é perfeitamente legítimo. Mas foi sempre um exemplo de correcção e amor aoLiverpool.

Mais recentemente, tivemos Maxi Pereira com 8 anos de Benfica, que era sub-capitão, e que tantas vezes foi usado como bandeira do Benfica. Nada mais errado, como o tempo o provou.

Também tantas vezes Jorge Jesus foi utilizado como “imagem” da suposta defesa do Benfica e dos adeptos quando afinal o tempo mostrou como isso era uma mentira. Aliás, o ex-treinador sempre se achou mais que o clube.

Certamente que um ou outro atleta sentirá a camisola como poucos actualmente. Esses são os que respeitam o clube em todos os momentos, que sabem que o clube tem na sua razão de ser os adeptos/sócios. Pablo Aimar, por exemplo. Ou Shéu Han que serve o clube há décadas.

Os maiores que por cá passaram nunca tiveram um discurso de que o clube deveria lhes agradecer seja o que for.

Eusébio da Silva Ferreira e Mário Coluna, juntamente com José Águas e tantos outros que construíram a grandiosidade do Sport Lisboa e Benfica, até ao fim das suas vidas sempre disseram que eles é que eram gratos ao clube e não o contrário.

É essa humildade que falta a todos estes supostos heróis.

Os verdadeiros heróis não são os que são pagos para vestir a camisola do Benfica.

São os que a vestem nas bancadas e por esse mundo fora, gastando do seu dinheiro para apoiarem o clube do seu coração. Esses sim merecem a admiração e respeito de todos.

Se comentar anonimamente, não use o nickname Anónimo. Deverá inserir um nick seu (em Comentar como: opção Nome/URL).

22 comentários

  1. «Não que isso seja criticável pois Luisão e qualquer outro jogador está no seu direito de lutar por melhores condições financeiras para si e para a sua família.»

    Apesar da justeza da afirmação, realça-se a injustiça da situação que se tornou dado adquirido.

    Quando pessoas que aqui ganham o ordenado mínimo, não podendo ou querendo - justamente- emigrar, ainda se esforçam para comprar um bilhete para ver a bola, tudo o que se mencione sobre os direitos dos futebolistas é risível.

    Os jogadores, sendo homens como nós, têm direito a cuidar da sua família. Passa a injustiça quando ganham num mês aquilo que eu nunca ganharei na vida só porque conseguem dar uns toques na bola e meter um estádio em alvoroço, alvoroço emocional que passa 2 semanas depois, numa contínua repetição do mesmo.

    Eu ao dar aulas, ao construir edifícios, ao zelar pela saúde do próximo, não sou vedeta enquanto professor, arquitecto ou médico.
    Mas se for jogador da bola, tenho a benesse de ganhar quantidades vergonhosas de dinheiro porque a minha carreira acaba aos 36 anos.
    É quando a carreira de um médico ou professor está madura.

    O sr. Bosman é o responsável de tudo isto. Acentuou o cada vez mais omnipresente poder do dinheiro.

    Portanto, a menos que se veja problema nisto, e eu vejo, tudo o resto são peaners.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nem quis entrar pelo caminho que seguiste no teu comentário, mas que subscrevo totalmente.

      Eliminar
    2. " Mas se for jogador da bola, tenho a benesse de ganhar quantidades vergonhosas de dinheiro porque a minha carreira acaba aos 36 anos. "
      Eu desconheço quantos jogadores profissionais existem no planeta, e também desconheço o número de jogadores profissionais que ganham quantias vergonhosas de dinheiro só porque a carreira acaba-se-lhes aos 36 anos ... - O que eu sei é que para ganhar essas tais quantias vergonhosos é necessário ser mesmo muito bom de bola, diria mesmo craque; e se os craques da bola existem, também os há na medicina na arquitectura, no ensino, na culinária, só que a grande maioria é desconhecida do grande público e não dá entrevistas...
      Agora o que não podemos escamotear é que a Lei Bosman apesar de muito criticada acabou como esclavagismo no futebol. e isso foi, quer queiramos ou não, uma enorme lufada de ar fresco no seio do futebol mundial e uma pedrada no charco mal cheiroso das elites dirigentes ...

      P.S. de facto já não há heróis ... " Balliu junta-se a Cássio e reclama dívida do Arouca "

      Eliminar
    3. Como notaste e bem existem dotados, seja por esforço ou nascença.Muito poucos se podem dizer dotados. Permanece a questão, porque é que um fenomenal torneiro mecânico não recebe a mesma quantia que um futebolista.
      Há actividades mais valorizadas em relação a outras, e é por aí que podemos começar a pensar na relatividade do futebol.
      A lei Bosman não acabou com o esclavagismo, antes o transformou em mercantilismo puro. Conheço futebolistas de bairro que hoje cinquentões ainda ganhavam melhor que o torneiro mecânico mais dotado há 30 anos atrás.
      Esta lei permitiu a manobra dos grandes tubarões europeus, e o motivo pelo qual os jovens cada vez menos dão valor a jogar no seu clube de formação, sabem que o topo é sempre num plantel distante.

      Eliminar
  2. Viva Shadows.

    Concordo consigo. Tenho de tirar o chapéu e dizer que sim.

    Nuno Silva.

    ResponderEliminar
  3. E este fds o Benfica e todas as suas equipas ganharam TODOS os jogos onde participaram. Rua com esta direcção...e com o Luisão e com o jonas e com todos os jogadores que querem aumentos... Gerrard ficou no Liverpool porque lhe pagavam igual aos outros. Totti igual. Raul igual. Casillas igual. Xavi e iniesta igual. Ainda gostava de saber um exemplo de um jogador desses que passa 10 anos num clube de topo que jogasse por amor de adepto ao clube.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olha o Martins! Ainda a pé a estas horas?

      Eliminar
    2. O Totti podia ter ido ganhar o dobro ou o triplo no Real Madrid, e a Roma estava disposta a vendê-lo (pelo preço certo, claro). Ele é que nunca quis saír.

      Eliminar
    3. Shadows eu estou sempre a pé... Tu é que censuras os comentários.

      Eliminar
  4. Sabes bem que o que o teu amigo redmoon quis dizer não foi isso... Eu também não me esqueci de o Luisão fazer algumas xs choradinho pra que lhe aumentassem o salário, mas já há uns 3 ou 4 anos que não se ouve nada semelhante a isso, e quero crer que ele tenha mudado, talx seja ingénuo mas sou assim...

    ResponderEliminar
  5. O amor à camisola já morreu há muito mas o que continua a existir é respeito pelo clube que representam e pelos seus adeptos. Uns têm e outros não. Há vários exemplos de quem respeita. Luisão, Jardel, Saviola, Aimar, Salvio são alguns desses casos e que passam/passaram no Benfica.E acima de tudo o Luisão defendeu sempre o clube, mesmo em alturar em que muitos o criticaram ele defendia o Benfica e os seus jogadores.

    Ass. Labreca

    ResponderEliminar
  6. Águia Preocupada11/11/15 00:06

    Tal como já disse noutro post, nas histórias de heróis não há dinheiro, não há riqueza, não há interesses materiais que são no fundo as bases em se transformou e assenta o futebol de hoje.
    Herói sou eu, somos nós que mantemos a nossa fidelidade independentemente da chuva, do frio, do sol, do vento, dos horários impróprios a que são jogados os jogos.
    Quanto aos jogadores, respeito os que respeitam o clube e a nós adeptos. Tudo o resto, não passa de €€€€€€€€€€€!

    ResponderEliminar
  7. benfiquista a serio11/11/15 00:22

    subscrevo em quase tudo o que disse, caro shadows.
    só não concordo com o que disse do sheu. a meu ver, o trabalho do sheu no Benfica não traz nada que se possa ver, é tipo de nem ser carne nem peixe, ou seja, muito pouca emotividade, muito pouca energia, muito pouca chama; é um paozinho sem sal. eu valorizo mais individuos que deem o peito às balas e que defendam o bom nome do nosso glorioso clube sem olhar para a manutenção do seu cargo. o sheu manteem-se sempre impavido e sereno e sem acçao quando é preciso agir e tomar decisões em prol da defesa do nosso clube.

    em prefiro muito mais homens como o mozer, como o rui costa, como o rui esteves, como o grande eusebio, o grande antonio simões, o grande jose augusto que opiniam e não teem medo do que afirmam.

    ResponderEliminar
  8. benfiquista a serio11/11/15 00:31

    so um acrescento ao meu ultimo comentario:

    o cargo que o sheu ocupa no nosso glorioso clube (delegado ao jogo) é de capital importancia dai os nossos adversarios escolherem a dedo quem poem nesse cargo (nos lagartixas- octavio e o presidente; nos andrades - um vice presidente).
    o homem a ocupar esse lugar tem de ser um homem respeitador e respeitado e que alie a isso uma certa emotividade e chama e para mim quem cumpre esses requisitos seria o rui costa.

    ResponderEliminar
  9. O GRANDE Eusébio podia ter ido ganhar rios de dinheiro para Italia se não fosse um decreto lei do Salazar.
    Amor mesmo era no tempo do amadorismo e primórdios do futebol profissional.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. João Carlos11/11/15 02:13

      Epáh, neste comentário os teus 3 neurónios até conseguiram trabalhar em conjunto pela primeira vez

      Eliminar
  10. Shadows tens a certeza que nao existe amor a camisola,entao o badochas nao tem amor a camisola? como pos os apintadores a ama-la tanbem ainda se joga com amor carago bom post parabens.

    ResponderEliminar
  11. Estive em Alvalade no 6 a 3, estive na Final da Taça do Verylight, aquelas que quanto a mim foram as duas melhores exibições do João Pinto pelo Benfica. E nunca o idolatrei, e porquê? Nunca me esqueci que por muito pouco não foi outro Pacheco e Paulo Sousa e porque quanto a mim o maior ídolo do Benfica são os adeptos, é a cor do clube, é o estádio, e só depois um Homem de seu nome Eusébio, secundado por uma lista enorme deles que não tenho tempo para nomear. Mas não quero com isto dizer que o citado João Pinto não ficará para sempre na minha memória e que quando pense nele não pense automaticamente no Benfica, tal como o Luisão, ou o Jesus por enquanto, ou até o Vieira. Mas o Benfica é um todo, somos nós e muitos mais, não é um ou outro jogador.

    ResponderEliminar
  12. Um Jogador que e Capitao de equipa e chama de fdp aos adeptos nao merece a bracadeira que veste nem merece que o defendam,ainda por cima de criticas que sao verdade.Herois para mim que nunca vivi os tempos de Eusebio,Coluna,Jose Aguas,Germano,Torres,Jose Augusto,Simoes,Mario Joao,Costa Pereira e outros,sao o Rui Costa e Toni.

    ResponderEliminar
  13. É óbvio que dantes havia amor à camisola porque não havia hipóteses de se ir ganhar mais para outro lado (estrangeiro). Nas atuais circunstâncias, esses ídolos do passado talvez trocassem o amor ao clube por uma carreira internacional melhor remunerada. E uma coisa não colide com a outra. Ao renunciar melhores condições de trabalho e perspetivas de evolução na carreira, um jogador estaria a ser mau profissional.

    ResponderEliminar
  14. Sejamos realistas, os jogadores de futebol não sentem o futebol da mesma maneira que os adeptos. Não sei se será melhor ou se será pior. Para eles é um emprego, em alguns casos muito bem pago. Não quer isto dizer que não possam identificar-se com um clube e até serem ou tornar-se adeptos desse clube, e ainda "símbolos" desse mesmo clube. Não me choca quererem mais dinheiro, não me choca trocarem de clube, choca-me mais é por vezes a falta de empenho, embora até isso possa ser justificável ou até algumas declarações estúpidas que fazem para serem mais bem aceites nos novos clubes. De resto eles tal como nós querem é orientar as suas vidas e estão no sei direito.

    ResponderEliminar
  15. Já não há amor à camisola mas alguns dos mercenários têm preferências clubísticas. BAM

    ResponderEliminar

O NGB mantém registo dos comentários. Não use o nickname Anónimo, insira sempre um nickname à sua escolha (em Comentar como: opção Nome/URL). Seja moderado na linguagem, senão será rejeitado. Comente o assunto do post, salvo algum off-topic que se enquadre no contexto do blog.

ranking