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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

"Paços" decididos e firmes...

. 4 comentários


Portugal, 20 de Fevereiro de 2014

O último jogo em Paços de Ferreira comprovou a minha “tese” relativamente à forma como se ganhou o jogo com o SCP. Escrevi no texto intitulado “5 pontos”:
O Benfica ontem ganhou apenas 3 pontos, ganhou apenas um jogo. O próximo será forçosamente distinto. Porque é o próximo, e porque o adversário não irá expor-se como fez o SCP. É muito diferente jogar para ser campeão, e o SCP optou por escalonar uma equipa para ganhar os 3 pontos, ou jogar para não descer em que 1 ponto ganho pode ser positivo e factor de motivação. O Paços de Ferreira não irá jogar com uma estrutura táctica de ataque, mas sim de reacção ao erro do Benfica. Como aliás 99% das equipas portuguesas fazem. Como resultado podemos esperar uma coisa: o jogo do Benfica será muito diferente, e não será garantidamente para melhor, do que foi ontem. Além de que a suspensão de Enzo Peres vai tirar da equipa o único médio criativo de categoria extra, que temos”.
Basta pois estar atento ao futebol que se joga cá em Portugal, para perceber que a postura táctica e atitude competitiva do Paços de Ferreira seria a que se viu, em particular na 1ª parte. Uma equipa que arriscou pouco (linha defensiva baixa), defendendo o pontinho quase com “unhas e dentes” e apostando no erro do Benfica (nos passes errados ou transviados) para desenvolver transições defesa/ataque rápidas (contra ataques).
Perante este cenário previsível e confirmado no campo, o que se viu no Benfica foi uma equipa solidária, lutadora e focada no objectivo de ganhar, mais do que no jogar “bem” ou “bonito”. Até ao mn 94 se fosse preciso. Felizmente para quem assistiu ao jogo e em particular para os milhares de benfiquistas que uma vez mais trocaram muitos euros, pelo apoio à equipa, o jogo correu-nos bem e ganhamos. Em terras dominadas pela simpatia clubística do FCP, estas vitórias sabem sempre muito bem e dão aos adeptos “moral” para os dias seguintes.
Por esta ordem de razões, a nós – cá em cima - o que interessa é ganhar, e deixar as considerações sobre a “qualidade” do jogo para os teóricos de Lisboa e Porto, onde se acotovelam os maiores “entendidos” de futebol muito bem pagos para .. “dar” (vender) opiniões depois do jogo ter acabado.
Se no jogo com o SCP o Benfica mostrou as virtudes da equipa, fruto da atitude positiva do adversário e da menor interferência do árbitro, em Paços, perante um adversário com atitude defensiva e um árbitro com interferência (mais um que está no quadro dos profissionais), o que vimos foi uma espécie de plano B em que se privilegiou o trabalho e o suor, em alta rotação para o golo.
Devo sublinhar que temos assistido a bastantes golos obtidos a partir de situações de contra ataque, como sejam o 2º golo ao SCP e o 2º golo ao Paços, para além de um sem número de jogadas do mesmo género que Lima e Rodrigo têm desperdiçado (se fosse o Cardozo, era uma chatice). Isto acontece porque a dinâmica de Fejsa, colocado mais atrás do que Matic, que nunca jogou verdadeiramente a 6 mas entre o 6 e o 8, dizia eu, que Fejsa jogando a 6 puro (ou quase) permite acomodar os demais jogadores de forma equilibrada ao longo do campo entre a posição 6 e a baliza adversária. Com Matic era frequente sufocarmos o adversário na sua defensiva, devido à sua apetência por ir à frente rematar para o golo.
E assim se vê como a venda de um jogador reconhecido como peça “fundamental” na manobra da equipa, para os tais opinógrafos especialistas em “tácticas depois do jogo acabar”, afinal não prejudicou a equipa, porque mais importante do que as qualidades individuais de Matic, o que importa e sobrepõe, é o grupo. É o colectivo. Com Fejsa (tal como com Javi) temos um outro colectivo, organizado e mais focado na velocidade da transição defesa/ataque, mais batalhador no terço defensivo e talvez por isso (não esquecer também o efeito Oblak), mais “impermeável” aos remates adversários.
Em Paços pode-se dizer que demos “passos” importantes rumo aos principais objectivos: mais confiança nos jogadores, mais força no colectivo, mais crença no trabalho que se está a fazer desde o início da época.
Como nos últimos 20 anos foram raras as vezes que vi o Benfica em 1º lugar em plena 2ª volta, é natural que me sinta satisfeito com o facto de pela 3ª época consecutiva isso acontecer novamente. Contudo, depois dos “roubos” das épocas anteriores, é obvio que aguardo pela reacção da equipa quando jogar com arbitragens de Proença e Xistra, em particular. Na época passada, no Funchal e em Coimbra, estes senhores conseguiram empatar-nos a 2, tirando-nos 4 pontos que se revelaram decisivos nas contas finais do título. Por isso parece-me fundamental que só façamos “contas” quanto ao título de campeão quando passarmos por estes dois árbitros.
Até lá, temos apenas de acreditar e confiar no trabalho do nosso treinador, equipa técnica e jogadores que a Direcção não consegue vender (apesar de muito tentar).
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4 comentários

  1. Está certo e bem escrito ;)
    ... agora que ninguém gosta de perder mas alguns fazem menos para ganhar isso julgo que ninguém tem dúvidas.
    Abrir a nossa participação na 2ª divisão da europa com um 2 guarda redes acima dos 30 anos, 2 internacionais com mais de 30 anos, 2 laterais emprestados, 2 ex da trafic a centrais, isto do meio campo para trás é pouco investimento para tanta aposta, do miolo lá para a frente ;)
    Para além de 2 já vendidos...a ponta da lança as co-propriedades dão uma goleada no "made in Benfica" e estamos "quase" no carnaval, após a 2ª pré época feita em janeiro. Nas zonas adiantadas só há um jogador na grécia com mais de 30 anos, Lima.( o nº7 lá continua no calvário junto ao pingo doce;)
    A diferença pontual do primeiro para o 2º na terra dos deuses talvez dê uma luz na diferença dos investimentos europeus.
    Mais importante ainda é o facto de o JJ bem vistas as coisas ser o "instrumento" ,caro com 4 Milhões /ano), como treinador que melhor toca a musica das orelhas do 33º presimente;). Está ao mesmo nível no pontapé nas palavras, trocam poemas. Dão recitais linguísticos para os inimigos. Alguns até são por coincidência contrários ao que cada um profere, mas mais tarde dizerem que estão em sintonia;)
    O post tem uma analise com qualidade com aqueles que estão no cesto dos ovos. Tem lá os bois do apito e muita preocupação apesar da vantagem no terreno nacional. Muito pelo sentido nas ultima épocas.Ou seja já ninguém tem confiança... até ao fim podem aparecer as invenções ou os tiros nos pés.
    Pelos motivos óbvios estamos mais vocacionados para a velocidade lá na frente, mas a criatividade é vendida mal tem qualidade para 1 divisão europeia.
    "...e jogadores que a Direcção não consegue vender (apesar de muito tentar).",
    Se analisarem bem vai ser o "made in Benfica" a pagar o enorme e pornográfico passivo. Porque a juntar à direcção não podemos esquecer as letras "sad" , se o nº 50 está em transito ( é zahavi), nos tenrinhos o agente mendes faz-lhes a folha se já nao fez a mais alguns sem ser o A. Gomes, Cavaleiros dos Milhões que semearam com dividas e aparato retardando ao máximo aquela politica de apostar para ganhar com menos quantidade e mais qualidade... principalmente a coerência na aposta nas novas gerações nascidas no Benfica, para lhes dar confiança e referencias. Nestes 14 anos não nasceram 14 vezes, mas mais de 14 sonhos do 33º tem no JJ o maior investimento da nossa história( os 4 últimos não têm paralelo,) é só asfalto tem inventado, recriado e tapa muito buraco nas alas para o Ferrari passar pela faixa central.

    nota: o Miguel hoje não joga e ainda bem apesar da lesão. Custa sempre um bocadinho ver um rapaz que já fez 4 voltas ao mundo para se formar no Benfica a jogar contra as camisolas dos eu amor.

    B T T

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  2. Para dizeres uma série de disparates,mais-valia estares calado.

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  3. "Basta pois estar atento ao futebol que se joga cá em Portugal" É aflitivo.
    "Em terras dominadas pela simpatia clubística do…" Parece que não viste aquelas bancadas completamente vermelhas.
    "que Lima e Rodrigo têm desperdiçado (se fosse o Cardozo…" Se fosse o Cardozo, ou não estaria lá, ou tinha chegado meia hora depois, ou se estivesse era em fora-de-jogo. O Lima sua a camisola (hoje até o viste recuperar bolas na grande-área) e o Rodrigo não anda a chorar por "dêem-me uma oportunidade" como o Tacuarara nos dois primeiros anos no Benfica.
    Isto não quer dizer que não concorde em absoluto com o teu excelente post.

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  4. Proença e Xistra são os adversários mais difíceis.
    Mas Olegário, Soares Dias e Jorge Sousa também vão fazer das suas.

    Veremos o que se irá passar.

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