"Vítor Manuel da Costa Araújo, mais conhecido por Vítor Paneira (Vila Nova de Famalicão, 16 de Fevereiro de 1966) é um ex-futebolista português que actuava na posição de médio ala direito, sendo que podia actuar, igualmente, a médio centro ou, em último recurso, a lateral direito. Actualmente treina o Boavista F.C. . No principal divisão do futebol português, jogou pelo Benfica e pelo Guimarães, tendo sido 44 vezes internacional pela selecção principal.
Formado no Famalicão, Paneira chegou ao Benfica na época de 1988/89, vindo do Vizela que na altura disputava a segunda divisão nacional e tendo participado no Torneio de Toulon pela Selecção de sub-21. Na época de 1995/96 mudou-se para o Vitória de Guimarães, onde jogou durante quatro épocas, tendo terminado a sua carreira de futebolista na Académica de Coimbra.
Paneira alcança ao serviço do Sport Lisboa e Benfica um patamar dificil de alcançar sendo, ainda hoje, lembrado como o último médio direito que o clube vermelho e branco teve de classe internacional.
Pertencente ao último grande Benfica de craveira internacional, Vitor Paneira era um jogador de classe, "fino", de elevada qualidade técnica. Não sendo possante conseguia muito facilmente a linha na qual fazia centros milimétricos para os seus companheiros. Tinha alguma velocidade e lia extraordinariamente bem o jogo, com excelente sentido táctico e com uma enorme capacidade e qualidade de passe.
Sai do Benfica, ao lado de outros jogadores de renome firmado no futebol nacional, ainda no auge da sua carreira e na plena posse das suas capacidades (com 29 anos) num dos piores momentos da história do Benfica. Para trás ficaram alguns dos melhores momentos naquele corredor direito que fez as delicias dos adeptos benfiquistas.
No Vitória de Guimarães Paneira calou muitos dos que o consideravam como acabado para o futebol chegando a integrar o lote de 23 jogadores que foram ao Euro96, provando, assim, que continuava a ter capacidade e talento para jogar no Benfica e retirar-se, com justiça, num clube mais consonante com o seu valor e com a sua dimesão enquanto futebolista.
Na selecção, Paneira tem, igualmente, um excelente percurso sendo "dono" do lado direito do ataque de Portugal durante vários anos e fazendo vários jogos consequtivos a titular. Apenas perde o lugar em meados dos anos 90 quando começa a despontar aquele que iria ser o melhor jogador português pós-Eusébio, Luís Figo.
Vitor Paneira foi, muito provavelmente, o melhor médio direito do Benfica, ao lado de José Augusto. Tendo saido inglora e injustamente do Benfica por um erro de "casting", não deixou de vincar a sua marca no clube vermelho e branco numa geração que fez história no clube, a última grande geração do Benfica em que brilharam, ao lado de Paneira, João Pinto, Rui Águas, Isaías, Rui Costa, Paulo Futre, Paulo Sousa, Mozer, Ricardo Gomes, Aldair, Valdo, entre muitos outros.
A história futebolística de Vítor Paneira é simples e sem explosões de vedetismo.
Vítor Paneira, com 1,77m e 70 kg, chegaria ao Benfica e não tardou a impor-se. Cedo integrou um forte conjunto de jogadores e quem pensou que começasse temeroso, naquele 88/89, no meio de vice-campeões da Europa, enganou-se. Miraculado ou quase, à terceira jornada do Nacional, alcançava presença cativa no onze para nunca mais perder a confiança de todos, sobretudo após a chegada de Eriksson. Para o efeito, socorria-se de um drible precioso e também desconcertante, de assistências geométricas e também fatais, de cruzamentos preciosos e também eficazes. Convidava ao golo, avolumando sempre o caudal ofensivo da equipa.
Formou com Rui Costa, Paulo Sousa e Paulo Futre o último meio-campo do Benfica de dimensão mundial.
Foi vital para realçar a própria qualidade de Valdo, Jonas Thern, Kulkov ou Isaías. Da mesma forma, muito lhe ficaram a dever finalizadores com o instinto de Vata, Magnusson, César Brito, Rui Águas ou Yuran. Sagrou-se campeão nacional na primeira temporada em que usou o emblema da águia.
Mais dois títulos haveria de ganhar, em 90/91 e 93/94, com quase meia centena de golos apontados em jogos oficiais. Esteve perto de levantar uma Taça europeia, jogou a final dos Campeões, em 89/90, frente ao AC Milan (0×1), chegando ainda à meia-final da Taça dos Vencedores das Taças, em 93/94, frente ao Parma, falhando uma grande penalidade decisiva.
Internamente, ganhou também uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira. Só conquistou títulos aos serviço do Benfica. No que toca a internacionalizações, contou com 44 mas faltou a Vítor Paneira disputar a fase final de um Europeu ou de um Mundial – integrou as opções no Euro 96, mas acabou por nunca sair do banco. Dos grandes momentos de águia ao peito, entre os 289 jogos e 44 golos marcados, destacaria o golo que marcou na final da Taça de Portugal de 1992/93, época em que no dia 4 de Março fez uma exibição de luxo na velha Luz, quando o Benfica venceu a Juventus de Trapattoni por 2×1, em jogo a contar para a 1ª mão dos quartos de final da Taça UEFA, partida em que marcou os dois golos e poderia até ter feito o hat-trick.
Foi dispensado quase de forma inacreditável com a chegada, claro está, de Artur Jorge, e na altura com apenas 28 anos recebeu de imediato um convite de Santana Lopes para ingressar no Sporting, que recusou de imediato alegando o seu amor pela águia e rumando para Guimarães até acabar a carreira na Académica de Coimbra. A carreira de treinador, que adoptou pouco depois, tem sido feita em categorias secundárias e, recentemente, tem mostrado o seu admirável bom gosto como comentador SportTV.
À sagacidade que sempre patenteou ficou-lhe também muito a dever o Benfica. Como é norma da casa, já lá vão cem anos, respeitar quem a (bem) serviu, Vítor Paneira não teve o devido reconhecimento da instituição que tão bem serviu mas sabe que o clube e sobretudo os adeptos lhe reservaram um lugar na galeria dos mais brilhantes. Com um carácter e humildade enormes, só ultrapassadas pela sua inigualável dedicação ao Benfica, Paneira personifica o glorioso Benfica do início dos anos 90. Era rei e senhor do corredor direito, assim numa espécie de monarquia absoluta que pode claramente reivindicar alguns trechos do melhor futebol que se viu no Benfica dos anos mais recentes, e esse é o maior elogio que lhe poderemos fazer." - retirado da Wikipédia.
Aqui fica a minha homenagem a um jogador que tinha em si a mística do clube, e que nunca viu reconhecido pelo mesmo a dedicação e o papel vital que desempenhou sempre nos plantéis que integrou.
Vítor Paneira: um atleta à BENFICA!!!
Pequena correção:
ResponderEliminarO Vítor Paneira é treinador do Tondela, e o ano passado conquistou a subida à 2.ª Liga e,mais importante ainda, a histórica primeira participação deste clube nos campeonatos profissionais.
Sauddaçãoes Benfiquistas
Vamos lá TONDELA, tentar a subida à primeira Liga !!!
EliminarForça TONDELA, que a par do meu Benfica B és a minha paixão na Orangina!!!
Hoje, não é um bom dia para conseguir dissertar sobre este Sr.
ResponderEliminarVive relativamente perto de mim, tem o nome de um familiar meu que jogou com ele...
Foi um dos jogadores que mais gostei de ver jogar pelo Benfica, era especial, e um dos motivos do meu odio de estimação ao Artur Jorge
Um dos meus idolos que continuo a seguir como treinador do Tondela...
Bom post Shadows
Grande post e grande Paneira!
ResponderEliminarNão vou falar sobre o seu futebol...
ResponderEliminarFoi uma enorme injustiça o que lhe fizeram e a outros(Isaias por exemplo), o "cavalo de tróia" dos corruptos(Artur Jorge) destruiu o plantel campeão, por causa dele tive o único problema nas bancadas da Luz, com um sócio(?) que questionou: "quem era Paneira ao pé do Artur Jorge".
Mas nunca me esquecerei da frase profética do corruptor-mor "Com Vata e Paneira, o Benfica vai ser campeão", ainda hoje me riu disto.
Grande jogador, grande homem, vi o jogar imensas vezes, sem comprometes, sem grandes brilhantismo era trabalhador e dava tudo em campo. O meu forte abraço e o meu muito obrigado!
ResponderEliminarAcho que depois de Paneira em termos futebolísticos ainda tivemos o Poborsky. Agora temos outro, Sálvio, e por isso é que me custa a entender porque existe tanta critica na sua contratação. Até porque com as suas caracteristicas não temos mais nenhum. Todos os outros alas não são jogadores de ir à linha. Talvez Ola Jonh mas ainda está muito verde. Todos os outros afunilam muito o jogo. E se calhar foi mesmo esse o maior problema do plantel da época passada. É que em pelo menos 4 campos ficamos em branco e perdemos 10 pontos à custa disso (Guimarães, Coimbra, Olhão e Alvalade). Com outros jogadores que abrissem mais o jogo poderíamos ter feito golos nesses jogos.
ResponderEliminarPequena correcção:
ResponderEliminarV. Paneira fez 250 jogos oficiais pelo nosso clube e não 289 como é dito no post.
Grande jogador, do melhor que vi. Mas nao diria k foi o ultimo médio direito de classe internacional, como já alguém escreveu, houve também o Poborsky.
ResponderEliminarEu diria assim /
Foi o médio direito do ultimo Benfica de classe internacional"
Que equipa...
Obrigado Vítor Paneira por teres jogado no Benfica.
ResponderEliminarTenho o prazer de sr muito amigo do Victor. A última vez que falei com ele foi há cerca de um mês para lhe dar os parabens pela subida do seu Tondela à 2ª liga.
ResponderEliminarO Victor é natural de Famalicão onde se radicou depois de ser corrido do Benfica, mesmo jogando no Guimarães.
Nesse periodo almocei várias vezes com ele no restaurante do seu pai de nome, ""Ou vai ou Racha"".
Felizmente Paneira sempre foi um rapzz humilde, inteligente e soube amealhar não precisando do futebol para nada.
A certa altura dizia em Famalicão que era o maior contribuinte de contribuição predial para com a Camara fruto de vários empreendimentos.
Costumo estar também com ele no Aniversário da Casa do Benfica em Famalicão ao qual só falta por motivo de força maior.
Por ultimo e pese a sua dedicação ao Benfica e a forma como foi dispensado sei que ainda hoje continua magoado mas nunca lhe ouvi um queixume.
Talvez porque o seu Benfiquismo se sobrepôe a tudo.
A wikipédia portuguesa é mesmo má... Isto é um artigo de enciclopédia?
ResponderEliminarLembro-me do Paneira,era bom jogador e muito esforçado, mas não era muito querido na (exigente) massa associativa, foi uma estupidez o desmembramento dessa equipa que foi campeã.
ResponderEliminarNa minha opinião o ultimo grande jogador de classe internacional que tivemos foi o Poborsky.