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sábado, 21 de julho de 2012

Carta aberta a S. Ex.ª o Sr. Ministro da Administração Interna

. 7 comentários

Exmo Sr:

Ministro da Administração Interna:

O diário Correio da Manhã de hoje, noticiou uma alegada tentativa de agressão ao cidadão, Atleta do Benfica e da Seleção Nacional de Futebol, Nelson Oliveira, numa discoteca situada algures a norte do País onde se deslocou para se divertir e que parece não ter chegado a vias de facto, devido à intervenção dos seguranças do estabelecimento em causa.

Na verdade, agressões, até homicídios, perpetradas em discotecas é  recorrente, perante a perplexidade de todos nós! Neste caso porém, tal hostilidade parece dever-se ao facto de aquele cidadão ser atleta do Benfica, e o agressor, segundo se infere da notícia, ser um adepto de um conhecido clube rival.

Tal seria, ainda assim, irrelevante, se esta ocorrência não tivesse sido precedida de outras de cariz semelhante, sem que seja conhecida qualquer diligência preventiva das entidades a quem cabe o dever de garantir a segurança dos cidadãos e o combate à descriminação social.

Relembro outros casos recentes, nomeadamente:

1. Do jovem aluno que terá sido impedido por uma docente, de participar num pequeno convívio realizado, na sua escola em Braga, por atletas do clube emblemático desta cidade, pelo simples facto de se ter apresentado vestido com a camisola do seu clube, por sinal o Benfica, sob a alegação de que tal circunstância poderia ser interpretado pelos restantes participantes, como um ato provocatório, pelos adeptos do clube em promoção, no evento. Ou seja; a docente de um país Democrático, praticou, neste caso, a pedagogia da intolerância pelo desporto, valores contrários às sociedades humanas civilizadas.

2. Do Dirigente do Benfica Sr. Dr. Rui Gomes da Silva, agredido covardemente e em público por um adepto de um clube rival, quando saía com a sua família de um restaurante da cidade do Porto, onde se tinha deslocado para almoçar, tendo-se recusado o agente da PSP que se encontrava próximo de, a seu pedido, identificar o agressor e seu cúmplice, alegando a prioridade da sua missão de vigiar um prédio próximo, aconselhando a vítima a apresentar queixa na esquadra da PSP.

3. Das agressões perpetradas por desconhecidos, eventualmente adeptos de conhecido clube rival, sobre adeptas do Benfica quando circulavam numa via algures no norte com símbolos do Benfica visíveis.

4. Do testemunho público do Sr Dr Pragal Colaço, conhecido colaborador do Benfica, da resposta que lhe terá sido dada por um agente da PSP local quando lhe solicitou apoio na localização da sede da Casa do Benfica do Porto, ao que este lhe terá referido que tal casa seria para "incendiar um dia destes", bem como ao medo que aquele confessou públicamente, ter de se deslocar ao norte do país!

5. Do impedimento por adeptos de clube rival aos adeptos do Benfica da cidade do Porto e arredores, de comemorarem na Avenida dos Aliados desta cidade as vitórias de campeonato do seu clube, num gesto de reivindicação ilegítima de exclusividade na utilização de um espaço público, perante a aparente passividade das autoridades locais, nomeadamente da PSP.

6. Das agressões, injúrias e ameaças que, segundo tem sido noticiado, têm sido perpetradas contra cidadãos Bracarenses, pelo simples facto de manifestarem pacificamente o seu Benfiquismo, nomeadamente, celebrando as vitórias do seu clube.

7. Da tentativa de homicídio de que foi alvo o Presidente do Benfica quando circulava numa auto-estrada algures a norte, em circunstâncias suspeitas, sem que até hoje sejam conhecidas quaisquer diligências para identificar e punir os seus autores.

8. Do medo de represálias referido por vários adeptos do Benfica da cidade do Porto de revelarem a sua simpatia clubista.

Todos estes factos e muitos outros de contornos idênticos que têm sucedido de forma crescente e reiterada naquela região do país, parecem resultar do conhecido e continuado fomento público de ódio contra os Benfiquistas, por entidades associadas a clubes rivais, quanto a mim, com o intuito de provocação de fraturas sociais, porventura facilitadoras da pretendida criação da respetiva Região Administrativa pelas mesmas entidades.

Desconhecendo publicamente qualquer ação das autoridades responsáveis, para prevenir tais incidentes, identificando e punindo os autores de tais alegados ilícitos; garantir a livre circulação de pessoas no território nacional; garantir um dos direitos fundamentais punindo os autores de atos socialmente discriminatórios nomeadamente pelo desporto; recordando a negação por agente da PSP local, do ataque perpetrado, à vista de todos os presentes e espetadores televisivos, à viatura dos atletas do Benfica na sua deslocação ao Estádio do Dragão sem que tenhamos conhecimento de qualquer ação disciplinar movida ao agente em questão, consolida-se a nossa convicção de que a cultura discriminatória aos adeptos do Benfica contaminou algumas instituições públicas, nomeadamente responsáveis pela segurança, numa extensão e nível ainda desconhecidos em toda a extensão.

É pois minha convicção, estarmos perante um processo de descriminação planeado consolidado e consentido, com fins desportivos e políticos, levando-me a sujerir que, para evitar uma eventual escalada de conflitualidade social, perante a passividade dominante das autoridades nesta conjuntura, se institua um dispositivo de identificação dos Benfiquistas autorizados, certificado, por exemplo, pelo Sr Pinto da Costa ou outra pessoa igualmente relevante na sociedade portuguesa, que serviria como salvo conduto para garantia de circulação daqueles em todo o território nacional, incluindo no norte do País, restringindo-se todos os restantes a permanecer no território que lhes for definido e que alguns atribuem aos mouros, qualificação por que passariam a ser tratados em todo o Portugal uno e indivisível.

Claro que seria uma vergonha para um país que se orgulha da pertencer a um dos mais brilhantes processos de construção política da História, a União Europeia, mas talvez despertasse a tempo as consciências de todos, sobretudo das Autoridades, para o estado de insanidade que se vive no desporto nacional.

Peniche, 18 de Julho de 2012
Cumprimentos,
António Barreto
Contribuinte nº 119008262
Sócio do Sport Lisboa e Benfica
Acionista do Sport Lisboa e Benfica Futebol Sad
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7 comentários

  1. O Ministro Macedo está a marimbar-se para os gajos do Benfica que são banqueteados com surras por parte dos jagunços do seu clube.
    Se leu esta carta (que duvido) deve estar a enviar um emilio de congratulações, aos autores da proeza e seus comparsas.
    Relembro aos mais esquecidos que este MACEDO, foi também um dos que aldrabou o Santo Padre (esse Santo!) naquela visita ao Vaticano, fazendo passar a Creolina por sobrinha do papa do norte, numa excursão organizada pela Agência de Viagem Januário & Torgal, Lda.

    Portanto, sobre a honorabilidade e sentido de justiça, deste ministro...estamos conversados!!!

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  2. Cartinha oportuna.

    Há dias, embora enojado vi parte de um programa do Porko canal, onde se fazia a apologia da junção de Gaia ao Porko, com o Pinto da Costa a já ter anunciado o Menezes como candidato a presidente.

    Portanto, caro AB, não pare.

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  3. benfiquista do coração21/7/12 19:54

    assino por baixo

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  4. Reinar pelo terror imposto sempre foi uma das mais fortes armas desta espécie de organização do mal, acrescenta-se uma cultura de impunidade como herança de gerações e o resultado salta à vista.
    É um cancro, que goza de plena saúde.

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  5. Subcrevo, mas faço uma correcção, o Dr.º Rui Gomes da Silva não estava com a familia.

    E penso, não, tenho a certeza que a ordem dentro de uma discoteca, é da responsabilidade da entidade exploradora. Não do MAI.

    NO caso das adeptas portuenses e benfiquistas que viram o seu carro destruído, em plena via pública, aí sim, e responsabilidade era do MAI.

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    Respostas
    1. Parece que o Dr. Rui Gomes da Silva estava com o Presidente da Camara de Paredes e com a esposa deste.

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    2. António Barreto24/7/12 18:47

      É isso mesmo eagle e viriato;desculpem-me o engano.
      Em última análise, a responsabilidade perante os cidadãos, é sempre do MAI - salvo erro -, uma vez que lhe compete exigir, analisar e aprovar o projeto de segurança destes estabelecimentos, bem como a certificação dos Técnicos.

      Porém, não é essa a questão que viso; trata-se sim,segundo minha convicção partilhada, estou certo, por muita gente, de um movimento de intolerância violento que está a ser disseminado no norte do país por entidades ligadas ao outro clube, perante a passividade e até cumplicidade das autoridades! É contra isto que temos de reagir!

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