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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Política de entrada/saídas do plantel: o que ter em conta?

. 16 comentários
No seguimento do meu post anterior sobre o meu desapontamento da ida de Simão (que ao contrário do que o Público noticiou não está garantido no Besiktas) e Manuel Fernandes (já confirmado) para o Besiktas e da polémica que originou decidi fazer um post a explanar o que considero aproximadamente uma política de contratações adequada.
Vai ser um post comprido por que envolve diversas variantes. A política de contratações tem implicações directas em muitas outras áreas como finanças, política de formação de jogadores, renovação de contratos entre outros e como tal também irei abordar estes assuntos onde tenho uma posição diferente de alguns dos meus colegas de blogue.

Uma política de contratações inteligente num clube como o Benfica tem que ser variada e ter em consideração muitos factores o que torna este um dossier bastante complexo e que, por causa disso, exige alguém que trabalhe a tempo inteiro nesse papel.

Esta política tem que ser implementada por uma estrutura em que Presidente e/ou Vice-Presidente para a Área Financeira, Director Desportivo e Treinador tenham papéis definidos mas em que possa haver alguma fluidez, troca de opiniões.
O Presidente deve na minha opinião:
1 - Delegar no Director Desportivo a gestão das contratações e vendas de jogadores;
2 - Cingir-se a estabelecer um plafond de gastos, bem como de uma baliza de intervalo de dinheiro que deve ser ganho com vendas;
3 - Estabelecer relações com clubes e empresários amigáveis e incentivar a que trabalhem com o Benfica definindo com o Director Desportivo que uma percentagem dos negócios sejam feitos com esses clubes;

O Director Desportivo deve:
1 - Estar envolvido na negociação dos nomes dos jogadores a contratar, nas verbas e nos valores dos contratos (tendo em conta que este valor deve ter em conta quanto se paga ás estrelas do plantel);
2 - Discutir nomes com o treinador bem como estabelecer com este que jogadores já ao serviço do clube devem manter-se no clube;
3 - Definir sempre alternativas para cada jogador que o treinador queira, no caso de os valores do negócio serem incomportáveis ou caso aconteça algum imprevisto (do género o Porto roubar alguém...);
4 - Garantir sempre que o plantel começa a época com dois jogadores por posição e com jogadores de qualidade inquestionável em posições-chave no esquema táctico definido pelo jogador;
4 - Gerir a colocação de jogadores vindos da formação em "clubes-satélite" e aferir a possibilidade de ter alguns a rodar no plantel principal.

O treinador deve:
1 - Indicar nomes de jogadores que considera necessários para cada posição, tendo sempre um mínimo de dois por posição ;
2 - Indicar jogadores tendo em conta o esquema táctico estabelecido e a relevância que assumirão na táctica da equipa bem como de darem novas soluções tácticas á equipa;
3 - Ter em conta o estado financeiro do clube e o custo de cada jogador, tendo em conta que certos valores são simplesmente inaceitáveis para certas posições se o jogador não tiver uma qualidade e experiência inquestionáveis;
4 - Se possível integrar jovens formados no clube no plantel principal dando-lhes hipóteses de jogar.

Espero que depreendam daqui muitas das minhas críticas deste ano á gestão deste dossier por Vieira. Pura e simplesmente usurpou as funções de Rui Costa nesta área, tendo descurado outras áreas de gestão essenciais num clube de futebol e como um elefante numa loja de porcelana "partiu a loiça toda".

Depois de definidas as funções de cada uma das figuras-chave desta política estes 3 elementos principais devem reunir-se e definir a formação do plantel tendo em conta os seguintes factores:
Mais importantes a nível desportivo:
1 - A importância da posição no esquema táctico principal;
2 - As características físicas, técnicas e tácticas necessárias para cumprir o papel reservado na táctica usada;
3 - A experiência do jogador em jogar ao mais alto nível num campeonato de futebol rápido, agressivo e muito físico e em competições europeias com um grau de exigência ainda mais elevado (embora menos agressivo) - neste caso é importante que seja um jogador formado no futebol europeu ou então com experiência no futebol europeu por razões óbvias ou então que jogue fora da Europa mas seja indiscutivelmente bom (Ramires, Falcao, Pastore, Cardozo, Lucho);
4 - A capacidade de entrar na equipa titular de imediato e garantir rendimento elevado nos factores que definem a sua posição (ex. golos no caso de um ponta-de-lança, jogo de cabeça e de pés; no caso de um trinco recuperações de bola, percentagens de passes certos, capacidade física, etc);
5 - A idade do jogador e a sua capacidade de realizar estas funções no imediato (mais experiência- ex. Saviola/Aimar) o seu potencial em desenvolver-se num grande jogador no futuro (ex. Di Maria na 3ª época explodiu) sendo que o ideal será ser novo e realizar na perfeição as funções que lhe estão reservadas (Ramires, Javi Garcia, Coentrão);
6 - O número de jogadores existentes na mesma posição e as garantias que dão nessa posição (ex. O Benfica precisa de um lateral-esquerdo porque César Peixoto não dá garantias apesar de haver dois jogadores nessa posição);
7 - A polivalência, ou seja a capacidade de um jogador jogar em mais que uma posição de forma satisfatória ou fazer várias papéis durante o mesmo jogo (ex. Ruben Amorim e Ramires);
Mais importante a nível económico:
8 - O custo económico do jogador;
9 - O potencial retorno económico que o jogador pode garantir (descontando já o preço de compra);
10 - O rendimento desportivo esperado do jogador no imediato e no futuro tendo em conta o preço;
Outros factores a ter em conta:
11 - Ter em conta se existem jogadores formados no clube com elevado potencial para essa posição.
12 - Avaliar o perfil psicológico do jogador em aguentar a pressão;
13 - Avaliar a sua capacidade de relacionamento com colegas e superiores (saber se é conflituoso, bem-humorado, etc);
14 - Descobrir a capacidade para cumprir ordens.

Estes alguns dos factores que considero importantes ao definir as contratações e que sugiro que seja tido em conta quando se gerir esses processos.

E para mim reside aqui o problema desta época. Foram descurados inúmeros factores na contratação de jogadores esta época. Em comparação, as duas épocas anteriores foram bem planeadas no aspecto das contratações, sendo que o que falhou em 2007-2008 foram outros factores (o Quique Flores foi o principal culpado). Claro que houve contratações falhadas mas conseguir 100% de eficácia num processo tão subjectivo. Mesmo assim asseguraram-se grandes nomes como Aimar e Zoro e "achados" como Yebda e Ruben Amorim e contrataram-se portugueses que estavam "enterrados" em clubes de 2ª linha europeus e por quem ninguém dava nada como Carlos Martins (curioso que Rui Costa tenha dito que era o seu sucessor - quem acreditava que ele iria dar alguma coisa de jeito? Eu não pois achava-o um lunático que fervia em pouca água capaz do melhor e do pior no mesmo jogo).
Na época 2008-2009 contrataram-se 3 grandes jogadores que entraram de estaca na equipa principal: Javi Garcia, Saviola e Ramires e decidiu-se apostar e muito bem num jovem promissor chamado Coentrão, além de que se fizeram óptimos negócios em relação qualidade/preço como Weldon (na minha opinião a "arma secreta" que faz lembrar outros como Sanchez) que valeu pontos importantíssimos num momento crucial da época em que as estrelas principais estavam nos limites físicos e Julío César que mostrou ser um Guarda-Redes de confiança apesar de um jogo infeliz contra o Liverpool (também fez um jogo fabuloso com o Marselha mas desse poucos se querem lembrar...). Isto sem mencionar a entrada no plantel principal de jovens como Miguel Vítor, Roderick Miranda.

Se analisarmos estes nomes observamos que nas contratações em geral vários destes factores foram tomados em conta em cada uma das duas épocas anteriores. Contrataram-se jogadores com um misto de experiência e juventude, com conhecimento do campeonato português e do futebol europeu em geral e promoveram-se jovens do clube no plantel principal tendo sempre em conta o custo-qualidade de cada uma destas opções e que papel estes jogadores iriam desempenhar na equipa bem como a relevância do seu papel. Ou seja nas duas épocas anteriores fizeram-se contratações em que não ficou descurada nenhum dos factores a ter em conta na construção do plantel. Por isso elogio a Direcção e defendi, neste blogue na caixa de comentários o Vieira e o Rui Costa: Rui Costa desempenhou o papel de Director Desportivo na perfeição e Vieira o de Presidente, dando autonomia a Rui Costa tal como dá autonomia a quem gere as modalidades amadoras.

Esta época nota-se claramente que as contratações não foram feitas por completo por manifesta incapacidade de quem se responsabilizou por elas. Sem querer especular e dizer que é por ganância, incompetência, interesses ocultos vamos assumir que LFV não assegurou as contratações necessárias por manifesta falta de tempo nesta pré-temporada. É humanamente impossível desempenhar dois papéis ao mesmo tempo: o de Presidente e de Director Desportivo.

As contratações que foram feitas não aparentam terem sido feitas tendo em conta alguns dos factores de nível desportivo nem alguns dos factores do nível económico. Tanto Gaitán como Jara foram jogadores com um elevado custo económico e que no imediato não garantiam o rendimento necessário nas funções que supostamente iriam desempenhar na equipa.
Jara tem menos pressão sobre ele pois não é esperado que substitua Saviola no imediato mas que cresça no plantel. É um jogador jovem de quem se espera um rendimento desportivo elevado no futuro bem como um retorno económico elevado, isto tendo em conta o que se pagou por um jovem que jogava num clube mediano da Argentina.
Gaitán é um caso mais dramático. Custou 8,4 milhões de euros sendo esperado dele que conseguisse substituir Di Maria sem que a equipa sentisse oscilações de rendimento do seu lado. Tendo em conta que é um jogador que não é extremo puro, só tem 23 anos e nunca tinha jogado na Europa esta decisão é questionável. Se tivesse sido aposta para o futuro teria menos pressão em cima dele - o que não é o caso quando faltam jogadores com mais experiência no futebol europeu.
Fábio Faria é um caso especial de um jovem promissor português, que pelos vistos não agradou tanto a Jesus como o esperado. O seu custo foi relativamente baixo e é uma aposta para o futuro que apesar de não ter funcionado no imediato poderá funcionar no futuro ou servir de moeda de troca.
Airton e Kardec são contratações que também considero que devem ser inseridos nesta análise. São jogadores jovens promissores e foram contratados a preço acessível. Airton é uma certeza: campeão brasileiro pelo Flamengo habituado a dominar um meio-campo defensivo, marcar organizadores de jogo de alto nível e com um físico impressionante. Se Javi não estivesse no Benfica seria certamente titular. Éder Luís foi um inadaptado que provavelmente merece uma 2ª oportunidade pelo que fez esta época no Brasil (se Roger mereceu 3, o Balizas bem que merece outra!).
Roberto foi uma má contratação. Caro a nível económico, foi contratado com a clara intenção de ter um rendimento desportivo superior a Quim e não pelo seu potencial para o futuro apesar de ser jovem. O que se obteve foi um jogador frágil psicológicamente que felizmente foi bem trabalhado mas não a tempo de prevenir certos prejuízos desportivos além dos económicos quando haviam imensos guarda-redes de grande-qualidade no mercado a preços baixos.

Agora vamos ter em consideração as saídas da equipa titular: Di Maria, Ramires e Quim. Ou seja, saíram dois jogadores cruciais na manobra ofensiva da equipa, e no caso de Ramires na defensiva além de um guarda-redes que garantia segurança á defesa. Gaitán não demonstrou que era um jogador para substituir Di Maria no imediato mas sim para o futuro. Ramires não foi substituído.
E temos que ter em consideração que vários jogadores que são peças-chave estavam e estão em péssima condição física: Ruben Amorim lesionou-se no Mundial, Maxi Pereira fez 7 jogos no Mundial mais os amigáveis de preparação pelo Uruguai, Cardozo esteve lesionado e quando recuperou jogou pelo Paraguai, Coentrão jogou consecutivamente e teve poucas férias, Luisão foi convocado mas felizmente não jogou. Consequentemente, aparecem lesões durante a época como aconteceu com Cardozo e Ruben Amorim, que era o único jogador do plantel de desempenhar as mesmas funções que Ramires.
Para além disso, estes jogadores não tiveram a hipótese de trabalhar em conjunto durante a pré-época por várias semanas de modo a ficarem em patamares físicos idênticos e com rotinas de equipa com os novos companheiros.
Uma receita para a catástrofe: não só se perdem duas pedras nucleares na equipa que não são substituídos por reforços com a mesma qualidade como isso acontece num momento em que há pouco tempo de recuperação física dos outros jogadores nucleares da equipa.

Torna-se claro, até pelas movimentações de pré-temporada de LFV, declarações de Jesus e alguns negócios aparentemente sem nexo que ficaram contratações por fazer. Jesus apontou a necessidade se contratar um substituto directo de Di Maria para o imediato, LFV emprestou Urreta ao Coruna para assegurar Jurado mas algo falhou. Quaresma e Simão também foram pedidos por Jesus. Para o lado direito acho que escuso de relembrar a novela Wesley/Elias...

É por demais evidente que falta ao Benfica jogadores que assegurassem no imediato o rendimento dado por Ramires e Di Maria nas suas posições complementado as entradas dos jovens - a contratação de jovens como Gaitán, Jara, Kardec e Airton são boas contratações mas quando complementadas com a entrada de jogadores com mais experiência como aconteceu em anos anteriores. Isto para manter aquilo que nunca pode ser descurado no Benfica: a CONSTRUÇÃO DE UMA EQUIPA PARA SER CAMPEÃ TODOS OS ANOS. Uma ideia que neste momento parece ser estranha para muitos.

Daí que ache importantíssimo a contratação de jogadores experientes nos campeonatos europeus, se forem jogadores com conhecimento do campeonato português e da realidade benfiquista, mais rápida a adaptação.
Simão, Manuel Fernandes e, num caso menos premente Hugo Almeida asseguram uma rápida adaptação e, no caso dos dois últimos ainda teríamos jogadores para muitos e bons anos e com potencial de revenda. O que se gasta nos seus salários seria o poupado na verba a pagar aos clubes e no caso de Simão podia-se jogar com a arma do sentimento: o jogador saiu do Benfica para fazer o contrato da sua vida e fê-lo. O Besiktas para ele agora será um bónus extra.

Mesmo que não venham estes jogadores para o Benfica, acho essencial assegurar a vinda de jogadores com experiência e capacidade de entrarem na equipa no imediato pois jovens com potencial já temos bastante e sugiro vivamente que esse seja o perfil das contratações a fazer em Janeiro porque ainda existem muitos objectivos por conquistar.

Para além disso existem imensos jovens com potencial no Benfica que devem ser aproveitados.
Concordo com a política da Direcção em que esse jovens sejam postos a rodar e a ganhar experiência competitiva em clubes pequenos ou estrangeiros pois os campeonatos júniores são de baixíssima exigência.

Cada vez que Nélson Oliveira joga e marca pelo Paços mais cresce como jogador e mais preparado fica para assumir papel de relevo no Benfica num futuro próximo.
Miguel Vítor precisava de jogar para ganhar experiência e está a adquiri-la em Leicester num campeonato que tem facilmente um nível igual ou superior ao português (tirando os 3 grandes) e onde adquire experiência que lhe permitirá ser o próximo "patrão" da defesa encarnada.
Urreta, depois de uma lesão, está a ganhar maturidade e ritmo competitivo no 2º campeonato mais competitivo da Europa isto depois de ter sido a figura do campeonato uruguaio.
Roderick para mim devia ter sido emprestado para rodar e ganhar experiência, falando num plano estritamente desportivo. Porque não emprestá-lo ao Guimarães que estava necessitado de centrais e onde iria jogar para uma massa associativa tão exigente como a do Benfica? Assim fica estagnado porque está completamente tapado no Benfica.
E ainda há que mencionar jovens como David Simão que também pode crescer muito no Paços e os jovens jogadores que estão a crescer na Liga de Honra, dos quais destaco Miguel Rosa.

Para o ano espero ver alguns destes jovens no plantel principal e a assumirem um papel cada vez mais relevante no Benfica e a sua presença é outro dos motivos porque não acho necessário que se contratem mais jogadores argentinos ou brasileiros com pouca capacidade de garantir rendimento imediato nos parâmetros necessários da sua posição no imediato.
Para jovens com potencial temos muitos por aproveitar (e nem mencionei Rodrigo) e prontos a seguir as pisadas de Coentrão.

Esta é a sugestão que faço á Direcção do Benfica e um diagnóstico do que falhou na planificação das entradas/saídas tendo em conta o desgaste de jogadores nucleares da equipa com o mundial.
Claro que muito disto é no plano teórico e acredito que haverá muitos outros factores de que nem me lembrei bem como tem que haver maior dinâmica na relação entre as pessoas. Mas é como diz o ditado: "Se o futebol fosse só teoria o Luís Freitas Lobo era melhor que o Mourinho!".
Leiam o tópico do sou Benfica sobre a entrevista patética de Jacinto Paixão.
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16 comentários

  1. Ricardo Oliveira14/12/10 02:34

    " É humanamente impossível desempenhar dois papéis ao mesmo tempo: o de Presidente e de Director Desportivo."

    E muito mais ter ainda empresas para gerir.Já era altura de se começar a pensar em ter um Presidente a tempo inteiro. Remunerado ou não é outra conversa. Eu não veria problemas...

    Tinha-mos maior legitimidade de exigir resultados.

    Todas as grandes empresas têm presidentes a tempo inteiro(24h/dia)... e o futebol hoje em dia é um negócio de muitos milhões.

    Gerir tudo isto em part-time parece-me amadorismo.

    Até pelas manobras palermianas que o nosso futebol suporta.

    PS.: Sei que o exemplo e o exemplar são uma merda, mas até o zbord tem um!!!

    PS: o corrupto só anda no futebol porque as empresas que geria faliram todas e porque se largar o poder é capaz de ir viver para um T0 de 6m2 e com uma janela aos quadradinhos.

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  2. Ricardo Oliveira14/12/10 03:02

    Sei que fuji ao tema, peço desculpa por isso mas achei pertinente falar de um hipotético presidente em Full-time.

    Quanto ao post do Vermelhusco, concordo por completo e no fim concluo que o elo mais fraco, que emperrou toda esta estrutura que já vinha sendo utilizada desde que o Rui Costa pegou na equipa foi o Presidente.

    Passou por cima das competências do Rui Costa e não se dedicou a 100%, devido as suas negociatas particulares, na preparação da equipa.

    Foi prepotente e negligente e o resultado está à vista.

    Concordo ainda que se deve reforçar a equipa com jogadores experientes.

    Precisamos de jogadores habituados à pressão, e com uma personalidade forte. Portugueses se possível.
    Senão mais Javis Garcias, ou Saviolas.

    Jovens já temos muitos, mais os da formação que saem aos montes todos os anos. Alguns devem ter valor.

    Se formos buscar 2 laterais e o substituto do Ramirez ainda podemos sonhar com o título.

    Recordo-me de o Zbording em 2000, penso eu ter ganho o campeonato quando em Dezembro foi buscar o André Cruz, o César Prates, e o Mpenza.

    Todos com experiência na Europa e em bons campeonatos. E que fizeram a diferença logo que chegaram.

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  3. Obrigado por leres este post. É um bocado quilométrico mas para discutir isto tudo numa vertente completa tinha que o ser...

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  4. Grande post! Concordo com quase tudo. So discordo quando dizes que Roberto 'e um guarda redes fraco psicologicamente. Se ele fosse de facto fraco psicologicamente tinha caido, tal foi a pressao que lhe colocaram nos ombros. Sobreviveu a tudo e tem-se imposto.

    Claro, 8.4 milhoes foram um risco muito grande mas, apesar de tudo, acho que temos ali um grande guarda redes e que vai acabar por dar algum retorno financeiro.

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  5. Bom post.

    Provavelmente as actuais funções do treinador, do director desportivo e do presidente da sad no que respeita a contratações são mesmo as que descreve, mas por opção de comunicação, para resguardar Rui Costa e o treinador, o mediatismo seja centrado no Presidente, parecendo assim que este está a usurpar as funções dos demais quando a realidade não é essa...

    Quanto às contratações é um facto que não se conseguiu contratar jogadores que, no imediato, pegassem de estaca e resolvessem o vazio deixado por aqueles que sairam. É questionavel o custo de Roberto e de Rodrigo, mas não há dúvida que certos jogadores, como Quaresma ou Hleb não vieram por falta de dinheiro. Para o nível de jogo atingido e que se pretende atingir não é qualquer um que preenche as lacunas deixadas.

    No entanto, creio que os jogadores contratados são de grande qualidade e tormam o plantel mais completo e homogeneo, e que, caso não fossem contratados nesta altura, dificilmente o Benfica conseguiria contrata-los depois, pois é bom não esquecer, que são jogadores que estavam em franco destaque nos campeonatos que disputavam. Todos eles sem excepção são muito bons e vão ser muito importantes para o Benfica.
    Acrescentando no plantel, a medio prazo, os jogadores emprestados (como Urreta, Rodrigo, Nelson Oliveira, D. Simão, M.Vitor), podemos dizer, claramente, que há uma estratégia desportiva no clube que nos oferece segurança.
    Resumindo, penso que o que se está a fazer neste momento é o seguinte:
    - Garantir estabilidade da equipa técnica para fazer "crescer"os jogadores da equipa principal;
    - Reforçar no imediato a equipa com um extremo esquerdo e um trinco que complemente o Javi;
    - Preparar a renovação do plantel (substittuir Nuno Gomes, Mantorras, Weldon, L. Filipe e Cesar Peixoto, com a integração de alguns dos jogadores emprestados e com a contratação de jogadores jovens - como Cleber, Candeias, Lima,etc)
    - preparar as saídas de F. Coentrão, D.Luiz e Cardozo.

    Podemos e devemos querer ser sempre melhores, mas há de haver sempre jogadores que não correspondem às expectativas e outros que as superam. Há que ter humildade e reconher os erros que se cometeram na pré-epoca, nomeadamente,que a continuidade de desempenho que a equipa demonstrava no final da época passada colmataria o fracasso na contração de certos jogadores, fazendo cair demasiada responsabilidade em certos jovens contratados, como o Gaitán.
    Mas a grande conclusão é que há, quanto a mim, é que há uma correcta estratégia desportva na Benfica SAD, e se os resultados não são aparentes neste momento, irão sê-lo a curto prazo! E sê-lo-ão tanto mais cedo quanto mais apoio e união o clube tiver de todos os adeptos benfiquistas.

    Saudações Benfiquistas

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  6. Num post deste tamanho, se conseguisse que todos concordassem com tudo era de admirar. ;)
    Até sinto uma pontinha de orgulho por ter "parido" um bicho destes foram 4 horinhas de trabalho de parto! lol

    Mas quanto á fraqueza psicológica do Roberto, acho que isso já foi corrigido e trabalhado pela equipa técnica. Fiquei impressionado como se conseguiu estabilizar o jogador e corrigir várias das lacunas que mostrou nos primeiros jogos em tão pouco tempo.
    A sua fraqueza psicológica para mim advém do que se pagou por ele e consequentemente do peso nos seus ombros. Se tivesse vindo por 4 milhões esse peso seria muito inferior.

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  7. Boas,

    Continuo sem entender porque é que o suposto culpado, se o há, do empréstimo do Urreta ter sido o LFV.

    Outra coisa, entendo este post como meramente informativo e com uma critica construtiva e concordo que o modelo a seguir com mais ponto menos ponto deveria ser esse, mas pergunto, será que muito já não é assim, com exepção de alguns sobressaltos que por uma outra razão não aconteceram.

    Leio aqui muita coisa que começo a pensar que afinal ou não dá mesmo para ter um politica fechado porque há sempre coisas que saltam cá para fora ou então é carregar pela boca as conversas dos jornais.

    Cumprimentos.
    João Rei

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  8. Hugo, se não tivesses gasto tanto dinheiro em Roberto (quando haviam alternativas com tanta ou mais qualidade e mais baratos) tinhas pulmão financeiro para suprir a saída de Ramires e contratar um lateral-esquerdo que permitisse a subida do Coentrão no terreno.

    Eu não concordo que tenha havido uma opção estratégica correcta da Direcção - esta tem que garantir uma equipa com capacidade para vencer o campeonato todos os anos. Este ano isso não se verificou.

    E caso não tenhas acompanhado a pré-época, eu acompanhei: quem negociou a venda de Di Maria foi LFV, quem contratou Roberto foi LFV, Sálvio idem bem como Rodrigo (que ao menos não custou 6 milhões, foi mais perto dos 3), quem falhou a contratação de uma alternativa a Ramires foi LFV tanto na pré-época como agora em Dezembro (o Presidente do Corinthians confirmou que se encontrou com Vieira).

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  9. Realmente, até parece que no Benfica vive-se ao sabor do vento! Não há estratégia, o presidente só faz asneiras e o Rui Costa só está a ganhar dinheiro!

    Tudo muito bonito, em teoria! No fim o que conta é se se acerta ou não nas contratações e mesmo aí se não se ganhar títulos bem se pode ter a melhor estrutura do mundo que isso não conta para nada!

    O Barcelona é um clube que faz inveja a qualquer outro no mundo. Muitos jovens da cantera, muitos títulos e joga futebol espectáculo. No entanto vai começar a fazer publicidade nas camisolas, o que para o orgulho catalão deve ser horrível de encaixar, mas diz o presidente que "é para poder pagar ordenados"! Dá para perguntar se os 70 milhões dados por Ibrahimovic, (agora emprestado ao Inter) não ajudaria... Mesmo com as receitas que tem, o Barcelona está com problemas financeiros e o anterior presidente só se vai safar de ir a tribunal porque arranjou imunidade com a eleição para o parlamento catalão!!!...

    Desculpa que te diga, mas achar que em 7 anos LFV ainda não conseguiu definir uma estratégia para o Benfica não abona muita a favor da capacidade de análise! A quantas pessoas capazes de definir uma estratégia poderá ele recorrer?!!!

    Na hora de se fazer contas é que são elas e o grande problemas é implementá-las

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  10. João Rei, a questão do Urreta foi simples:

    A CONDIÇÃO para emprestar o Urreta era inseri-lo no negócio do Andres Guardado, que tinha reais hipóteses de vir para o Benfica. O Vieira a dada altura terá cagado literalmente no investimento no Guardado e avançou o Urreta.

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  11. "Roberto foi uma má contratação. Caro a nível económico, foi contratado com a clara intenção de ter um rendimento desportivo superior a Quim e não pelo seu potencial para o futuro apesar de ser jovem. O que se obteve foi um jogador frágil psicológicamente que felizmente foi bem trabalhado mas não a tempo de prevenir certos prejuízos desportivos além dos económicos quando haviam imensos guarda-redes de grande-qualidade no mercado a preços baixos."

    Depois desta "pérola" todas as "lapalissadas" debitadas no post perdem qualquer tipo de credibilidade, por serem por demais evidentes e contrárias aos interesses do Benfica as intenções do autor.

    Chamar psicologicamente fraco a um individuo, jovem, recém-chegado, que sofreu todas as canalhices que alguns internamente e quase todos os de fora lhe fizeram e que volta a entrar na equipa numa situação terrível e se impõe da forma que ele o fez, é algo que, para não ofender ninguém, me abstenho de classificar.

    Infelizmente este enorme clube continua a albergar pessoas que só porque, vá lá saber-se porquê, querem ter razão, não hesitam em deitar abaixo como se não houvesse amanhã.

    É verdade que há coisas, imensas, que não estão bem e que nos estragam a ilusão que vinha da época passada, mas não é com arautos destes que as coisas melhoram, antes pelo contrário.

    Aos Benfiquistas exige-se mais Benfiquismo lúcido e menos vaidade pessoal.

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  12. Geração como é que sabes isso é que me faz confusão, porque eu não li em lado nenhum isso, posso estar errado e ter vindo isso a público, com tanta coisa que sai.

    João Rei

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  13. Arquivo Vivo chamo psicologicamente a um indíduo que no 1o jogo dá um frango de uma bola lançada do meio campo, que passou a pré-temporada toda a enterrar e que também fez o mesmo no jogo do Nacional. Caso tenhas problemas em ler eu bem disse que ele foi rapidamente trabalhado de forma exemplar e ainda bem! Mas não deixou de mostrar fraco estofo psicológico.

    Agora se não te apercebes que o jogador de FACTO nos custou pontos então o cego és tu.

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  14. Vermelhusco, para além concordar na generalidade contigo, ainda bem que escreveste tanto, pois afugentou aqueles que só vem aqui escrever para avacalhar os tópicos.
    Parabéns, gostei bastante da forma como em traços gerais definiste a forma como deve ser gerido um plantel sénior de futebol e como devem ser preparados os vários cenários.
    Até me apetece fazer-te uma pergunta. Depois de teres escrito o que escreveste não te fizeste a ti próprio a pergunta que eu fiz?
    - “Se isto parece tudo tão óbvio, então porque não é seguido pelo menos de forma similar no meu clube?”

    Tudo se resume a duas palavras: MAU PLANEAMENTO

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  15. Pois é Thern... Isto é tudo óbvio mas se formos a ver bem são inúmeros factores a ter em conta.

    Cada uma das pessoas responsáveis por esta política deviam ter um enorme poster nos seus gabinetes com as suas funções e os parâmetros a ter em conta nas contratações.

    Acredito que uma pessoa quando está nestes cargos muitas vezes perde o ponto de vista do quadro geral e começa-se a perder em questões de pormenor e em atritos pessoais com outras pessoas. Por isso é que é necessário um planeamento constante e ter estes pontos sempre presentes!!!

    O que me tirou do sério, foi que vi estas linhas gerais a serem seguidas pelo meu clube nos dois anos anteriores com Rui Costa ao leme. Com Quique as coisas correram mal pelo factor externo do costume e por uma péssima gestão dos jogadores da parte do Quique. Com Jesus correu tudo na perfeição.

    Porque é que as coisas mudaram tanto de um ano para o outro quando foram obtidos tão bons resultados?

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  16. Arquivo Vivo, gostava que me explicasses é como é que este post perde validade por uma opinião pessoal minha sobre Roberto em relação ao que custou.

    E desculpa lá mas eu considero-me lúcido qb e com este post tentei "diagnosticar" e sistematizar as coisas de uma forma fria e ponderada: o que deve ser tomado em conta na definição desta política, o que correu bem nas épocas anteriores com as mesmas pessoas e o que correu mal nesta temporada.

    Se estivesse nisto por vaidade pessoal escrevia com o meu nome próprio. Eu escrevo porque gosto do Benfica e de discutir a realidade do meu clube do coração com pessoas com tanta ou mais paixão que eu. Claro que ás vezes á discussões mais exacerbadas, mas isso só é sinal de vitalidade e de paixão pelo clube, e tirando quem parte para o insulto respeito quem quer que venha comentar embora ás vezes possa ser ríspido nas respostas.

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