
Começo pelo que parece interessar mais a todos: Mauro Xavier, posso estar enganado, parece-me ter afastado poder ser candidato às eleições, referindo que face a tantos candidatos, não vê que a sua candidatura fosse criar união entre os benfiquistas, mas sim criar maior divisão ainda. Interessante - e responsável - reflexão de quem vinha sendo apontado como só estar no espaço mediático para dividir.
Porém eleições à parte - que face ao clima actual começa a ser um tema cada vez menos interessante para os benfiquistas que não querem "escolher lados" - gostei em especial de ouvir falar sobre dois temas que dizem respeito ao futebol português e uma questão sobre a liderança da SAD:
Direitos Televisivos
Explicando as diferentes dimensões com grande detalhe, Mauro Xavier indicou caminhos muito claros tanto para o SLBenfica como para o que deve ser a centralização. Sem ser um estudioso do tema e sem ter os dados económicos - que parece que ele os estudou - arrisco dizer que o modelo proposto teria todo sentido, responsabilizando Clubes e Liga a terem que trabalhar pelo produto se querem que o mesmo valha mais dinheiro. Muito interessante. O pessoal do Visão Vermelha já tinha chamado a atenção para esta leitura e hoje comprovei que há efectivamente dimensões muito interessantes a explorar... e que nenhum clube nem a liga o está a fazer.
Quadros Competitivos
Muito se tem falado, e ainda há dias um dos candidatos às eleições referia isso, da necessidade de rever os quadros competitivos. Olhando ao modelo actual de votação na Liga e FPF, assim como olhando ao estrangulamento financeiro dos clubes, dificilmente passará na Liga uma redução de clubes que não assegurasse receitas e modelos de competitividade para lutar por regressos. Uma redução simplificada nunca passará.
Porém o Mauro Xavier defendeu um modelo que eu nunca tinha ouvido e que pode ser interessante a Liga estudar e os candidatos ao SLBenfica também para perseguir: Uma espécie de modelo Champions misturado com o modelo de Apuramento de Campeão e Manutenção das Ligas de formação. Interessante reflexão e que creio que merece ser aprofundada.
Depois relativamente ao Clube, além de várias outras coisas que refere e que merecem atenção, gostava de chamar a atenção para uma:
Contratação de Recursos Profissionais Internacionais para a SAD
Segundo a sua leitura, integrar como Adm da SAD elementos com experiência internacional de Premier League, Serie A, La Liga... podem ser elementos de aportação de valor e capacidade de transformação, inovação e evolução. Já vemos isso lá fora, facilmente vemos portugueses como era o Mário Branco ou o Luis Campos a liderar direcções desportivas, mas em Portugal ainda continuamos muito limitados ao que o Mauro Xavier chamou o "circulo de conhecimento próximo". Os Clubes, e o Benfica em particular continua a chamar sempre os mesmos, e sempre aquelas pessoas que já se conhece ou estão por perto de alguém que é amigo.
Mauro defendeu aqui um processo de identificação de profissionais - tal como fazem as melhores empresas do mundo - para reforçar a liderança da SAD, para onde defende que o Scout e a Formação devem ter um papel de relevo e igual, dando o exemplo "para que quem lidera a formação possa desafiar uma proposta do scout indicando um jogador com semelhantes características da formação e evitar investir quando se tem talento em casa".
Reflexão final:
O meu companheiro de escrita aqui do blog talvez não goste do que vou escrever, mas aqui no blog cada um sempre escreveu o que quis e discordamos varias vezes
Mauro Xavier, como ontem defendeu o mesmo o Sérgio Engrácia no BI, foi claro que o livro está editado com soluções / projectos / compromissos para quem as quiser pegar e implementar. "As ideias não têm pai nem mãe".
Isto porque tem-se falado muito e já desde 2020 sobre ideias próprias e copiar as ideias dos outros. Eu não acho - e nisto concordo com o Sérgio e com o Mauro - que seja errado copiar boas ideias. Errado é copiar más ideias ou ideias sem sentido. Depois outra coisa é a humildade de cada um reconhecer a origem da ideia, quando quer discutir uma ideia que aproveita de alguém refere ou não a sua base e como a integra, evolui e executa / discute. Mas nem isso tem que o fazer... o que interessa é que o Benfica saia a ganhar.
Neste podcast o Mauro comentou algo que também concordo que é a insistência em quem são as equipas, os executantes. Porque faz toda a diferença ter um bom projecto e ser executado por gente com determinado perfil ou com perfil diferente. Penso que se pode evitar todas estas discussões sobre "propriedade" e "paternalidade"... deixar de parte as pessoas e começar a focar realmente nos compromissos, em como se pode executar as ideias que possam fazer do SLBenfica melhor... seja quem for o Presidente... e que o próximo, seja quem for, seja o melhor Presidente da História do Clube.
Ó artista, publica os comentários.
ResponderEliminarNão as reclamações à não publicação.
Finalmente um artigo escrito aqui pela malta com o qual concordo a 1000 %, farto de vieirismo e costismos (valorização da trafulhice e falta de competência) e de subsequentes ataques ás novas candidaturas.
ResponderEliminarSe NÓS TODOS fossemos inteligentes abandonávamos o seguidismo e situacionismo típico de sociedades atrasadas e entrávamos numa nova dimensão onde a análise do conteúdo e das ideias se tornavam o suporte de decisões individuais no momento do voto.
Reitero estou muito tranquilo com as candidaturas de Lopes, Manteigas e Meyer, qualquer um serve-nos. Provavelmente votarei Meyer.
Este sim!
ResponderEliminarRepresenta o Benfica! Este sim, quer a morte dos dragartos.
Voto Meyer
O PULHA DO PALHEIRO
ResponderEliminarRessabiado, aldrabão, vigarista, sem argumentos, com um passado e presente que fala por ele, arguido, sem vergonha, devedor de milhões, sem qualquer projeto que não seja se servir do nome do GLORIOSO, para manter o seu STATUS junto da BANCA, Grupos deComunicação Social que o apoiam, e credores que sabem que se não voltar ao BENFICA, não vão receber NADA daquilo que lhes deve. Se é esse Salvador que querem para o BENFICA votem nele, é garantido que todos somos cúmplices, por conivência, cobardia, por aceitarmos a personagem no CARGO.
JHG
Jorge Mattamouros tornou-se, subitamente, um rosto da oposição a Luís Filipe Vieira. Sócio do Benfica e advogado !!!
ResponderEliminarNunca mais ouvi falar deste BENFIQUISTA, que só apareceu porque viu que o seu BENFICA, estava em risco tendo o pulha do PALHEIRO como presidente, depois retirou-se de cena e não voltou a aparecer, tem a sua vida, é BENFIQUISTA creio pelo coração não como um modo de vida, caso do pulha. Pena que RC, com tantos bons Benfiquistas que andam por aí, durante o mandato não se ter acompanhado de alguns, com boas ideias, com sabedoria em áreas que ele não domina, não ter cortado radicalmente com o PULHA, que tanto mal deve fala, que o usou como moeda de sobrevivência, usou, e descarta sem qualquer problema de consciência ou pudor, um canalha que tem que ser tratado como tal, pois é essa a linguagem que melhor entende...
JHG
Obrigado por trazeres este tema a discussão
ResponderEliminarAqui vão as minhas opiniões:
1. Lamento que Mauro Xavier não avance. Mas concordo com a avaliação dele.
Curioso para saber quem apoia
2. Direitos Televisivos. Penso que ele aborda estas opções no livro dele. Faz todo o sentido discutir várias soluções. É claro para todos que o que está em cima da mesa é irreal e vai prejudicar todos os clubes em particular o Benfica.
Este tema tem sido criticado por todos os candidatos atuais incluindo a atual direção
3. Modelo competitivo. Também abordado no livro dele. Distintivo e muito interessante. É claro para todos que o modelo atual não funciona para a realidade do país. O resultado são os recentes exemplos do Boavista, Setúbal e Belenenses entre outros. É um modelo que serve fundos especulativos dominado por empresários que usam as transferências para ganhar em comissões e outros para aparentemente servir de máquina de lavar para outros negócios paralelos. Tb está diretamente ligado ao monopólio atual das transmissões televisivas. O Noronha já mencionou a necessidade de se alterar bem como o Mayer.
4. Recursos Internacionais. É essencial para a transformação do Benfica. Não tem necessariamente de ser estrangeiros mas sim competentes, e experientes em diferentes mercados.
Justiça seja feita. O Benfica teve um CFO/CEO internacional durante décadas que transformou o Benfica para muito melhor. DSO. Veio pela mão de Vieira (gostem ou não é uma realidade) saiu no momento certo mas infelizmente a atual administração não soube renovar a equipa, a estratégia e operação para o futuro. ESTE TEMA É URGENTE E DEVE DER PRIORIDADE DO PRÓXIMO PRESIDENTE