Crónica de Nuno Amado, do blogue Entre Dez, publicada a 26\01\2019 no jornal Record:
"O treinador português, diz-se por aí à boca cheia, é dos melhores do mundo.
A afirmação, já de si bizarra ao relacionar a competência de alguém para ser bem sucedido em determinada área com a contingência de ter nascido em determinado território, é de um chauvinismo impressionante. De tão acostumados que estamos a ouvir falar elogiosamente dos portugueses sempre que algum compatriota se notabiliza no estrangeiro a descascar uma noz, nem prestamos a devida atenção a este tipo de coisas.
A verdade, porém, é que se tornou normal falar do treinador português como se fosse muito especial. E o que o torna especial, de acordo com os chauvinistas dos nossos tempos, é a sua competência estratégica. Por quaisquer razões insondáveis, só ao treinador português foi concedido o dom de saber preparar estrategicamente uma partida de futebol. Um treinador que tenha tido o azar astral de ter nascido em Badajoz pode pois queixar-se de má sorte; nunca na vida conseguirá perceber que pode ferir um adversário que se desequilibra quando ataca defendendo em bloco baixo e atacando em transição.
O treinador estrangeiro é, para todos aqueles a quem a afirmação inicial comove e arrepia, pouco mais que um idiota. Se, em vez de treinador de futebol, tivesse sido pugilista, não saberia que uma boa altura para atacar é quando o adversário baixa a guarda. E, se tivesse sido calceteiro, não saberia que com uma pedra da calçada numa mão e um martelo na outra está pronto a calcetar. Sejamos frontais: o melhor que o treinador estrangeiro consegue fazer é babar-se.
O parágrafo anterior é injusto tanto para o treinador português como para o treinador estrangeiro. Assim como o último não tem culpa de ter nascido tantã, o primeiro não tem culpa de ser tão amado pelos deuses.
Alguma coisa deve haver, contudo, que assim o faça tão apetecido, até porque além dos deuses há toda uma classe de comentadores, analistas e palermas em geral que lhe procura as partes com a língua de fora e os joelhos esfolados. Do Jorge da Cândida ao Hernâni dos números, o deboche é generalizado. Uma substituição banal de um extremo por outro, cujo fito seja apenas refrescar o corredor, não é menos decisiva para esta gente do que a descoberta da penicilina.
O treinador português não faz nada ao acaso; todas as suas acções fazem parte de um grande plano que levou meses a elaborar e tornam visível a sua sabedoria estratégica. Mesmo que tenham ideias de jogo completamente diferentes, todos os treinadores portugueses são magníficos estrategas. Na verdade, pouco interessa que tenham ideias bem definidas acerca do que é jogar futebol; o importante é que tenham ideias estratégicas para cada jogo.
Em Inglaterra, as melhores equipas da actualidade têm todas uma ideia de jogo clara. No Manchester City de Guardiola, no Liverpool de Klopp, no Tottenham de Pochettino e no Chelsea de Sarri, o futebol é de autor: em todas estas equipas é possível fazer coincidir o modo de jogar com as ideias, as convicções e a personalidade do seu treinador. Há malucos que defendem que é precisamente por isso que são as melhores equipas da actualidade em Inglaterra. Para aqueles a quem nada desvaira como o aroma suave de uma virilha lusitana e o creme viscoso que nela se aloja, não há nada melhor, no entanto, do que um treinador que adapte semanalmente a sua equipa dando atenção exclusiva ao adversário particular que tiver intenção de derrotar.
Só de pensar nisso, o quanto não se lamberão os grandes construtores de equipas campeãs, o Bonacheirão das Dialéticas, o Kaká de Gondomar, o Lunetas... E, quando um treinador assim não consegue ter sucesso contra equipas de valia idêntica, como foi o caso de José Mourinho nos últimos anos em Inglaterra, logo todos eles saem à rua, agitando com subserviência o ramo de palmeira para refrescar as faces ao amo rubicundo, a dizer que os rivais tinham melhores orçamentos, que o dono do clube não lhe deu o que pretendia ou que o plantel era fraco e os jogadores indisciplinados. Da qualidade do futebol apresentado não dizem nada, porque para isso precisavam de ter a boca desocupada.
Abel Ferreira diz que não gosta de falar de arbitragens, mas perdeu um jogo e logo subiu ao altar da sua moralidadezinha para gritar contra tudo e contra todos. Os seus olhos faiscavam, e proporcionou um espectáculo memorável. Savonarola não faria melhor. E, tal como o iracundo pregador florentino, também Abel apela a uma reforma.
A acusação é tão original que não me parece que estivéssemos preparados para ela. É a seguinte: o que vai mal, segundo o treinador do Braga, é a arbitragem. A arbitragem não é séria, o futebol não é credível e as pessoas mais tarde ou mais cedo fartar-se-ão de ir aos estádios. O raciocínio não é mau, se acharmos que ir ao futebol é como ir ao casino.
Mas as pessoas, quando vão ao futebol, não vão apenas ver se calhou vermelho ou preto. Para isso, apareciam apenas no período de descontos, para festejar a vitória ou para chorar a derrota, ou ficavam os 90 minutos especados a olhar para o placard electrónico do estádio.
A afirmação seguinte é capaz de ser uma surpresa para muita gente, mas durante os 90 minutos as pessoas querem ver futebol.
E sobre o futebol que a sua equipa pratica, que pouco ou nada fica a dever à banalíssima generalidade das outras equipas em Portugal, Abel não diz muita coisa. Confessa-se orgulhoso, pelo que considerará que o Braga joga bem. É pena que não jogue. Aquilo que o Braga faz em campo é tão original como as desculpas de que o treinador dos minhotos se serve para justificar o fracasso.
Sérgio Conceição tem uma personalidade vincada e um estilo contundente, consegue passar a mensagem aos seus atletas e comprometê-los com a missão colectiva, e é sistematicamente frontal. Mas também acha que quem quiser ver um espectáculo fará melhor em ir ao teatro. E também acredita que, quando o adversário preenche o espaço central, a sua equipa deve circular por fora. A primeira ideia sugeriu-a há uns meses; a segunda proferiu-a há poucos dias, mais ou menos por estas palavras. É um pensamento estratégico típico, mas é também um sintoma de cobardia táctica e de preguiça mental. Achar que muitos jogadores adversários no centro do terreno obrigam a equipa em posse a circular por fora do bloco defensivo adversário é como achar que o caminho marítimo para a Índia é demasiado perigoso e mais vale ir por terra. O futebol do Porto é pobre, e só em Portugal é que tanta pobreza poderia traduzir-se em títulos.
Rui Vitória gostava muito de falar de honradez, só se exaltava quando lhe punham em causa os valores de pai de família, e não se sentia desconfortável com a fraquíssima qualidade colectiva da equipa que orientava. Falava jogo a jogo, e geralmente quando ganhava era porque tinha estudado bem o adversário e porque os jogadores tinham executado na perfeição a estratégia montada pela equipa técnica para aquele jogo em particular. Foram três anos e meio de agonia prolongada, e só as conquistas fortuitas e as vergonhas históricas ficarão para a posteridade.
De José Peseiro talvez baste dizer que achava que Acuña podia ser médio-centro. São estes, ou foram estes, num passado recente, os treinadores portugueses das principais equipas portuguesas. O que lhes é comum é a obsessão com o próximo jogo e a crença de que o treinador pode interferir em tudo o que se passa dentro das quatro linhas.
Todos eles estão convencidos de que os jogadores são marionetas, e de que o treinador é um marionetista de muitas mãos puxando de longe os cordelinhos com habilidade suprema; todos eles estão convencidos de que aquilo que as equipas fazem em campo é pôr em prática as intenções do seu treinador, e de que uma equipa está mais perto do sucesso quanto mais próximos dos comportamentos imaginados pelo treinador no banco forem os comportamentos dos jogadores no terreno de jogo; e todos eles estão convencidos de que um treinador é sobretudo um estratega a quem não compete senão enganar o estratega adversário.
De Bruno Lage talvez ainda seja cedo para falar, mas quer o discurso quer o que tem apresentado em campo parecem indiciar mais do mesmo.
Em termos gerais, o treinador português é medíocre. Mas não o é por comparação com o treinador estrangeiro. Guardiola é espanhol, Klopp é alemão, Pochettino é argentino, Sarri é italiano. Não é uma questão de nacionalidade. Há bons treinadores, há treinadores razoáveis e há maus treinadores. E, regra geral, os bons são uma minoria. Em Portugal não é diferente. Estrategas todos são, qualquer que seja a nacionalidade e desde o mais fraco ao mais forte. É aliás fácil sê-lo.
Qual é o treinador que, sabendo por exemplo que o lateral esquerdo adversário é lento, não pense que pode explorar essa fragilidade colocando aí o seu extremo mais rápido? Há decerto chimpanzés capazes de chegar a essa conclusão. Mas que impacto é que essa estratégia terá se a equipa não souber fazer lá chegar a bola em condições? E que consequências terá essa estratégia no resto da arrumação da equipa? O que distingue os bons treinadores dos outros não são as ideias estratégicas, que mudam semanalmente, consoante o adversário que tiverem pela frente; são as ideias próprias, que não mudam como um cata-vento nem se arrumam na gaveta quando as dificuldades aumentam, e é também a forma como essas ideias são operacionalizadas e se reflectem em campo semana após semana, nos comportamentos regulares dos jogadores.
O treinador português em geral é muitíssimo admirado, por exemplo, naqueles lugares infectos onde até a mais solicitada das meretrizes pode contrair doenças que não tinha, e onde actualmente o cérebro só predomina sobre o físico na porta de entrada. O que, aliás, não é de admirar: há doenças venéreas que degeneram em meningites.
Até meados do século XVIII, os marinheiros que ficavam muito tempo no mar geralmente adoeciam: começavam por sangrar das gengivas, depois caíam-lhes os dentes, apareciam chagas, febre, icterícia e perdiam o controlo dos membros. O escorbuto vitimava muita gente porque a dieta a bordo de um navio era pobre em vitamina C. A causa da doença foi descoberta quando, em 1747, um cirurgião escocês chamado James Lind decidiu dividir em vários grupos os marinheiros afectados pela doença a bordo do HMS Salisbury, e instruiu um dos grupos para ingerir citrinos. A consequência notável da descoberta de James Lind, que surpreendentemente não era português, é que para evitar o escorbuto basta chupar limões. A receita é ainda hoje seguida por inúmeros portugueses, que se automedicam chupando todos os limões que puderem.
Como mais vale prevenir do que remediar, quase todos os que em Portugal se dedicam ao comentário futebolístico procuram tratar preventivamente o "mal de Angola" (era assim que os marinheiros portugueses nos séculos XV e XVI chamavam ao escorbuto) chupando muitos limões.
E é por haver tanta gente a chupar limões, e não por qualquer razão intrínseca, que o treinador português hoje em dia goza de tão boa reputação na opinião pública. Sempre que o leitor ouvir entoar loas a um treinador português, ou ler num jornal, num blogue ou numa rede social qualquer um comentário lisonjeiro, desconfie. É bem possível que o único motivo para tal seja a nacionalidade portuguesa do treinador e que o louvaminheiro de serviço não esteja senão a chupar deliciado um limãozinho. É que isto é gente que receia em demasia o mal da Angola.
Já viu o leitor o que era se esta gente começasse um dia a sangrar das gengivas e não tivesse a ampará-la qualquer amiguinho? Mal por mal, mais vale encher a boca de aftas a chupar limões."
Ha bons e maus treinadores... a nos, infelizmente, calhou-nos durante tres anos e pouco um treinador fraco! Boa pessoa e bom pai de familia... mas um treinador fraco!
ResponderEliminarO Lage parece ser melhor... mas sem melhores jogadores nao ira fazer milagres!
Existem tantas variáveis para um treinador ter ou não sucesso que é descabido colocar rótulos aos mesmos pelas Nacionalidades. Até aqui tudo bem.
ResponderEliminarMas no meu entender, ou percebi mal a mensagem deste texto, não concordo com a ideia de que o treinador português está sobrevalorizado. Existem sim alguns treinadores Portugueses que se aproveitam da fama dos melhores e depois de algum sucesso adormecem à sombra da bananeira... Agora o treinador Português no geral é bom sim e está na generalidade entre os melhores do Mundo.
Depois estarmos já a dizer que BL não vai aguentar o barco... É típico de quem está sempre tudo mal...
Não sou anjinho para dizer que BL é já o salvador da Pátria, mas com os mesmos ovos que RV a equipa está muito mais segura em campo no meu entender (sem uma pré-época para assimilar as ideias do treinador). Tem já alguns mecanismos interessantes.
Para concluir, tal como o autor deste texto, somos uns meros opinadores de blog, que na maior parte das vezes pensa que isto de ser treinador é jogar FM... Tira um jogador e coloca outro e já está... Jogar em 433 em vez de 442... Mas tem muito mais que se lhe diga ;)
Saudações Benfiquistas!
Um bug qualquer eliminou todos os comentários a este post deixados até hoje cedo. Peço desculpa a todos os que comentaram.
ResponderEliminarChama-lhe Bug. Andam aí!
EliminarQuem não o conhece que o compre...é um fundamentalista da 'era do modelo', que anda muito ressabiado com a nova moda da 'era da estratégia'...vale o que vale - muito menos do que ele imagina.
ResponderEliminarVamos começar pelo argumento ad hitlerorum: se tudo o que os nazis defendessem invalidassem tudo aquilo que fizeram, o Homem teria demorado muitos mais anos a ir à Lua, para não entrar sequer no campo da bio-ética.
EliminarAssim sendo, esta coisa das "eras" é um idiotice pegada, propagada por um site que em tempos sem o dizer se preocupava com pluralidade e que hoje, por muito que a boca esteja cheia, quem não está com ele está contra. Pode ter a ver com dinheiro ou prestígio, isso não sabemos, o que sabemos é que o ressabiamento é forte.
Em particular é forte contra um antigo colaborador que conseguiu o seu espaço mediático numa publicação de referência. E nem vou entrar nas alegações proto-xenófobas que o dito site fez quando o Sporting optou por não adoptar o Tiago Fernandes e ir para um treinador estrangeiro. O referido site chegou, até recentemente, a cantar loas a Rui Vitória, quando todos já lhe tinham destapado a careca, com mais ou menos luzes.
Aquele site tornou-se aparentemente um antro de favores. Há uma atmosfera no ar de favores pagos, quer com bilhetes para jogos, quer com palestras para divulgação estratégica quando isso der mais jeito ao dono. E é por isso que se tornou menos um espaço de aprendizagem e mais de chupistas. Provavelmente de limões...
Ora nem mais.
EliminarFernando Aguiar, nisto do ressabiamento entre o Nuno Amado e o Lateral Esquerdo, a coisa parece-me ser francamente bilateral...independentemente de poder ser verdade tudo o que dizes sobre o novo LE (é toda uma outra discussão ;-)), eu estava a comentar este texto do Nuno Amado. E neste texto do Nuno Amado, o que transparece é o ressabiamento dele pelo LE, não o contrário - naturalmente, sendo ele o autor do texto.
EliminarBruno Lage se é bom Treinador ainda é cedo para o Verificar , mas que a Equipa está melhor parece evidente que sim , mas como também me parece que sem treinador a equipa jogaria melhor do que jogava com Vitória pois ele emperrava a mesma , vamos esperar ,
ResponderEliminarpara já não Opino nada .
Claro q a generalização é parva, mas gostava de saber como é q este senhor justificava as prestações europeias dos clubes portugueses, sempre com orçamentos muito menores que os seus adversários.
ResponderEliminarSeria interessante explicar melhor do que fala. É da campanha do ano passado do Benfica? Da camapanha deste ano? Ou da campanha do Porto este ano? De acordo com o transfermarkt, para este ano, o Benfica tinha o terceiro plantel mais valioso do grupo da Champs. Ficou em terceiro. E com aquele resultado de Munique de resto a ilustrar bem a diferença entre um orçamento e o outro. Já o Porto tinha o plantel mais valioso do grupo.
EliminarPodemos falar de orçamentos serem coisas diferentes, mas por favor citemos dados que todos possam ver... Prestações europeias de clubes portugueses... Pff! O ranking é tão bom que não tivemos problemas quando a Champions encurtou a manta não foi?
"Já o Porto tinha o plantel mais valioso do grupo."
EliminarTinha? Ou passou a ter após a respetiva valorização decorrente das vitórias? Vamos ser um pouco honestos, de vez em quando faz falta...
Este artigo dava pano para muitas mangas...já que no Futebol Português não é só o treinador é bem mais profundo!
ResponderEliminarPorque é que a grande maioria dos treinadores são de ex-jogadores da modalidade?
Porque é que nenhum treinador Português ganhou o campeonato do mundo que os que fizeram esse feito estão no ranking ...muitos que foram jogadores!!
Será pela mesquinhez e contracção e projecção de ódio? tiques que se apanham e nunca mais saem, pela pobreza franciscana do ego? ou na formação de treinadores?
Isto seria um estudo a aprofundar!!
Porque é que a comunicação social não tem jornalistas que façam perguntas com cabeça, troncos e membros?
A desportiva, responsável tão somente por formar opiniões, e condicionar pensamentos nas pessoas... A acção da Comunicação social deveria ser encarada como gravidade extrema desde o momento em que interfere no processo de desenvolvimento... não sendo por isso de estranhar o exercito de pessoas manietadas e sem escrúpulos...
Porque há tantos golpes de teatro envolvidos no futebol? Há muita representação ...sacudir a água do capote esse é o prato do dia e adiar… a verdade da mentira um refugio...
Os argumentos economicistas não podem ser, nesta matéria, o factor preponderante... Este facto não se coaduna com o fato... está bem que a globalização chega a todo o lado ... mas ...já chega de perdas de identidade!...
lembrei-me da diferença que existe entre "ter sucesso" e "ser bem sucedido". Na verdade, existe uma grande diferença entre o que estes dois conceitos podem representar...
Quantas pessoas têm sucesso e não são, afinal, bem sucedidas? Muitas, porque habitualmente o que procuram é o primeiro objectivo, apesar de o segundo ser bem mais importante...?!!
Tenho é vergonha do sistema do futebol em portugal! Nós estamos a colher o que foi mal semeado no passado, é apostar na mudança do presente que o futuro é moldado … as mentalidades tacanhas, feudais persistem e o que vemos é uma vergonha Nacional … Estamos perante modalidades segregadas e não agregadas … Isto assim não é desporto…
Transformar o Futebol escuro/obscuro em Futebol Clarividente/Luminoso e Alegre…
Já dizia alguém “nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado”… e seguir sem medos...Precisamos e urge neste pobre País prolificar canais de contra-informação inteligente...
A nossa Odisseia ...lutamos no passado e teremos que lutar sempre... claro... porque um clube lutador não pode desistir, contra aqueles que se coloquem à nossa frente...o poder, o dinheiro e os sistemas vigentes na actualidade… O que não nos mata, torna-nos mais fortes...
Bruno Lage espero que consiga superar as expectativas e pense de maneira diferente ...para ser bem sucedido!! Só desejo que a sorte e a coragem nos acompanhe para que a uns anos, recordarmos a todos e mais uns sonhos realizados e que nos lembrem os feitos maravilhosos e eternos para que a mística seja mais rica…
Quanto ao limão rima com vilão e para o conhecer põr-lhe uma vara na mão...nada como plantar limoeiros... espremermos limões no espremedor mas o mais difícil é como espremer vilões? Isto é que para aqui uma limonada versus vila(o)nagem?!!!
Eu só quero Benfica Campeão!!
Benfica Sempre!
Luz Benfiquista
PENSO EXACTAMENTE O MESMO…
ResponderEliminarOs treinadores portugueses, na sua grande maioria, são fracos e medíocres, e foi preciso cá chegar um senhor, como Sven Goran Eriksson, para abrir as mentalidades tacanhas e dominantes de há uns anos atrás, revolucionando por completo a maneira de pensar do futebol indígena, que agora, por um excesso de um chauvinismo saloio regurgitado por jornaleiros que fazem o papel de adjuntos dos treinadores, voltou-se a fechar em concha, convencidos de que José Mourinho, apesar de todos os sinais de decadência, ainda é o melhor do mundo, que Jorge Jesus, que só conseguiu emprego nas arábias, ainda é o mestre da táctica, e que Sérgio Conceição, apesar de derrotado na final da taça da Liga por um estrangeiro sem currículo nenhum, é o novel da sapiência dos treinadores lusos.
Os treinadores portugueses que temos por cá e de alguns que andam por lá, ainda estão convencidos que os jogos ganham-se com a mesma táctica e estratégia que foi utilizada na batalha de Aljubarrota, em que conseguimos meter dentro de um quadrado enganador o exército castelhano mais bem apetrechado e em maior número, cuidando de que este chico-espertismo ainda nos vai valer nos próximos confrontos futuros.
Desenganem-se aqueles que pensam que o treinador português vai mais além da conquista do pontinho e do medo terrível da derrota, porque sabe que esta linha ténue é a diferença entre estar no activo ou no desemprego, daí o panorama que se vê semanalmente nos estádios, com futebóis pobres, constantemente interrompidos por faltas e simulações, donde os espectadores há muito já fugiram, deixando as bancadas cada vez mais vazias.
Os treinadores portugueses, a exemplo dos jogadores que treinam, são uns fingidores, tanto nas acções como nos discursos, e deturpam cada vez mais a qualidade do espectáculo e da indústria que lhes proporciona salários principescos ao contrário das suas intervenções e performances.
Em Portugal joga-se mal, treina-se mal e dirige-se mal, e só por um milagre da multiplicação dos pães se pode inverter esta situação caótica, apesar de todos os maus actores terem a trabalhar para si, uma espécie de comunicação de propaganda, que lhes tece elogios e capas de jornais, porque bem vistas as coisas, os medíocres necessitam uns dos outros para sobreviverem. Por isso, é que eu reclamo um treinador estrangeiro para o Benfica, completamente fora deste contexto lamacento e chafurdado.
Amo-te, Benfica!
José Reis
Repetindo o comentário:
ResponderEliminarBoas Shadows!
Concordando em boa parte com o texto, boa oportunidade para dares a volta ao estádio e aproveitar para dar uma traulitada por trás no pastilhas!
Em vez de chupistas de Limao, seria bom meter no banco o homem das pastilhas ao menos jogava-se a bola.
ResponderEliminarNesta história dos treinadores também há "toque de Mendes"
ResponderEliminarQue tal o Rui Costa
ResponderEliminarcomo venho dizendo o treinador português esta sobrevalorizado tirando três ou quatro o resto são medíocres e tralha.
ResponderEliminarsó faltou ele falar no mais melhor bom de todos os treinadores e o expoente máximo do treinador marionetionista.