Ontem à noite quando as tv’s se precipitaram com uma sondagem à boca de urna a dar a vitória ao “remain” não deixei de me lembrar de que nos últimos anos tudo o que é sondagem apelidada de “credível” erra sempre. Mesmo no Reino Unido nas últimas eleições davam a vitória à tangente aos trabalhistas e afinal os conservadores tiveram maioria absoluta. E desta vez também não fugiu à regra.
Quem compra estudos ou sondagens ainda não consegue comprar votos suficientes em papel. Por isso é que sou contra votos electrónicos. Há quem não consiga evitar “produzir” resultados e não há nada mais fácil que controlar um sistema de votação electrónico.
Achei até curioso alguém da campanha do “remain” que por volta das 2h já tinha uma listagem enorme com a garantia que as coisas estavam a correr bem. Não correu.
No que diz respeito ao futebol, ninguém pode ainda adivinhar o que vai acontecer. O processo e o tempo em que se processará o “brexit” é uma incógnita. Se até lá mais países procurarem seguir o mesmo caminho do Reino Unido como já se fala na Holanda, Suécia e outros então a incógnita será ainda maior.
Numa perspectiva simplista, penso que é uma excelente oportunidade para o futebol britânico e uma machadada enorme nos especuladores/empresários que têm canibalizado o futebol em seu proveito.
Sempre fui contra a rebaldaria que a lei “Bosman” criou no futebol europeu. Destruiu ou reduziu à insignificância países e clubes com grande história no futebol em troco de rios de dinheiro e da promoção dos clubes do costume como se fossem só eles que eram o futebol.
Se antes “escravizar” um jogador era errado, hoje o jogador não respeita contratos e sai quando lhe apetece porque senão faz birra.
O futebol britânico antes da lei “Bosman” aproveitava o seu estatuto e promovia os jogadores escoceses, galeses e irlandeses. Assim como outros promoviam jogadores das suas ex-colónias. Tudo isso terminou com a abertura das fronteiras e com a lei “Bosman”.
O “brexit” traz consigo oportunidades para o futebol europeu repensar as suas regras. Mesmo que não o façam, o futebol britânico terá a oportunidade de abrir espaço aos seus jovens jogadores em vez de importar jovens sul-americanos. É algo que os jogadores britânicos reclamavam e que o “brexit” possibilita.
Os clubes ingleses devido ao mais recente contrato de direitos televisivos continuarão abastados para se poderem reforçar. O período de transição certamente não será reduzido. Mas se há sector que sai a ganhar com o “brexit” será o futebol britânico.
👏 Muito bem.
ResponderEliminarUma oportunidade para o futebol.
Mas sobretudo uma oportunidade para as populações, para os povos, para todos os seres humanos, que têm sido conduzidos á miséria, por seres de baixo nível.
Vivemos numa espécie de prisão, onde não temos voto na matéria para nada.
Somos conduzidos como se fôssemos"gado" por uma minoria que controla o resto da humanidade.
Liberdade!
E tu achas que agora que os bifes vão deixar a UE vão ficar mais livres? Santa ignorância!
EliminarA Europa não irá sofrer, quem irá sofrer serão os bifes quando dentro de pouco tempo começar a fuga de muitas empresas a deixarem Londres para Dublin, Frankfurt, Genebra, Paris, etc. Vão ver como elas lhes mordem! E os investimentos param! E o desemprego aumenta!
Quem irá ganhar serão os países da UE que irão receber quem foge da UK. Para lá disso, a Escócia, N.Irlanda e Gibraltar irão querer sair da UK. O que eu me vou rir com a imbecilidade de certa gente ignorante! Quem votou para sair foi a franja mais ignorante e mais xenófoba do povo inglês. Os celtas escoceses e irlandeses e a malta mais jovem não foi na cantiga! Já começam a protestar!
Os imigrantes, como os portugueses que trabalham, irão ver a sua vida baixar de nível e os salários valerem menos.
Já há muito inglês a planear deixar UK e ir para a Irlanda e para Gibraltar. Vai ser um êxodus.
Será uma lição que nunca mais esquecem!
Considero excelente este acontecimento para o mundo.
EliminarNo que diz respeito ao futebol, se originar o que desejamos, será excelente para a modalidade.
Passados cerca de 20 anos podemos dizer claramente que a lei Bosman, desvirtuou o futebol.
A inglaterra foi dos países que mais sofreu com isso.
Eu era um "amante" do futebol britânico, que hoje em dia praticamente se extinguiu.
Era o futebol quase em estado puro.
Cheio de emoção, alegria, valores.
O futebol no continente europeu, perdeu a paixão, e mercantilizou-se.
Equipas compostas por jogadores nacionais praticamente não existem.
O que fez com que os clubes com menor capacidade económica, perdessem espaço nas competições, quer nacionais, quer internacionais.
Termos por exemplo equipas da bélgica, da hungria, holanda, polónia, a ganhar competições europeias é praticamente impossível.
O que fez também com que muitas selecções perdessem o poderio que tinham.
Penso que era uma boa altura para quem gosta de futebol se manifestar, e criar um movimento que permitisse resgatar o futebol deste mercantilismo e devolvê-lo á sua essência.
" E os investimentos param! E o desemprego aumenta!"
EliminarIsso é o que tu pensas?
Por acaso és dono de inglaterra?
As pessoas não têm o direito de escolher o que querem?
Segundo o teu pensamento, têm que sofrer represálias por terem escolhido sair da UE?
Julgas-te dono da liberdade dos outros?
Para ti democracia é fazer o que tu queres?
Se for o contrário, têm que ser punidos?
És algum filh@ da put@, que se julga proprietário de outros seres humanos e quer enriquecer á custa do roubo dos salários?
Ou és apenas um parasita de baixo nível que tem que dizer o que lhe mandam?
Concordo com o anónimo das 21:28, ainda vamos todos lamentar-nos pelo Brexit, esperem e vejam. Esta vai ser a crise que faltava para fazer Portugal regredir à primeira metade da década de 80. É que quer o Brexit se concretize quer não, este será o nosso destino. Como as coisas estão aqui, tudo o que não precisamos é de situações que gerem instabilidade, e já foi criada, não há volta a dar.
Eliminar" . Esta vai ser a crise que faltava para fazer Portugal regredir à primeira metade da década de 80."
EliminarNão sei no que se baseia para dizer isso.
Agora uma coisa eu sei, a vida em Portugal actualmente é inferior á da década de 90.
Só quem deseja que as coisas continuem assim, são as classes dominantes que têm enriquecido á custa do assalto aos salários dos trabalhadores.
Só esses é que querem que as coisas continuem como estão.
A abolição das fronteiras, o mercado comum, o euro, a livre circulação de bens e pessoas, foi mau para a generalidade das populações, sobretudo para países pobres como o nosso.
Em 1990 um trabalhador da construção civil, ganhava mais que hoje.
Um bolo lembro-me perfeitamente, custava 25 escudos, mas um bolo a sério feito pelo pasteleiro no dia, não um bolo congelado como se come hoje, e que custa 1€,200escudos ou mais.
Até ao ano 2000 praticamente só se via portugueses no trabalho agrícola, hoje á zonas que é raro ver um português, sabe porquê?
Por causa da ganância dos patrões, que pagam salários de miséria, enquanto eles têm lucros enormes.
Conheço situações que o roubo é tão grande, que eles dão-se ao luxo de construir casas para os estrangeiros , pois sabem que o lucro advindo do que eles roubam nos salários, é muito superior a esse investimento.
Se as fronteiras tivessem fechadas, e se não houvesse esta importação de mão de obra quase escrava, eles não faziam isto, e para países pobres como o nosso com ordenados baixos, a importação de mão de obra foi mais uma jogada dos parasitas que acham que outros devem ter salários miseráveis, enquanto eles têm salários de milhões.
Esse tipo de gente não faz falta nenhuma ao país.
São ladrões, em conluio com classe política, que em sintonia criam propostas de lei, para que o roubo, a exploração e a miséria seja promulgado pelas "leis", que eles encomendam,feitas á medida.
Sou a favor de salários dignos para todas as pessoas, pois todos somos iguais. Não podem alguns ganhar milhões ou centenas de milhar por ano, enquanto outros ganham tostões, ou nada.
Revolto-me contra isto.
Que sociedade é esta que permite isto?
Uma sociedade enlouquecida, egocêntrica, egoísta, hedonista.
Estamos a dizer praticamente o mesmo por palavras diferentes, além de todas as transformações na nossa economia que aceitámos devido à entrada na CEE, estas sucessivas crises internacionais e nacionais muito têm ajudado a hoje em 2016 estarmos proporcionalmente pior do que estávamos há 20/25 anos atrás, mas infelizmente ainda vamos a tempo de baixar mais ainda e regressarmos aos níveis de há 35 anos atrás, basta mais uma crise e mais um alargamento na UE.
EliminarÉ que o RU ajudava a escoar muitos emigrantes de outros países e era uma alternativa para os nossos emigrantes, além disso o nível salarial deles ajudava a aumentar o nível salarial médio da UE. Agora vamos ter mais gente de mais países pobres a competir por empregos numa UE com salários médios mais inferiores.
Infelizmente não auguro tempos muito favoráveis.
Claro que, como diz e muito bem, há muita gente a "mamar" e ainda mais gente a "ser mamada", (não foram estas as palavras mas em português vernáculo é isso). E sem sombra de dúvida estes desequilíbrios e ganância não ajudam mesmo nada, mas não nos iludamos, Portugal está bem longe de ter o exclusivo deste tipo de gente, eles estão em todos os países da UE a começar pelos mais poderosos. Aliás se assim não fosse dificilmente os "chicos-espertos" de cá se safariam.
Cumprimentos e Viva Portugal.
Cumprimentos meu caro.
EliminarE permita-me acrescentar, que as pessoas de bem lutem pela justiça e pelo bem comum.
Irlanda nao faz parte do Reino Unido.E segundo a lei actual jogadores como Payet e Kante nao poderiam jogar na Premier League.O brexit e mau ao contrario do que tu dizes e quando o Reino Unido sair da EU as regras na Premier League vao mudar para acomodar esta nova realidade.
ResponderEliminar"Mas se há sector que sai a ganhar com o “brexit” será o futebol britânico."
ResponderEliminarSenão houver acordos de manutenção da livre circulação de jogadores Comunitários na Premier League sem precisarem de autorização especial (como hoje qualquer não comunitário precisa), a Premier LEague não ganha de certeza com o Brexit, pois a Premier League sem os seus jogadores Comunitários ficaria uma liga bem mais fraca que a actual...
No fundo ganha o futebol britânico, sim. A nossa liga também é fraca, mas o facto de nos últimos tempos termos apostado nos miúdos levou aos resultados dos dias de hoje, especialmente no Benfica que tem sido o expoente máximo na aposta caseira. Not only but also a nível de seleção onde temos uma geração com um potencial tremendo. E provavelmente uma outra apenas à espera que o tempo seja efémero.
EliminarDaí que a Liga Inglesa pode ser ficar mais fraca, mas poderá fazer renascer as seleções pertencentes ao Reino Unido.
Certo do prisma das Selecções sim ganha...
EliminarEstava apenas a ver na prespectiva da Premier LEague
Só concordo numa coisa, a Lei Bosman veio destruir todos os campeonatos e clubes de Países periféricos...e Portugal e o Benfia também levaram por tabela e hoje em dia é impossível um clube fora de Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra e PSG vencerem a Champions precisamente por isso...
ResponderEliminarUm Benfica equilibrado financeiramente, e diria que esta notícia seria muito boa já que Renatos Sanches não voariam tão rapidamente para ali; No caso em que se encontra o Benfica com um passivo astronómico, a coisa muda de figurino, pelo menos nos próximos anos-não consigo precisar já que Vieira muda de paradigma muito rapidamente.
ResponderEliminarE para já é tudo especulação. Ao certo, ninguém sabe o que poderá acontecer.
A venda do Renato não tem nada a ver com o equilíbrio financeiro! Tem a ver com as ambições lógicas e óbvias do jogador! Aprende a ler e a entender as notícias!
EliminarClaro porque um jogador de 18 anos o que quer é já abandoanr família, amigos e clube do coração por ambição desmesurada do próprio Jorge Mendes... jogador, queria eu dizer!
EliminarCom os passivos que temos por cá, apenas significa menos dinheiro disponível.
ResponderEliminarHá pessoal que ainda não se apercebe que o funcionava há 20 anos é um desastre agora pois os custos são incrivelmente maiores.
" Há pessoal que ainda não se apercebe que o funcionava há 20 anos é um desastre agora pois os custos são incrivelmente maiores."
EliminarOs custos são maiores precisamente pela mercantilizaçao do futebol, que adveio da lei bosman.
Se as equipas só pudessem jogar com 3 estrangeiros os custos baixariam muitíssimo.
Yaahh! A mini está pelas horas da morte!
EliminarO Brexit, a acontecer (porque ainda vai correr muita água debaixo da ponte), vai ter só um derrotado, curiosamente o mesmo que haveria com a derrota do Brexit: o povo, (ou melhor para não me classificarem como vermelho também em termos políticos, que é tudo o que não sou), os cidadãos. Logo, logo a UE contrapõe o Brexit com a entrada da Albânia, Kosovo, Macedonia, Montenegro, Sérvia e Turquia são mais pobres que os bifes mas têm salários bem baixinhos. Não faltarão muitos anos para que oiçamos os nossos políticos e dizerem que o salário mínimo de 200€ é a única maneira de salvaguardar postos de trabalho em Portugal. Tamos (re)fodidos.
ResponderEliminarA construção europeia foi o mais belo projeto dos últimos séculos. Infelizmente, hoje está dominada por gente que não vê além da ponta do nariz dos seus interesses. E assim se vai acabar com este projeto extraordinário.
ResponderEliminarE não se esqueçam que, entre outros, um dos objetivos da criação da CEE foi também o de cortar com as guerras sucessivas que assolavam a Europa há séculos.
O Brexit será, provavelmente, o princípio do fim. As consequências só o futuro as ditará.
Quanto ao futebol, a liga inglesa decairá inevitavelmente e perderá competitividade... enquanto houver UE.
NINGUEM ACREDITA QUE O CLUBE DO MANACA DO TONEL E DO PPC
ResponderEliminarFOSSE CAPAZ DISTO:
""MIROSLAV BLAZEVIC ACUSA
SPORTING DE COMPRAR ÁRBITROS
Aos 81 anos, o treinador bósnia fez acusações graves contra o Sporting.
O antigo selecionador da Croácia, Miroslav Blazevic, fez revelações polémicas numa entrevista ao jornal sérvio 'Kurir' onde
acusa o Sporting 'comprarem' árbitros e assumiu que nutre ódio pelos portugueses acusando-os mesmo de não terem 'desportivismo'.
Com uma longa carreira de treinador, Miroslav Blazevic deixou de orientar equipas de futebol em 2014 depois de passagens pelo Dínamo Zagreb, Nantes, PAOK, seleção da Croácia ou da Bósnia-Herzegovina.
Numa entrevista ao jornal sérvio 'Kurir', o selecionador da Croácia no Euro96 revelou que ninguém da federação croata lhe pediu conselhos para o jogo de amanhã e foi mais longe ao afirmar que odiava portugueses.
"Por que razão haveria de aconselhar, se não me pediram? Mas vou dizer-te aqui que odeio Portugal. Um sentimento que começou em 1982, quando jogámos contra o Sporting e eles compraram os árbitros num jogo com o Dínamo Zagreb.
Derrotaram-nos, num jogo em que nos anularam dois golos limpos e eles seguiram em frente na Taça dos Campeões.
Não têm desportivismo", atirou Miroslav Blazevic.
Os jogos em causa são o encontro da 1.ª ronda da Taça dos Campeões de 1982/83, no qual os 'leões' reverteram uma derrota por 1-0 trazida do reduto do Dínamo Zagreb e venceram por 3-0""
O brexit foi uma campanha de mentiras que venceu. O uk vai ficar isolado. A Escócia sai do uk, enfim para nada. Porque no fundo a função da UE é evitar guerras e sempre o conseguio, eu nao tenho saudades nenhumas de voltar ao cancro que era o passado.
ResponderEliminarO Brexit é uma anedota. Uma piada. Uma piada de mau gosto, obviamente. Os britânicos saem da União Europeia pelos motivos errados. Os argumentos que foram apresentados ao povo eram falaciosos e nalguns casos pura mentira. Não é por acaso que a seguir ao anúncio dos resultados, a segunda pergunta mais feita na internet pelos súbditos de Sua Majestade foi «o que é a união europeia?». Isto diz bem do esclarecimento com que foi feito este referendo.
ResponderEliminarDepois, as questões mais importantes que levariam a uma saída mais esclarecida, foram praticamente ignoradas na campanha, nomeadamente deficit democrático na União e Europa a 2 velocidades. Realmente, debater deficit democrático numa monarquia hereditária com uma câmara composta por 750 lords não eleitos não faria muito sentido… E depois, que dizer das imposições de Bruxelas aos estados membros? O Reino Unido, como segunda maior economia da União não será corresponsável? A verdade é que a Grã-Bretanha sempre teve um pé dentro e outro fora da EU, pretendendo contribuir com o mínimo, tentando receber o máximo. Com um desemprego de 5% de que é que se queixam concretamente?
Quanto ao futebol, não vejo como isto terá grande influência na lei Bosman, mas o futuro o dirá.