Este foi, na verdade, um final de época fantástico,
apoteótico mesmo. Acredite quem quiser, que apesar deste ter sido um título que
na verdade não previ, e no qual convictamente não acreditei de inicio, a
alegria sentida neste mês de Maio superou em larga escala a que senti há um ano
atrás.
Há um ano na festa do BI, admito que foi a altura em que
questionei tudo, dos porquês deste amor ao Benfica, desta dedicação, deste
coração ao pé da boca. Foi o ano de uma festa mal planeada pela Direção no
Marquês do Pombal, com muito pouca ou nenhuma espontaneidade, e que acabou à
pedrada. Nos dias seguintes à festa, recordo-me bem, ninguém falava de títulos,
ninguém falava do mérito dos jogadores ou da grandeza do clube, falava-se sim
da noite de festa... que não houve...
E eu acho na verdade que é essa noite em fim de Maio que
dá sentido a todo o amor clubístico que se manifesta ao longo do ano... No dia
em que essa noite deixar de valer, no dia em que também essa noite começar a
ser lembrada apenas pelos piores motivos, no dia em que essa noite deixar de
ser uma noite de lágrimas de alegria para ser de remorso de quem se arrependeu
de sair de casa, então, para mim pelo menos, todas as tricas da bola deixam de
fazer sentido...
Este ano não.
Este ano valeu! Este ano foi a vitória da mística, da crença, do esforço, da
alma, da vitória épica sobre toda a lógica dos números... Tão saboroso como
este, para mim só mesmo aquele outro título praticamente consumado em Alvalade
com a noite mágica de João Pinto no 6-3 de Alvalade... Esse foi mágico, como
mágicos são todos aqueles títulos em que, quando toda a gente nos julga mortos,
renascemos das trevas com uma força só nossa, e lembramos a todos a matéria de
que é feito este nosso grande clube...
Mas este título teve também um herói improvável, um herói
de carne e osso... Sim, a vitória foi dos adeptos, foi em larga escala a
vitória dos jogadores, foi também a vitória da Direção que com naturalidade
colhe sempre os louros nestes momentos mas, esta foi a vitória de Rui Vitória
acima de tudo...
Rui Vitória, um Patinho Feio para tantos desde o início,
um treinador que começou muito mal em termos de resultados, um treinador que na
verdade foi vítima, não da sua impopularidade, mas porque pagou em
impopularidade o facto de tantos adeptos estarem na realidade contra a saída do
ex-treinador, deu a volta por cima e foi o herói improvável...
E aqui frisei a seu tempo, que também aqui Jorge Jesus
deu uma ajuda fundamental, no dia em que rebaixou um dos “nossos” ao patamar de
lixo... Sim, nesse dia Rui Vitória passou a ser um dos Nossos na sua plenitude
de direitos, mesmo daqueles que sempre haviam olhado para si com alguma (muita)
desconfiança... Nesse dia também, Jorge Jesus conseguiu até virar os ainda
muitos adeptos saudosos da sua presença contra si... Foi um dois em um fatal,
um dois em um fundamental que virou o tabuleiro do jogo definitivamente a nosso favor!
Numa altura
em que as fichas do jogo estavam claramente contra nós, Rui Vitória tornou-se
no símbolo da luta e no elemento agregador que fez toda a gente sem exceção
(mesmo os maiores críticos) remar para o mesmo lado... Num ano difícil, num ano
de muitas contradições nos atos e no discurso e de muitas pontas soltas até
mesmo dentro do clube, os adeptos deram as mãos e só queriam ver Rui Vitória
saltar vitorioso como saltou naquela final contra o Nacional com os olhos muito
perto das lágrimas... Foi a vitória da humanidade e da justiça, depois de tudo
o que teve de passar... Estava escrito que tinha de ser ele o herói!
Não admira portanto que neste final de época, o
denominador comum de todas as entrevistas dadas pelo nosso treinador, tenha
sido o realce dado pelos entrevistadores à guerra verbal com o ex-treinador, a
essa conferência de imprensa de Jorge Jesus, à união entre treinador, jogadores
e massa adepta, e na verdade muito pouco aos méritos táticos de Rui Vitória.
E não admira
também que a páginas tantas, e ao perceber a linha de análise de todas as
abordagens ao que foi a corrente época, Rui Vitória tenha sentido a necessidade
de se desmarcar um pouco dessa corrente ao dizer: “Calma lá que também não é só a dar as mãos e a fazer correntes que se
ganham campeonatos.” O que Rui Vitória quis dizer foi, na verdade, calma lá
que também há aqui muito trabalho de campo.
Este discurso
do “Nós”, e do “Ganhamos juntos”, e do mérito dos “jogadores ao roupeiro” é
muito bonito quando se ganha... Mas não é o fundamental e está bem longe de ser o
mais importante nestas coisas da bola... Rui Vitória vai também descobrir mais
cedo ou mais tarde, como tantos o descobriram antes dele e tantos hão-de
descobrir depois, que quando o Benfica perde a culpa não se divide por todos
como se divide nas vitórias... A solidariedade nestas tricas da bola faz-se de
resultados, e quem anda nesta vida tem de encarar isso como natural e como
sendo a única coisa que verdadeiramente interessa!
Rui Vitória
mereceu como ninguém este final feliz e apoteótico que viveu, mereceu também
esse sentimento de ter sido capaz de não se perder a si próprio nem ter sido engolido pela grandeza do clube (por exemplo como Paulo Fonseca admite
hoje que aconteceu consigo quando esteve no Porto), ter sido capaz de ganhar
sem abdicar dos seus princípios éticos... Nesse dia em que já vitorioso olhou
para o céu, deve ter percebido que foi essa a sua grande vitória...
Mas Rui
Vitória teve também muitos meses para perceber o quanto interessou sempre à
máquina de comunicação encarnada explorar e instrumentalizar sempre o seu lado mais
humano para acentuar (e justificar) a clivagem com o ex-treinador...
Rui Vitória deve também ter percebido que foi sempre do
ex de que se falou todas as semanas ao longo do ano e muito pouco de si...
E se Rui Vitória não percebeu, eu pelo menos percebi, a
mudança do discurso dos Guerras desta vida a que as vitórias dão azo: no início
era a fuga e a traição a razão da mudança, sustentada nesse processo em
tribunal e a exigência de 14 milhões de euros ao ex-treinador, a proteção clara
do Presidente admitindo sempre o cenário de desaire...
No final não, com a vitória à vista a máquina de
comunicação encarnada virou a agulha para os méritos do Presidente, o seu
conhecimento futebolístico, o seu sexto sentido para estas coisas da bola, que
lhe permitiram alterar CONVICTAMENTE o paradigma e a linha de futebol do
Benfica, de tomar mesmo medidas impopulares contra a opinião da maioria dos
adeptos, sem prejuízo nenhum dos resultados desportivos da equipa...
Na verdade, aquilo que se percebe, é que este trajeto
2015/2016 foi bem mais o resultado das circunstâncias do que o resultado de
qualquer brilhante planeamento vindo de cima mas...
Luís Filipe
Vieira sai na realidade por cima disto tudo, num ano difícil para si com tudo
para correr mal, e num ano que terá garantido a sua presença à frente dos
destinos do clube pelo menos nos próximos 25 anos!
É isto
criticar mais uma vez a gestão e a legitimidade de Luís Filipe Vieira à frente
dos destinos do clube?! De maneira nenhuma. Este era o mandato dos resultados
desportivos, era essa a bandeira eleitoral, LFV está a cumprir o que prometeu,
e três títulos seguidos não podem ser fruto do acaso!
Mas na minha cabeça, esta terá sido sempre a época de Rui
Vitória, e não me consigo lembrar de um único momento em que tenha sido a
Direção a virar as contas da época a nosso favor!
O rui vitoria entende o futebol como nós moon! não fica refém da bajulação! É o ancelotti à portuguesa, calmo e nos momentos chave consegue acalmar os jogadores.
ResponderEliminarO rui vitoria entrou para a galeria dos ilustres que tiram títulos ao mestre da tatica sem terem ganho nada antes de treinarem uma equipa grande(villas Boas e vitor pereira).
Este é o ano do Bi do rui e acredito que está a formar uma grande equipa.
Enfim, notícias de um dos viúvos do JJ, finalmente!
ResponderEliminarA crónica padece de fraquezas óbvias, nas quais não conto, naturalmente, a satisfação revelada por uma vitória merecida no campeonato, mas entre as quais conto a ausência de notas a outros sucessos - o desempenho desportivo na Champions, onde a equipa revelou uma surpreendente maturidade técnica e mental, bem como uma nova conquista da Taça da Liga, a 7a. em 9 edições.
Entre as fraquezas notam-se algumas indirectas patetas à Direcção do Benfica, bem como a atribuição de relevância exagerada a um dos momentos em que JJ se relevou na sua verdadeira dimensão de crápula. Sobre a importância desse momento, e tendo em conta a situação geográfica do autor, só uma palavra me ocorre para qualificar o exagero que lhe é atribuída - BOLLOCKS!
Não me lembro de ter visto qualquer jogador ou qualquer outra pessoa ligada à equipa a dar relevo a esse momento. No que diz respeito aos adeptos, não creio que isso tenha feito muita diferença, com a possível excepção de viúvos empedernidos do JJ. Pelo contrário, os adeptos já tinham dado mostras claras de que estavam com a equipa - recordo o fantástico minuto 70 na Luz, no jogo com os lagartos, onde a perder 3-0, a Luz se levantou de uma forma que ainda hoje me emociona, numa enorme demonstração da força que é o Benfica.
Dizer que a vitória foi o resultado das circunstâncias mais do que de planeamento, é mais uma viúvice. Houve planeamento quando o ano passado perdemos com o Rio Ave e a corrupção não ganhou na Madeira? Ou quando não ganhámos em Guimarães e o Belenenses ajudou? Pretender que aquilo que se passa no campo decorre de planeamento merece um novo BOLLOCKS!
A Direcção definiu uma estratégia, em termos gerais. Estavam seguros de que ia correr bem? Não acredito que estivessem, embora acredite que achassem que esse era o caminho. Se não acreditassem, não teriam abdicado do JJ nem teriam apostado num treinador conhecido por valorizar jovens. Teria a Direcção a ideia de que Ederson, Lindelof ou Renato surgiriam como "estrelas" da época em curso? Seguramente que não. Tinham de ter alguma esperança de que isso sucedesse. Rui Vitória, numa das entrevistas, foi claro em relação à forma como a entrada de Renato foi preparada.
Apesar de tudo, houve alguma sorte, seguramente, mas também competência, em particular a competência de Rui Vitória na forma como uniu os jogadores, como deu liberdade aos criativos da equipa, à forma como inventou um novo Pizzi, como integrou Renato, Lindelof ou Ederson, a competência dos próprios.
No fundo, a Direcção fez o que podia fazer. Definiu a estratégia, contratou os protagonistas e manteve-se fiel a uns e outros quando a pressão apertou. Ganhou o direito de continuar a mostrar que esta é a estratégia que serve melhor o Benfica (a aposta na formação), apesar de outros aspectos da sua gestão serem tão criticáveis como no passado.
Seguramente Rui Vitória é o grande vencedor, individual da época. Também o é LFV, no entanto. Para um e outro, convém recordar outra expressão inglesa: "success is fleeting". O modelo proposto pela Direcção só faz sentido se for traduzido em sucesso substancial ao longo do tempo, pelo que precisa de mais tempo para ser validado. O mesmo se pode dizer de Rui Vitória - terá a sua pré-época planeada, as contratações que entender, mais jovens da formação e tem de voltar a mostrar que o Benfica continuará na luta em todas as provas, ganhando algumas, já na próxima época e mantendo um desempenho de qualidade na Champions.
Para além dos vencedores, também há derrotados da época. O primeiro grande derrotado é JJ, apontado como grande responsável pelo sucesso do Benfica nos últimos anos e, sem o qual, o céu desabaria sobre o universo Benfiquista. Os outros derrotados são os viúvos do JJ, entre os quais se conta o autor do texto. Ao menos, agora sempre podes rezar a missa de aniversário da passagem do JJ para a outra margem e encerrar o luto pelo vil defunto.
Muito bom texto Rui (excelente português!).
EliminarConcordo com muita coisa. Mas não concordo com o último parágrafo. JJ nunca pode ser considerado o grande derrotado. Quando no início da época ele deu aquele espectáculo miserável em Alvalidl e disse que passaria a haver 3 candidatos ao título e não apenas dois, eu ri-me! Como muitos benfiquistas se riram. Não porque achasse que ele não era bom treinador, mas porque achava que a estrutura do Slb tinha tido um papel importante nos títulos obtidos e porque achava que o SCP era um clube desagregado e com um plantel fraco! Nesse particular JJ calou-me, JJ não foi campeão, mas mostrou que podia ter sido, e claramente cumpriu a promessa, com ele no SCP há 3 candidatos ao título (não obstante o porto esforçar-se por lhe "tirar" razão).
Se o JJ ganhar este ano, o ano anterior vai ser visto com um invulgar acidente de percurso, um percalço no justo caminho da afirmação do melhor treinador a atuar em portugal.
Esperemos que assim não seja. Gosto da postura do RVitória, representa-nos bem! Espero que ele tenha os maiores sucessos ao leme do glorioso!
Volto a lembrar os meus amigos benfiquistas que o scp foi ajudado pelas arbitragens em, pelo menos, 10 pontos (aqui são 19!: http://oindefectivel.blogspot.pt/2016/05/lixivia-34.html). Não fora isso e a liga para os verdes teria sido mesmo miserável. Claro que o JJ foi o grande derrotado.
EliminarMário,
EliminarObrigado pelo elogio ao meu comentário:).
Independentemente da época realizada pelo Sporting, JJ perdeu porque o Benfica ganhou sem ele. Ele apostou muito no contrário, desde a afirmação "o cérebro não está lá", até à menorização de Rui Vitória como treinador. A vitória inédita do Benfica em termos de pontos, número de vitórias, etc., são uma enorme derrota para ele.
Do ponto de vista do Benfica, esta época provou que o Benfica pode, não só ganhar sem ele, mas acima de tudo mostrou também enormes limitações por parte de JJ. Há três maiores, em minha opinião: a falta de ambição europeia, a formação e a comunicação.
No primeiro caso, Rui Vitória demonstrou, com um plantel bem inferior ao de 2013 / 2014, que é possível ter sucesso na Europa, sendo campeão em casa. A desvalorização sistemática das competições europeias, em particular da Liga dos Campeões, por parte de JJ, foi posta a nú como um flagrante falhanço. Essa participação foi validada como relevante, não só em termos de prestígio (algo mais difícil de contabilizar), como em termos de receitas, mas também em termos de mercado para os jovens da formação. É impossível não ver a frustração lagarta pelo sucesso de Renato, por exemplo.
Na comunicação, quero crer que a esmagadora maioria dos Benfiquistas sente que a postura de Rui Vitória, a forma como nos representa, está muito mais de acordo com os valores do Benfica.
Por tudo isto, creio que JJ foi um dos grandes derrotados da época passada. Se quisesse usar uma das expressões dele, os 5 milhões de salário deram "bola!" em termos de sucesso desportivo. O que poderia dizer Rui Vitória, com quase 40 milhões de Champions, quando comparado com a basófia de JJ, pelos 14 milhões pela qualificação para o próximo ano.
Claro, como eles dizem, "o futebol é o momento". O Benfica precisa de confirmar que os sucessos deste ano, nas várias áreas não são passageiros. Têm, no entanto, quer o Benfica quer Rui Vitória, um ano de vantagem em termos de sucessos - uma vitória dos lagartos para o ano não valida nada - o que importa é o balanço ao fim de alguns anos. Isto é válido para eles, como é válido para o Benfica e Rui Vitória.
Do ponto de vista do Benfica, gostava muito que o tetra fosse uma prioridade assumida. Pelo menos, não enfraquecer a equipa seria bom, mas não há muitas oportunidades como esta. O tetra deixaria a concorrência interna, a norte e ao lado, em maus lençóis, dada a muito mais periclitante situação financeira de ambos.
Assino por baixo os 2 comentários do Rui. Ficou tudo dito.
Eliminar@Rui,
EliminarA análise é equilibrada e sensata. Sobra em mim e noutros a ideia de ausência de rumo... e porquê?
Porque num ano de transição era necessária uma pré-época "silenciosa" e uma aposta no reforço da equipa nas posições que fossem consideradas frágeis, pensávamos que era a lateral direita, o miolo do terreno (Renato) e até as alas, a aposta "apressada" em Guedes, revela um pouco do que estava em cima da mesa dos pensantes. Por isso a estratégia mais pareceu um acaso do que um fenómeno estruturado, projectado com a necessária "inteligência", aguda capacidade de antecipar e apresentar soluções realmente "inovadoras" e consistentes. Isso doí na alma dos benfiquistas que amam o clube o jogo e a vitória. Muitas pessoas olham para os contestatários com medo, isso é ridículo, ninguém quer mal ao Benfica ou à Direcção, queremos unicamente VENCER!!!!
Amigo Rui mesmo num mundo de negócios e negociantes é possível fazer as coisas aumentando o pecúlio de todos os intervenientes salvaguardando o bem do clube.
O que os contestatários contestam de forma determinada e que pedem com assertividade aos dirigentes é que os negócios sejam sempre com bons jogadores, se é necessário encher as expectativas de múltiplas personagens que se faça com jogadores de categoria. Comprem-se 20 ou 30 jogadores por ano, mas que desses só 2 ou 3 sejam "pernetas", assim existirão sempre mais valias... eu faria diferente, compraria/venderia no máximo 4 ou 5 jogadores por ano, sendo o razoável uns 3!
As épocas desportivas devem iniciar-se num clima de plantel final antes de se inciarem os trabalhos da pré-época, para isso basta dar "ordens aos jogadores e empresários" para realizarem as transações no período entre as duas épocas, têm cerca de mês e meio para realizarem os negócios. O treinador precisa de ter o plantel fechado para fazer todas as experimentações que necessita fazer, aceito que no fim (ou a meio da pré-época) se acabe por dispensar 3 ou 4 jogadores principalmente jovens da cantera que se perceba no contexto do treino não servirem ou ainda não estarem preparados.
Este é o meu contributo, um gesto de paixão pelo Benfica, uma forma respeitosa de aceitar a conjuntura, mas simultaneamente pedir um dinamismo forte onde a inteligência e a paixão se misturem.
Caro moleculas,
EliminarIndependentemente de considerar o Redmoon um grande e coerente benfiquista também concordo com o Rui quando ele diz que há aqui uma tentativa de penalizar a direcção e de considerar que o mérito de Rui Vitória não existe, apenas se verificou uma má comunicação de JJ.
Agora quilo que a mim não me parece é que seja tudo feito em cima do joelho - já reparaste que Jovic, Carrilo, Cervi, Saponic, forma contratados há muito tempo com o intuito claro de reforçarem o plantel da época 2016/17? Já reparaste que LFV falou imensas vezess da formação dizendo que o futuro passava pelo aproveitamente dos jovens valores do Benfica? Já reparaste que Ederson saiu do benfica, andou pelo Ribeirão e pelo Rio Ave, mas este sempre salvaguardado por uma clausula que permitia a sua recuperação? Já reparaste que Mitroglou e Jimenez afinal são mesmo bons avançads e forma contratados para a época que agora findou,?
Todos os exemplos acima e muitos outros revela de facto planeamento e uma estratégias clara da parte do Benfica.
Referes que o Benfica deveria ter o plantel fechado logo que arranca a época, mas na realidade se nem o Barça, o Real ou os Manchesters o conseguem como é que poderá o Benfica limitar sozinho abordagens aos seus jogadores em fases avançadas da época
@Pedro Rodrigues aparentemente parece existir um movimento de mudança, assim seja. Tudo o que dizes sobre esses jogadores insere-se nesse contexto, já tinha observado essa realidade e deixou-me feliz, devo dizê-lo!!!!!!
EliminarQuanto às abordagens, hum... creio que a Direcção tem a legitimidade, com contratos assinados sem coerção de nenhuma das partes para dar um tempo para se realizarem negócios, parece-me tão claro. Somos o Benfica. É claro que fora dessa janela, as partes devem saber que qualquer jogador sai pela clausula de rescisão paga a pronto, isso certamente fará os empresários e jogadores se têm expectativas de irem para "melhor" de dar cordas aos sapatos. Gaitan saiu após o último jogo, é mais ou menos isso!
Abraço.
PS: Que a paixão pelo clube pelo jogo e pela vitória e pela decisão maior!!! corrompam a alma de todos os que dirigem o nosso querido clube.
Caro moleculas,
EliminarSuponho que nunca saberemos quanto houve de planeamento, nem quanto houve de sorte (que é sempre necessária), na forma como lacunas evidentes na equipa acabaram por ser colmatadas, com jogadores da formação. Algumas coisas podem apontar para indefinições (Clésio), mas são só suposições.
Em minha opinião, o aspecto mais criticável da gestão é o número exagerado de contratações, muitas das quais acabam com os jogadores a entrar e a sair sem terem vestido, sequer, a camisola do Benfica. Isso podia bem acabar. Por outro lado, também se vêem contratações feitas a tempo, com o seu quê de risco, mas que parecem mais sólidas (Cervi, Jovic, Saponjic, p. exemplo). Acho que um equilíbrio melhor tem de ser encontrado, porque os custos do Benfica são elevados e o lucro poderia ser maior, sem tanta compra sem aparente explicação. Precisar de vender 50 a 60 milhões por época não me parece um caminho seguro (e não vale a pena vir dizer que a concorrência está pior).
Do ponto de vista pessoal, nunca passo cheques em branco, mas é preciso ser capaz de reconhecer o mérito onde ele existe, tal como é preciso ser capaz de reconhecer os erros. Creio que se tem aprendido com os erros, o caminho, em teoria parece fazer sentido, mas falta verificar se a forma como é posto em prática nos dá aquilo que queremos para o Benfica - sucesso desportivo e solidez económica e financeira obtidos de uma forma consistente e repetível.
Perfeitamente Rui é isso tudo!!!!!!!!!!!!!!!
EliminarExcelente comentário Rui.
ResponderEliminar
ResponderEliminarPara a Direcção ter meu apoio, preciso ver uma época (seguida de outra e de outra e de...) em que o plantel é organizado atempadamente e que as entradas e saídas obedeçam a uma lógica observável como inteligente por qualquer ser humano minimamente acordado!
Portanto este ano estou de cadeirinha com a máxima curiosidade a aguardar as decisões.
Por exemplo o Fransérgio, vão contratá-lo? Belo tenho a certeza que seja para fazer parte do plantel, joga em Portugal há 2 anos! Só naquela ;) :)
Não me leves a mal a minha sinceridade caro moléculas, mas espero bem que a direção nunca venha a ter o teu apoio, pois no dia que isso acontecer será um sinal que o Benfica entrou novamente a ser gerido de fora para dentro e que passou a estar em decadência como nos tempos de Manuel Damásio.
EliminarAbraço
O Enfermeiro Chefe
Caríssimo Chefe Enfermeiro, rebata as minhas palavras, os meus argumentos,... e diga-me onde está o erro, na minha terna solicitação à Direcção,... para poder evoluir e corrigir-me, grande abraço!
EliminarCaro Reedmoon, no inicio desta época quando andaste aqui a escrever que o plantel do clube do putedo era superior ao nosso percebi que afinal pouco entendes o que é gerir uma equipa de topo como o é o Benfica. Hoje com esta tua frase chego á conclusão que não é pouco, é mesmo nada aquilo que sabes como é gerir uma equipa de topo.
ResponderEliminar"...e não me consigo lembrar de um único momento em que tenha sido a Direção a virar as contas da época a nosso favor!"
Só mostra o exemplar trabalho efetuado pela estrutura e direção, faz o que tem e deve fazer e só uns poucos conseguem vislumbrar o que foi feito.
RR
Ninguém ganha sózinho! É por isso que me irrita sobremaneira a super e quase única importância a Cristiano Ronaldo na Selecção.
ResponderEliminarGanham os jogadores, ganha a equipa técnica, ganham os sócios e adeptos, ganha a estrutura! É assim que eu vejo a questão no geral.
Contudo, este ano e por via das ocorrências, há um mérito extraordinário de Rui Vitória. Foi atacado vilmente e resistiu! Foi abandonado por quem o deveria defender e não se queixou! Viu-se privado de jogadores chave e soube resolver!
Acredito que foi muito do seu profissionalismo, mas sobretudo tenho que realçar que foi a sua postura, o seu conhecimento humano que impediram que soçobrássemos. Muitas foram as tentativas de humilhação e ele nunca se deixou cair. E ajudou, tenho a certeza, os jogadores a manterem-se de pé e a acreditarem.
Houve um jogador que no momento da vitória, disse: "Quiseram derrubar-nos, mas soubemos reagir"! E isso foi obra do líder que soube conduzir a nau e levá-la ao porto sem qualquer rombo.
E sabendo nós da fragilidade dos nossos jogadores que ao primeiro abano oscilam, temos que dar a Rui Vitória o mérito e a sabedoria que evitaram o tombo. E era disto, do conhecimento psicólogo do ser humano que o Benfica há muito estava órfão.
Este campeonato teve um vencedor: o Benfica!
Este campeonato teve um herói: Rui Vitória!
Este campeonato teve um duplo perdedor: JJ! Perdeu o campeonato e perdeu a confiança de que sem ele o Benfica não ganharia! E esta foi a maior derrota da vida dele, não tenho dúvidas!
O Rui e Águia Preocupada estão aqui a meter golos com fartura. Nenhuma bola foi à trave. Na mouche!!!
EliminarCompletamente de acordo, Rui e Águia Preocupada.
ResponderEliminarO (tri)gésimo quinto foi a vitória da estrutura, da equipa técnica, dos atletas, dos adeptos.
Rui Vitória revelou-se o treinador de que o Benfica necessitava, após a fuga do cagão (já não consigo tratar o sujeito de outra maneira). Com Rui Vitória, a equipa teve um líder que acrescentou valor. Valor consubstanciado nos atributos técnicos que potenciaram jogadores e armaram a equipa com novas soluções, mas também na valorização de todas as competições, na aposta nos miúdos da formação, na capacidade comunicativa, no respeito pelos adversários, no trato civilizado com os atletas, na serenidade, na educação, na classe. Rui Vitória revelou-se um grandessíssimo treinador - tendo em conta a dificílima pré-época e as demoradas lesões de jogadores nucleares, duvido muito que outro, qualquer que fosse (até o cagão), nos tivesse proporcionado as alegrias que tivemos esta época. Mereceu a felicidade que teve, porque muito trabalhou para conquistá-la.
O Benfica provou (como se fosse preciso provar...) que tem uma estrutura e que pode ganhar sem cagões como treinadores.
LFV apostou e ganhou. Como apostou e ganhou ao apostar no fanfarrão, quando os adeptos pediam a cabeça do mesmo servida numa bandeja. Se o homem não percebe nada do que anda a fazer (e sou daqueles que lhe apontam alguns senões), então deve ter algum anjo que lhe segreda soluções.
O grande derrotado é, sim, o treinador que se acha o melhor do mundo e arredores. O seu presidente, «a maior potência desportiva» do planeta dos macacos e os respetivos adeptos, também o são, por terem arrotado muitas postas de pescada e atirado muitos foguetes antes do final da festa. Mas ele, que esteve a 7 pontos e não soube mantê-los, é o maior de todos os derrotados, um verdadeiro loser à moda dos EUA.
O tetra acabaria com a cagança da «lenda».
Saudações.
ResponderEliminarUm texto fraco, que atesta a dificuldade do autor em escrevê-lo. (O campeonato foi ganho há quanto tempo mesmo?)
O Rui (parabéns pela intervenção) escreveu muito do que haveria para escrever em resposta a esta tentativa de vir dar o braço a torcer, mas depois volta-se a borrar a pintura no último parágrafo, mostrando que o luto ainda dura e que, parece, está para durar.
Enquanto continuarem a apoiar sacanas sem um pingo de honra que raiam os olhos de sangue sempre que se fala do Sport Lisboa e Benfica, enquanto não perceberem que a génese do nosso clube está no eterno minuto 70, enquanto continuarem a discutir se o presidente vai a casamentos de A ou B ou que frequenta as piscinas não sei de quem, continuarão a encher a barriga de sapos, tendo, de tempos a tempos, de arrotar algo para não andarem com fastio.
Rui Vitória não vai ganhar sempre, mas conseguiu fazer uma coisa que o outro não fez em 6 ANOS! Devolveu-nos a honra, o brio, o respeito internacional e a MÍSTICA! Isto tudo numa só época.
Vitorisos? Todos os que se levantaram para aplaudir no minuto 70.
Derrotados? Todos aqueles que em vez de apoiarem o Benfica, apoiavam... quem mesmo?