O futuro constrói-se em silêncio

Cervi, Saponjic, Jovic, Jota... e não creio que vá ficar por aqui, são quatro jovens de imenso potencial e "custo suportável" que começam a construir o SLBenfica 2016/17 com... seis meses de antecedência.

Na equipa B, João Carvalho e João Teixeira mostram jogo a jogo que jogar na II Liga e com jovens ainda em idade júnior não é necessariamente o melhor para eles, que já estão claramente a "pedir" uma dimensão de primeira liga. Mas há mais...

... já este ano surgiram Nelson Semedo, Renato Sanches, Gonçalo Guedes e Nuno Santos. Talvez sejam estes factos que levaram o 4ª escolha a dizer isto há uns meses:

Reparem que, com Cervi que foi o investimento mais elevado (4M€), estes jovens - e são 10 os que nomeei - custaram um investimento na ordem dos 8M€. Se aqui juntarmos o prémio de assinatura de uma alegada contratação de Carrillo (outro jovem de enorme potencial), estamos a falar de 10M€ investidos em 5 jogadores e 11 a entrarem na equipa.

Mas não é só na construção da equipa que, como disse no passado, estou a valorizar o trabalho que está a ser feito. Tanto quanto pude identificar, as receitas do contrato da NOS podem ser dadas como garantia para uma antecipação das receitas - a juros mais baixos que pagamos à banca - e com isso liquidarmos grande parte dos empréstimos que têm um grande peso de serviço de dívida (juros)!

Explicando, ao invés de pagarmos 6% de juros por 80M€ ou 100M€ de dívida à banca, constituimos um empréstimo com uma empresa externa no mesmo valor, pagamos à banca e como damos como garantia uma verba contratualizada (contrato da NOS), obtemos um juro mais baixo. Na verdade continuamos com a dívida, mas na prática baixamos os custos de forma muito efetiva.

Segundo o comunicado do SLBenfica, foi mais ou menos o mesmo que foi feito com a transferência do Bernardo Silva, em que o SLBenfica vendeu os créditos do Mónaco a uma empresa para, dessa forma, receber o dinheiro todo à cabeça, mesmo tendo de pagar um juro por isso.

Ou seja, num momento em que o futebol passa cada vez mais dificuldades devido à fragilidade das empresas financeiras, o SLBenfica está desta forma a garantir a desalavancagem do seu balanço, assegurando uma maior independência do sistema bancário - o que não quer dizer que não se mantenham relações de financiamento com o sistema financeiro em geral.

Curiosamente, esta estratégia é precisamente a inversa daquela que tem sido seguida pelos rivais (ena pareço o Jesus a falar com vergonha de dizer o nosso nome). Enquanto o Benfica faz isto, o "tolinho das asneiras" empurra as dívidas para a frente a aumenta os juros e vende capital da SAD a accionistas privados (Alvaro Sobrinho - cerca de 30% - pag 17). No FCPorto mantêm-se os investimentos galopantes e ordenados elevadíssimos com os prejuizos e negócios feitos com dinheiro alheio (Doyen) a suceder-se.