Como decerto sabem, existe uma série de livros com o título "for Dummies". Normalmente servem o propósito de satisfazer a curiosidade de quem quer aprender algo mais sobre determinado tema, de uma forma simples e sem grandes chatices. Só é preciso ler o livro e fica-se logo com umas noções sobre qualquer tema, desde astronomia à arte de fazer cocktails, passando por todo o software possível e imaginário, e vinho. Isto para dizer que acho estas edições bastante úteis para meu enriquecimento pessoal e vai daí… o título do post.
Antes das conclusões que retiro do Relatório Intercalar do SLB, queria só deixar uma nota introdutória para o leitor.
Nota
- Um Balanço representa a estrutura da empresa. O que a empresa tem (ativo), como se financiou para o obter (passivo) e qual o valor investido e acumulado pelos acionistas (capital próprio). Sendo uma demonstração financeira que representa um stock, e não um fluxo de capitais, é menos volátil e demonstra a evolução patrimonial e a dimensão da empresa. É o instrumento contabilístico que mostra como é constituída financeiramente a empresa e qual o equilíbrio das suas contas, sendo que Ativo = Passivo + Capital Próprio.
Dentro do Balanço podemos ver as suas três componentes: o Ativo, o tão falado Passivo e o Capital Próprio. Neste último estão incluídas duas componentes: o capital inicialmente investido pelos acionistas e os resultados acumulados dos períodos anteriores e o do período em análise. Obviamente que se espera que uma empresa saudável apresente um determinado nível de capitais próprios… positivos. E é aqui é que a porca torce o rabo. Já lá vamos.
- A Demonstração de Resultados indica se a empresa obteve lucro ou prejuízo num determinado período. Sendo o espelho de um fluxo de capitais durante um determinado período curto de tempo (normalmente 3, 6, 9 ou 12 meses), é bastante volátil e depende da performance obtida nesse período que tanto pode ser graças a fatores recorrentes (atividade normal) ou a fatores não recorrentes (um evento extraordinário que ocorre ocasionalmente).Dentro da Demonstração de Resultados podemos ver uma rubrica bastante importante: os Resultados Operacionais. São a diferença entre os rendimentos obtidos com o "negócio" e os gastos inerentes à atividade da empresa/SAD. Podemos dizer que é um indicador que nos diz se o "negócio" dá ou não dá lucro por si só. No fundo, diz-nos se a empresa/SAD tem ou não capacidade de gerar lucro apenas com a sua atividade natural, e de manter as portas abertas. No caso das SADs, este resultado é apresentado com a discriminação entre resultados obtidos com e sem os fluxos envolvidos com a transação de atletas. É aqui que a porca torce o rabo… outra vez… Mas já lá vamos.
- A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD divulga as suas contas de forma consolidada. Isso significa que a SAD agrega as contas da empresa-mãe com as suas subsidiárias, de modo a que as contas representem a situação financeira e os resultados das operações do grupo como se de uma única entidade se tratasse, pretendendo apresentar apenas os resultados das operações que as empresas do grupo tiverem com terceiros. Mas nem todas as SADs em Portugal o fazem… Porque será?
O Relatório
Pegando nas citações que considero mais relevantes no Relatório Intercalar do 3ª trimestre 2013/2014 chegamos a algumas conclusões interessantes:
"Este é o primeiro período em que a atividade da Benfica TV é consolidada de forma integral na Benfica SAD"
"O primeiro ano de exploração dos direitos de transmissão televisiva dos jogos de futebol da Liga Zon Sagres diretamente pela Benfica SAD através da sua participada Benfica TV, que permitiu uma melhoria significativa dos rendimentos obtidos nesta área de negócio"
"Os rendimentos operacionais aproximaram-se dos 72,9 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 17,9% (…). Este aumento é essencialmente suportado pelo novo modelo de exploração dos direitos televisivos (…). Desta forma, as receitas de televisão atingiram os 20,2 milhões de euros e passaram a ser a principal fonte de rendimentos do Grupo Benfica SAD, excluindo as transações de atletas."
"O ativo consolidado da Benfica SAD no final do 3º trimestre de 2013/2014 ascende a 416 milhões de euros, valor idêntico ao verificado a 30 de Junho de 2013."
"O passivo consolidado da Benfica SAD registou uma diminuição de 17,1 milhões de euros face a 30 de Junho de 2013, tendo as principais reduções ocorrido nas rubricas de fornecedores e outros credores."
"Os capitais próprios consolidados no período em análise sofreram uma melhoria de 16,5 milhões de euros, essencialmente justificada pelo resultado líquido positivo de 15,8 milhões de euros, (…). Apesar desta melhoria, os capitais próprios consolidados a 31 de Março de 2014 ainda são negativos em cerca de 7,4 milhões de euros, continuando o Conselho de Administração convicto que é possível melhorar de forma faseada os rácios de capitais próprios da Benfica SAD através de uma evolução positiva dos resultados durante os próximos anos, nomeadamente mediante a maximização de receitas operacionais, a presença assídua na Liga dos Campeões, o controlo de custos e a obtenção de ganhos com a alienação de direitos desportivos."- Capitais Próprios negativos. O primeiro real problema, a corrigir a médio prazo. Nesta citação encontra-se a frase que considero ser a mais importante de todo o documento. Para memória, recuem ao último parágrafo e leiam lá outra vez o que está sublinhado se faz favor.
"O resultado operacional consolidado da Benfica SAD no final do 3º trimestre de 2013/2014 ascendeu a 30,5 milhões de euros, o qual foi (…) fortemente impulsionado pelos ganhos gerados com a alienação de direitos de atletas no decorrer do mês de Janeiro de 2014."
"O resultado líquido consolidado no final do 3º trimestre de 2013/2014 ascendeu a 15,8 milhões de euros, o que corresponde a uma melhoria de 115,4% face ao período homólogo, sendo o mesmo justificado pelos resultados positivos obtidos nas transações de atletas."- O que parece ser um aspeto positivo, não o é. Esta dependência na venda de jogadores não pode ser o caminho a seguir. Eis o busílis da questão. Este é, para mim, o principal problema nas contas do Grupo SLB.
"Os gastos operacionais também cresceram face ao período homólogo, tendo aumentado 21,1% e atingido os 75,8 milhões de euros. Esta variação está fortemente relacionada com a inclusão da Benfica TV no perímetro de consolidação da Benfica SAD e com o aumento da massa salarial do futebol profissional."
"Os gastos líquidos de financiamento aproximaram-se dos 14,8 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 2,3 milhões de euros face ao período homólogo. Esta variação é explicada pela redução dos rendimentos e ganhos financeiros provenientes das atualizações de dívidas e pelo aumento dos juros suportados pelo Grupo Benfica SAD."- Numa altura em que se pretende reduzir custos, estes dois aspetos têm claramente que ser corrigidos.
Conclusão
No caso do Benfica, as empresas do Grupo e a Marca do clube têm apesar de tudo, na minha perspetiva, uma dimensão para suportar um Passivo elevado, sendo que por norma quanto maior a dimensão da empresa, maior o seu Balanço. Tal como em tudo na vida, é apenas uma questão de equilíbrio e o problema atual é que o Passivo é excessivo porque os Capitais Próprios são negativos. Porquê? Tal como se pode constatar pelo Balanço apresentado pela SAD, por causa dos resultados e reservas de capital negativas acumulados nos períodos anteriores:
É certo que para crescer tem que haver investimento. Para haver investimento tem que haver dinheiro. Para haver dinheiro, ou se tem fundos próprios ou se pede emprestado. Como não temos, pedimos emprestado e o passivo chegou onde chegou. Mas sinceramente nem é isto que me preocupa, até porque o Passivo é necessário no processo de crescimento de uma empresa. O problema principal nem está na situação atual do Balanço (apesar de desequilibrada), uma vez que seguindo o rumo certo é uma situação reversível a médio prazo. O problema é a forma como LFV e Companhia definem como estratégia para parar com os "Resultados acumulados" negativos e corrigir a situação patrimonial do Grupo Benfica.
Voltando à frase mais importante do documento, o "Conselho de Administração" pensa obter uma "evolução positiva dos resultados durante os próximos anos, nomeadamente mediante a maximização de receitas operacionais". Em tempos de austeridade e fair-play financeiro, é mais do que óbvio que o controlo de custos é uma necessidade, mas a dependência de uma "presença assídua na Liga dos Campeões" e a necessidade de "obtenção de ganhos com a alienação de direitos desportivos" é declaradamente o que guia a SAD. É aqui que entra a minha preocupação.
Como podem ver, a dependência nota-se na Demonstração de Resultados, com a descriminação dos Resultados Operacionais com e sem atletas:
Só com a venda de jogadores é que os Resultados Operacionais se tornam positivos. Sem a transação de atletas é como se o "negócio" desse prejuízo e o Benfica teria que fechar portas mais cedo ou mais tarde. Desculpem, mas recuso-me a admitir que a venda de atletas faça parte do negócio natural do Grupo Benfica. Deveria ser explorado ao máximo e ser um dos objetivos (como é atualmente) da Direção e da equipa técnica, mas sempre encarado como mais-valia e não como uma parte da atividade do clube. O clube tem que ser sustentável, e só o será sem esse tipo de dependência. Ao tornar as transações de atletas "negócio" do clube, estaremos apenas a ser um clube de passagem para empresário usar para proveito próprio. Não. Eu não quero isso para o Benfica.
A estratégia traçada pela Direção para atingir o equilíbrio das contas não é, assim, a mais correta. Obviamente que é uma via (seguida não só pelo Benfica como também pelo SCP e principalmente pelo FCP) para atingir o fim pretendido. Mas se até aqui temos tido um treinador capaz de valorizar ativos e vendê-los ao ponto de conseguirmos ter resultados operacionais positivos, o que vai acontecer quando isso não acontecer? E se quem suceder a JJ não o conseguir fazer e voltarmos ao insucesso desportivo? É óbvio que as contas se irão agravar… Daí que para mim o caminho deve ser outro: diminuir os gastos operacionais através da redução dos custos com pessoal (ao contrário do que aconteceu neste período) e potenciar a marca Benfica de forma aumentar os rendimentos operacionais. Para isso, alguns passos até já foram dados: a Benfica TV e a campanha de angariação de sócios são disso exemplo, mas há um longo caminho a percorrer. Não vou aqui discutir estratégia, mas digo claramente que EU não concordo com esta Champions-dependência e mercado-dependência que urge corrigir.
É minha convicção que em Portugal só o Benfica tem a capacidade de o fazer. A questão é que a nossa Direção elegeu esta mesma dependência como estratégia para dar a volta ao desequilíbrio das contas. Temos tido algum sucesso recentemente, mas… até quando?
Tambem concordo que nao poderemos estar sempre na dependencia da venda de jogadores e,por isso mesmo venho dar uma achega à falta de benfiquismo que os de Lisboa manifestam em relaçao a sua(falta)de presença maciça quer nos nossos pavilhoes,quer no estadio. Eu nao entendo como num universo de(penso eu) 1 ou 2 milhoes de bfas.de Lisboa e periferia,continuo a ver os mesmos as moscas e o proprio estado com capacidade para 65.ooo pessoa terem assistencias de meia-casa e menos. Como e possivel nao se arranjar num tao propalado universo de milhoes 65.ooo pessoas em todos os jogos(era o minimo) e 5.ooo para os pavilhoes!!!! E pena chegar a esta triste conclusao mas a realidade e esta. A nossa casa so enchia quando dezenas de milhares de befas.com grandes sacrificios largavam tudo para percorrer 600 kms. e mais ,semanalmente,para preencher com o seu unico e verdadeiro entusiasmo o nosso grande estadio da luz(antigo). Sou desse tempo pois ia anos a fio para Lisboa e principalmemte na era Erickson em que acompanhei todos os jogos dentro e fora do País. Era estrondosa a romaria que faziamos por essa estrada abaixo... Acho vergonhosa a ausencia de adeptos nos nossos recintos desportivos e lamento dizer isto. Ja nao ha benfiquistas como antigamente... DOMINGOS VIEIRA
ResponderEliminarConcordo que a ausência de adeptos é preocupante, mas a realidade atual também é outra. Na era Erickson acreditava-se que o futebol era apenas um desporto que despertava paixões. Agora, infelizmente, é um negócio. E descredibilizado, graças à corrupção que está à vista de todos.
EliminarA realidade é com mais ou menos espectadores, com títulos ou sem títulos o Benfica continua época após época a ser o recordista de assistências da 1 Liga de Futebol quer na Luz, quer fora e um verdadeiro abono de família para 97% dos clubes da 1 Liga. Nas modalidades é muito semelhante. Agora quando falamos nos tempos de Ericksson e os de hoje; nao podemos esquecer que nessa altura era raro o jogo que era televisionado, quem queria ver futebol ia ao estádio; hoje é o que se sabe. Eu por e emplo que joguei a nível federado com cartão AFL, e vivendo em Lisboa, nos anos 80 nao havia jogo que nao fosse ver á Luz, Alvalade, Belém, Amoreira e até na Tapadinba, quando era caso disso; via os jogos dos três grandes, como via por ex. um Estoril vs Espinho... e as bancadas estavam sempre ou quase sempre cheias... a excepção era os jogos em Belém, que só mesmo com o Benfica faziam boa casa.
EliminarJoao Tomé
Caro Zhora,
ResponderEliminarAcho que os problemas "operacionais" que apontaste resultam do enorme desiquilíbrio estrutural do Balanço. Aí é onde está o cerne da questão!
Os dois grandes equívocos:
- 300M de dívida... Com um custo médio de quase 8%... O que resulta num encargo anual na ordem dos 25M! Ou seja o BES é o nosso Cristiano Ronaldo... Não marca tantos golos, mas o custo é semelhante...
Claro que fez sentido financiar uma estrutura de longo prazo - estádio - com dívida... O que se seguiu é que foi um total descalabro. Nas empresas normais, que têm nos seus objectivos a obtenção de lucro, a existência de dívida optimiza a estrutura de capital, financiando a actividade e potenciando a remuneração do accionista...
No futebol, numa SAD, o objectivo nunca deverá ser o lucro (acho que nenhum accionista da SAD está à espera de um dia vir a receber dividendos por exemplo), mas sim a obtenção de sucesso desportivo... Aliás nesta indústria os únicos que "lucram" são os artistas (jogadores e treinadores) e, infelizmente, os parasitas (empresários e dirigentes sem escrúpulos). Esta equação de financiamento e optimização da estrutura de capital nunca se deverá aplicar!
Há que rapidamente fazer um plano de redução de dívida para evitar que este volume enorme de recursos que são desviados do core business (futebol, modalidades, impacto social...) se agrave.
- os activos (intangíveis) - sempre que se fala em passivo (que é sobretudo dívida) somos confrontados com o outro lado - "Ah, mas o nosso activo de jogadores (e consequentes vendas) é muito superior". Para mim os jogadores sempre serão atletas nunca "activos"! São atletas com a responsabilidade de entregarem emoção e de entretenimento aos adeptos e apreciadores do desporto.
Quanto é que valerá o Messi daqui a 10 anos ou quanto é que valerá o Cristiano Ronaldo daqui a 7 anos?
Esta dinâmica de "jogadores como activos" tem o reverso da medalha que é a necessidade de fazer amortizações o que também agrava o défice operacional...
Com todos estes desiquilíbrios as vendas de "activos" acabam por ser uma inevitabilidade desta enorme sequência de equívocos!
Um abraço,
Tiago
Você consegue ver as coisas ao contrário homem, ou como se diz, coloca a carroça à frente dos bois. A culpa dos resultados operacionais negativos é dos custos financeiros quando estes nem entram nos custos operacionais? Sem o passivo não tínhamos receitas operacionais, já pensou nisso?
EliminarCompanheiro...
EliminarNão deves perceber muito deste assunto, mas eu vou ensinar-te!
Começando pelo fim... Queres dizer que o passivo é que dá receitas operacionais... Brilhante como ninguém tinha pensado nisso!! És um génio!! De facto os benfiquistas pagam quotas, compram red passes, compram merchandising, subscrevem a Benfica TV por causa do passivo...
Onde é que eu associei os custos com juros aos custos operacionais? Lê melhor... O que é dito é que a existência de uma pesada factura financeira desvia recursos do core business - como deves saber custos operacionais e custos financeiros são custos recorrentes e consomem a mesma base de recursos... Tudo isto é um sistema de vasos comunicantes!
Um abraço,
Tiago
PS: Um simples "Obrigado" como resposta é suficiente
Quem tem de agradecer és tu. Se o Benfica não se tivesse endividado e construído o estádio, centro de treinos, criado a BTV, o Museu e investido na equipa de futebol, para isso é necessário dinheiro que o Benfica não tinha, não tínhamos nem metade dos proveitos Operacionais que temos actualmente.
EliminarSabes o que são Centros de Proveitos? E sabes como se conseguem? Com aquilo que se compram os melões.
Se os benfiquistas pagam tudo isso é porque existe uma razão para isso. Essa razão custa dinheiro, muito dinheiro.
Percebes tudo ou queres cortado às fatias?
Ok... Estou a ver que precisas de um desenho... Vou fazê-lo!
EliminarComo é que explicas o sucesso do Barcelona nos últimos 10 anos...
Ganharam tudo!
Reduziram o nível de dívida!
Multiplicaram os proveitos operacionais por 4 e são hoje a 2a equipa com maior facturação do mundo...
Não fizeram um novo estádio...
Não fizeram um centro de estágios...
Não têm um modelo de TV como o nosso...
Existem outros exemplos, mas o do Barcelona é o mais evidente... (e eu até sou daqueles que têm uma certa urticária a catalães)
Não terá a evolução do nível de proveitos do Benfica, Barcelona e outros um denominador comum?
Não terá esta evolução que ver com a dinamização generalizada do mercado de entretenimento!
Se queres outros exemplos fora do futebol... Olha para os níveis de facturação de uma tournée de um grande artista (Stones, Springsteen, U2, Madonna...) nos anos 90 e nos dias de hoje. É uma diferença abissal!
Eu até concordo com algum do investimento que foi feito... Agora o "modelo de negócio" que hoje vigora está errado!
Há que parar, pensar e planear... Esta crença cega no messias Vieira e seus muchachos é um absoluto disparate!! Há que valorizar o positivo, mas também há que ter um espírito crítico e apontar as falhas... (que a meu ver no caso do "modelo de negócio" são enormes)
Um abraço,
Tiago
Lê o comentário em baixo do Benfica Eagle e aprende! Está lá tudo bem explicado!
EliminarTiago, a única coisa que não concordo contigo é quando dizes que "os problemas operacionais que apontaste resultam do enorme desiquilíbrio estrutural do Balanço". Isto porque os Resultados Operacionais influenciam em cada período o Resultado Líquido e só depois é que esse resultado se reflete no Balanço, e não ao contrário.
EliminarA questão que levantas acerca do passe dos atletas ser considerado como ativo é interessante... post a explorar no futuro. ;)
Abraço
Caro Zhora,
EliminarEstamos de acordo! Claramente foi o passado de défice operacional trouxe-nos ao ponto em que estamos hoje.
O que eu tentei sublinhar é que o presente e o futuro são muito mais condicionados por essa "herança" do que propriamente pela "gestão actual". (os dois grandes desiquilíbrios têm um peso enorme na operação). O Benfica está claramente num colete de forças... Há que pensar o futuro e desenhar um Benfica à luz da sua dimensão e das suas possibilidades!
Caro Diáconos,
O exercício do Benfica Eagle tem algum valor, mas na minha opinião é intelectualmente desonesto... Vejamos lá... Vou falar apenas de alguns "investimentos" em atletas da linha defensiva que não constam da lista: Roberto, Mika, Júlio César, Patric, Schaffer, Sidney, Luisinho, Cortez, Emerson, César Peixoto, Carole, Fábio Faria... 12 nomes assim só de cabeça... Se a "estratégia" é assim tão boa porque é que desde o Coentrão não conseguimos ter um defesa esquerdo durante mais de uma época?
Um abraço,
Tiago
Caro Tiago, chamar ao Benfica Eagle e ao que ele escreveu desonesto é uma filha da partisse de dimensões estratosféricas. Só uma pessoa muito ignorante - o desequilíbrio está aqui - em questões económicas relacionadas com empresas pode fazer uma afirmação dessas. Você não faz a mais pequena ideia do que fala e devia deixar estas questões para quem sabe mais e dedicar-se à pesca agora que o verão vai chegar.
EliminarQuanto aos jogadores de que fala, diga-me uma coisa, toda a gente comete erros e se engana, até Deus o faz, é impossível acertar sempre. E o meu amigo com tantas pretensões a especialista que tem devia ser o primeiro a saber. Há uma curva de experiência e de "know-how" que toda a gente em cargos de decisão tem de percorrer. Mas se calhar também nunca ouviu falar nisso.
Caro Diácono,
Eliminar1 - Não fiz nenhum comentário em relação à personalidade do Benfica Eagle. Apenas afirmei e justifiquei que a sua análise estava ferida de uma evidente desonestidade intelectual por só olhar para o "bom" investimento. Não aceito análises enviesadas e facciosas. Recorrendo a factos encontrei 12 flops na linha defensiva... Se incluíssemos médios, extremos e avançados iríamos certamente engordar bastante a contagem!
2 - Não lhe mostro o meu CV para não o envergonhar...
3 - Não tenho jeito para a pesca... Gosto de perseguir um objectivo e não de ficar à espera que o "objectivo" venha ter comigo e morda o meu anzol...
4 - Como já disse nem todo o investimento é mau e também aceito que se erre, agora não deveremos ficar confinados ao status quo e não pensar que possam existir outras soluções. Como já expliquei em detalhe anteriormente o actual modelo está profundamente errado e é urgente repensá-lo!
Um abraço,
Tiago
"Não lhe mostro o meu CV para não o envergonhar…"
EliminarOutro funcionário público. Oh! Valha-me Deus! Só nos faltava esta!
Enfim... Zero de argumentos, zero de factos, zero em opinião própria, zero em visão estratégica...
EliminarComo se ouvia há uns anos nos intervalos na luz... 15-0!!
Companheiro, já pensou que é muito melhor para si próprio retirar-se do "debate" (para o qual tem dado zero de contributo). Segundo as regras da FIFA a falta de comparência dá uma derrota de 3-0 o que é bastante lisonjeiro face aos 15-0 a que estamos a assistir!
... e 3-0 sempre é um quinto de derrota em comparação com um 15-0! (tivemos que fazer uma reunião magna aqui na repartição para chegar a esta conclusão - foi o Zeca cuja única função é carimbar impressos quem fez a conta primeiro... ;))
Sabia que os funcionários públicos são em média muito mais qualificados que os funcionários do sector privado?
Estamos perante um claro caso de "cada tiro cada melro"...
Keep digging!!
Um abraço,
Tiago
A sua análise está eminentemente correcta, mas, e repito mas, teremos que ter sempre atenção a dois aspectos:
ResponderEliminarUm: Os elevados investimentos não duram para sempre. Ou seja, a BenficaTV, o centro de estágio, ETC. Já tiveram o maior investimento. De agora em diante é mais manutenção, melhoramento e exploração. Pelo que, os custos terão tendência a manter-se ou diminuir.
Dois: O nosso campeonato será sempre um campeonato secundário, quer queiramos quer não. E, grande parte dos grandes jogadores, quererão ir jogar num campeonato maior. Por isso a questão é: Seremos nós a fazer a ponte? Ou serão os corruptos e/ou os pepinos?
Assim, penso que a estratégia terá sempre que passar por um misto de formação e prospecção para futura venda. E quanto melhor nós formos nisso, pior para os adversários.
Grande abraço e Saudações Gloriosas.
Tens razão. É realmente preciso encontrar um equilibrio entre a formação (para baixar custos com salarios e transações com atletas) e prospeção. E estamos a melhorar nesse aspeto.
EliminarQuanto à compra-valorização-venda de jogadores, eu sou totalmente a favor e elogio o JJ pelo seu trabalho, MAS não pode ser essa a estratégia base. O que eu critico é apenas a dependência da Champions e da venda de jogadores, pois acho que o Benfica tem potencial para desenvolver a sua atividade sem estar dependente do mercado para ter resultados positivos.
Abraço!
90% do texto é retirado de um qualquer livro "for Dummies". Nada de novo portanto.
ResponderEliminarQuanto ao resto denota um pouco muito de miopia. O Benfica irá ser sempre um clube vendedor. E quanto mais competente for no scouting e na formação de jogadores mais vendedor será e quanto a isso nada poderá fazer. Porquê? Porque enquanto houver clubes mais ricos do que o Benfica, com poder de compra superior, que joguem num campeonato mais atrativo os jogadores por um lado mais tarde ou mais irão querer dar o salto e por outro não podemos impedir que esses clubes mais ricos aliciem os nossos melhores jogadores. Isto não é uma ditadura em que os outros têm de fazer como nós queremos e desejamos
Por isso, culpar a direcção de uma coisa de que ela não tem a culpa, a não ser o de ser competente, não é propriamente uma coisa inteligente, mas neste blogue já estamos habituados a barbaridades até maiores.
A melhor coisa é tentar viver com isso, aceitar a realidade e tirar o maior e melhor proveito dela. E é o que a direcção tem feito.
Eh lá!!! Que grande elogio!! Não estava nada à espera que um texto que escrevi de raíz tivesse a qualidade para ser confundido com uma edição "for Dummies"!!
EliminarObrigado!!
Quanto à Direção aproveitar a realidade atual, seria obviamente uma burrice não o fazer. Mas daí a declarar que essa é a estratégia a seguir... talvez não seja muito competente, tendo em conta que agora temos as condições de mercado propicias aos sucessos que temos tido (com o mérito do JJ), mas e depois? Quando não houver milhões disponíveis no mercado? Quando não houver JJ??
E quando o mundo acabar como é que vai ser? Quem é que se vai ocupar do formação e do scouting? Qual será a melhor estratégia a seguir? É uma questão que me preocupa muito actualmente e que não me deixa dormir.
EliminarBem, quando o mundo acabar temos que nos mudar para Marte…
EliminarO teu problema não é a falta de sono. É só teres visão para o presente. Deixa-me adivinhar: “quando lá chegarmos logo vemos!” é a estratégia a seguir, certo?? Visão curta essa…
Bravo, brilhante análise.
ResponderEliminarNa minha opinião esta será uma estratégia que deve ser seguida mais um ano para garantir o bicampeonato.
Depois disso urge corrigir gradualmente a estratégia. Nada de mudanças radicais mas apenas um gradual ajustamento nos custos e reduzir a dependência financeira do clube da transacção de atletas (embora uma dependência da presença na Liga dos Campeões não me pareça preocupante porque é onde o Benfica tem que estar todos os anos de qualquer das formas).
Outro factor que assume crucial importância será que avance um candidato apoiado pelo Benfica para a Presidência da Liga de Clubes de forma a combater a centralização dos direitos televisivos na Liga porque isso poderá deitar por terra muito do trabalho feito até hoje.
Obrigado! :)
Eliminar100% de acordo com o teu comentário.
Excelente análise. De quem sabe, serene e não o que vemos por ai, do Passivo X e Y!
ResponderEliminarObrigado! :)
EliminarExcelente texto. Discordo, no entanto, da afirmação "com o mal dos outros posso eu bem". Em termos financeiros, o Benfica deve ser comparado com os seus rivais, uma vez que é com estes que compete. Não deve ser comparado com empresas de TI, industriais, distribuição, nada disso.
ResponderEliminarO objectivo da gestão financeira do Benfica não é apresentar lucros, distribuir dividendos ou ter rácios muito bons. Ao Benfica, exige-se apenas uma situação financeira que permita ser a equipa mais competitiva em termos desportivos. E para isto, nós não precisamos de ser um poço de solidez financeira, precisamos só de ser mais sólidos que os nossos rivais.
Obviamente que ninguém compra ações do Benfica à espera de dividendos, mas o problema aqui é a estratégia que foi eleita pela Direção para tornar as nossas finanças sólidas. Temos que ser capazes de ser imunes à dependência do mercado, e se há clube em Portugal com dimensão e potencial para o fazer é o Benfica! Temos que ser capazes de ser competitivos e sustentáveis. Quanto aos outros, o que quis dizer com isso foi que nós temos que resolver os nossos problemas. Eles que resolvam os deles!
EliminarExcelente análise a do Francisco Bexiga.
ResponderEliminarConcordo totalmemte
O objectivo do SLBenfica é ganhar campeonatos, não é apresentar lucros (também está no ReC este comentário). Claro que não convém dar prejuízos. De qualquer forma, uma estratégia não se analisa num periodo fechado, analisa-se como uma evolução temporal. Para isso, é necessário verificar onde estava o SLB e onde está agora para perceber se a estratégia foi ou não correcta e se é a ideal para o futuro. Assi, estaticamente, sem análise temporal para poder extrapolar, não serve de muito. No entanto, tirando essa parte, a análise estática está correcta. Estrategicamente, pelo que analiso da evolução das contas, também foi correcta, porque nos tirou de uma situação muito mas muito pior do que esta. Podemos todos discutir a estratégia futura, mas não há uma correcta, há sempre várias, e como há muitas variavéis, não se pode ser leviano a considerá-las. O Benfica tem uma vantagem competitiva e está a usá-la. Os outros dois estão ou estiveram a usar a mesma estratégia, mas sem essa VC não estão a ter sucesso e por isso estão muito piores que nós. Se conseguirmos manter a VC, os títulos continuarão, a situação financeira estará mantida, e os outros piorarão cada vez mais. Julgo que será esta a estratégia que está a ser seguida. E com resultados. Irá ser invertida, mas não ainda.
ResponderEliminarQual era a situação "pior" em que estávamos? A que Damásio deixou a Vale e Azevedo ou a que Vale e Azevedo deixou a Vilarinho? Ou a que Vilarinho deixou a Vieira?
EliminarEu não analisei a estratégia num período fechado. As palavras da Direção são bem claras:
Eliminar"evolução positiva dos resultados DURANTE OS PRÓXIMOS ANOS, nomeadamente mediante a maximização de receitas operacionais, a presença assídua na Liga dos Campeões, o controlo de custos e a obtenção de ganhos com a alienação de direitos desportivos."
Estão a contar com o ovo no cu da galinha... Está errado. E quando não houver quem compre ao preço que queremos/precisamos vender? E se o treinador que se seguir não souber valorizar os jogadores como o faz JJ?
Riccardo Zhora, agradeço o teu comentário, relativamente aos posts que escrevi.
ResponderEliminarRelativamente a algumas das sugestões que foram dadas deverei fazer alguns apontamentos:
A Benfica SAD investiu 248M€ de investimentos tangíveis (terrenos, estádio, galeria comercial, centro de estágio, museu, etc).
Além disso investiu mais 195M€ em investimentos intangíveis (jogadores 169M€, utilização da marca 16M€, direitos televisivos 10M€)
Foram mais de 440M€ de investimentos, que originou o tal aumento de passivo (financiamento).
O problema da SAD nos últimas épocas foram os prejuízos acumulados que cobriram o Capital Social investido pelos sócios 115M€), mas mesmo aí existe um esclarecimento importante.
O Benfica já amortizou 84M€ em investimentos intangíveis e 92M€ em investimentos tangíveis. Será que esses investimentos desvalorizaram 170M€??? Creio que não. No mínimo, as infraestruturas e os jogadores, marca, etc valem actualmente o valor de custo ou até mais do que isso. Bastava uma reavaliação dos investimentos para ficarmos com um capital próprio a rondar os 170M€.
Quanto à política de investimentos nas infraestruturas, cerca de 250M€ foi muito dinheiro, mas a realidade é que permitiram aumentos consideráveis de receitas.
Após esse investimento, era dificil de entender que o Benfica investisse 250M€ em infraestruturas e no plantel só investisse 50M€. Desde há muitos anos que fui um grande defensor de que o Benfica deveria investir no plantel o mesmo que investiu no Estádio da Luz (cerca de 160M€). Que adianta ter uma boa sala de espetáculos se depois os intervenientes fossem de pouca qualidade? Se nos lembrarmos, já o treinador Camacho defendia isso mesmo, quando passou pelo Benfica.
No entanto, para quem se lembra, sempre defendi que o investimento em jogadores deveria passar pela contratação dos maiores talentos jovens do futebol mundial, política que veio a ser implementada desde há +- 5 anos. Se contratamos talentos mundiais é normal que o Benfica só os consiga segurar 2 ou 3 anos no máximo. Os "pernetas" ninguém os quer. Naturalmente que os colossos começaram a comprar os nossos craques.
GR Oblak
DD Maxi
DC David Luiz - Ezequiel Garay - Contratação
DC Luisão
DE Fábio Coentrão - … - Siqueira - Contratação
MDC Javi Garcia - Matic - Fejsa
MC Witsel - Enzo - Contratação
MAD Ramires - Salvio
MAE Di Maria - Nico Gaitan - Markovic
AC Cardozo - Rodrigo - Contratação
AC Lima
A arte e o engenho não está na venda, mas sim na correcta substituição por novos craques. E é aqui que a prospecção de Rui Costa e a potenciação de Jorge Jesus me tem deixado descansado quanto a esse aspecto.
Para nós seguirmos uma política como a defendida no teu post, isso significaria que o nosso orçamento baixava de 160M€/Ano para 90M€/Ano. Ou seja, poupávamos 10M€ em juros, 30M€ em investimento anual em jogadores, 30M€ em salários anuais. Assim não precisávamos de vender jogadores.
O problema é que apenas teríamos 10M€/Ano para contratações e 20M€/Ano para salários. Teríamos uma política à Sporting, com um plantel banal, e com os resultados que se têm verificado nesse clube nos últimos 10 anos.
Continuo a preferir a politica de aposta nos jovens talentos mundiais, sendo que a partir de agora já não precisaremos de contratar tanto nos próximos anos porque começamos a ter uma das melhores formações do mundo ;)
Abraço
100% de acordo. E serve de resposta também ao "especialista" anónimo-Tiago acima.
EliminarCompletamente de acordo. Quem defende a contenção nas vendas parece não perceber que isso significaria não comprar com a qualidade que temos comprado, para depois valorizar.
EliminarÉ evidente que, nalguns momentos, se comprou demais e nem sempre bem. Aí poderia haver alguma cuidado e poderíamos diminuir o investimento, mas vender temos de vender sempre, para poder comprar depois.
Poderia haver alternativas a isto? Seguramente. A política comercial não tem sido a melhor, se pensarmos que o estádio, tantas vezes, pouco mais tem que meia lotação. Podemos aumentar o número de assinantes da Benfica TV e de sócios? Seguramente, no primeiro caso, talvez menos no segundo. De qualquer modo, o sucesso nestas duas estratégias passará sempre por manter uma equipa competitiva e isso significa comprar bem e vender melhor!
Gostava de fazer um pergunta ao Benfica Eagle que muito anti gosta de atirar à cara dos benfiquistas. A Benfica Clube não está consolidada no grupo porquê? Ea Benfica SGPS? O passivo total sofreria diferença?
EliminarBenfica Eagle, o teu comentário não é feito por dummy for dummies...
EliminarEu queria apenas acrescentar 2 pontos:
a) É importante não só apostar nos jogadores portugueses, formados no Benfica, haja qualidade para isso, como também fazer um esforço adicional para manter alguns desses jogadores portugueses durante mais anos do que as jovens promessas estrangeiras. A tal mística depende disso. Um Luisão hoje sabe o que é o Benfica. Mas, quando chegou não sabia. Preferencialmente, alguns dos jogadores portugueses deve permanecer no Benfica toda a carreira.
b) É preciso que haja mais qualidade no scouting e na contratação de jogadores. Gosto do Rui Costa. Gosto do Jorge Jesus. Mas, não sabemos tudo. E podemos melhorar, melhorar, melhorar. O Rafa estava referenciado pelo Norton de Matos antes de ir para o Braga. agora, fala-se que será contratado pelo Benfica. Faz circular dinheiro. Mas, vejo aqui margem para trabalhar melhor.
João Carvalho, o grupo empresarial é que tem de consolidar no Benfica Clube, e o Benfica faz isso mesmo ;)
EliminarA SGPS também está consolidada no Benfica Clube.
O passivo sofreria pouca alteração porque 90% dos activos e passivos do Benfica estão na SAD.
No Sporting é diferente, 50% do passivo está na SAD (+250M€), 25% do passivo está na SGPS (+ de 150M€) e 25% está na Sporting Património e Marketing (+ de 150M€)
A SAD do Benfica tem 423M€ de passivo e a SGPS 40M€, mas estes 40M€ estão relacionados com um empréstimo da SAD à SGPS. Além de que a SAD do Benfica tem a situação equilibrada. O Sporting, só na SAD tem mais de 100M€ de capitais próprios negativos.
As 2 situações não têm comparação ;)
Cumprimentos
Rui Soares,
EliminarConcordo que devemos apostar mais na formação do Benfica, e que se deve fazer um esforço para os manter o mais tempo possível, no entanto se esses jovens forem de TOP o Benfica dificilmente os aguenta mais do que 2 ou 3 anos como titulares. Facilmente um clube dos maiores países oferece salários de 5M€ brutos ou até mais, algo que o Benfica não consegue pagar e tem de o vender por uma pipa de massa.
Quanto ao scuting concordo que deve existir melhor scouting. Nos últimos 2 anos houve algum descontrolo no scouting de reforços para a equipa B, bem como na equipa A existiram algumas operações que não correram lá muito bem. No entanto, constato que cada vez se tem falhado menos, o que é um bom sinal.
Cumprimentos
Benfica Eagle, eu não estou nada contra o que se tem feito nos últimos 5 anos, como referes. O que eu acho é que quando não houver JJ para valorizar jogadores e quando não houver quem estiver disposto a pagar o que precisamos na venda dos nossos jogadores, aí... vamos penar! Para precaver esse cenário (começando pela EVENTUAL saída do JJ no final desta época) é que eu acho que a estratégia FUTURA não pode ser mercado-dependente. Essa é a crítica que faço à Direção. Que eles tenham aproveitado o JJ e a procura dos nossos jogadores, acho muito bem. Agora anunciar ao mundo que estamos a contar com as receitas da Champions e da venda de jogadores para endireitar as finanças no futuro???? Não concordo. Temos e devemos aproveitar o potencial do Benfica para criar condições financeiras estruturais para ter alguma imunidade ao mercado.
EliminarAbraço
Rui Costa dá-me garantias na prospecção.
EliminarToda a estrutura dá-me garantias na formação.
O Treinador pós-Jorge Jesus, que espero que só surja daqui a vários anos, terá de ser também um treinador que tenha sucesso desportivo, aposte nos jovens talentos... porque a visibilidade nas competições europeias, títulos desportivos e presenças nas selecções nacionais é que valorizam os jovens talentos mundiais.
Benfica Eagle,
EliminarEstou globalmente de acordo com a sua opinião.
De facto face à situação financeira actual não há muitas alternativas viáveis. Contudo se não tenho dúvidas que o investimento realizado era necessário, já não estou seguro que todo ele esteja a ter o retorno esperado e devido. Tanto mais que os custos financeiros subiram muito depois de 2009 e tal como alguém alertou a estrutura de capitais está muito desequilibrada. A dívida sendo gerível tem um peso excessivo.
A estratégia enunciada para além de comportar algum risco, tem contudo um problema. O mercado de clubes compradores de jogadores com talento comprovado e que tem capacidade financeira para os adquirir, é constituído por não mais de 15 clubes a nível europeu. Já o mercado vendedor, dos clubes que adoptaram estratégias idênticas à do Benfica é muito mais numeroso. E estes clubes sabe que para vender os jogadores que formam e fazem evoluir, tem de estar presente nas fases finais das competições Europeias. De outro modo dificilmente realizam mais valias significativas nas suas vendas. Ora este requisito exige que o clube mantenha um investimento anual significativo na compra de jovens talentos (ex: Markovic) e que uma parte das mais valias sejam reinvestidas.
Ninguém aqui referiu, mas eu penso que existe outras áreas onde o clube pode maximizar receitas e de forma muito significativa. Uma delas é sem sombra de dúvida o projecto BenficaTV (BTV). Ver o nível de receitas e sofisticação que as plataformas online desenvolvidas pelos clubes da NBA nos USA, o Benfica tendo como base a sua enorme massa de adeptos e simpatizantes em Portigal e em todo o Mundo, pode potenciar e muito as receitas da BTV (no pay per view, pela publicidade, venda online de merchandising, venda de passes para determinadas competições, etc.) só que tem que alargar as emissões em streaming e apostar na melhoria dos conteúdos dos 4 canais actuais da BTV, que no meu entender são pouco interessantes. Um projecto de BTV multimédia com difusão por streaming, além do cabo, concebida como uma plataforma de inteacção com sócios e simpatizantes em todo o mundo e com um bom plano e gestão de marketing pode ir além dos 400.000 subscritores e atingir receitas de mais de 60 milhões anuais. Talvez fosse necessário é contratar know how especializado, sobretudo na gestão de plataformas digitais multimedia e no marketing digital, que julgo não existir no clube actualmente.
Não conheço o projecto BTV e como ele está previsto desenvolver-se, pelo que pode acontecer que tudo isto esteja já previsto. Se assim for tanto melhor. Mas acho que não se podem dar por satisfeitos com o sucesso já alcançado com o projecto, porque entendo que ele tem um potencial muito grande, ainda por explorar.
Cumprimentos,
Joaquim Moura
EliminarConcordo com a sua opinião e com a importância da Benfica TV ao nível da estabilização financeira do Benfica, além dos patrocínios e namings que precisam de ser revistos em alta.
Cumprimentos
Benfica Eagle:
Eliminar“Rui Costa dá-me garantias na prospecção.” Concordo
“Toda a estrutura dá-me garantias na formação.” Também concordo
“O Treinador pós-Jorge Jesus…” Neste tema existe incerteza. Que tenha que ter as características que referes, também concordo, mas será que vai ter? Dizes que “terá que ter”, mas não tens essa garantia… Muitos passaram por lá e não tinham essas mesmas características.
Além disso, esqueceste de um pormenor muito importante: o mercado. Quem te garante que daqui a 3 anos vais ter clubes dispostos a pagar o que precisamos para manter as contas equilibradas?
Quanto ao mercado haverá sempre interesse.
EliminarAgora facturamos 130M€/Ano e os colossos 300M€ a 600M€/Ano (sem venda de jogadores).
Em menos de 10 anos teremos 250M€/Ano e os colossos 600M€ a >1.000M€/Ano (sem venda de jogadores).
Naturalmente que o valor das transferências continuará a aumentar por via das receitas normais.
Além disso os mercados russos, turco e ucraniano continuarão a investir e irão ter mais poder de "compra".
Por outro lado, outros magnatas poderão surgir a comprar clubes europeus. Só nos últimos anos foram o Chelsea, Man. City, PSG, Mónaco, Valência ...
A dúvida é mesmo o pós-Jorge Jesus. Espero que isso só aconteça daqui a vários anos e nessa altura se contrate outro vencedor e potenciador de jogadores.
Abraço
"recuso-me a admitir que a venda de atletas faça parte do negócio natural do Grupo Benfica. Deveria ser explorado ao máximo e ser um dos objetivos (como é atualmente) da Direção e da equipa técnica, mas sempre encarado como mais-valia e não como uma parte da atividade do clube. "
ResponderEliminarClap, clap, clap.
E quando é que cresces, pá!
EliminarQue a realidade económica do Benfica no contexto competitivo actual, não te atinja eu percebo!
Que a realidade económica do teu país te permita dizer disparates, só significa que ou não vives neste país, ou positivamente a tua realidade económica te permite estares a cagar para tudo e para todos!
Se um dia estiveres aflito grita pelas gajas, talvez alguma te faça uma festinha na carapinha, e te trate por menino!
RMC
"recuso-me a admitir que a venda de atletas faça parte do negócio natural do Grupo Benfica. Deveria ser explorado ao máximo e ser um dos objetivos (como é atualmente) da Direção e da equipa técnica, mas sempre encarado como mais-valia e não como uma parte da atividade do clube. "
EliminarClap, clap, clap.
:)
EliminarTiro o meu chapéu de "dummie" , quer ao postador, quer aos comentadores de "boa vontade"!
ResponderEliminarE à discussão sã dos assuntos (que não só os do pontapé na chincha) importantes para o Glorioso!
Ou como dizia um famoso cantor: "O que faz falta, é esclarecer a malta"!
Obrigado lawrence!
Eliminar" Daí que para mim o caminho deve ser outro: diminuir os gastos operacionais através da redução dos custos com pessoal "
ResponderEliminarJá começaram a fazê-lo não aceitando as exigências financeiras do Siqueira . 7M por 50% ou 10M por 100% e depois mais 2 e tal milhoes de euros por época para o jogador . Epa o SL Benfica não tem capacidade para estes gastos.
Acho que foi bem gerido este negócio. Não podemos cair em maluqueiras por muito bom que fosse o Siqueira.
Todos os anos há um Siqueira, caso não tenhas reparado.. vêm por empréstimo e depois da valorização que o Benfica consegue, não ficam porque ganham muito.. mas não ganhavam quando foram contratados por empréstimo?
EliminarÉ óbvio que o Siqueira é um excelente jogador. O melhor que tivemos desde o Fábio Coentrão. Mas o Siqueira tem 28 anos, quase 29. pagar 10 milhões por 100% do passe (ou 7 por 50%) sem contar com os 4 milhões limpos por época que ele queria para ordenado, é muito dinheiro, praticamente impossível de recuperar dada a sua idade. penso que a SAD agiu muito bem. O benfica não está em condições de entrar em loucuras.
EliminarSim Bruno, mas apesar disso os gastos com a massa salarial aumentou em relação ao período homólogo...
EliminarQuanto ao Siqueira, acho bem não terem cedido. Tenho pena, mas era caro demais.
A massa salarial cresceu devido sobretudo à BTV cujas receitas aumentaram brutalmente. É preciso ler os R&C e perceber o que lá está e não enviar postas de pescada para o ar sem pensar.
Eliminar“É preciso ler os R&C e perceber o que lá está”
EliminarCorreto! Eu diria mais: primeiro é preciso saber ler, e só depois é que se consegue perceber minimamente os R&C. Passo a citar:
“Os gastos operacionais também cresceram face ao período homólogo, tendo aumentado 21,1% e atingido os 75,8 milhões de euros. Esta variação está fortemente relacionada com a inclusão da Benfica TV no perímetro de consolidação da Benfica SAD e com o AUMENTO DA MASSA SALARIAL DO FUTEBOL PROFISSIONAL.”
Está no último parágrafo da página 7 do Relatório Intercalar, se quiseres espreitar…
Exactamente! Foi mesmo isso que eu disse!
EliminarSó que tu estavas a concordar com o Bruno quando este concordava contigo quando dizias que "apesar disso os custos de pessoal tinham aumentado". Naturalmente, qual é a surpresa? Onde é que iríamos colocar os custos da BTV, para debaixo do tapete?
Continuo sem perceber esta paranoia que todos têm (benfiquistas e portistas) com a importancia que as mais valias das vendas de jogadores tem no orçamento. É dinheiro como outro qualquer e deve ser usado.
ResponderEliminarSenao vejamos:
O benfica, tal como o porto sera sempre um clube vendedor - porque os jogadores têm ambiçao que o campeonato portugues nao satifaz. Portanto, se queremos ter Hulks, Di Marias e outros, temos que estar disponiveis para vende-los.
Dessa forma, teremos sempre mais valias.
Agora... o que pretendem todos estes defensores da independencia do clube face as transacçoes de passes?
Que o Benfica tenha custos = proveitos operacionais. Ou seja 70M de proveitos, entao 70 milhoes de orçamento.
Mas... o benfica vende o Enzo... vende o Garay...vende o Rodrigo...(exemplos apenas)
Entao..tera 120M de proveitos e 70 Milhoes de orçamento. Pode entao reduzir passivo em 50Milhoes...
e todos os anos isto repete-se...vai vendendo...vai tendo orçamento = proveitos operacionais... vai reduzindo passivo...até passivo = 0
O que se passa no ano seguinte?
Orçamento = proveitos operacionais... lucro outra vez de 50 Milhoes... entao... capitais proprios a disparar... ou entao... toca a distribuir dividendos (algo nunca visto no futebol)
A isto eu chamaria ma gestao...
1 - porque o passivo é uma ferramenta importante, e esse mito do passivo nulo é estupido (mas tambem nao pode ser tao alto como esta)
2 - porque um orçamento (mais baixo) que ignore as mais valias nao será capaz de suportar os mesmos salarios que o orçamento mais alto e teria que haver um desinvestimento na equipa o que reduz a competitividade dos clubes (e nao...nao se pode cortar apenas nas gorduras...).
Se os clubes deixarem de ter mais valias...entao sim ha que reduzir o orçamento. Mas que raio o porto e benfica todos os anos realizam vendas... e voçes querem que tenham orçamentos mais baixos porque sim (porque no futuro vai ser coiso e tal...). Porque se nao tivessem necessidade de fazer dinheiro, certamente o Matic teria ficado no benfica até o fim da carreira feliz e contente...
Hugo, o que eu critico é apenas a dependência (anunciada pela Direção) da Champions e da venda de jogadores, pois acho que o Benfica tem potencial para desenvolver a sua atividade sem estar dependente do mercado para ter resultados positivos. O resto devia ser extra. Imagina: quando não houver JJ para valorizar jogadores e quando não houver quem estiver disposto a pagar o que precisamos na venda dos nossos jogadores, o que achas que vai acontecer?
EliminarHugo... só uma correção... O Di Maria na verdade saiu do Benfica porque foi ganhar muito mais que ganhava no Benfica, foi para uma liga que é actualmente a segunda melhor do mundo a seguir á inglesa e esta num clube que acabou de ganhar a décima LC... já o Hulk, saiu do Fruta Com Putas, porque foi ganhar muito mais do que ganhava.... não mais que isso... Pois a Liga Russa não tem expressão e o clube Russo também não.
EliminarAnti-Filhos da Fruta
Parabéns. Acho que o texto está bem escrito e é de relativamente fácil compreensão. A análise dos parâmetros contabilísticos poderá ser mais personalizada conforme os conhecimentos de cada um. Como me incluo na categoria dos “dummies” tenho uma percepção “politica” de tudo isto, com base noutras premissas.
ResponderEliminarJá se percebeu que esta máquina Benfica é uma máquina de fazer dinheiro, chamemos-lhe assim. Mas será que sabem que isso foi apresentado aos sócios na AG de Fevereiro de 2001 que aprovou Grupo Empresarial? Que apareceu lá um representante do BES (nessa altura não havia Vieira) a dizer que o “projecto” seria mais ou menos bem sucedido, conforme o “envolvimento” dos sócios do Benfica?
Quem esteve nessa AG deve recordar a intervenção do BES. Quem como eu não esteve, mas patrocinou as providências cautelares contra a constituição do Grupo Empresarial, tem as actas dessa reunião onde está lá tudo escrito.
Quer isto dizer que este Benfica começou em Fevereiro de 2001 onde a figura central da AG dói um representante do BES!
Os “vieiristas” que atacaram este texto podem meter a viola no saco, uma vez que Vieira nada tem que ver com a actual estratégia do Benfica. Vieira é uma espécie de “executor/beneficiário” (haverá outra leitura?) da estratégia que o BES pensou e implementou no Benfica.
De facto não é obrigatório que o Benfica seja uma SAD sistematicamente vendedora de jogadores e dependente dos negócios, sempre volúveis, com aquisição/venda de jogadores. Temos o exemplo do Arsenal, temos o exemplo dos outros grandes clubes vizinhos Barcelona e Real Madrid que não precisam de vender jogadores. Porque razão precisa o Benfica de vender jogadores?
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarEagle 01, Arsenal que factura 300M€/Ano e Barcelona / Real Madrid que facturam 600M€ respectivamente.
EliminarPor isso é que não precisam de "vender jogadores". Acho que isso é óbvio. Esses exemplos não foram lá muito felizes.
Até o Atlético de Madrid, Nápoles e Borussia Dortumund têm de vender jogadores, e para mim esses 3 clubes são dos mais bem geridos na europa (exceptuando Portugal), atendendo às suas dimensões e performances desportivas.
O Benfica este ano irá para uns históricos 130M€ /Ano (sem jogadores), muito longe dos Barcelonas e Reais Madrid's :)
Obrigado eagle01!
EliminarBenfica Eagle, a questão é mesmo essa: aumentar a faturação ao ponto de não ter que estar dependente do mercado. Essa deve ser a estratégia, e não anunciar que vamos depender das receitas da Champions e do mercado...
Daqui a uns anos temos 250M€ de receita anual e o Real Madrid e o Barcelona terão 1.000M€!! Já imaginaste isso?
EliminarO fosso continuará, e os nossos melhores continuarão a sair, só que espero que além da prospecção se aposte também na formação do Benfica, nos próximos anos. Temos muito potencial nas nossas camadas jovens.
Não creio que ninguém "ande" a anunciar nada. Em qualquer estudo da Deloitte, ou outro do género, é fácil perceber que qualquer clube depende muito das receitas televisivas, receitas da champions, etc.
É verdade que “qualquer clube” depende muito das receitas televisivas, receitas da champions, etc., mas também é verdade que “qualquer clube” está a viver acima das suas possibilidades e de forma insustentável, por essa mesma dependência. Como disse, acredito que em Portugal só o Benfica tem a capacidade e o potencial de sair dessa dependência.
EliminarA minha leitura “dummy” indica que é necessário criar receitas para sustentar a máquina Benfica, uma vez que a componente juros pagos ao BES de valor superior a 20 milhões, asfixia outras partes da máquina Benfica, como sejam o Futebol, o tal core-business em torno do qual gira toda a criação de dinheiro/receita. Vender jogadores (desestabilizando a equipa) a par da quotização (25% a partir do ano transacto) e as receitas da Benfica TV visam essencialmente cumprir com os compromissos com o BES (mais de 20 milhões de euros em juros anualmente), o suposto reforço do plantel (não é nada disso, é apenas criar mais despesa, depois uns jogadores progridem, outros não, se o treinador for competente e tiver sorte fica, se não vai embora) e a manutenção da divida financeira nos montantes actuais para, em cada ano, termos um ciclo desta natureza.
ResponderEliminarOu seja: os sócios estão a trabalhar para terceiros, com o BES à cabeça.
Terá sido premeditada a implementação deste modelo de gestão? É minha convicção que sim. Reparemos. O plano é perfeito: com a divida bancária elevada, o BES assegura mais de 20 milhões de juros por ano, Vieira e sua comandita de empresários assegura a rotação de activos, lucrando comissões na venda e na compra (quem sabe?), a comunicação social tem sempre matéria ao longo do ano para as suas 1ªs páginas e programas da treta, e a Direcção do Benfica nunca intervém na defesa dos interesses do clube, porque não é isso que interessa. Por exemplo, percebe-se porque somos tão suaves na crítica ao aparelho da arbitragem (ao contrário de outros) ou somos tão dóceis no apoio a Fernando Gomes, uma vez que quanto mais dificuldades existirem, para o Benfica ser campeão, “melhor”: mais dinheiro roda! Mais lucra o BES, mais lucram os empresários!
Diria que melhor que isto não há. Plano perfeito! Percebem agora porque me refiro tantas vezes ao BESFICA? Enquanto Vieira for presidente do Benfica, não há mínimo interesse em diminuir a divida financeira, nem que seja à custa da competitividade do futebol!
Claro que depois podíamos falar de muitas outras coisas. O estádio que custava “40 milhões garantidamente” mas que custou muito mais (sócios burlados por quem lhes disse isso em AG), o centro do Seixal pago pela CGD (outra tanga) e coisas estranhas como sejam loteamentos nos terrenos do Seixal (ver noticias que dão conta do volume a edificar aprovado pela Câmara do Seixal) que a existirem teriam de gerar recita (milhões) para o Clube.
O BES é só uma fachada para os marcianos... Á verdade é que isto tudo faz parte duma conspiração maior: uma invasão do planeta Terra pelos marcianos... ;)
Eliminareagle01: que o envolvimento da Banca é enorme, lá isso é. Não sei se será assim tão elaborado o esquema, mas que há muitos interesses escondidos (BES incluído), disso não tenho a menor dúvida.
EliminarRui Soares: Essa deu para rir... Mas olha que acredito mais na teoria do eagle01 do que na tua... :)
Onde está o dineiro do empréstimo do Farina? Não encontro no relatório.
ResponderEliminarManu
Provavelmente só no Relatório Anual é que estará referido, apesar de teoricamente já estar refletido nestas contas. Normalmente o Relatório Anual é um documento mais completo do que o Relatório Intercalar. Calculo que seja essa a razão.
EliminarSó dois comentários: a Benfica TV, no formato actual, começou por ser um trunfo eleitoral, agora parece ser uma aposta ganha; mas para saber em concreto, em números, será necessário conhecer os custos associados; as receitas serão os tais 20,2 milhões, mas os custos, onde estão (admito que seja distracção minha)?
ResponderEliminarDepois, o modelo de negócio da SAD, e o RI espelha-o bem, é o de entreposto de jogadores; este modelo pode servir alguns interesses, mas não os do Benfica. Com ele, quando coincidirem planteis equilibrados e fraqueza dos nossos rivais, como este ano ou em 2010, ganharemos; quando tais circunstâncias não coincidirem, voltaremos ao do costume; e financeiramente a débacle continuará a agravar-se.
Nem mais José.
EliminarQuanto aos custos com a Benfica TV, no Relatório Intercalar não há informação específica. Provavelmente só no Relatório Anual, com notas anexas às demonstrações financeiras mais completas se possa tirar essa dúvida.
Os custos estão juntos com os outros. São essencialmente custos de pessoal.
Eliminar“São essencialmente custos de pessoal.”
EliminarE de onde, neste Relatório Intercalar, tiras essa brilhante conclusão?
Porque estando lá, no Relatório Intercalar como lhe chamas, se não estão diferenciados só podem estar juntamente com os outros. E só podem ser custos de pessoal a grandíssima maioria. Ou pensas que o Vieira quis enganar os sócios e a CMVM escondendo-os debaixo do tapete?
EliminarSe calhares também queres saber quanto se gastou em papel de impressora ou qual foi a parte dos custos de electricidade e papel higiénico que pertencem à BTV?
Caro Eagle,
ResponderEliminarE esqueceste-te de falar da promiscuidade BES - Benfica - empresas do Vieira...
Até que ponto é que nós benfiquistas podemos estar descansados quando o BES é também o grande financiador das empresas do Vieira! Como é que poderemos saber que os negócios Benfica-BES (com elevadas comissões, juro médio de quase 8%, vendas de jogadores antecedidas por vendas parciais ao fundo...) não estão a lesar o Benfica para "agradar" o BES e impedir que o BES "tire o tapete" às empresas do Vieira...
Existem vários rumores credíveis que dão conta de uma enormidade de créditos ao grupo Vieira, com activos débeis e que inclusive a Troika/ Banco de Portugal obrigou a fazer mais provisões! (tudo isto na sequência do actual processo de reestruturação e recapitalização do BES que escondia uma enorme fraude...)
Acho que dá no mínimo para reflectir...
É necessária mais transparência e repito o que disse acima: a dívida serve para financiar projectos de longo prazo (estádio, centro de estágios...) e para optimizar a estrutura de capital e consequentemente o retorno dos accionistas. Como no Benfica o objectivo não é o lucro (é ganhar!), então claramente temos dívida a mais que está a tirar oxigénio ao core business!
Um abraço,
Tiago
Os negócios e as promiscuidades são todas feitas no "Calor da Noite", que tem uma sucursal em Lisboa ali para os lados do Conde Redondo. Deviam colocar portas de vidro para aumentar a transparência e proibir o fumo por causa da falta de oxigénio!
EliminarTOC TOC TOC...
ResponderEliminarNestas coisas da matemática não convém inventar. Dá sempre errado ;)
Grande postada e deixou a principal reflexão que os Benfiquistas deveriam ter perante este caminho de lá vai para 15 anos e o ambicionado penta mandato ;) A VENDA de Jogadores para a sad funcionar. Lá estão as forças externas dos empréstimos, fundos e co-propriedades ;) Lucros, porque eles nunca perdem por vezes ganham é pouco. E desportivamente a estabilidade é fundamental. A época passada até pode ser um bom exemplo relembrando o esforço do Matic . Da ambição do Matic e o factor de acrescentar força após época tão traumatizante Aquele ajoelhar...
« Comparação com Wenger: "Em Portugal é difícil [acontecer algo igual]. Em Inglaterra, as pessoas valorizam o trabalho do treinador por vários parâmetros. Em Portugal, valorizam os títulos. Em Inglaterra é diferente. Wenger ganhou agora uma FA Cup e em outros anos fez um trabalho de qualidade e colocou o Arsenal a lutar sempre pelos primeiros lugares. É um treinador que é vendedor, tal como o Benfica o é. Nós discutimos sempre os títulos, mesmo sendo obrigados a vender os melhores jogadores. Tenho uma grande paixão pela minha profissão. Hoje estou muito satisfeito com o Benfica mas a minha carreira não acaba amanhã por isso não sei o que vai ser o meu futuro. Um treinador tem de estar mentalizado para os períodos negativos e positivos."»
Não foi este imbecil que disse ;) Simplesmente fui buscar um facto, reflectido pelo JJ Eça de Queiroz Campeão 2013 / 2014 fazendo um desfavorável 2-3 em titulos ... "Prontos", eles estão em sintonia ;)
..."made in Benfica", a música ecoa nas aparelhagens sonoras quando imaginamos viaturas a percorrer caminhos. Por vezes esquecem os traumas dos despistes ;)
Benfica Todos Tempos
Obrigado Luís.
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