Pois é pessoal depois de mais uma semana de intensa actividade profissional para mim e muitos de vocês, parece que o futebol português não mudou em nada. É tão casmurro e cabeça dura que não vê os factos mesmo quando estão a frente dos seus olhos. É este o resultado de termos um sistema podre que governa o nosso futebol, onde há interesses particulares muito mais importantes que o futebol português em geral e a boa imagem do país em particular.
Mas o cerco por muito que não o queiram ver finalmente aperta-se, a FIFA esticou a corda até onde podia, mas mais não pode, e agora relembrando o nosso querido presidente da república, tem a bomba atómica na mão e prepara-se para usá-la. A FPF teve de convocar com urgência esta Assembleia Geral de ontem já pressionada com o conhecimento de a FIFA ameaçar com sanções para a própria instituição e para os clubes portugueses que participem nas provas europeias. Esta situação em muito se parece com a situação do actual governo, em que só tomou medidas de austeridade a sério quando se viu encostado a parede pela União Europeia, aqui só se pensou em tomar medidas para mudar o regime jurídico da FPF depois de o senhor Laurentino Dias primeiro ter sido pressionado e depois a própria FPF dessas mesmas sanções.
É o espírito português no seu melhor, "guardar tudo para a última da hora", "reacção em vez de prevenção".
Como bem lhes chamou o vermelhusco, as forças de bloqueio do futebol português fizeram o seu papel, defenderam os interesses do corrupto que lhes da sustento, só assim se compreende o que Lourenço Pinto veio dizer ao explicar a sua acção de impugnação da AG antes de esta se iniciar, "A Assembleia Geral foi convocada pela Liga de Clubes e isso não é legal", colocando a importância de estatutos, eles mesmo fora da lei, que passassem por cima do interesse maior de evitar um terramoto no futebol português.
Pois bem, diferido o pedido de impugnação só restava uma opção ás força de bloqueio, com o seu direito de voto impedir a passagem do novo regime jurídico da FPF, quem poderia aceitar perder poder na instituição de livre vontade? E que significa-se a redução de influência do sistema corrupto? O resultado final da AG só espelha o estado do futebol português, e vendo bem, foi um resultado normal para este futebolzinho, onde se corrompe e se deixa corromper, onde se fecha os olhos, onde se cala a boca, onde não se viu nada.
Ao governo só se pode imputar responsabilidades de como consentiu que a situação chega-se a este ponto, e de como foi possível termos direcções tão corruptas e egoístas a frente de associações de futebol regionais.
Fazendo de novo o paralelismo com a situação económica do país, venha dai as sanções da FIFA senão nunca mais nos livramos desta podridão! E isto diz tudo...
Ps: embora a reprovação do novo sistema jurídico tenha sido possivelmente a machadada final nas aspirações de Gilberto Madaíl de continuar no poder, é realmente uma vergonha como um líder que deixou uma FPF andar fora da lei tanto tempo sem fazer nada, ainda tenha a lata de vir depois dizer: " Se o novo regime jurídico for aprovado então serei candidato". Se o próprio lider do nosso futebol age desta forma, que se poderá apontar aos seus subalternos? " O exemplo vem de cima"
porque não tem nenhum post referente ao vídeo do século? queria ver como analisam o que la esta, acima de tudo a verdade desportiva, quem não deve não teme. Paz
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