O caro João, que teve a amabilidade de comentar a minha crónica “A Liga dos Pequeninos”, é da opinião que a falta de competitividade que se tem verificado no nosso futebol é consequência da disparidade de meios entre os chamados grandes e os outros, e que, aqueles, ainda roubam pontos a estes. Defende que as pessoas devem aprender a gostar da sua cidade e apoiar o clube da sua Terra, desagradando-lhe que “os grandes” sejam recebidos como se fossem “donos” dela. Por tudo isto, apoia o novo Presidente da LPFP que anunciou a duplicação do financiamento dos Pequenos e médios clubes(PMC), sacrificando “os quinhões” da Olivedesportos e dos “grandes”.
Ora bem; isto é um novelo com muitas pontas! Eis a minha opinião:
Toda a gente gosta do clube da sua Terra, porém, nada impede que goste de outro clube qualquer, ou até de todos os outros clubes. Nem sempre a equipa da nossa terra tem os predicados que gostamos de ver numa equipa. Então, sendo, neste caso o futebol, um espetáculo desportivo, onde se deve privilegiar a arte de bem jogar, é normal e saudável que cada um, além de gostar da equipa da sua Terra, também goste dos clubes que melhor espetáculo desportivo proporcionam. É por isso que eu, por exemplo, “adorando” a música de Luís Góis, não deixo de gostar da de Chris Christofferson! Não há nenhum mal nisso. Já acho mal que, por exemplo, aos iranianos, não seja sequer permitido, ouvir Christofferson ou outro qualquer músico não iraniano, sob pena de ir parar às medonhas catacumbas.
O futebol, quanto a mim, não deve ser usado como instrumento de afirmação política; nem local, nem regional, nem nacional, embora seja uma prática corrente a nível internacional e, também depois de 74 e até hoje, em plena Democracia, a nível nacional e regional. São bem conhecidos os propósitos de Hitler ao usar os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 para afirmação do regime nazista e da superioridade da raça ariana sobre todas as outras. Felizmente que, o grande, o imortal, Jesse Owens, de raça negra, desacreditou tamanha imbecilidade, com as suas vitórias fulgurantes.
E que mal tem que a população de uma qualquer cidade, vila ou aldeia, receba os forasteiros, incluindo equipas de futebol adversárias que admira, com amabilidade? Nenhum! A hospitalidade é uma qualidade tradicional do Povo Português. E ninguém é dono dos afetos de outrem! O jovem José Pedro Pais cuja música aprecio, tem um tema com o verso; “Ninguém é de Ninguém”. Quem ousa negar?
Pierre de Coupertin foi o fundador dos Jogos Olímpicos e acreditava, quanto a mim erradamente, que a qualidade de uma nação se reflectia na qualidade do seu desporto de alta competição. E é por acreditar nisto que a maioria das nações se atropela e algumas cometem monstruosidades para ganhar. Na verdade, procuram, muitas delas, o reconhecimento internacional do aparente sucesso de regimes fracassados. É o que se passa com Portugal.
As consequências do projeto de MF, traduzir-se-ão, quanto amim, na perda de competitividade internacional dos “grandes” (G), na inflação dos custos de exploração dos PMC (anulando o incremento de receitas devido ao consequente agravamento dos salários dos atletas), na continuação da dependência dos PMC dos G, do fastidioso “brutebol” luso e da “eterna” suspeição de compadrios com eventuais esquemas de “arranjo” de jogos.
Também nós temos o nosso Hitler desportivo! Talvez o João não se tenha apercebido, mas, essa história do “dever” das pessoas gostarem do clube da sua Terra em detrimento de certos outros, quanto a mim, faz parte da estratégia da “máquina de propaganda azul”, largamente difundida na comunicação social, com o fim de desgastar o maciço apoio social de que o Benfica goza, permitindo uma aproximação do FCP em termos de adeptos.
Por exemplo; em Braga, antes, recebia-se a comitiva do Benfica em clima de festa e amizade, realizando-se o jogo num ambiente festivo e saudável onde muitos adeptos apoiavam simultaneamente as duas equipas. E isso parece que era muito, muito mau mesmo! Assim como que um símbolo do “faxismo”! Agora não! Agora vivemos em Democracia; o regime da Liberdade, da tolerância, da solidariedade, da fraternidade, da responsabilidade, da competência, do respeito pelos outros! Por isso, agora, a comitiva do Benfica é recebida, “civilizadamente”, à pedrada, os jogos são uma guerra campal e os Benfiquistas de Braga são perseguidos, insultados e agredidos! Isto é que é defender o clube da Terra, pois então!
Caro João; gostar do clube da nossa Terra e da nossa cidade, vila ou aldeia, sim, ótimo, mas que nunca sirva de pretexto para ostracizar ou agredir outros clubes e seus adeptos. Muito menos para servir espúrios interesses de terceiros que não hesitam em instrumentalizar os inocentes e legítimos afetos dos outros, incluindo dos adeptos do seu próprio clube, para proveito próprio.
Um abraço ao João,
Ora bem; isto é um novelo com muitas pontas! Eis a minha opinião:
Toda a gente gosta do clube da sua Terra, porém, nada impede que goste de outro clube qualquer, ou até de todos os outros clubes. Nem sempre a equipa da nossa terra tem os predicados que gostamos de ver numa equipa. Então, sendo, neste caso o futebol, um espetáculo desportivo, onde se deve privilegiar a arte de bem jogar, é normal e saudável que cada um, além de gostar da equipa da sua Terra, também goste dos clubes que melhor espetáculo desportivo proporcionam. É por isso que eu, por exemplo, “adorando” a música de Luís Góis, não deixo de gostar da de Chris Christofferson! Não há nenhum mal nisso. Já acho mal que, por exemplo, aos iranianos, não seja sequer permitido, ouvir Christofferson ou outro qualquer músico não iraniano, sob pena de ir parar às medonhas catacumbas.
O futebol, quanto a mim, não deve ser usado como instrumento de afirmação política; nem local, nem regional, nem nacional, embora seja uma prática corrente a nível internacional e, também depois de 74 e até hoje, em plena Democracia, a nível nacional e regional. São bem conhecidos os propósitos de Hitler ao usar os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 para afirmação do regime nazista e da superioridade da raça ariana sobre todas as outras. Felizmente que, o grande, o imortal, Jesse Owens, de raça negra, desacreditou tamanha imbecilidade, com as suas vitórias fulgurantes.
E que mal tem que a população de uma qualquer cidade, vila ou aldeia, receba os forasteiros, incluindo equipas de futebol adversárias que admira, com amabilidade? Nenhum! A hospitalidade é uma qualidade tradicional do Povo Português. E ninguém é dono dos afetos de outrem! O jovem José Pedro Pais cuja música aprecio, tem um tema com o verso; “Ninguém é de Ninguém”. Quem ousa negar?
Pierre de Coupertin foi o fundador dos Jogos Olímpicos e acreditava, quanto a mim erradamente, que a qualidade de uma nação se reflectia na qualidade do seu desporto de alta competição. E é por acreditar nisto que a maioria das nações se atropela e algumas cometem monstruosidades para ganhar. Na verdade, procuram, muitas delas, o reconhecimento internacional do aparente sucesso de regimes fracassados. É o que se passa com Portugal.
As consequências do projeto de MF, traduzir-se-ão, quanto amim, na perda de competitividade internacional dos “grandes” (G), na inflação dos custos de exploração dos PMC (anulando o incremento de receitas devido ao consequente agravamento dos salários dos atletas), na continuação da dependência dos PMC dos G, do fastidioso “brutebol” luso e da “eterna” suspeição de compadrios com eventuais esquemas de “arranjo” de jogos.
Também nós temos o nosso Hitler desportivo! Talvez o João não se tenha apercebido, mas, essa história do “dever” das pessoas gostarem do clube da sua Terra em detrimento de certos outros, quanto a mim, faz parte da estratégia da “máquina de propaganda azul”, largamente difundida na comunicação social, com o fim de desgastar o maciço apoio social de que o Benfica goza, permitindo uma aproximação do FCP em termos de adeptos.
Por exemplo; em Braga, antes, recebia-se a comitiva do Benfica em clima de festa e amizade, realizando-se o jogo num ambiente festivo e saudável onde muitos adeptos apoiavam simultaneamente as duas equipas. E isso parece que era muito, muito mau mesmo! Assim como que um símbolo do “faxismo”! Agora não! Agora vivemos em Democracia; o regime da Liberdade, da tolerância, da solidariedade, da fraternidade, da responsabilidade, da competência, do respeito pelos outros! Por isso, agora, a comitiva do Benfica é recebida, “civilizadamente”, à pedrada, os jogos são uma guerra campal e os Benfiquistas de Braga são perseguidos, insultados e agredidos! Isto é que é defender o clube da Terra, pois então!
Caro João; gostar do clube da nossa Terra e da nossa cidade, vila ou aldeia, sim, ótimo, mas que nunca sirva de pretexto para ostracizar ou agredir outros clubes e seus adeptos. Muito menos para servir espúrios interesses de terceiros que não hesitam em instrumentalizar os inocentes e legítimos afetos dos outros, incluindo dos adeptos do seu próprio clube, para proveito próprio.
Um abraço ao João,
Um abraço a todos
Concordo em absoluto consigo caro António, apoiar clubes da terra, decerto que nunca ficou mal a ninguem nem tão pouco tira valor ao espetáculo propriamente dito. Utilizar esses clubes em prol dum fanatismo e arrogancia beneficiando, todos nós sabemos quem, é de lamentar. E eu sei do que falo, no norte do país ja não somos recebidos sequer como um clube normal, pouco a pouco noto um certo "bairrismo" exagerado sempre que nos deslocamos a alguns estadios do norte do país, levando-me mesmo a questionar sobre o verdadeiro benificiario de tais actos.
ResponderEliminarEnfim, valha-nos os Grandes Benfiquistas nortenhos e que honra lhes seja feita porque ser do Benfica lá em cima, não é concerteza tarefa fácil.
Pouco a pouco os seguidores papistas vão conseguindo o que querem, estão em todo o lado, dominam tudo!
Cabe-nos a nós resistir e ripostar nesta batalha sempre em bom nome da verdade!
Um abraço,
Viva o Benfica!
Pedro Benza
Enfim não percebeu nada do que quis dizer é o que vejo. E mais uma vez levou as coisas para a vossa ridícula guerra pessoal com o porto. O que só deturpa a sua resposta. Quando falo do clube da terrinha não estou a falar do clube agrario de lamas etc. Estou a falar por exemplo e ainda bem que o diz, por exemplo do Braga. Ainda bem que as pessoas de Braga apoiam mais o Braga do que apoiavam antes. Aliás deviam apoiá-lo todas as pessoas de Braga e até podem gostar de um dos grandes, mas sempre e sempre como um segundo clube. Deveriam dar o dinheiro que dão ao Benfica, ao Porto e ao Sporting, ao Braga o que clube que representa a sua cidade.Ok se forem muito ricos podem também ser sócios dos outros. E atenção, eu estou a dizer que era assim que as coisas deveriam ser. Agora as coisas não são, e era o que me faltava estar a interferir com a liberdade de escolha das pessoas. As coisas podem ser que com o tempo mudem, e as mentalidades de querer ser só dos vencedores e não de quem nos representa passe a vigorar na mentalidade das pessoas. Quanto ao facto de as pessoas receberem bem etc... mais uma vez leu tudo ao contrário. O que é que eu receber bem as pessoas no meu estádio, impediu de ser insultado gratuitamente por um adepto de um grande? E já agora o que é que receber bem me impede de ouvir claques a cantarem "que esta merda é toda nossa"?. Ou seja um insulto básico à minha cidade. Onde estava escrito no meu comentário que pretendia que passassem a receber mal os grandes? Não se devia receber bem nem mal, deve-se receber da mesma forma que se recebe os outros ou seja com dignidade. E já agora esperar o mínimo de civismo. Já agora penso que o campeonato francês, alemão e inglês são a antítese total da nossa visão de futebol e do apoio das equipas....
ResponderEliminarE com mais poder para os outros de certeza que o campeonato não era a pasmaceira que é. Sim não é competitivo porque é impossível nivelá-lo com tão grande disparidade de condições...
E já agora expliquem-me quais são os contras de um futebol português com clubes pequenos e médios com mais pessoas, mais dinheiro e eventualmente melhores jogadores? Os benefícios parecem-me óbvios...
ResponderEliminarSó um pequeno reparo, o cantor chama-se João Pedro Pais :) de resto concordo a 100%.
ResponderEliminarEu sou de Coimbra por opção... Não nasci na cidade! Devria então pelo seu raciocinio ser adepto da AAC-OAF, liderada por um corrupto...E atnção que não estou a difamar ninguem. O actual Presidente da Académica OAF foi condenado por corrupção visto que enquanto Director de Urbanismo da CMC do Social Democrata Carlos Encarnação fazia aprovar projectos, de forma ilegal aos financiadores do clube da bola... Devria segundo a sua logica abdicar de valores para ser do clube da terra!!! Não eu SOU BENFICA, e não de clubes filiais de corruptos ... Era possivel apoiar tb a academica, mas a académica dos valores a que no passado esteve associada...
ResponderEliminarMoro em Braga e sou benfiquista! (Não sou de Braga, não nasci em Braga e não pretendo ficar até ao fim da minha vida em Braga)
ResponderEliminarFui muitas vezes ver jogos do SLB ao 1º de Maio, contra o Braga, mas também contra o Moreirense e acho até contra o GMR. O estádio estava sempre cheio de Benfiquistas, mesmo contra o Braga, nos poucos anos que a fruta e chocolates andavam distraídos e o SLB ganhava um campeonato saia para a rua com muitos outros milhares a festejar! Hoje não é assim!
No ultimo título do Benfica meia dúzia de garotos, com a conivência das autoridades, tomou de assalto o centro da cidade, onde carros com crianças foram apedrejados! Estariam eles a festejar o facto do GR do GIL deixar cair a bola misteriosamente, ou de com o maritimo poderem jogar fora das quatro linhas, ou de com o GMR Artur Soares Dias ter voltado atrás e marcado penaltis até o Braguinha ganhar, ou até a VERGONHOSA expulsão do Cardozo em Braga, talvez por ter levado duas bolachadas e o fiscal de linha virar a cara e disfarçar? Não sei o que estariam a festejar, porque não tinham ganho NADA. O que eles queriam era impedir o Campeão de festejar e conseguiram-no, porque a policia viu-os a assaltar a desactivada casa do Benfica, roubar e destruir e nada fizeram, a policia viu-os a apedrejar os carros que passavam e nada fez.
Desenganem-se os que pensam que em Braga os Benfiquistas diminuiriam, porque ainda somos a maioria (o que não faz de nós melhores, apenas maiores)
É normal que se apoie o clube da cidade, mas também é normal TER O DIREITO DE NÃO O APOIAR E SER DE OUTRO CLUBE QUALQUER, mas, pelo menos em Braga, ser Benfiquista é crime e demonstrá-lo é desafiar a sorte!
Em minha opinião, para o Benfica e para o futebol, era melhor que equipas como o Braga crescessem e conseguissem tornar o campeonato mais competitivo, mas não da forma que o Braga o está a fazer, incitando ao ódio ao Benfica e numa clara postura pró-corrupto, porque já outros o fizeram e depois desapareceram (Boavista, Salgueiros, etc etc..)
Oh João vai tomar banho, as questões que levantas são tão basicas que metem dó.
ResponderEliminarO problema é o porquê da bolas de golf, dos speakers malcriados, dos jogadores com provocações, simulações e agressões acobertadas e por aí fora. E dos grupelhos de adeptos (claques) orquestrados para estabelecer atritos contra os visitantes, com as forças da ordem (?) a assobiar
para o ar e os juizes a arquivarem os processos, ditos defeituosamente mal engendrados.
Obrigado a todos. Vejam os meus contracomentários no post que acabei de publicar.
ResponderEliminarAbraço.
concordo
ResponderEliminaro mercado português é demasiado pequeno para sobreviver com modelos fechados.
se baixarmos a competitividade dos clubes portugueses na UEFA será pior para todos porque deixará de vir dinheiro de fora que inevitavelmente circula em escadinha pelos outros clubes. O Braga é um bom exemplo. alguma vez tinha realizado as vendas dos últimos dois anos se não fosse devido à projecção europeia?
modelos estrangeiros com condicionalismos que não existem por cá não vão funcionar. por cá um clube pequeno quase nunca compra um jogador a um clube grande. por cá não há regras que favoreçam/obriguem o mercado de transferências interno como em Inglaterra.
a forma dos clubes não grandes crescerem é serem cada vez mais profissionais, com uma boa identidade própria, sem andarem a reboque de ninguém mas sem ostracizarem quem quer que seja. não será a deitar os outros abaixo que vão crescer. nem em receitas nem no resto!
gostaria de saber se os clubes não grandes da 1ª liga e segunda de honra também gostariam que o dinheiro dos direitos televisivos fosse distribuído pelos clubes dos nacionais e distritais! afinal se é para melhorar o futebol português não se pode parar pelo profissional...