Muito se tem discutido que se vai votar no A ou no B, que no C nem pensar... cada um arranja a sua "desculpa" para pender para o lado que moralmente mais gosta.
Se quisermos continuar a olhar para o SLBenfica como "um clube de futebol" está tudo bem... futebol é paixão e eleger o presidente porque "acreditamos" no gajo mais benfiquista, no que fez isto ou aquilo, no que fala mais alto e bate mais no peito, no que tem amigos que admiramos... está tudo bem... se quisermos ficar na mesma.
E passo a explicar: Quando elegemos um presidente pela pessoa e não pelas competências ou projecto, dá-nos um certo conforto de ter eleito "o tal", mas também nos dá o direito de quando ele falhar poder malhar nele. Na verdade... assim temos sempre razão e ele era o certo até deixar de o ser.
Quando somos mais exigentes, deixamos de lado os muros, os nomes e as ambições de alguns... passamos a discutir ideias, o que é necessário fazer, o que realmente pode ser feito que só depende do SLBenfica e quais as coisas que percebemos que não vamos poder mudar (por muito que queiramos).
O problema desta abordagem é que nos comprometemos. Votamos em alguém não que seja ou represente uma ambição, mas que se comprometa a fazer algo. Depois se essa pessoa o faz... não temos moral para criticar se o resultado não for o que queremos. É menos cómodo, eu sei... mas é o que melhor defende os interesses do nosso Clube.
Agora que estamos em ano de eleições e começam a aparecer os putativos candidatos cada um escolherá o seu caminho... eu vou partilhar aqui o que eu gostaria que fossem estes meses até às eleições de Outubro:
O QUE NÃO QUEREMOS:
- Colocar rótulos em pessoas. Mesmo que sejam candidaturas com pessoas com as quais não nos identificamos à partida, todos têm o direito de se candidatar e nós temos o dever de participar de forma positiva, ou seja, não é contra alguém, mas a favor de algo.
- Desvalorizar o voto do outro. O voto é soberano e não podemos achar que só nós sabemos o que é o melhor para o SLBenfica. Se calhar nem sabemos. Não podemos dizer que fulano X não se deve candidatar pelo receio que votem nele e isso vai contra as nossas convicções. Se a maioria votar nele, foi porque os outros não souberam fazer uma campanha melhor, mais acertiva e ter um projecto mais sólido... mesmo que não gostemos daquele.
- Estar uns contra os outros. Isto é uma eleição, não é uma guerra! O SLBenfica vai sempre sobreviver a tudo e a todos. Os presidentes passam e a nossa paixão fica. Se conseguirmos participar de forma positiva, estaremos sempre mais perto de discutir ideias, de obrigar os candidatos a focarem-se nas ideias e não em combater-se entre si. Não pode nem deve ser sobre eles, mas sim sobre os seus compromissos, ideias e projecto
- Demagogia e Populismo! Todos sabemos que o desporto é paixão porque é incerto e onde os pequenos se podem agigantar aos grandes (serão excepções mas vão acontecer sempre). sabemos que um desportista falha muitas vezes para acertar umas quantas. Sabemos que vivemos em 2025 e hoje em dia há um nivelamento maior e uma estrutura mais profissionalizada em todos os clubes e nos orgãos que gerem o desporto. Não queremos promessas de vitórias, de ser implacáveis contra A ou B, de supermacia ou liderança de temas externos ao SLBenfica... tudo coisas que sabemos que são populismos e dependências de terceiros, onde temos muitas vezes que procurar soluções de compromisso e equilibrios - não necessariamente na linha do que o adepto apaixonado mais gosta.
O QUE DEVEMOS QUERER:
- Conhecer as equipas desde o primeiro dia. Os vice presidentes e respectivos pelouros (mais agora que são remunerados) é fundamental que façam parte do anuncio da candidatura. Também ao nivel da SAD, um / dois nomes fortes é fundamental que sejam apresentados ao início ou nos primeiros dias de campanha. Depois, temos que ouvir as ideias e compromissos de todos... não pode "estar ali", não podem vir a auferir de remunerações e só sabemos o que vão fazer e como quando já la estiverem... mais: Não pode ser a eleição de uma pessoa, mas sim de um projecto para o SLBenfica.
- Nenhuma candidatura se deve apresentar sem programa. Não podemos cair no erro de eleger o "salvador da pátria", o que estava tacticamente à espera e agora faz um discurso bonito que encaixa em todas as aquelas coisas que gostamos de ouvir e ficamos cheios de ilusão, a achar que está tudo resolvido.
- Foco nas discussão das ideas, compromissos e projectos. Quando a discussão é sobre o que outros fizeram mal ou para "destruir" algo ou alguém, conseguimos pessoas motivadas mas dificilmente chegaremos a algo sustentável. Não serve de nada andar a discutir que se vão fazer coisas que não dependem só do Benfica ou cuja posição do Benfica não suficiente para as mudar.
- Debates e mais debates! Ninguém faz um programa sem ideias positivas. No papel parece tudo espetacular, mas é dos debates de ideias que se entende quem "apenas escreveu palavras bonitas" e quem realmente tem as ideias e sabe defender e suportar o seu posicionamento. O mínimo de debates que eu entendo adequados são 3 debates nas televisões publicas (para maximizar o alcance). E porquê 3? Porque um debate pode correr de feição, outro até pode ter saído mal por alguma razão, mas dificilmente ao cabo de três debates não há uma consistência clara identificada.
- Ouvir os vice presidentes remunerados. Se serão remunerados, devem ser escrutinados. Devem promover-se entrevistas na BTV aos vice presidentes remunerados para ouvir as suas ideias. Estes devem também falar nas visitas que fazem os candidatos às casas. Queremos conhecer os pelouros e as suas ideias e planos para a execução dos mesmos. Deve fomentar-se o convide destes aos 1001 programas televisivos de desporto. Não podemos eleger e remunerar alguém que vai apenas "andar ali".
- Unidos no que nos une (80%), respeitar no que nos separa (20%). Os candidatos terão que dar o exemplo e desde logo assumir que estarão ao dispor (e as suas equipas) do vencedor no dia a seguir aos votos, caso da sua lista haja pessoas ou ideias que possam ser uma mais-valia para quem ganhe. Pelo Benfica. Isto não tem que ser uma guerra e acima de tudo tem que ser pelo Benfica e não pelo poder. Desejavelmente que da disputa saia um Benfica melhor e que apenas sejam adversários numa eleição e nunca no Benfiquismo.
Acertiva "não existe".
ResponderEliminarGanhar ao sporting.
Resumindo: um gajo benfiquista, honesto, competente e vencedor. Há décadas que o Benfica não tem ninguém assim.
ResponderEliminarHá uma coisa que eu tenho como certa, e que decorre do que eu já pensavave que este tempo de presidência demonstrou, Rui Costa não vai contar com os meus votos.
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