SL Benfica 3-0 Gil Vicente FC: adaptados para ganhar

fotografia: Agência Lusa

O final de tarde que vivi ontem no Estádio da Luz foi dos mais tranquilos desta época. O SL Benfica venceu confortavelmente o Gil Vicente (3-0) muito graças às mudanças operadas por Roger Schmidt: Aursnes de volta à esquerda para ocupar o lugar de João Mário, Florentino no meio a render Kokçu e Bah na lateral direita. Três alterações importantíssimas que, na minha opinião, acabaram por trazer o equilíbrio que até então estava em falta.

A quase total ausência de adaptações e o regresso destas três peças automaticamente criaram um Benfica mais forte na pressão, mais dominador, mais seguro e capaz de criar perigo pelos três corredores, com destaque para o lado direito onde as boas combinações entre Bah e Di María deram dinâmica à equipa. Desta forma os encarnados chegaram cedo ao golo, ao minuto 15 por Arthur Cabral. O camisola 9 que foi muito contestado nos seus primeiros jogos de águia ao peito voltou a agitar as redes e somou o seu terceiro golo no campeonato. 

Como já tantas vezes vimos em jogos anteriores depois de marcar a equipa abrandou um pouco e permitiu ao Gil Vicente subir no terreno, mas mesmo assim os gilistas nunca foram capazes de assustar Trubin. Na verdade até foi o Benfica que, com relativa tranquilidade, voltou a marcar, desta vez por João Neves aos 35 minutos. Tal como o primeiro, este segundo golo também nasceu de um pontapé de canto cobrado por Di María. A eficácia nas bolas paradas a permitir à equipa da casa ir para o intervalo com um boa e merecida vantagem.

Dos balneários voltaram exatamente os mesmos onze homens que começaram a partida e com eles veio também a vontade de rapidamente ampliar a vantagem. O Benfica entrou muito bem na segunda parte, a imprimir intensidade no jogo, à semelhança do que tinha feito nos primeiros minutos da primeira parte e precisou apenas de dois minutos para voltar a marcar, desta vez por Rafa que aproveitou da melhor maneira a assistência de Aursnes. 

A partir daqui o Benfica abrandou, deixou de colocar tanta velocidade no jogo, mas manteve-o controlado, tal como foi fazendo desde o início (uma postura que fez todo o sentido tendo em conta que quinta-feira há jogo em Vizela para a Taça de Portugal). Deste encontro ficam claramente sinais muito positivos, com a equipa a mostrar-se mais forte coletivamente e a dar provas de que Roger Schmidt tem no plantel boas soluções para que o conjunto continue a crescer e a apresentar um futebol com mais qualidade.

P.S.: Recordam-se quando Roger Schmidt pediu aos adeptos mais negativos para ficarem em casa? Depois daquilo que presenciei ontem na Luz não posso estar mais de acordo com o treinador do Benfica. Ouvir adeptos a assobiar um dos nossos é algo que, por muito que me esforce, não vou conseguir entender. Ontem aconteceu outra vez com Trubin quando o guarda-redes não colocou de imediato a bola em jogo, permitindo assim que a equipa se organizasse em campo. Como diria o mister: fiquem em casa!