ANTES DE TUDO O MAIS ... EUSÉBIO E FEHÉR
Eusébio e Fehér ... 25 de Janeiro!
1942, 2004, 2020!
Até na morte somos diferentes!
A COMPETÊNCIA NA CAPITAL DO MÓVEL
Vencemos, e bem, em Paços de Ferreira.
Na pior altura para os nossos rivais e adversários, apresentamos uma equipa afinada, e agora reforçada com um Rafa que parece regressar em grande forma.
Mesmo que tenhamos lances que o VAR, até por 1 milímetro, nos anule um golo ou uma ocasião para tal, a equipa está confiante antes de mais em si própria e faz-nos acreditar de que vai superar qualquer coisa.
Foi a melhor forma de iniciar a segunda volta.
BEM VINDO A LISBOA
Quando, na semana passada, escrevia um artigo para ser incluído num livro, a ser publicado, muito em breve, em homenagem a uma grande figura política e intelectual do pós 25 de Abril, decidi terminá-lo com uma citação do Conde de Lippe:
“Bem-vindo a Lisboa, cidade onde o clero finge que reza, a nobreza finge que é nobre e o povo finge que é livre.”
O Conde de Lippe (conde reinante de Schaumburg-Lippe de 1748 até à sua morte, em 1777), militar e político notável, chega a Portugal depois de ter sido convidado, em 1761, pelo Marquês de Pombal, para reorganizar o exército, tarefa que veio a assumir em Julho do ano seguinte, preparando Portugal, militarmente, para os conflitos que se seguiriam na nossa História.
Lembrei-me dele porque o futebol português - sem grandes exceções - se assemelha muito a essa descrição de Guilherme de Schaumburg-Lippe.
Também hoje, no futebol português, há quem finja que reza, quem finja que é nobre e quem finja que é livre ...
NÃO FALAR ANTES DE ACABAR A “JANELA” DE TRANSFERÊNCIAS DE INVERNO
Eu sei que alguns gostariam que me pronunciasse, antes, sobre o período de transferências de Janeiro.
Compreendendo as razões de todos - as dos bem e, muito especialmente, as dos mal intencionados - aconselha a prudência que me abstenha de o fazer.
Desde logo porque quer aqui, por escrito, quer oralmente, na TVI, já disse que opções tomaria, se fosse minha a última decisão!
Mas não me peçam para escolher “por ele”, para depois - como habitualmente - a culpa ficar solteira!
Por mim, a defesa dos interesses do Benfica está primeiro!
O mercado fecha a 31, pelo que, na próxima semana cá estaremos para falar sobre isso.
OS FINGIDORES ... EM PREJUÍZO DO BENFICA
Voltemos, por isso, aos “fingidores”, a quem finge sentir o que não sente, dizer o que não pensa, querer o que não quer!
Há, neste futebol português, uma falta de liberdade que o vai tornando cada vez mais viscoso, pegajoso, lamacento!
Encontramos, a cada passo, verdades encomendadas por interesses que nada têm a ver com os clubes - no que a mim diz respeito, do Benfica - que “no fim dia” - nos irão impedir de continuar a ser grandes na Europa.
Eu percebo que eles tenham como única preocupação ganhar dinheiro!
Dinheiro de comissões, dinheiro de percentagens (mesmo que proibidas pelas leis e regulamentos em vigor), dinheiro de participação nos negócios, dinheiro de partilha de riscos!
Dinheiro de percentagens em transferências, dinheiro de percentagens em renovações, dinheiro de percentagens em alterações de cláusulas aumentadas (que sabemos nunca irem ser respeitadas), dinheiro para cobrir propostas que nunca existiram, dinheiro para tudo e para todos ... excepto para os clubes!
E se - no limite - ainda podemos admitir que essa seja a dura realidade com que temos que conviver, pelo menos não acreditemos em tudo o que nos anunciam!
OS MENSAGEIROS DAS “BOAS NOVAS”
Num mundo de comunicação, podemos pouco contra quem tem muito dinheiro - dado por quem manda nos clubes - para pagar a todo um tipo de comunicadores que nos impingem o que interessa a quem ganha muito dinheiro ... com as “vendas”!
O que não podemos é sermos nós não só os crentes dessas mentiras como os financiadores dessas notícias!
O problema agrava-se quando alguém não só deixa de estar do lado contrário como anuncia ser “parceiro estratégico” de quem só tem uma objetivo: ganhar dinheiro à conta dos clubes!
CLUBES POBRES, JOGADORES RICOS, EMPRESÁRIOS MUITO RICOS
Porque essas parcerias acabarão com as nossas veleidades de voltarmos a ser grandes na Europa!
Retenhamos um exemplo!
Nunca se questionaram porque é que os que hoje se desdobram em justificações para a inevitabilidade das saídas de Gédson e Florentino, por exemplo, no Benfica, serem os mesmos que no passado recente clamavam por oportunidades para os mesmos, a titulares?
Ninguém se deu ao trabalho de perguntar por que é que o que, até aqui, era a base de um título europeu, ao virar da esquina, porque a promessa era a de o sermos só com a “Formação”, agora tem de ser vendido a todo o custo, para abrir lugar para as novas aquisições?
Porque ou nos mentiram antes - ao valorizar o que não tinha assim tanto valor - ou nos andam a vigarizar agora, para todos ganharem o “seu”!
Sabem o que eu acho?
Exatamente o mesmo que vocês!!!
O BENFICA (NÃO) PODE DEIXAR DE SER “NOSSO”
Mas ... se isto continuar, um dia ... acordaremos sem equipa, sem clube, sem maioria na SAD, ... sem nada!
Restará a uns a consciência tranquila de tudo terem feito para que não acabássemos assim!
Restará a outros a reafirmação da ingenuidade na exata medida em que julgavam estar a apoiar um futuro melhor e foram enganados!
Mas ... nesse momento, la estarão os avençados de sempre a dizer que, se calhar, o melhor para o Benfica é ser assim, ... que ninguém sabe se o outro caminho levaria a algum outro lado, se ... se ...
se ...
E nós, na ânsia de não sermos contra quando estamos a ganhar - porque se estamos é sinal de que tudo está bem - e de não sermos contra quando perdemos - porque é nesse momento que mais precisamos de unidade - haveremos de perceber que um dia, nem cantar “o Benfica é nosso” nos deixarão, quanto mais exercer o poder de quem tem o direito de querer que o BENFICA seja nosso e não apenas de alguns!
Percebem agora a semelhança?
“Bem-vindo a Lisboa, cidade onde o clero finge que reza, a nobreza finge que é nobre e o povo finge que é livre.”
EM TEMPO
O Porto perdeu Taça da Liga ... Sérgio Conceição vai ter que sair ...
Pergunto eu: alguma alteração substancial em relação ao que todos pensávamos poder vir a acontecer?