Última hora: confirma-se o atentado à verdade desportiva no Estoril.

Desde o primeiro momento, após a divulgação das imagens, que levantamos muitas dúvidas sobre os reais motivos que teriam impedido a realização da segunda parte do Estoril- FC Porto.

Ora:

"O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) considera que a bancada Norte do Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, não apresenta "comportamento deficiente", dando razão ao emblema da Amoreira, no que diz respeito ao delicado tema da suspensão do encontro com o FC Porto, na noite da última segunda-feira.

A conclusão, de acordo com a SIC Notícias, faz parte do relatório preliminar da entidade, chamada a avaliar o estado da bancada, que de acordo com alguns relatos de adeptos azuis e brancos, estaria em risco de ruir.

A posição do clube de Cascais sempre foi essa, desde a primeira hora, sendo agora amplamente confirmada pelo LNEC, que defende que a bancada em causa não apresenta quaisquer danos estruturais, pelo que em momento algum ficou em causa a segurança dos espectadores.

O referido relatório menciona, por outro lado, relatos de ruídos escutados pelos adeptos ao intervalo, quando o FC Porto perdia por 1-0 (golo de Eduardo Teixeira, aos 17'). Ainda assim, a realidade é que o LNEC atesta que as fissuras nas paredes e outros danos circunscreveram-se à laje onde estão assentes as cadeiras, não estando em risco nenhum dos alicerces da estrutura.

O Estoril-FC Porto foi interrompido ao intervalo e não foi retomado, por questões de segurança numa das bancadas do reduto "canarinho", que albergava 1.500 adeptos portistas, que acabaiam por invadir o terreno de jogo, refugiando-se dos alegados problemas da tribuna onde se encontravam desde o arranque da partida." - RR.

"No dia do jogo, um engenheiro que esteve no estádio a pedido do Estoril tinha garantido que havia condições para os adeptos voltarem a ocupar a bancada, o que acabou por não se concretizar porque a GNR considerou não haver condições para fazer reentrar os adeptos em segurança." CM.

Portanto, pergunta-se novamente:

- Porque estavam reunidas todas as condições para se realizar a segunda parte, inclusive com anúncio aos espectadores, e repentinamente o FC Porto recusou jogar?

- Em que condições os SD começaram a saltar para o relvado? É ou não verdade que o fizeram sem qualquer indicação de segurança?

- Porque o jogo não se realizou nas 30 horas seguintes?

- É ou não verdade que foi o próprio Estoril(SAD) a ser cúmplice na estratégia do FC Porto?

- Que papel teve a GNR no impedimento do jogo prosseguir? É ou não verdade que foi a própria GNR que chamou Fernando Madureira para tirar fotografias quando a zona supostamente afectada já estava interdita ao público?

E agora? Quem vai assumir responsabilidades?