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quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Dilema do Prisioneiro - versão Futebol Português

. 47 comentários

Para retirar um pouco a ansiedade destes dias que correm, deixem-me lá divagar sobre outros assuntos…

Depois de o último post do Shadows e de ler este artigo: http://desporto.sapo.pt/opiniao/artigo/2016/05/11/reflexoes-em-torno-do-estado-atual-de-desenvolvimento-do-futebol-portugues, veio à minha memória alguns dos conceitos que aprendi na universidade, quando me licenciei em Economia.

Ora leiam lá este pequeno resumo de dois conceitos e vejam lá se conseguem encontrar algum paralelismo com o que se verifica no futebol português?

O dilema do prisioneiro é um problema da teoria dos jogos e um exemplo claro, mas atípico, de um problema de soma não nula. Neste problema, como em outros muitos, supõe-se que cada jogador, de modo independente, quer aumentar ao máximo a sua própria vantagem sem lhe importar o resultado do outro jogador.
As técnicas de análise da teoria de jogos padrão - como, por exemplo, determinar o equilíbrio de Nash - podem levar cada jogador a escolher trair o outro, mas curiosamente ambos os jogadores obteriam um resultado melhor se colaborassem. Infelizmente (para os prisioneiros), cada jogador é incentivado individualmente para defraudar o outro, mesmo após lhe ter prometido colaborar. Este é o ponto-chave do dilema.
(…)
Casos como este são recorrentes na economia, na biologia e na estratégia. O estudo das táticas mais vantajosas num cenário onde esse dilema se repita é um dos temas da teoria dos jogos
.”

In https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilema_do_prisioneiro

A teoria dos jogos distingue-se na economia na medida em que procura encontrar estratégias racionais em situações em que o resultado depende não só da estratégia própria de um agente e das condições de mercado, mas também das estratégias escolhidas por outros agentes que possivelmente têm estratégias diferentes ou objetivos comuns.
Os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a simples jogos de entretenimento como a aspectos significativos da vida em sociedade. Um exemplo deste último tipo de aplicações é o Dilema do prisioneiro (esse jogo teve sua primeira análise no ano de 1953) popularizado pelo matemático Albert W. Tucker, e que tem muitas implicações no estudo da cooperação entre indivíduos.


In https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_jogos

Viram as semelhanças? São ZERO. O que acontece por cá é exatamente o contrário do que seria desejável.

Tal como em muita coisa neste lindo país, conspurcado por energúmenos corruptos, os clubes portugueses optam por olhar para o seu próprio umbigo, e assim, num país com o potencial futebolístico como o nosso, optamos por dar atenção às polémicas, aos carneiros, aos corruptos, aos negócios obscuros, etc.

Voltando ao artigo que li no site do Sapo, temos o produto, de excelência, mas não o sabemos potenciar. Não o sabemos desenvolver. Não o sabemos aproveitar.

Temos dirigentes de nível abaixo de cão. Temos esquemas que nunca mais acabam. Temos uma comunicação social miserável. Temos demasiados clubes pequeninos que se mordem uns aos outros para conseguir migalhas para sobreviver. Enfim, temos um modelo insustentável.

Para mim, Portugal não tem dimensão para um campeonato principal com 18 equipas. Quanto a mim temos dimensão para 10 equipas, no máximo.
O que eu gostava é de ter uma liga com 10 clubes a disputar o título a 4 voltas (ao estilo da Escócia). Imaginem o que seria uma liga com Benfica, Sporting, Porto, Guimarães, Braga, Marítimo, Nacional, Belenenses, Boavista e Setúbal. Por exemplo estes. Seriam derbies atrás de derbies. Seria uma liga incrivelmente fácil de vender. A todos os níveis.

Mas… eu sei… é utópico. Há demasiados interesses envolvidos. Neste dilema do prisioneiro, a prática é bem diferente da teoria.

Cada um olha unicamente para si e assim perdemos todos. Adeptos, clubes e o país.


PS: Desculpem o texto longo, mas estou mesmo a precisar de desviar o pensamento do jogo de domingo… :)
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47 comentários

  1. Fez bem Ricardo nao so desviou o seu pensamento do jogo de Domingo como tambem desviou o meu ja ando ca com uma pilha de nervos que nao e brincadeira e nao fosse o jogo do titulo.
    Quanto ao seu texto gostei Portugal e demasiado pequeno para 18 equipas na primeira liga 14 equipas para mim era o ideal ou entao como descreveu teriamos varios Benficas vs Portos vs sportings seria interessante mas acho que isso e impensavel para os nossos dirigentes.

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  2. Uma liga com 10 clubes incluiria Lisboa e arredores, Porto e arredores e quando muito um clube da Madeira? E o resto do País, que hipótese teria?

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    1. Águia Preocupada12/5/16 22:42

      A mesma que tem hoje... Pensou bem o anónimo onde se situam as equipas da nossa primeira liga? Por certo não pensou que a sul de Setúbal há muitos anos que não existe uma... E este ano, tudo indica que, vindo de norte se fique por Lisboa!
      Isto está tudo errado!

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  3. Tem graça, que já tive essa discussão com amigos meus e acho que o que nós precisávamos era exactamente ter um campeonato assim! Mais fácil de vender, mais dinheiro e a repartir por menos! E possivelmente mais emoção porque uma equipa fora das 3 grandes pode perfeitamente intrometer-se na luta tal como um ano mal conseguido e uma equipa forte arrisca-se a descer

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  4. Excelente texto como habitual Ricardo e subscrevo na integra..e dou especial enfase à redução do nr de equipas e o ideal seria 10 ou 12 equipas no máximo dos máximos

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  5. Também achava o mesmo mas uma liga deste tipo só resultaria num vácuo, sem qualquer influência externa. Os clubes de média dimensão não iam ficar ricos de um dia para o outro e os jogadores dos clubes pequenos, para não jogarem na segunda divisão, sairiam todos para o estrangeiro. A base do futebol português seria destruída.

    Além disso, um campeonato onde 60% das equipas tem um lugar garantido na Europa, é um campeonato onde não é preciso investir muito para jogar na Europa. O desinvestimento era inevitável.

    Aprendam com a Escócia. Era um campeonato competitivo e reputado, apostou neste modelo e nunca mais fez nada.

    Mike, o mecânico

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    1. Bom, acho que a tua argumentação cai por terra quando comparas Portugal com a Escócia. Sem matéria prima não há milagres, e nós temo-la. Eles não.

      Quanto a competir pela Europa, o facto da Liga se tornar mais competitiva, talvez puxasse os "menos grandes" a tentar uma brincadeira e ganhar o campeonato. Com 18 equipas é praticamente impossível. Por isso é que só o Boavista e o Belenenses o conseguiram.

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    2. Águia Preocupada12/5/16 22:48

      E o Boavista todos sabemos como foi...

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    3. Acho até que a "matéria prima" que está espalhada por 18 clubes, se se agregasse em torno dos 10 existentes, tornaria esses clubes de segundo plano muito mais fortes. Teres uma série de bons jogadores separados por 18 equipas só provoca que em todas existam lacunas no plantel. (Com excepção, talvez, apenas das 3 mais fortes)

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  6. O que escreves é duma lucidez e lógica tão simples que me comove a desinteligência dos diferentes agentes desportivos em Portugal, a palavra comovente encerra várias interpretações, escolham a vossa...

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  7. 18 é muito, mas 10 seria pouco... Talvez 14... Para não se perder o prazer de ver um Tondela no Lumiar a enterrar o mestre da tática, o presidente suprasumo, o Rui Mantos, o Pinacolada, o Ignácio, o Otário e aqueles carneiros todos que também dão pelo nome de lagartos...

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  8. "18 é muito" Felizmente ainda existe quem perceba disto. Obrigado

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  9. Caro Ricardo,

    Este foi o post deste blog que me deu mais gosto ler.
    Só uma correção: neste dilema do prisioneiro a prática é igual à teoria:

    Não sei se concordo que o ideal é um liga pequena, mas acho que mais que tudo era importante termos uma liga (organização forte) que não fosse atrás dos caprichos de nenhum clube, ou clubes.

    SL

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    1. Obrigado pelo elogio.

      Eu só acho que a prática é diferente da teoria porque, tal como transcrevi "ambos os jogadores obteriam um resultado melhor se colaborassem", e assim a teoria contradiz a realidade...

      Mas eu percebi a correção. :)

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  10. Seria a pior liga possível. O campeonato escocês é horrível com 2 equipas e o resto é paisagem.

    Acho que é o erro de se pensar que poucas equipas significa mais concorrentes ao título ou fica o campeonato mais competitivo.

    Nada disso. O nosso campeonato é valorizado porque há diferenciação de equipas. E está mais que provado que os campeonatos com menos equipas matam a força externa.

    Para mim um campeonato com menos de 16 equipas é um erro crasso.

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    1. Exactamente. Usa-se e abusa-se do exemplo do campeonato escocês mas, convenhamos, a pouca gente aquilo interessa.

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  11. É uma ideia interessante Riccardo mas parece-me pouco exequível, mas seria de facto um Campeonato de Top. Uma outra alternativa seriam até mais equipas, por exemplo 24 divididas em 2 grupos e no fim pegavam-se nos 4 melhores das 2 Séries e encontrava-se o Campeão em sistema de todos contra todos também, o mesmo para os últimos 4 para decidir os (talvez 3/4 a descer). Há "n" combinações possíveis que talvez dessem mais vida ao Campeonato português. Atenção que quanto a mim a escolha dos 2 grupos de 12 seria por sorteio tipo puro de acordo com o Ranking das equipas, por exemplo, o primeiro da época passada ficaria no grupo do 4° e 5°, o 2° e o 3° no mesmo, etc.

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    1. É uma alternativa... mas preferia o modelo que descrevi. No entanto, acho que esse que descreves seria mais fácil de implementar em Portugal. Com certeza agradaria mais aos "pequenos".

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    2. A ideia dos 10/12 clubes é de longe a melhor e a verdadeiramente mais competitiva. A que propus é a mais democrática. Há uma terceira hipótese mas essa implica alguns custos e um grande desgaste, mas se calhar seria bom para lançae jovens, 10 clubes e os despromovidos só o seriam ao fim de 2 anos fazendo-se a soma do total de pontos obtidos nos últimos 2 campeonatos, tipo o modelo da Argentina.

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  12. 10 ou 12 equipas no escalão principal seria o ideal.

    Para além disso, ligas inferiores com maior competitividade (como temos agora) com mais subidas e descidas, de forma a permitir os clubes sonharem com voos grandes. Como está agora, existem poucos clubes a descer da segunda divisão...

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  13. Parabéns pelo artigo Riccardo,

    Há muito que vejo que o problema do futebol nacional, mas também de outros sectores neste rectângulo à beira-mar plantado, é mesmo este do "dilema do prisioneiro".

    Sobre a ideia da redução do número de equipas, eu sou defensor de um modelo de equipas que usem por concessão da 1ª Liga os estádios do Euro 2004, todos eles em cidades com massa crítica populacional para encherem os campos. Mas, para chegar lá é preciso haver uma mudança radical na mentalidade dos nossos dirigentes, assim como repensar o modelo de negócio do futebol nacional como Liga Profissional. Só uma Liga assertiva é que vamos lá. Mas, para a tê-la é preciso que muitos dirigentes de clubes mudem, pois o poder real é destes.

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  14. segunda-feira penso nisso.

    agora preocupa-me mais o Benfica-Nacional ser arbitrado por um antigo membro da Juve Leo.

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  15. Mudar o numero de clubes na Liga não resolveria per si o problema. A isso ter-se-ia que juntar uma serie de outras coisas tais como: gestao centralizada de direitos televisivos, gestao centralizada da internacionalizacao da Liga em termos de imagem, merchandise e tournees de clubes, mais racionalizacao dos mecanismos de compensacao dos clubes mais pequenos nas transferências e, pecado dos pecados, a implantacao da "teoria comunista" dos tectos salariais (esperem aí, afinal isso foi invençao da Liga mais capitalista do Mundo, a NBA...). Com isso teríamos mais clubes competitivos, mais adeptos nos estádios e mais interesse internacional pela nossa Liga. Mas confesso que esta minha opinião é utópica e não será concretizável.

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    1. Eu já considero a minha opinião utópica, então a tua ainda mais. :)

      Mas concordo em absoluto.

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  16. Há anos que defendo entre amigos e outras pessoas que o formato do nosso campeonato é completamente errado.
    Pensem nisto : Qual o Pais que tem 90 % dos adeptos de 3 clubes ??? NENHUM!!! E isto nunca vai mudar....se não mudou em quase 100 anos....muda quando ??? é vergonhosa as assistências que alguns clubes têm na 1ª liga.....há cidades em Portugal que o clube da região não tem mais de 1000/1500 pessoas de média a assistir!!
    Exemplos : Coimbra, Barcelos, Leria, Qualquer clube do Algarve, Capitias de distrito que não tem clubes relevantes etc etc etc.
    Nós somos um Pais onde apenas são relevantes os 3 grandes clubes e pode-se juntar Braga e Guimarães apenas pq os adeptos dessa cidade acompanham a equipa; de resto....
    é muito mais importante a todos os níveis haver mais um ou 2 jogos entre os grandes, do que um Arouca vs Tondela etc etc etc.
    Arouca vai á europa e nem 1000 adeptos deve ter...isto é surreal.....nem no Chipre!!!

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    1. E vamos ver onde vai jogar o Arouca...

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    2. Águia Preocupada12/5/16 23:45

      A Aveiro... Como jogou connosco e com os outros...

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  17. Caro Riccardo Zhora,
    clap, clap, clap!

    Bela analogia de conceitos, ainda que o Futebol português precisasse de... "renascer", não só, mas sobretudo também pela substituição quase radical dos seus Dirigentes, da FPF à Liga e da Arbitragem à esmagadora maioria dos Clubes!

    Mas como dizes, e bem, caro Riccardo, a propósito do Campeonato desejável,... DREAM ON!
    Anda por aí muita "alternadeira submissa e parasita", chulando e minando... TUDO!

    Subscrevo convictamente a tua sugestão de conceito de Campeonato, ideia que hà largos anos defendo, pelo implíto e claríssimo aumento de qualidade de espectáculo, competitividade e interesse REAIS do muito sacrificado consumidor português.
    Criar-se, de facto, 1 ENORME VALOR ACRESCENTADO A TODOS OS AGENTES ECONÓMICOS DO FUTEBOL, inerentes a uma mais que expectável melhor aceitação/compra do Cliente português.

    Inclusivé, muito provavelmente, teríamos assim um impacto muito melhor no Futebol sobretudo europeu, o que garantiria, com grandes probabilidades de sucesso, uma enorme apetência COMPRADORA (via acesso TV) da diáspora portuguesa (vários milhões) e até dos mercados televisivos internacionais.

    Imagine-se, com uma estratégia assertiva de gestão de direitos de TV, o brutal potencial de negócio da Europa à América do Norte (USA e Canadá), América Latina (sobretudo Venezuela, pelos Portugueses emigrantes e Argentina pelos Jogadores cá presentes) e até África (PALOP).

    Esta é para matarmos saudades, caro Riccardo,... BOTTOM LINE,...
    este domingo VAMOS GANHAR! E assim, SEREMOS OS JUSTOS TRI-CAMPEÕES NACIONAIS!

    Abraço Benfiquista,
    RSG

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    1. Obrigado Rui! Espero que tenhas razão para domingo...

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  18. António Madeira12/5/16 23:21

    O dilema do prisioneiro é isso mesmo, um dilema de prisioneiros.
    O processo da evolução encarregou-se de, independentemente das condições e do organismo, garantir que primeiro resulta a competição e depois a colaboração.
    No caso humano, a colaboração só ocorre quando existem bases mentais (leia-se, cultura, raciocínio lógico e isento de dogmas, consciência do meio envolvente e dos seus mecanismos). Um prisioneiro tem tudo menos isso. É, por norma, uma pessoa desprovida de educação, de laços emocionais e consciência social. O primeiro instinto é agir em seu proveito e nunca em colaboração.
    Os ingredientes que temos actualmente no futebol nacional (e não só, obviamente) são estes.

    Nada disto mudará, porque a mentalidade e a base democrática dos clubes não quer isso. Os resultados imediatos e a qualquer custo contra o "inimigo" regem qualquer atividade económica, e o futebol, não nos enganemos, funciona como a religião, onde o poder e o dinheiro se misturam com o dogma, e a acefalia e ausência de racionalidade mais não fazem do que perpetuar quem está no topo da pirâmide.

    Independentemente do modelo que for implementado no futebol português, as coisas só mudam quando alguém o quiser fazer. Quando alguém se desligar do modelo autofágico e vislumbrar um potencial além da clubite.
    Como estamos numa era em que já não há Homens, apenas homenzinhos, nada mudará, por muito que se escreva e opine.

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  19. alerta vermelho12/5/16 23:33

    Amigo Riccardo. desculpe-me discordar, mas estamos a chegar a sexta-feira, e é hora de se focalizar!Todos os BENFIQUISTAS se devem focalizar já! Palpita-me que damos 4 ou 5!

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  20. Águia Preocupada12/5/16 23:41

    Comecei a ver futebol nos anos 60 em que o nosso campeonato albergava na 1ª liga 14 equipas. Acho que para um país pequeno e sem a capacidade financeira de outros, seria um numero interessante!
    Contudo, o nosso campeonato enferma de tantas doenças que caso não as curemos, pouco importa que sejam 14, 16, 18 ou 10!
    O nosso campeonato move-se por intrigas, por invejas, por interesses individuais, por desorganização e sobretudo por uma gritante falta de justiça!
    Enquanto por cá todos falam, ofendem-se uns aos outros, levantam suspeitas, criticam os árbitros dos outros... etc., etc., etc., nos outros países foram impostas regras, disciplina e uma justiça sem cores ou emblemas que "obrigaram" ao respeito mútuo entre os clubes e por arrasto entre os adeptos.
    E aqui quero lembrar o problema criado por Mourinho entre o Real e o Barça que levou o presidente do real a pedir desculpa ao Barça! Isto é respeito! Isto é convivência leal! Isto é VERDADE! Enquanto no nosso futebol isto não for possível, nunca passaremos da 2º divisão europeia!

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  21. Águia Preocupada12/5/16 23:57

    Faltou ao meu comentário, a alusão à geografia das equipas da 1ª liga. Porque será que estão todas a norte?
    Alguém falou aqui em "alternadeiras submissas"... Porque será que a maioria dos clubes giram todas à volta do grande Porto? Os empréstimos de jogadores, as "ajudas" e "contrapartidas" fazem aquilo a que vulgarmente se denomina de "Sistema"... E o "Sistema" não terá vontade para mudanças pois estas alterariam e de que forma as suas vantagens!
    Há quantos anos não existe um clube no Alentejo a militar na 1ª divisão? Que bonito seria que os clubes se espalhassem por todo o país!... Mas isso seria difícil mais de controlar... Tudo juntinho é que é bom...

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  22. Ricardo ja agora uma liga tipo Mexico,tipo Argentina,torneio apertura torneio clausura,sigo o campeonato do Mexico e gosto falem com o Pedro Caixinha que ele treinou o Santos Laguna e sabe como e,olhem que o Campeonato Mexicano subio muito nos ultimos anos.

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  23. o maior problema é que somos um pais de chicos espertos e isso deita abaixo qualquer estratégia por muito bem conseguida que seja.

    dezoito é um exagero, tal como dez o é não só porque ia banalizar ao fim de algum tempo os jogos entre os grandes como ainda por cima ia aumentar o numero de jogos por época que como se viu este ano fica muito complicado para os clubes que estejam nas competições europeias.
    catorze quando muito dezasseis seria o numero ideal de clubes na nossa liga.

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  24. Parabens, muito bom texto, mas nao concordo muito:

    Penso que o campeonato deveria ter 14 clubes e duas voltas. Uma taça da liga mais atrativa. Ha muito vasculho no campeonato e com 14 equipas ainda teriamos umas 6 de nivel baixo (ate ai concordo com o teu argumento) o problema, na minha opiniao, é a banalização do classico, ter 4 SLB fcp mais um ou dois nas taças nao me parece que vá contribuir para melhorar o campeonato. Posso estar enganado mas acho mais especial assim.

    Quanto à materia prima, estas redondamente enganado, e o ryan gould, o messi escoces? Agora mais a serio, acho que em Pt se deveriam buscar solucoes como planteis de 15 jogadores nascidos em portugal, 10 ou 8 da formação para impedir que haja 200 e tal brasileiros inscritos (nivel zero), maximo de 25 inscritos, procurar melhorar as condicoes dos clubes pequenos para nao termos clubes com medias de 1000 esoectadores, enfim, há pano para mangas....

    Abraço e carrega BENFICA!!

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  25. Julgo que não poderia ser visto desse modo, nem apenas pelo número de equipas e rondas de jogos, mas sim de base na formação do futebol portugues, seguindo um pouco a linha do campeonato alemão ou federações belgas; para além dos grandes custos em deslocações e a saturação dos jogos.
    um campeonato a 4 rondas tiraria muita emoção dos primeiros dérbies/clássicos, para além de dificultar ainda mais a possibilidade de mostrar o valor dos jovens (ou menos) portugueses - menos equipas para os albergar.
    Como tal, deveria ser reduzido para 16 equipas; maior restrição na contratação de estrangeiros, através de uma imposição de quotas de jovens jogadores portugueses (para ter mais estrangeiros até ao limite, terá de ter mais jovens portugueses). Dando a possibilidade dos primeiros classificados (competições europeias) inscrever mais 2 ou 3 jogadores internacionais pelas suas seleções (ex. no top 20 ranking mundial - um pouco ao estilo de Inglaterra - dar mais competitividade europeia - ficariam fora do limite de estrangeiros).
    A taça da liga, deveria dar ao seu vencedor/vencido uma possibilidade de disputar um playoff pela liga Europa com a equipa no campeonato que fica classificada imediatamente após à penúltima vaga da mesma, dando a hipótese de aumentar a competitividade da prova e de valorizar ainda mais quem a disputa. Teoricamente é uma prova com maior equilíbrio de jogos (apenas campeonatos profissionais).
    Arranjar uma forma (não sei como) de manter os clubes a jogarem duas vezes por semana (excepto nas provas internacionais) de modo a aumentar o grau de exigência e aproximar a dificuldade e exigência dos clubes em competições europeias (muito difícil de concretizar).

    Depois, terá de haver uma reformulação, por parte das entidades responsáveis pelo futebol de formação, no sentido de promover a qualidade do acompanhamento aos jovens - treinadores com competências e formação técnica adequada às camadas jovens; um repensar dos responsáveis pelas seleções jovens, nomeadamente em treinadores que se preocupem com a promoção da qualidade coletiva, otimizando o potencial do jogador português (bom tecnicamente, menos bom taticamente), pensando menos no resultado, mas sim no preparar para a realidade do futebol profissional/sénior.

    O marketing e exposição da liga deverá ser feito de forma mais feroz, havendo também um maior ajuste na distribuição do dinheiro pelos diferentes clubes, dando algum tipo de benefícios pelos clubes que apostam nos jovens jogadores (até um determinado limite), direitos televisivos...

    Mais ações deveriam ser equacionadas (banir/barrar dirigentes conflituosos, corruptos...), melhorar as condições dos espaços de jogo (ajudar na melhoria das infraestruturas/terreno de jogo pelo menos), profissionalização dos árbitros, uso de novas tecnologias para minimizar os erros e suspeições, obrigando os clubes a trabalharem mais e melhor...

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  26. 'Há uma mina de ouro na Luz', escreve a imprensa espanhola

    Jornal Marca elogia a formação do clube português e destaque o selo de qualidade dos jogadores que passam pelo Benfica.

    Foto: MIGUEL RIOPA

    Por SAPO Desporto sapodesporto@sapo.pt

    A venda do passe de Renato Sanches para o Bayern de Munique por 35 milhões de euros mereceu grande destaque na imprensa internacional, nomeadamente em Espanha,
    onde o jornal Marca fez esta quinta-feira uma análise às recentes vendas do clube da Luz
    para chegar à seguinte conclusão:
    o Benfica consegue lapidar diamantes em bruto e lucrar milhões de euros na formação de jogadores que se tornam autênticas joías do futebol europeu.

    Com o título de 'Há uma mina de ouro na Luz',
    o diário desportivo passa em retrospectiva as vendas de jogadores como
    David Luiz, Angél Di María, Matic ou Fábio Coentrão,
    e a forma como clube 'encarnado' tem conseguido nos últimos anos
    arrecadar milhões de euros em transferências de jogadores que chegaram à Luz
    praticamente desconhecidos, e donde saíram craques pagos a peso de ouro.

    Segundo o artigo do jornal Marca, a estratégia do Benfica é um exemplo a seguir
    por vários emblemas, uma vez que tem conseguido formar jogadores de elite
    para os principais clubes europeus tais como
    Witsel, Dí María, David Luiz, Rodrigo Moreno, Fábio Coentrão,
    Matic, Enzo Pérez, André Gomes, Lazar Markovic,
    Javi García, Ramires ou Jan Oblak.

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  27. Nem mais, caro Riccardo,

    Há bastante tempo que defendo exactamente esse formato e até cheguei a tocar nesse assunto brevemente no meu blog:

    http://aocolinhodoisaias.blogs.sapo.pt/o-nevoeiro-de-uma-reflexao-maior-6935

    10 equipas com quatro voltas e uma II Liga com dois grupos de 10 divididos entre Norte e Sul é o melhor formato para Portugal (36 jogos de Liga por época).

    Por um lado, garantimos que quem está na I Liga tem condições (a nível de equipa e infraestrturas) para lá estar, por outro, ao transformar a II Liga em grupos Norte e Sul, reduz-se custos para os clubes e coloca-se uma maior justiça na tabela classificativa.

    Alguns sugerem que a partir certa altura da época a tabela se divida. Discordo disso. O campeonato de Liga deve ser um puro todos-contra-todos, neste caso, a quatro voltas.

    Cumprimentos,
    Isaías

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  28. Eu acho que poderíamos (deveríamos) tentar uma outra coisa. Um campeonato nacional com 10 equipas jogado até ao natal. E um campeonato que juntasse equipas de Portugal, da Escócia, da Bélgica e da Holanda com 18/20 equipas (cada equipa só se encontrava uma vez) jogado até maio/junho. Este campeonato teria um máximo de 7 equipas por país e um mínimo de 3. Cada temporada baixavam 4 equipas e subia uma de cada país. Teríamos constantemente jogos entre equipas como Benfica, Porto, Sporting, Anderlecht, Brugges, S.Liege, PSV, Feyenoord, Ajax, Celtic e Rangers. Uma audiência directa de 40 milhões e um campeonato muito mais interessante para diasporas e para o mundo em geral. Haveria mais interesse, mais dinheiro e a possibilidade dos orçamentos destas equipas subirem para outro patamar. No caso de Portugal, de janeiro a maio/junho jogava-se para subir para o campeonato internacional e para fazer parte do campeonato nacional no ano seguinte.

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  29. Interessante verificar que este post descreve as novas ideias para uma liga europeia na versão tuga. É interessante verificar também que que aprova está ideia para a versão tuga é totalmente contra a versão europeia.

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  30. A redução dos quadros profissionais competitivos em Portugal há muito que é uma necessidade e muitas vezes discutida, estudada e confirmada. Só com uma redução é possível desenvolver e aumentar a competitividade nas respetivas competições; até porque as potenciais receitas seriam a dividir por menos. Estudos igualmente confirmam que essa redução criaria mais e melhores condições para que um ou dois determinados clubes de regiões mais periféricas no que diz respeito ao futebol, pudessem ter mais e melhores patrocínios e receitas, dando-lhes possibilidade de crescer e se tornarem mais competitivos a nível nacional. È que um dos males que estes clubes padecem é mesmo a concorrência de outros clubes da mesma Autarquia e até Freguesia, o que faz dispersar entre eles as sinergias que poderiam alavancar um só e único clube para outro patamar competitivo.

    Não sei se o Riccardo sabe, mas uma das últimas tentativas que houve para se reduzir em número o nosso quadro competitivo, levou a que acontecesse precisamente o contrário.

    Infelizmente é típico que alguém prefira ser o chefe da sua chafarica em vez de ser um diretor de uma grande multinacional. Basta atentar para a guerra que houve aquando da reestruturação do poder local em Portugal.

    Memória de Elefante

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