O blog Novo Geração Benfica é agora um espaço aberto a outros bloggers benfiquistas. Os autores dos textos serão os únicos responsáveis pelos mesmos, não sendo definida qualquer linha editorial ou obrigatoriedade. novogeracaobenfica@gmail.com

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ecos de Braga

. 3 comentários

Portugal 2 de Fevereiro de 2013

O tema nada tem que ver com a alegada relação entre Salvador, presidente do Braga, e a possível eliminação do FCP da Taça da Liga. Mas sim com os dois bons resultados obtidos em Braga e de seguida, um pouco mais abaixo, em Paços de Ferreira para a Taça de Portugal.
Quem leu o texto n.º 2 acerca do último clássico com o FCP, recorda-se da questão que coloquei acerca dos sistemas de jogos: “o “proactivo” 4-4-2 do Benfica contra o “reactivo” 4-3-3 do FCP. Uma equipa a fazer tudo para ganhar, outra a fazer tudo para não perder. Benfica vs FCP é sempre assim, pelo menos desde que Pedroto treinou o FCP.” E acrescentei: “o problema vem precisamente da estrutura física do 4-4-2 e do 4-3-3. Dê-se as voltas que se derem, o Benfica colocando mais unidades de vocação ofensiva, os 2 jogadores de área (mais móveis, mais fixos ou um de cada tipo), tem sempre, mas mesmo sempre, menos jogadores no meio campo.
Os adeptos que estiveram atentos aos dois jogos em questão, repararam que quer em Braga quer em Paços, fosse por causa de lesões, fosse por causa de gestão de plantel, Jorge Jesus fez alinhar Gaitan como 8 em Braga, Aimar em Paços, Lima como único ponta de lança nos dois jogos, dois médios ala, Sálvio e Ola Jonh em Braga, Sálvio e Gaitan em Paços. À frente da defesa, jogaram Matic e Enzo Peres em Braga, Matic e André Gomes em Paços. Quanto aos defesas, Maxi e Melgarejo em Braga, dois defesas que sobem bastante, André Almeida e Melgarejo em Paços.
Ou seja, fosse porque razão fosse, Jesus jogou em 4-2-3-1 neste dois jogos difíceis, e conseguiu duas boas vitórias.
Que mais se pode dizer? Que ambos os jogos tiveram momentos de alguma pasmaceira, de algum encaixe mútuo, onde a maior preocupação foi não deixar jogar o adversário, esperando que alguém cometesse um erro. E como sabemos a probabilidade do Benfica cometer erros é menor do que a dos adversários, em face do valor de cada plantel.
Assim resulta que o jogo do Benfica perde espectacularidade (é uma característica deste modelo de jogo), mas aumenta a eficácia das transições ofensivas. O facto de só existir um ponta de lança, leva que a defesa do adversário suba mais no terreno, empurrando o seu meio campo para a frente, tal como o meio campo empurra o ataque. Assim sobra mais distância entre a linha defensiva adversária e a sua baliza. Ver golo n.º 2 do Benfica em Braga, um exemplo perfeito do que é o contra ataque.
Defendo há muito tempo que o 4-4-2, seja o modelo clássico, seja o modelo em losango, não serve para todos os jogos do Benfica. Há adversários que pelas suas características de jogo aliadas ao facto da arbitragem não premiar o Benfica por atacar mais (errando sistematicamente em foras de jogo, faltas e até grandes penalidades), devem ser abordados noutro modelo de jogo que não puxe tanto o Benfica para a frente, e permita ao adversário que se atreva mais, deixando espaço na rectaguarda por onde o Benfica pode criar mais e melhores situações de golo.
Defendi isso após o jogo com o FCP. Defendo isso novamente, pela evidente relação entre o 4-2-3-1 e os dois bons resultados obtidos em Braga e Paços de Ferreira. Este último que nos permite estar com um pé e meio na final do Jamor, após vários anos de ausência a jogar em 4-4-2.
Se comentar anonimamente, não use o nickname Anónimo. Deverá inserir um nick seu (em Comentar como: opção Nome/URL).

3 comentários

  1. Eagle

    isso é tema para um gajo debatar com umas cervejolas e uns caracóis lá para Julho quando estiver na Capital :)

    ResponderEliminar
  2. Aguia despreocupada2/2/13 23:57

    Tu o defendes eagle e defendes esse modelo muito bem nao podia estar mais de acordo contigo embora nao perceba muito de tacticas mas o suficiente para te perceber que a mesma tactica ou seja o 4-4-2 nao serve para alguns jogos de maior risco.

    ResponderEliminar
  3. redtiger3/2/13 16:24

    Excelente analise Eagle, estou totalmente de acordo contigo, pena é que Jesus apenas o tenha feito agora, se o tem feito em Moscovo e contra o Porto talvez tivéssemos tido outros resultados nesses jogos!

    Eu defendi a mudança para o 4-2-3-1 em vários blogues onde comento antes do jogo do Porto! Fui insultado e apelidado de cobarde e burro por querer mudar a nossa forma de jogar habitual, viu-se o que aconteceu no jogo!

    Espero que continuem a fazer mais análises "ao jogo em si" aqui no blogue pois gosto bastante de fala de futebol!

    Saudações Benfiquistas

    ResponderEliminar

O NGB mantém registo dos comentários. Não use o nickname Anónimo, insira sempre um nickname à sua escolha (em Comentar como: opção Nome/URL). Seja moderado na linguagem, senão será rejeitado. Comente o assunto do post, salvo algum off-topic que se enquadre no contexto do blog.

ranking