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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Benfiquismo

. 36 comentários
Em relação ao jogo na Choupana, depois de ler as críticas ao otário do Proença, os comentários sobre o nosso JJ, a verborreia do presidente do futebol corrupto do porto (com a sua hilariante referência às escutas) e a diarreia mental do presidente do Nacional, posso agora, a frio, tecer os meus próprios comentários. Só vi a segunda parte, numa daquelas transmissões via net mas deu para perceber a desorientação, a falta de ambição, a falta de organização, os erros estúpidos do JJ (como o deixar ficar o Sálvio e tirar o Urreta, entre outros) e aquilo que todos vocês já leram e escreveram. Como a transmissão teve alguns cortes, posso não estar a ser totalmente justo na apreciação do jogo, mas deu também para relembrar como era o futebol sofrível do Benfica antes do JJ. Apesar de também eu ser crítico dele, reconheço que nestes últimos 3 anos e meio o Benfica jogou muuuuuuuuito melhor do que em largos anos que precederam o “mestre-das-tácticas”. E aqui é que entra o que senti e o que me lembrei após o jogo. E esta sim, é a razão deste post.

O meu pai, uma das pessoas que mais admiro na vida, levou-me desde cedo a visitar o velhinho Estádio da Luz. Lembro com saudade os tempos em que ia com ele à bola, em horários decentes, munido com a almofada para o rabo, uma bandeira maior do que eu e um cachecol. E claro, quando chuvia era indispensável ou um guarda-chuva, daqueles pequenos que apesar de não o ser eram descartáveis tal o abuso de que eram alvo, ou uma capa. Ele levava também o rádio para ir acompanhando os outros jogos, e ia explicando tudo o que se passava. Claro está, eu absorvia tudo. Eram tardes espetaculares!

Entretanto, ao tornar-me mais velho, passei a ir à bola umas vezes com ele, e outras com os meus amigos. Algo perfeitamente natural. Foi nesta altura que ele passou à reforma e começou a frequentar mais vezes os jogos de sueca lá no bairro e a conviver mais com a “velha guarda”. Foi também mais ou menos nesta altura que o Artur Jorge desfez a equipa do Benfica. E foi também nesta altura que eu percebi que via o Benfica de forma diferente da dele...

Não sei se antes, quando ele apenas me levava ao estádio para passar um bom bocado comigo, ele já tinha a sua visão diferente da minha. Calculo que sim. Mas o facto de ele levar com doses industriais de visões antiquadas e até rancorosas de outros adeptos (quase todos benfiquistas e sportinguistas) nos seus convívios de cartas, coincidir com a formação da minha própria opinião sobre o nosso Glorioso marcou indelevelmente a nossa relação pai-filho benfiquista. Ele, agarrado ao passado, entrou na onda da crítica constante, própria de quem viveu os tempos mais gloriosos do nosso clube e se vê confrontado com Damásios, Vales e Azevedos, Artur Jorge, e escumalha semelhante que quase conseguiram destruir o Benfica. Claramente ele estava a ser influenciado pelas seus parceiros de “vício”. Até determinado ponto eu cheguei a concordar com ele, mas pensei cá com os meus botões: não é assim que damos a volta. Não é a crítica constante e o “bota-abaixo” que nos vai ajudar a sair deste buraco. E foi a partir daí que qualquer jogo que eu visse na companhia dele, as nossas opiniões colidiam.

Ao longo do tempo, os comentários passaram a ser de bota-abaixo em relação ao Benfica e a Portugal, mas pior do que isso era aquilo que me irritava particularmente: o reconhecimento da “superioridade” do fcp. Ao que eu ripostava: “Mas não vês que aquilo é tudo baseado em corrupção? Que eles só conseguiram chegar onde chegaram de forma suja?” e ele logo dizia: “Sim, mas jogam muito mais e até parece que comem a relva…”. É certo que eles, durante todos estes anos, jogaram sempre com mais determinação do que nós, talvez baseando-se na amarelinha do póvoas, ou apenas simplesmente à custa do ódio que nutrem pelo Benfica, mas nada disso me faria reconhecer a tal “superioridade” que ele defendia. Passou a ser insuportável vermos jogos juntos, e inevitavelmente deixei mesmo de o fazer. Entretanto casei e as nossas discussões sobre o Benfica passaram a ser pelo telefone e apenas:
- Eu: “Então, viste o jogo?”
- Pai: “Vi. Não jogam nada”
- Eu: “Então e de resto, está tudo bem?”…
Acabo sempre por desviar o assunto, pois nem o Benfica nem nada nesta vida irá beliscar a minha relação com o meu Pai.

Não tenho dúvidas do seu benfiquismo, tal como não tenho dúvidas do meu. Sei também que 95% dos comentários que ele faz sobre o Benfica vêm da sua frustração/irritação de, após ter vivido o que viveu, ver o Benfica a jogar tão mal quanto jogou nos anos pós João Santos. Agora ele até já nem liga muito se o Benfica ganha ou perde. Acho que é um mecanismo de auto-defesa para não se chatear a sério com o futebol. Prefere canalizar as suas energias para os netos.

Não sei se este tipo de benfiquismo foi ou é vivido por mais alguém, mas acho que no meu caso as formas diferentes de ver/viver o Benfica que eu e o meu pai temos não são as melhores. Foi isto que me lembrei depois de acabar o Nacional-Benfica. Foi uma forma de jogar antiga e foram velhas discussões sobre futebol, com o meu Pai, que me vieram à memória.

Tenho saudades de ir à bola com ele…
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36 comentários

  1. Quero dar-lhe os meus parabens pelo carinho tão nobre que nutre pelo seu pai e que tão claramente explana neste texto. Adorei "ouvir isto", de um filho para o pai. Discordo da apreciação sobre JVAzevedo, penso que nos ultimos 13 anos é que se destruiu o GLORIOSO.

    António José

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    1. Obrigado António. Em relação ao JVA, a referência era apenas temporal. Não o culpo exclusivamente a ele do desastre que era o Benfica naquela altura. O problema veio também de trás e continua até aos dias de hoje...

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  2. Na minha humilde opiniao, tudo na vida tem ciclos. O Benfica teve o seu, o Porto esta a ter o seu. Mas nada e eterno e se calhar os portistas da nossa geracao vao passar pelo que os benfiquistas da geracao do seu pai passaram.
    Ate que o ciclo acabe, benfiquista que sofre nao vai ter vida facil, mas tudo se renova e mais tarde ou mais cedo o Benfica vai ter o seu e ai vai-nos caber a nos portistas, a parte mais agreste do desporto.

    Cumprimentos desportivos,

    Pedro Carneiro

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    1. Independentemente das nossas diferenças de opinião, e de gosto, é sempre saber que há adeptos de outros clubes que verdadeiramente sejam desportistas. Obrigado pelo comentário Pedro.

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  3. Grande texto.

    Tenho 29 anos, o meu pai tem 60 e a relação com o Benfica é muito parecida com a que descreves, excepto na parte de irmos ao Estádio juntos (o meu pai foi emigrante até 1995, e vivíamos a 150km de Lisboa).
    Hoje eu vibro com uma qualquer vitória folgada, ele queixa-se dos falhanços do Cardozo.
    Eu descrevo as escutas do Apito Dourado, ele fala-me na falta de garra dos jogadores.
    Continuamos a ver jogos juntos quando é possível (eu estou em Lisboa, ele não) e a discutir o Benfica, mas nota-se o desencanto de quem viveu 2 finais da Taça dos Campeões e agora assiste a isto.

    Curiosamente ele apoia a continuidade do LFV (pela estabilidade), enquanto eu assumo que uma mudança de Direcção pode ser benéfica.
    No teu caso também é assim?

    Um abraço

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    1. Obrigado Edgar. Eu, tal como tu, estou sempre a bater na tecla do Apito Dourado. Mas eu, tal como o teu pai, também critico o Cardozo e a falta de garra dos jogadores do Benfica (atenção, eu disse Cardozo porque foi o que mencionaste. Podia ter sido outro qualquer). A diferença em relação ao meu pai é que ele critica no sentido de os deitar abaixo, tal é a desilusão dele. Eu acredito que a crítica deve ser construtiva, e que só identificando os nossos defeitos é que podemos melhorar. É principalmente esta a nossa divergência de opinião e atitude.
      Em relação ao LFV eu sou totalmente a favor da mudança. Apesar das coisas boas que ele fez, e entre outras coisas não suporto a ideia de termos um presidente que não é verdadeiramente benfiquista!

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    2. Esqueci-me de completar: o meu pai também prefere a mudança na direção... Vá lá, sempre concordamos em alguma coisa. :)

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  4. Fantastico. É perfeita essa descrição. Concordo com tudo e acrescento que é tal e qual a relação que mantenho com o meu pai. Não tinha pensado ainda no porquê de tanta revolta mas concordo que faz sentido.

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  5. Caros amigos benfiquistas: desde 1958 que sou simpatizante do SLB e acompanho toda a narrativa que é feita ao Glorioso.Nesta altura da época onde tudo se vai decidir,acho que a equipa está com fraco rendimento, e no caso do Artur temos um atleta sem valor para jogar na equipa principal.O Cardoso deixou de jogar desde que teve aumento salarial,não marca um golo há muito tempo mais parece um defesa do adversário.O Jesus já fala como ex.treinador e na minha opinião o seu tempo no clube terminou.
    Cumprimentos
    Joaquim Martins

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    1. Vamos entrar na fase decisiva da época. Essa sua observação sobre o discurso do JJ é interessante. Vejo que não sou o único a ter essa mesma impressão.
      Quanto ao rendimento da equipa, vamos esperar para ver... Chegaram até aqui apenas com o objectivo Champions falhado e sem derrotas nas competições internas. Merecem que se tenha fé neles!
      Cumprimentos.

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  6. AINDA O PRESIDENTE DO NACIONAL

    Quando esse corrupto eng. (????)Rui Alves era funcionário da C.M. Funchal cobrava 500 contos por cada aprovação de projectos.......
    Todos os madeirenses sabem desta realidade....

    E vejam onde este gajo está agora......

    E ainda hei-de descobrir algum podre for da arbitragem (sim, porque dentro da mesma, é do CONHECIMENTO PÚBLICO)desse malandro do P Proença

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  7. Sem tirar nem por. Acho que essas gerações de 50 e 60 se afastaram um pouco do Benfica. Sou louco pelo Benfica e o principal culpado de o ser foi o meu pai. Mas, hoje em dia, sobre o Benfica não falo quase nada com ele. Só me pergunta se fui ou não ver o jogo. Aqueles grandes jogos europeus fui ve-los pela mão dele ao Estádio da Luz. Talvez por ser puto o delumbramento era maior que tudo, mas lembro-me daquelas equipas que o Benfica tinha, de meados da década de 80 até meados da década de 90. Fdx, que equipas, que jogadores. Lembro-me inclusivé de estar com o meu pai, madrugada a dentro à espera de saber os resultados das eleições do Glorioso, nunca esquecerei. A partir de Artur Jorge, já o disse várias vezes, esse Benfica morreu. E, coincidência ou não, o meu pai perdeu o fulgor de outrora, a emoção de ver o Benfica. Sei que às vezes vê os jogos e, quando ganhamos, mete conversa. Acha que Luis Filipe Vieira está a fazer um grande trabalho... Não sei, tenho por mais que tudo respeito por ele, respeito também aquilo que viveu e experienciou desde finais dos anos 50, mas causa-me alguma inquietação o adormecimento de todos aqueles que sabem verdadeiramente aquilo que foi o verdadeiro Benfica. E sim, doi-me o coração só de pensar nas saudades que tenho desses velhos tempos...!!!

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    1. É, o que custa mais é a saudade desse tempo em que vivíamos o Benfica em conjunto com os nossos pais... Mas há que olhar em frente e ter optimismo!
      Engraçado como há tanta gente no mesmo barco que eu. :)

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  8. o unico conselho que te dou e' se o teu pai ainda e' vivo aproveita e vai com ele 'a bola, muitos de nos infelizmente ja nao podem.

    mas estou contigo! abc!

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    1. Bom conselho esse... Vistas as coisas desse prisma, é melhor tentar engolir a minha intolerância e aproveitar a companhia dele. Ab

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  9. José Gomes foi eleito na última noite presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), encabeçando a única lista a sufrágio.

    Artur Soares Soares Dias (Mesa da AG), Pedro Proença, Duarte Gomes e Carlos Xistra (Conselho Deontológico e Disciplinar) integram também o novo elenco diretivo.

    José Gomes é árbitro de futebol de praia e recentemente recebeu as insígnias da FIFA. Arrecadou 167 votos dos 169 contabilizados (houve duas abstenções). Esta foi a eleição com maior afluência de sempre. A votação decorreu em 14 mesas espalhadas por todo o País.

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  10. Parabens grande post tambem te digo se podes vai com ele á bola eu infelismente já não posso

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  11. Águia Preocupada12/2/13 21:08

    Parabens pelo post! Também eu me revejo em algumas lembranças de outrora. Assisti ao vivo a um jogo na verdadeira "Catedral" nos idos anos 1963 - um Benfica 2 - Sporting 2 -.
    E sim, nesses tempos é que se jogava futebol! E que grandes equipas tinham Benfica e Sporting!
    Os tempos mudaram, nós também e acho bem melhor que exista menos diferença entre as equipas "grandes" e as chamadas "pequenas". Mas só isso, porque jogado, o futebol é hoje bem mais pobre... Mas muito mais rico em negociatas, em corrupção, em ódios, em oportunismos, em deslealdade... Logo, muito, muito mau relativamente a esses anos.
    Mas mesmo assim, se puderes, leva o teu pai uma vez por outra ao futebol. Prometi ao meu levá-lo à inauguração da "Nova Catedral" (apesar de ser sportinguista) e infelizmente faleceu um mês antes. Não desperdices tempo. É curto e há que aproveitá-lo ao máximo.

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    1. Obrigado Águia!
      Tal como disse numa resposta anterior, vistas as coisas por esse prisma é melhor tentar engolir a minha intolerância e aproveitar a companhia dele.
      Pena que não tenha conseguido levar o seu pai à inauguração do novo estádio. Ele teria certamente gostado. Eu, felizmente, levei o meu :)

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  12. Bandarilheiro Mor12/2/13 23:19

    Tenho o mesmo problema do teu pai, quem compara as grandes equipas do SLB de à trinta, quarenta anos atrás com as actuais sente um grande desencanto, principalmente pela falta de atitude, coragem e "agressividade".
    Parabéns pelo "post". Como a vida é muito curta não a desperdices, aproveita-a, convence o teu pai a ir à bola, só para estar contigo vais ver que o azedume vai passar.

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    1. Eu até percebo o meu pai, mas por vezes é complicado ouvir o negativismo e o pessimismo dele. De qualquer forma, é de facto melhor ultrapassar as "diferenças" e aproveitar o tempo com ele...

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  13. Obrigado pelo teu belo texto. Nele revejo a relação com o meu filho igualmente difícil por raramente estarmos de acordo sobre o que se passa em campo. Eu crítico da passividade, do pouco esforço, da falta de entrega, ele sempre disposto a desculpar, como se um bom passe valesse mais que três passes errados ou que um remate bem sucedido valesse por 10 oportunidades falhadas. Cada vez menos vemos o nosso Benfica juntos, ou então abstemo-nos de fazer comentários. Passámos a previlegiar mais o convívio à frente de um bom petisco, a apreciar uma boa pinga. Foi ele que me levou à inauguração da Catedral e depois disso estivémos juntos na festa do Marquês de Pombal. Como isso nos vai parecendo distante mas para ele aceitável, o que me faz muita confusão.

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    1. Talvez este texto sirva para reaproximar pais e filhos, no sentido de poderem desfrutar e viver as coisas boas e más da vida do nosso Glorioso. Era bom que tivesse esse efeito.

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  14. Entre algumas imprecisões e formas de analisar o Benfica com as quais discordo delibaradamente há uma que ressalta de forma absurda, conhecendo EU como conheço desde a adolescência o Luís Filipe Vieira. MS QUEM LHE SOPROU AO OUVIDO que o Luís não é verdadeiramente benfiquista ? e os lanches no Estadio da Luz ainda jovens que tive com ele e familia ? e o fervor com que defendia o SLB na adolescência ? vc não é mais benfiquista que Luís Fiipe Vieira e já agora não me venha com a esfarrapada treta que foi sócio do porco e das osgas porque essa explicação já foi dada por ele próprio. Sou sócio do Portimonense porque me associaram e não sou seu adepto, nem nunca fui e nem quotas pago, quero lá saber. Tenho 60 anos e considero Vieira um dos melhores Presidentes de sempre do Benfica e já conheci muitos, nem Borges Coutinho como tanto se propala na imprensa, hoje seria triturado pelos acontecimentos, sei do que falo

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    1. Um presidente que inclusivamente chegou a festejar golos contra o Benfica é dos melhores presidentes de sempre do Benfica?
      Um presidente que, no que toca a defender a instituição e os atletas do clube, está permanentemente calado e a "baixar as calcinhas" ao pinto da costa é dos melhores presidentes de sempre do Benfica?
      Um presidente que apoia um dos implicados no Apito Dourado para a presidência da Liga é dos melhores presidentes de sempre do Benfica?
      etc etc etc

      Independentemente de o ter ou não conhecido, desculpe que lhe diga mas para afirmar tal coisa tem um péssimo sentido de julgamento do benfiquismo das pessoas...

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  15. Já tenho netos e tenho com o meu filho uma relação perfeita tanto pessoal como no que ao Benfica diz respeito.

    Quando o Benfica joga não há nada que se atravesse vem a minha casa ver os jogos todos, mesmo particulares comigo e até a patroa faz sempre uma comida especial para que nós nem precisemos de nos levantar do sofá.

    Já vimos mais jogos ao vivo do que hoje pois a distância é grande mesmo assim e já combinamos que iremos, porque outro cenário não admito, à final da Taça.

    O Viera pode ser muito Benfiquista mas eu também conheço muitos em que o seu umbigo e também o passado se lhes atravessa na frente e aí as condições para defender o Benfica deixam de existir e perante isso mais vale dedicar-se só aos seus negócios.

    O Benfica , de longe a maior instituição do país, tem sido o bombo de festa na ulima decada e isso ninguém pode desmentir e é isso que os mais antigos não compreendem porque foram habituados a ver defender o Benfica até à morte.

    Eu também fui filho e nunca esqueci que a experiência ultrapassa muitas vezes o conhecimento.

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    1. "a patroa faz sempre uma comida especial para que nós nem precisemos de nos levantar do sofá."

      Isso é que é ver a bola em condições... :)

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  16. Assim como foste tu, eu tambem fui com o meu pai, que jogou à bola 20 e tal anos nos distritais e tinha um cartão vitalicio que era um premio, para os jogadores que jogavam nas divisões inferiores muitos anos, coisa que o Srº Madail acabou, mas como dizia desde que me conheço que fui ao futebol com o meu pai, desde o inicio dos anos 70, até sensivelmente meio dos anos 90, depois ele deixou de ter acesso e eu comecei a ir menos, depois muito menos e agora nem vou.
    Claro que tudo isto é consequencia de varias situações, principalmente das más direcções desde 1994 até aos dias de hoje, mais do que o Benfica ganhar ou não.
    Mas tens que perceber o teu pai, eu serei mais novo que o teu pai e mais velho que tu, e quando me lembro do Benfica dos anos 70 e 80 principalmente, e até 1994 e olho para aquilo que tenho visto desde 1994 até hoje, sinceramente, mesmo o meu pai já não estando comigo, sei que onde quer que ele esteja, que ele sofre a assistir a esta pobreza que tem sido o Benfica, pois o meu pai viu todas as finais europeias do Benfica, eu só vi as dos anos 80, duas delas ao vivo, e varias outras campanhas boas.
    Tens que te lembrar que uma das imagens de marca do Benfica sempre foi a garra dos jogadores e a forma como defendiam o clube em campo e isso hoje é mais dificil de assistir, posso dizer por mim que a nostalogia é enorme, então desde que mudamos de estadio ainda piorou mais a situação, às vezes lembro como sofria, chorava, ficava quase doente, quando vejo imagens de outros tempos, como gostava que o tempo andasse para trás por varios motivoshoje em dia ganhe ou perca, não sendo a mesma coisa é me quase indiferente, falta-me paixão, envolvencia, deixei de sentir isso, talvez pelos mesmos motivos do teu pai, quanto ao ires com ele, pela minha experiencia de vida, aproveita enquanto podes porque a vida muda de um momento para o outro, como eu gostava de ter essa possibilidade, nem que fosse só uns minutos

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    1. Eu percebo isso tudo, mas a mim o baixar os braços com esse tal desencanto não ajuda em nada. O que ajuda é incentivar e não o "bota-abaixo".
      Mas enfim, tal como diz, vou tentar não desperdiçar mais tempo com ele no futuro...

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