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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Responsabilidades

. 1 comentário
1. Penitencio-me desde já por este post ser extenso e algo redundante com o do Shadows, PJSimões, também o do Eagle01 e um outro do António Barreto. Volto a 'chover no molhado' por considerar uma matéria de primordial importância que não devia ser encarada com leviandade, quer por parte da própria estrutura encarnada que considero excessivamente tolerante numa matéria tão sensível como esta, quer pelos próprios benfiquistas, com maior ou menor responsabilidade dependendo do escalão etário. A tão propalada «hegemonia portista» das últimas décadas, aparte méritos alheios e deméritos indissociáveis, fez-se como sabemos com base num rol interminável de factores exógenos. Sem querer ser exaustivo, tento sintetizar da melhor forma que sei uma matéria que, de tão vasta que é, obrigar-me-ia a muito mais. Assim, a estratégia portista das últimas décadas contou com;

i) Controlo dos vários centros de poder directa ou através de ‘marionetas’ que aplicaram uma estratégia previamente definida e à medida dos interesses portistas, com especial ênfase para o sector da arbitragem;

ii) Colocação de pessoas em lugares estratégicos nas várias áreas de influência (Ouvia-se falar recorrentemente em Políticos, Juizes, Advogados, Presidentes de Câmara, Dirigentes da Arbitragem, Árbitros, Delegados, Conselho de Justiça, etc.). Aqui, para dar uma ideia enganadora o Conselho de Disciplina normalmente não era controlado, pois ‘havia a certeza’ que ao recorrer para o Conselho de Justiça, este alterava sempre as decisões tomadas por aquele, o que levava a opinião pública a convencer-se que tinha havido justiça e democraticidade;

iii) As ‘colaborações’ com vários dirigentes e clubes considerados estratégicos com o ‘empréstimo’ de jogadores que estavam impedidos de jogar contra o FCP e tentavam demonstrar a sua valia á ´casa-mãe’ fazendo os jogos da ‘sua vida’ sempre que defrontavam o SLB. A ‘factura’ era paga, a troco de votações nas propostas e apoio das posições estratégicas do FCP nos vários órgãos do poder desportivo, declarações a enaltecer ‘a organização’, e obviamente contra o SLB. Havia ainda uma pequena ‘Nota de Crédito’ que passava pela promessa de apoio aos ‘Dirigentes/Clubes-Clientes’ nos vários órgãos. Alguns até foram salvos da descida de divisão através de outro expediente muito em voga durante várias épocas: o alargamento;

iv) O acordo estratégico estabelecido com o clube dos Viscondes, dos Brás Medeiros e dos Cazais Ribeiros para ‘destruir’ o SLB (O FCP dada a sua dimensão não se podia ‘dar ao luxo’ de enfrentar de ‘peito aberto’ o SLB e ainda menos ter os outros 2 grandes contra si), em que o clube de Alvalade assumiu o tradicional papel de ‘ordenança’, de subalternidade (e mais recentemente de ‘porta-voz’) e aceitou as ‘migalhas’ renegando assim toda a sua história e dando origem a um facto curioso e contraproducente; contentarem-se anos a fios com 2.º lugar – desde que, claro está – à frente do Benfica;

vi) ‘Infiltração’ de agentes no próprio SLB que passavam por ‘pacíficos e insuspeitos associados’ mas que na prática o único objectivo era ‘minar’ por dentro o clube e contribuir para uma constante instabilidade que atingia o auge nos princípios de época e nos momentos de insucesso;

vii) E, finalmente não menos importante, a colocação de vários ‘fazedores de opinião’ nos diversos órgãos de comunicação social (falada e escrita) cujo objectivo era, por um lado, desacreditar todas as Direcções do SLB e respectivas equipas técnicas e jogadores e assim impedir qualquer tipo de organização, por outro, empolar e agravar todas as situações desfavoráveis ao SLB e, por último, tentar desvalorizar e omitir o que de menos bom dissesse respeito ao SCP e branquear tudo o que se relacionasse em termos negativos com o FCP.

Desde sempre os benfiquistas em geral e os associados e simpatizantes em particular, nunca se preocuparam se administrativa, económica ou financeiramente o clube estava bem ou mal, mas apenas e tão só se concentraram no único objectivo das vitórias. Verdade seja dita que alguns Órgãos Dirigentes do SLB e a grande maioria de associados assistiram impávidos e serenos ao desenrolar de todos estes estratagemas, não por serem desconhecidos, mas somente por manifesta ignorância, subvalorização, ou alienação das suas próprias responsabilidades.

2. Os tempos agora são outros - felizmente - mas a herança de mentalidades é pesada. O anti-benfiquismo terá atingido o seu apogeu e, por via dos que propalam versões distorcidas dos factos por meras convicções, e também dos que objectivamente engrossam o largo rol de orgãos oficiosos dos adversários, vê-se a cada instante.

3. Custa-me pois presenciar – mais do que os comentários tendenciosos a cargo de um tal Marçal na SIC (que por sinal nem é dos piores) – gerações com responsabilidades acrescidas viverem no silêncio e não defenderem o clube contra ataques soezes. Não me ponho obviamente em bicos de pés mas debruço-me no particular dos ex-jogadores encarnados Álvaro Magalhães e José Luis, os quais por serem quem são e terem ‘direito de antena’, não devem alienarem-se das suas próprias responsabilidades de, já não digo defender o clube, mas pelo menos a verdade contra Cristovãos e corja desse calibre.

NDR: Infracção técnica, no futebol, só pode existir quando a bola está em jogo e deixarmos propalar o «colo dado ao Benfica» é brincar com o fogo... mais uma vez.
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1 comentários

  1. Concordo plenamente, nao ha duvida nenhuma que eles nao prestam, mas a verdade e que tambem existe muita culpa da nossa parte por termos deixado que as coisas chegassem aonde chegaram. Democracia e muito bonita quando em jogo se encontram pssoas serias,independentemente das suas preferencias politicas, desportivas ou outras mais. Quando assim nao e o facto de querermos ser democratas com quem nao joga serio so nos prejudica. Quando o nosso inimigo nos quer destruir nao e com a razao que vamos sobreviver. Ou uamos as armas desponiveis ou morreremos... sem qualquer duvida.

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