O clube divulgou o procedimento envolvido para a AG através de convocatória oficial:
Da convocatória destaca-se o seguinte:
- A AG será transmitida em
streaming no site oficial do Clube, algo que - estranhamente - levantou alguma
celeuma entre os benfiquistas. Eu acho fantástico que assim seja e surpreende
um total de zero pessoas considerando que era algo que estava anunciado por
Rui Costa nas eleições - talvez das poucas coisas novas que afirmou que iria
realizar.
Ë também dado a conhecer que o processo de deliberação decorrerá por voto eletrónico aberto a partir do momento em que seja apresentada a proposta e encerrando-se às 17.30 - portanto até 30min antes do jogo com o Estoril que decorrerá no Estádio e que todos os presentes irão querer assistir e deixar a AG bem antes das 17.30, portanto até aqui... tudo normal.
Ou não, porque muitos já criticam o processo de voto eletrónico - o até aceite pelos estatutos exceto para processos eleitorais (salvo acordo entre os candidatos). Na altura pareceu bem a toda a gente não obrigar a que as votações em AG requeressem um sistema com determinadas características definidas estatutariamente, porque só queriam era por a cabeça nas eleições, achando que as votações em AG "estavam controladas"... agora deram-se conta de (MAIS UM) buraco que deixámos na votação dos estatutos...
Para as eleições não podia haver outros mecanismos de voto por um único motivo para todos os que se opunham: ia contra o deliberado nos estatutos. Agora já não acham bem que se vote em eletrónico numa AG mesmo que isso esteja contemplado nos estatutos.
A habitual democracia a gosto! Muito democráticos, desde que seja como eles querem que seja.
Mas ainda que pudesse dar de barato esse tema, como propõem então esses "iluminados" que seja a feita a votação por parte dos que irão assistir à AG por Streaming???
- Ou será que preconizam que todos possam assistir mas depois só uns possam votar?
- Ou será que preconizam que só possa assistir quem tenha condições para estar no pavilhão?
Pois deixando de dedicar tempo a quem critica por definição, inclusive lemos um lamentável comentário de um ex candidato a um órgão da MAG dizer que que o Benfica District "vem aí o maior enchimento de bolsos da história do Benfica" sem que essa acusação gravíssima à honestidade, seriedade e legalidade dos órgão sociais seja sustentada em nada - dado que o projeto ainda não foi apresentado. Aliás esta atitude é uma clara violação do artigo 38º pelo qual nos debatemos e bem.
Como saltou tudo a criticar o que ainda não se sabe, sobrou-lhes pouco tempo de antena para questionarem o mais importante:
- Saber o que se vai deliberar?
- É a execução da obra, o projecto tal como está?
... Ou serão integradas já propostas de melhoria?
... Ou se houve essas propostas, se as mesmas vão ser apresentadas na AG por quem as realizou?
... Se sim, não deveríamos conhecer antes?
Isto sim são as perguntas que me interessa saber antes da AG e que me parece que a convocatória poderia ter esclarecido.
Sobre o projecto em si mesmo, basta ver o que estão a fazer os diversos Clubes por essa Europa fora (e já nem falo dos EUA), e percebemos que a linha de abordagem comercial e de infraestrutura para o District é muito semelhante á seguida por outros clubes de dimensão europeia e com ambição a captação de receitas em escala.
Eu, sobre o conceito em si, só tenho um CLARÍSSIMO SIM a votar. Mas... eu não vou votar no conceito, mas sim no modelo global que o sustenta.
De nada me serve haver "especialistas da especialidade" (os mesmos que são especialistas em eleições, em estatutos, em contratações, em scouting, em marketing, em finanças...) a dizer que o projecto é inviável porque está próximo do Colombo (pausa para rir!!!) ou porque não há procura para certas ofertas que o sustentam.
O que quero ler com atenção e ouvir em detalhe é como é que o SLBenfica irá financiar o projecto (entendo que será por divida, logo não coloca em causa nada sobre a estratégia futura para o futebol e outras modalidades do projecto desportivo), mas acima de tudo como é que irá gerar receita.
Tenho muitas questões que quero ver esclarecidas:
As minhas duvidas (e são muitas) vão muito mais por aqui e espero aguardar
serenamente para as ter esclarecidas no dia 3 de Janeiro onde ouvirei
pacientemente as explicações e colocarei as duvidas que entender. Caso entenda
que não estão assegurados os devidos esclarecimentos, apesar de considerar um
projecto válido, importante e necessário, votarei contra por ser uma boa ideia
mal apresentada e consolidada.
Se forem endereçadas estas questões de forma válida, estruturada e consolidada, irei votar favoravelmente.
VIVA O SPORT LISBOA E BENFICA!
- É a execução da obra, o projecto tal como está?
... Ou serão integradas já propostas de melhoria?
... Ou se houve essas propostas, se as mesmas vão ser apresentadas na AG por quem as realizou?
... Se sim, não deveríamos conhecer antes?
Isto sim são as perguntas que me interessa saber antes da AG e que me parece que a convocatória poderia ter esclarecido.
Sobre o projecto em si mesmo, basta ver o que estão a fazer os diversos Clubes por essa Europa fora (e já nem falo dos EUA), e percebemos que a linha de abordagem comercial e de infraestrutura para o District é muito semelhante á seguida por outros clubes de dimensão europeia e com ambição a captação de receitas em escala.
Eu, sobre o conceito em si, só tenho um CLARÍSSIMO SIM a votar. Mas... eu não vou votar no conceito, mas sim no modelo global que o sustenta.
De nada me serve haver "especialistas da especialidade" (os mesmos que são especialistas em eleições, em estatutos, em contratações, em scouting, em marketing, em finanças...) a dizer que o projecto é inviável porque está próximo do Colombo (pausa para rir!!!) ou porque não há procura para certas ofertas que o sustentam.
O que quero ler com atenção e ouvir em detalhe é como é que o SLBenfica irá financiar o projecto (entendo que será por divida, logo não coloca em causa nada sobre a estratégia futura para o futebol e outras modalidades do projecto desportivo), mas acima de tudo como é que irá gerar receita.
Tenho muitas questões que quero ver esclarecidas:
- A dívida é contratada numa SPV (veículo de projecto) ou fica no balanço directo do clube/SAD?
- O financiamento é com garantias materiais do clube (receitas de TV, quotas, bilhética)?
- Prazo contratual: 15 anos exactos?
- Que tipo de Plano de amortização está previsto?: francês (prestações constantes), bullet parcial, ou amortização acelerada em anos de maior geração de caixa?
- Que impactos financeiros podem disparar restrições? Por ex.: se a margem do Benfica District ficar abaixo de X M€, há obrigação de cash injection pelo clube?
- Em caso de choque macro (crise de consumo, quedas no mercado de eventos), existe risco de o clube ter de “subsidiar” o distrito à custa do orçamento do futebol?
- Que mecanismos de ring-fencing estão previstos para garantir que project finance não impacto o investimento no projecto desportivo?
- Com que tipo de instituições estão a negociar (banca de investimento, fundos infra, infraestruture debt funds, etc.)? Há espaço para co investidores institucionais em activos específicos (hotel, residencial, arena) mantendo o controlo global do Benfica?
- Existe estimativa de qual a segmentação de receita por eixo: Arena multiusos, Pavilhões + modalidades, Retail & F&B, Hotel & alojamento, Residencial (venda vs. arrendamento), Museu/tours/teatro, Publicidade, naming rights & LED?
- Quantos eventos/ano estão assumidos para a arena (concertos, corporate, e Sports, finais de competições)?
- Taxas de ocupação esperadas do hotel (sem necessidade de números exactos, mas pelo menos ranges) para garantir viabilidade?
- Níveis de ocupação de espaços comerciais e rendas médias esperadas (€/m²).
- Que match day impact esperam extrair da nova praça e do aumento de tráfego nos dias de jogo?
- O plano de 24 M€/ano é médio ao longo dos 15 anos ou refere-se aos primeiros anos em regime de cruzeiro?
- Que CAGR de receita é assumido (indexação à inflação, aumento de preços, mais eventos internacionais)?
- Como é que o clube pensa reinvestir parte desta margem (CAPEX adicional) para escalar a receita, por exemplo, upgrading tecnológico da arena, novas experiências imersivas, expansão...?
- O que acontece ao modelo financeiro se: o número de eventos na arena for 20–30% inferior ao planeado? a ocupação do hotel for abaixo do planeado? houver atrasos na colocação de operadores “âncora” de restauração/retalho?
- Existem contratos de pré-locação / pré-venda (pré-lease, pre-sale) já assinados que reduzam risco de procura?
- Qual é a sequência de fases: arena primeiro, pavilhões, praça, hotel/comercial?
- Há fases “auto-contidas” que possam entrar em operação e começar a gerar cash-flow antes da conclusão total?
- Existe um cronograma de milestones com datas-alvo por sub-projecto?
- Que contingências de prazo estão assumidas para licenças (CML, demais entidades), empreiteiros, problemas de solo, etc.?
- Existem cláusulas de penalização por atraso para o empreiteiro geral?
- Como se mitiga o risco de não estar pronto em 2030 em caso de atrasos de 12–18 meses?
- É possível estruturar o projecto em módulos de investimento, onde cada módulo tem um retorno claro (ex.: arena + retail adjacente) antes de avançar para fases menos óbvias (ex.: residencial)?
- Onde e como serão realocadas as equipas de modalidades (treino e competição) durante a obra?
- Que garantias de calendário competitivo (incluindo equipas de formação) o clube assume internamente?
- Vai haver recurso a pavilhões municipais, parcerias com outras entidades, ou módulos provisórios?
- Qual é o impacto previsto em acessos, bilhética, segurança e circulação nos dias de jogo durante cada fase de obra?
- Haverá períodos de capacidade reduzida ou de inoperacionalidade parcial (por ex. algumas zonas de hospitalidade, museu fechado, etc.)?
- Como é que isso é refletido nas projeções de receita matchday do clube (que não fazem parte dos 37 M€ adicionais, mas são relevantes para o futebol)?
- Com pavilhões de 2.500 e 1.500 lugares, há um compromisso explícito de: aumentar o número de jogos transmitidos / com público (mais bilhética)? permitir mais eventos de modalidades de base, finais de competições, etc.?
- Quem são os financiadores de referência (banca comercial, bancos de desenvolvimento, fundos infra)?
- Há objectivo de alargar o sindicato a mais instituições para diluir risco?
- Arena multiusos: será operada pelo próprio Benfica, por modelo de naming? E o Estádio?
- Hotel: parceria com cadeia hoteleira internacional, marca própria, ou operador nacional?
- Retail: operação directa do clube ou gestão por um property manager com experiência em centros comerciais / retail parks?
- Os contratos com operadores são do tipo renda fixa + variável?
- Que mecanismos garantem que o Benfica participa no upside se o projecto superar expectativas (por ex., partilha de receitas adicionais)?
- Qual é o target realista de capacidade? Serão os 80.000?
- Que cenários estruturais foram estudados (tipo City, Real, Barça) para: aproximar bancadas ao relvado; criar fileiras adicionais com alta valorização (premium, pitch-side); integrar melhor os LED boards laterais sem comprometer segurança e sightlines?
- Qual o custo incremental vs. retorno esperado em bilhética e media rights internos
- Que novos inventários de publicidade digital são esperados (LED facade, ribbon screens, zonas hospitality) e quanto destes 37 M€ vêm daí?
- Há plano para naming rights do estádio, da arena e do próprio Benfica District, e com que ordem de grandeza (anualidade) é que isso entra no business plan?
Se forem endereçadas estas questões de forma válida, estruturada e consolidada, irei votar favoravelmente.
VIVA O SPORT LISBOA E BENFICA!





PARA as minhas fans: quem paga isto tudo não é o futebol? falem de futebol pá. mas nao falem em trazer o Rafa.... a minhas fans já andam humidas com a chegada dele
ResponderEliminarInenarrável.
ResponderEliminarO maior clube de Portugal em déficite desportivo durante anos a fio, e vem os dirigentes acenar com projectos imobiliários e coisa da treta para desviar as atenções dos adeptos.
Invistam é na equipa com CABEÇA, para construir uma equipa funcional e vencedora.
Olhem com OLHOS DE VER para o que fez esta época um certo clube do norte.
A propósito de NORTE, é por demais evidente que Rui Costa o perdeu, e não há bússula que lhe valha...
Acorda, Benfica!
Sou um ignorante, mas sei que o papel aceita tudo. E se a coisa custar mais ou não render o esperado acaba sempre por pagar o clube, porque ninguém vai financiar o projeto sem ter garantias do próprio clube, seja receitas a longo prazo geradas pelo futebol ou património. Achar que há possibilidade de isolar o projeto desportivo do Benfica District parece-me irrealista.
ResponderEliminarA parte dos co-investidores parece-me indesejável. Deixa de ser propriedade apenas do Benfica, e algum dia se quiser mandar abaixo tem de se negociar/compensar os parceiros. O estádio já está desactualizado e sub-dimensionado. Como é que se conjuga o Benfica District (total ou parcialmente) com intervenções de fundo necessárias a médio-prazo?
A operação por parte do clube da Arena, área comercial e hotel parece-me pouco provável. Aliás, parece-me que seria uma receita para o desastre.
Para a área comercial parece-me importante que algumas das tais âncoras já estivessem definidas e comprometidas antes do avanço de qualquer projeto. Até perceber se há uma oferta diferenciada relativamente ao Colombo, mantenho a minha reserva em relação às previsões de receita.
A meu ver, falta no projeto uma melhoria dos acessos ao metro e ao Colombo. A 2ª Circular continua a ser uma barreira relevante e a desagradável/aborrecida envolvente ao complexo da Luz deve ser tida em conta. Mas alterações nos acessos ou requalificação da zona dependem da CML.
Ser favorável ao conceito, ou seja à ideia de potenciar a envolvente do estádio e aos objectivos que se pretendem atingir com essa melhoria, é muito diferente de ser favorável ao projeto tal como é apresentado.
Pode haver muitos projetos alternativos ao Benfica District que tenham maior equilíbrio entre o investimento necessário e a receita projetada. Por exemplo, versões menos ambiciosas do projeto que não impliquem a demolição do museu e pavilhões já existentes. Para mim isso deve ser debatido com tempo. Qualquer votação em AG parece-me prematura. Como diria o Seguro, "qual é a pressa?".
E falando de conceitos, então e o desporto? O GB coloca muitas questões fundamentais, mas o conceito nunca é posto em causa. Parte do princípio que os terrenos do estádio são para gerar receita através de comércio e hotelaria? E a prática desportiva, que é aquilo a que actualmente se destinam e não é cumprido - a não ser que o exercício de manobrar no parque em dia de jogo seja considerado desporto radical.
Ora, uma maior área destinada à prática de desporto não será ela própria fonte indireta de receita, que atraia gente ao complexo e constitua um elemento diferenciador em relação ao Colombo? E não está mais em linha com a missão do clube?
Com a limitação da minha ignorância, sou muito favorável a um projeto de melhoria da envolvente do estádio para gerar mais tráfego e receita, incluindo melhor oferta de comércio e restauração. Mas deve ser sustentado, faseado, contemplar o aumento a curto e médio-prazo do estádio, e sobretudo estar mais focado em equipamentos para a prática do desporto e menos em betão.
Isto é mais ou menos como achar que as auto-estradas feitas em PPP ou os aeroportos não se pagam para construir. A receita para quem vai meter a massa está sempre garantida, se não for gerada pela infraestrutura terá de vir do dono da obra. Os financiadores nunca vão assumir nenhum risco, sobretudo se o promotor nunca puder ir à falência tal como o Estado ou o Benfica. Metem a massa que o Benfica não pode ou não quer meter, mas recebem o deles, sim ou sim. Senão executam garantias.
ResponderEliminarO melhor é deixar de ser um clube desportivo e passar a ser uma empresa de imobiliário com umas equipas por ali a jogar de quando em vez.
ResponderEliminarJá não falta tudo! Não foi isso que fez o dono do palheiro? Ou alguém acha que em 20 anos ganhou o suficiente?!
EliminarO Benfica já tem uma dívida bastante significativa e um défice estrutural. Ao mesmo tempo atravessa um período de menos fulgor desportivo, o que se pode vir a reflectir nos importantes prémios das competições europeias que vão mantendo o equilíbrio.
ResponderEliminarTem de ser mesmo um investimento muito faseado e cauteloso, porque acrescentar o encargo potencial do Benfica District pode mandar o Benfica para uma espiral de dívida e desinvestimento na equipa. O core business do Benfica é o futebol, e isso não deve ser posto em causa.
É o género de projeto que se estuda quando não há dinheiro e se executa em tempo de vacas gordas. Agora não me parece uma prioridade. A prioridade é equilibrar as contas. A haver investimento em infraestrutura, a prioridade tem de ser o estádio, que é fonte de receita assegurada.
Como sou PITO$GA, por momentos, e olhando aos comentários achei que vislumbrava o VELHO DO RESTELO a ver os NAVIOS A PARTIR...
ResponderEliminarEspera lá que como estamos para os lados de Benfica, afinal são os VELHOS DA LUZ que querem continuar com MAIS DO MESMO OLHANDO PARA OS NAVIOS, ficando parados paradinhos no tempo e sonhando com um passado GRANDIOSO na esperança que esses TEMPOS se REPITAM SEM NADA FAZEREM...
Chavões e caricaturas que não acrescentam nada. Como se entre o 8 e o 80 não houvesse meio termo.
EliminarE como se não fosse possível concordar com um Benfica District, mas não este Benfica District.
EliminarEu como sou totalmente PITO$GA, parece-me ver através de imagens MUITO embaçadas uma caricatura de Benfica nas ultimas épocas... e isto apenas se deve a 1 facto, os sócios e o seu dedinho podre, quais anónimos, para escolher o que é melhor para o Benfica, mas eles lá SABEM o que querem e acham melhor, ACRESCENTAR VITÓRIAS E ESTABILIDADE ou CHAVÕES para abrirem a gruta do ALIBABA e os 40 LAGARTÕES...
EliminarNão deixa de ter alguma ironia a referência aos Descobrimentos.
EliminarA sua componente mais épica, o caminho marítimo para a Índia, o Oriente e a exploração no século XVI da Rota do Cabo, terão dado muito prestígio e lançado as bases do Império, mas nunca deram grande resultado económico. Eram um sorvedouro de dinheiro e homens. Quem ficou rico foram os mercadores e banqueiros da Flandres, que financiavam as armadas e vendiam os produtos aos Portugueses, que por sua vez assumiam o risco dos frequentes naufrágios, etc.
O que enriqueceu o país foi a parte atlântica do império, com o comércio triangular e a exploração de ouro e diamantes no Brasil. E esse maná brasileiro tornou-se na nossa doença holandesa, impedindo o desenvolvimento.
Há boas bases para defender a tese de que, no cômputo geral, os Descobrimentos foram negativos para o desenvolvimento económico de Portugal.
Muito bem observado.
EliminarDesgraçadamente no ensino obrigatório «esquecem-se» de informar que a saga mercantil dos Descobrimentos resultava em 1/3 de naufrágios com perda integral de tripulação e carga...
Imaginem rácios catastróficos desses, hoje em dia, em qualquer circuito económico...
Pois é, se calhar o Velho do Restelo tinha alguma razão.
EliminarDe resto é essa a ideia do Camões. A figura do Velho do Restelo é frequentemente interpretada de forma simplista como uma crítica ao conservadorismo ou ao pessimismo. Camões usa o Velho (de aspecto venerando e com um saber de experiências feito) de forma muito mais ambígua e interessante. E essa ambiguidade é abordada quando se estuda os Lusíadas no ensino obrigatório. Mas o chavão é sempre mais fácil do que a ideia complexa.
A Catedral da Luz já não resplandece — esvai-se. A cada madrugada, o estádio acorda exalando um hálito húmido, denso, quase tumular, como se as pedras tivessem absorvido décadas de glória para agora regurgitarem apenas o bafo frio da decomposição. As bancadas, outrora vivas e pulsantes, tornaram-se galerias de uma necrópole, corredores onde ecoa o murmúrio de fantasmas que já não encontram corpo para habitar.
ResponderEliminarO Benfica, esse colosso que caminhava com a altivez dos imortais, arrasta-se agora com o passo trôpego de um moribundo. A carne simbólica do clube apresenta fendas, ulcerada por dívidas que supuram como feridas purulentas, abrindo-se ao mínimo toque do vento financeiro. Do seu peito já não jorra luz — apenas um resíduo viscoso de esperança necrosada.
As contas, pesadas como lápides, acumulam-se em camadas de pó cinzento. Cada novo relatório parece um atestado de óbito parcial, mais uma prova de que as artérias económicas do clube estão obstruídas por massas cadavéricas de números mortos. O passivo, um monstro silencioso, lateja debaixo do solo como se procurasse romper a terra sagrada da Catedral para reclamar tudo o que lhe foi prometido. A dívida, semi-enterrada, respira—uma respiração húmida, irregular—o típico som de um corpo em decomposição lenta.
Por trás dos “grandes” jogos e fervor dos adeptos esconde-se o cheiro a putrefação financeira: contas e dívidas imensas, mortas-vivas que apodrecem lentamente no balanço. O passivo da SAD atinge cerca de 474,9 milhões de euros. A dívida líquida anda perto dos 196,9 milhões de euros. RIP
Nas salas onde outrora se discutiam estratégias e vitórias, agora há um odor a papel envelhecido, misturado com o cheiro oculto de algo que apodrece sem se ver. A cada tentativa de vender um jogador, o mercado responde com o mesmo olhar que se dirige a um cadáver embalsamado: respeito distante, mas nenhum interesse verdadeiro. Não há brilho, não há vigor, não há valor. Tudo parece revestido de um tom baço, macilento, quase cadavérico.
E assim, a Catedral da Luz transforma-se inevitavelmente na Necrópole da Luz. Os seus corredores são criptas. As suas contas, epitáfios. Os seus jogadores, sombras que caminham entre lápides feitas de expectativas defuntas. O clube vive, sim, mas como vivem os mortos-vivos: movendo-se por inércia, embalado por memórias que ainda estremecem, mas cujos tecidos já não se regeneram.
E o que resta?
Apenas o vento a atravessar o estádio com a frieza de um suspiro pós-mortem, levantando o pó dos títulos de outrora, espalhando pelo relvado a certeza amarga de que até os maiores podem terminar como tudo o que vive — em decomposição.
É um cenário necrótico, purulento, de decomposição: um cadáver de clube que sobrevive às custas de velhas glórias — mas cujos ossos estão frágeis, rangendo sob o peso das pseudo-vedetas
Gato escondido com rabo de fora. Hipocrisia exalando. "Benfiquista cansado do RC", Noronha tendo ganho já o Benfica estaria vivo e pujante. Certo?
EliminarFarto destes noronhanistas.
Cheira mais a Hamburguer requentado em pão bolorento
EliminarA Catedral da Luz já não resplandece — esvai-se. A cada madrugada, o estádio acorda exalando um hálito húmido, denso, quase tumular, como se as pedras tivessem absorvido décadas de glória para agora regurgitarem apenas o bafo frio da decomposição. As bancadas, outrora vivas e pulsantes, tornaram-se galerias de uma necrópole, corredores onde ecoa o murmúrio de fantasmas que já não encontram corpo para habitar.
ResponderEliminarO Benfica, esse colosso que caminhava com a altivez dos imortais, arrasta-se agora com o passo trôpego de um moribundo. A carne simbólica do clube apresenta fendas, ulcerada por dívidas que supuram como feridas purulentas, abrindo-se ao mínimo toque do vento financeiro. Do seu peito já não jorra luz — apenas um resíduo viscoso de esperança necrosada.
As contas, pesadas como lápides, acumulam-se em camadas de pó cinzento. Cada novo relatório parece um atestado de óbito parcial, mais uma prova de que as artérias económicas do clube estão obstruídas por massas cadavéricas de números mortos. O passivo, um monstro silencioso, lateja debaixo do solo como se procurasse romper a terra sagrada da Catedral para reclamar tudo o que lhe foi prometido. A dívida, semi-enterrada, respira—uma respiração húmida, irregular—o típico som de um corpo em decomposição lenta.
Por trás dos “grandes” jogos e fervor dos adeptos esconde-se o cheiro a putrefação financeira: contas e dívidas imensas, mortas-vivas que apodrecem lentamente no balanço. O passivo da SAD atinge cerca de 474,9 milhões de euros. A dívida líquida anda perto dos 196,9 milhões de euros. RIP
Nas salas onde outrora se discutiam estratégias e vitórias, agora há um odor a papel envelhecido, misturado com o cheiro oculto de algo que apodrece sem se ver. A cada tentativa de vender um jogador, o mercado responde com o mesmo olhar que se dirige a um cadáver embalsamado: respeito distante, mas nenhum interesse verdadeiro. Não há brilho, não há vigor, não há valor. Tudo parece revestido de um tom baço, macilento, quase cadavérico.
E assim, a Catedral da Luz transforma-se inevitavelmente na Necrópole da Luz. Os seus corredores são criptas. As suas contas, epitáfios. Os seus jogadores, sombras que caminham entre lápides feitas de expectativas defuntas. O clube vive, sim, mas como vivem os mortos-vivos: movendo-se por inércia, embalado por memórias que ainda estremecem, mas cujos tecidos já não se regeneram.
E o que resta?
Apenas o vento a atravessar o estádio com a frieza de um suspiro pós-mortem, levantando o pó dos títulos de outrora, espalhando pelo relvado a certeza amarga de que até os maiores podem terminar como tudo o que vive — em decomposição.
É um cenário necrótico, purulento, de decomposição: um cadáver de clube que sobrevive às custas de velhas glórias — mas cujos ossos estão frágeis, rangendo sob o peso das pseudo-vedetas
Só falta acrescentar a universidade do Vieira
ResponderEliminarIndependentemente do que se possa achar do Benfica District e do aumento de receita potencial, acho sempre graça quando se usa como exemplo Real Madrid, Barcelona, Man City, etc. São clubes com receitas anuais da ordem de grandeza dos 1000 milhões de euros, enquanto o Benfica tem receitas de 250 milhões.
ResponderEliminarNão são mais 20 ou 30 milhões/ano que vão devolver a grandeza ao Benfica, pelo menos a nível europeu. No máximo serve para compensar o rombo provocado pela centralização dos direitos audiovisuais.
O Benfica District está para um Benfica europeu como a centralização está para um aumento de competitividade do campeonato nacional. São ambos irrelevantes.
Realmente ter o Colombo ao lado não deve atrapalhar nada. Por isso é que a MediaMarkt estava sempre às moscas enquanto a Worten está sempre cheia. Ou a loja da Adidas comparada com a SportZone.
ResponderEliminarUm clube endividado, que ganha cada vez menos titulos, naquilo que é e deveria ser sempre o seu core business e o seu objectivo maior, pois foi isso que fez dele um clube glorioso e aquilo que ainda hoje sobra desse clube, tem um defice permanente de 80/90 milhoes que não o consegue resolver mesmo vendo os aneis praticamente todos.
ResponderEliminarUm clube sem projecto, planeamento desportivo, sem um caminho definido, que anda ao sabor do vento, quer se meter em projectos megalomanos, e com a cagança habitual, a sobranceria habitual, e concorrer com o Colombo e com o Pavilhão Atlantico como era chamado no tempo da expo, só na mente daqueles mentecaptos que afundam cada vez mais o clube. Em vez de defrontarmos os nossos rivais agora vamos enfrentar o Colombo e o Meo Arena.
Sim devemos evoluir, mas olhem para o exemplo do Barcelona, que está falido e que é uma vergonha continuar a competir nas mesmas condições dos outros, os Russos tambem faziam competição com os americanos até rebentarem por não terem arcaboiço para aguentar o nivel de investimento dos americanos.
Temos que nos meter naquilo que a nossa conta bancaria deixa, podendo contrair emprestimos mas não nos hipotecando.
Como é possivel isto com uma inutilidade no futebol, quando deveria ser o ponto forte dele e tem sido um desastre, a querer meter noutros assuntos por mais bem acompanhado possa estar, que não sei se está tal a quantidade de gente que se demitiu e veremos agora quantos aguentam.
E mais senão tivessem ido buscar o Mourinho, isto ainda estava pior, o homem é um autentico para raios, mas a gente que não ganhe amanhã, amanhã é ganhar ou ganhar, que fiquemos arredados do titulo e da champions já em Dezembro, que para o ano será bonito, não sendo campeões corremos o sério risco de nem à champins para o ano irmos seja directo ou pelo playoff.
Devem pensar que vão aguentar o clube com megalomanias, temos a mania que contruimos um estadio novo, fizemos uma academia, quantos clubes em Portugal fizeram isso por causa do Euro 2004?
"entendo que será por divida, logo não coloca em causa nada sobre a estratégia futura para o futebol e outras modalidades do projecto desportivo" esta pérola faz logo a piada por si própria e depois vem este inteligente dizer que os outros é que são especialista da especialidade.
ResponderEliminarcomo se isso não esgotasse capacidade de endividamento à sad caso seja necessario, se a bola bater no poste, como se não existisse divida, certa, para pagar e juros sendo que qualquer receita é incerta por muitos estudos bonitos que apresentem.
por muito validas que sejam essas questões desde já digo que nem dez por cento delas vão ser respondidas.
a culpa é dos sócios agora não venham é dizer hipocritamente que a culpa é dos que não votaram no atual presidente, só se estão a deitar na cama que fizeram. e só podem assacar culpas a si próprios.
O ex candidato a um órgão da MAG tem toda a razão no que disse, ter perdido as eleições não significa ter de pactuar com ilegalidades e enchimento de bolsos! O que é literalmente o que vai acontecer, diminuindo ainda mais a capacidade desportiva por 10 anos. Essas perguntas que fizeste são pertinentes, mas não vão ser respondidas por quem tem a obrigação. Vão receber mais um cheque em branco...
ResponderEliminarDuzentos e vinte milhões de euros para construir centros comerciais, hotéis e áreas de lazer enquanto a equipa de futebol não consegue ganhar ao Casa Pia. Esta inversão de prioridades resume tudo o que está errado na gestão de Rui Costa: preferem erguer betão a construir vitórias, escolhem ser promotores imobiliários em vez de potências desportivas, investem em tudo menos naquilo que deveria ser o core business inegociável — ganhar troféus.
ResponderEliminarO Benfica não precisa de centros comerciais que concorram com o Colombo. Precisa de uma equipa de futebol ganhadora. Não carece de hotéis e polos culturais financiados por dívida de quinze anos. Carece de um plantel de qualidade, com jogadores ambiciosos e mentalmente fortes, capazes de impor respeito em campo. Não necessita de project finance com "grandes casas internacionais". Necessita de competência básica para construir uma equipa que não seja humilhada semanalmente.
A lógica é tão simples que assusta: o que enche estádios não são áreas comerciais adjacentes, são vitórias. O que traz receitas sustentáveis não é hotelaria , é futebol vencedor. O que atrai público, patrocinadores e respeito internacional não é betão inovador, são troféus conquistados. Um Benfica que ganhasse campeonatos consecutivos e competisse seriamente na Europa geraria naturalmente as receitas que agora pretendem forçar através de diversificação imobiliária arriscada.
Prometer "contributo positivo a partir do primeiro ano" num projeto de 220 milhões soa a fantasia contabilística da mesma gestão que prometeu hegemonia desportiva e entregou mediocridade. E quando o projeto custar mais que o previsto ou render menos que o projetado — cenário provável dada a história recente de competência desta direção — quem paga? O clube, obviamente, através de garantias sobre receitas futuras ou património. Isolar financeiramente o District do resto do Benfica é ficção jurídica: qualquer credor exigirá garantias reais antes de emprestar seja o que for.
Enquanto isto, o estádio envelhece subdimensionado, incapaz de acolher a massa associativa que o Benfica (ainda) possui. Se há investimento infraestrutural a fazer, que comece pela expansão e modernização da Luz, criando capacidade para mais público quando voltarmos a ter uma equipa que mereça encher bancadas. Depois, se sobrarem recursos e competência, discute-se betão comercial.
O Benfica foi grande porque conquistou a Europa duas vezes, porque dominou décadas de futebol português, porque o nome do clube significava vitória garantida. Não foi grande porque tinha centros comerciais bem geridos ou hotéis inovadores. A missão do clube não mudou: continua a ser ganhar troféus, formar jogadores, representar milhões de adeptos com orgulho desportivo. Quando essa missão estiver cumprida, quando voltarmos a ser respeitados em campo, quando os rivais nos temerem, quando a Liga dos Campeões deixar de ser humilhação anual, então, e só então, podemos discutir se faz sentido diversificar para imobiliário. Enquanto não ganharmos no nosso negócio principal, qualquer desvio de foco e recursos para negócios secundários é admissão implícita de incompetência: não sabemos ganhar futebol, então vamos tentar ganhar dinheiro com outra coisa qualquer. É a rendição disfarçada de visão estratégica. O BETÃO JAMAIS PODE SUBSTITUIR OS TROFÉUS.
(Sócio desde 1980)
Camarada. O Benfica foi grande não apenas pelas 2 taças dos campeões mas também por ter estado nessa década de sessenta 5 vezes na final. Nessa década ninguém fez melhor. E tambêm por ter ganho a taça latina ( precursora da taça dos campeõesna década anterior
EliminarBasicamente o procedimento para a AG é ilegal à luz dos estatutos.
ResponderEliminarNão adianta achar que o Rui não é o novo Nicolas Maduro. Tal já foi confirmado com uma clareza absoluta pelo ex. candidato de Noronha à MAG e ex. Vice do Tribunal Constitucional.
De resto, fora a ampliação do o número de lugares no estádio, é uma ideia de para fazer rodar as notas.
Hotéis onde há oferta abundante de hotéis. centro comercial próximo do Colombo. Fazer uma praça onde a disponibilidade de locais para passar e ter acesso a bares e afins, existe por toda a Lisboa com qualidade. Fazer novos pavilhões e piscina quando se tem pavilhão às moscas e piscina.
E um chief scout de excepção?
Pelo menos um Boto campeão do Brasileirão e da Copa Libertadores das Américas, e com larga experiência noutros países também?
Bora, assentar mais uns tijolos Rui e construir a casa pelo tecto? Bora, queimar mais uns milhões em cimento e jogadores, sem perceber que o primeiro tijolo é:
Um departamento de scouting de topo? Que é daí que se geram grandes equipas com menor investimento...
Se o presidente de limitar a fazer alguma coisa. Talvez, não dar abraços a Varandas, Proença e APAF depois dele enfiar um Nobre nas trombas do presidente?
O Benfica está entregue a piratas, para não dizer coisa pior, bem pior!...
ResponderEliminarLendo alguns comentários temo pelo Benfica.
ResponderEliminarO projeto de renovação do complexo e estádio da Luz, em vez de ser discutido pelo que é, tornou-se em mera arma de arremesso entre "claques". Os do Rui Costa são a favor porque foi apresentado pelo Rui Costa. Os do Noronha são contra porque foi apresentado pelo Rui Costa.
Discutir o projeto em si não lhes interessa nada, o que me leva a concluir que o Benfica em si não lhes interessa nada.
Podemos discutir a hipótese de vender churrasqueiras no deserto ou fazer uma mercearia numa rua com cem delas.
EliminarNão perceber que o que está em causa é ser um projecto para vender neve esquimós, é que não interessa nada.
Obrigado Rui.
ResponderEliminarJogamos para não perder um jogo que éramos obrigados a ganhar.
Postura de Casa Pia de novo.
Obrigado Rui.
Os teus campeonatos, parece cada vez mais aquele gajo que diz para a namorada: " vai ser bom, não foi?".
Rui 5 campeonatos, 1 vitória.