fotografia: slbenfica.pt
Apesar do seu conhecido talento e experiência no mundo do futebol, o regresso de Di María ao Benfica dividiu as opiniões dos adeptos (e não só), originando assim o grupo dos que desde início acolheram com entusiasmo a ideia, defendendo que o atual camisola 11 ia aportar qualidade e criatividade à equipa. E o grupo dos céticos que não viam com bons olhos tal contratação, sobretudo por causa da idade e do histórico de lesões do jogador argentino, o que os levou a ter dúvidas sobre se a sua condição física lhe ia permitir dar resposta positiva às exigências das competições nacionais e internacionais nas quais o clube da Luz ia participar.
O tempo acabou por mostrar que os entusiastas tinham razão e que trazer Di María de volta para o Benfica foi, sem dúvida, uma decisão acertada. O internacional argentino não tem a mesma velocidade nem capacidade de aceleração que vimos noutros tempos, porém a técnica, a visão de jogo e o fantástico pé esquerdo capaz de criar verdadeiras obras de arte estão lá. Além disso, Ángel Di María, com 35 anos, continua a mostrar-se numa óptima forma e capaz de jogar 90 minutos, algo que tem feito com regularidade esta temporada. Neste ponto importa destacar todo o trabalho de preparação física que é feito com o atleta em questão (na sexta-feira, por exemplo, depois de tudo o que fez na frente, ainda teve pulmão para ir apoiar a defesa a cinco minutos do fim do jogo). Yann-Benjamin Kugel, qual é a tua magia?
A soma de todos estes fatores fazem com que o argentino seja presença frequente no ataque do Benfica, assumindo um importante papel desequilibrador que muitas vezes acaba por ser a solução. Di María é, portanto, um dos principais responsáveis pelo sucesso ofensivo da equipa, contando com 11 golos marcados (os mesmos que Rafa, sendo assim os melhores marcadores dos encarnados na presente temporada), quatro assistências e uma série de boas oportunidades criadas. A nível defensivo nem sempre esteve bem, porém tem evoluído.
A sua inegável genialidade aliada à capacidade de se superiorizar em momentos chave valeram-lhe reconhecimento individual (foi considerado o melhor em campo na Supertaça, frente ao Salzburg em jogo da UCL e contra o Boavista na 18ª jornada do campeonato nacional) e têm sido uma grande ajuda na criação de um jogo mais interessante e eficaz do Benfica.
E por falar em genialidade…permitam-me chamar à conversa e incluir já neste ponto João Neves. O camisola 87 do Benfica, lançado por Roger Schmidt na equipa principal na época passada, tem vindo a assumir cada vez mais um papel importante no plantel. Ter alcançado a marca dos 50 jogos em pouco tempo é também prova disso.
Apesar de jovem, Neves mostra muita maturidade, essencialmente na leitura e na abordagem ao jogo, parecendo, por vezes, um veterano em campo. Mas as suas qualidades não ficam por aí: o internacional português tem desempenhado também um papel importante tanto nas ações defensivas, como nas ofensivas, assim como na organização do jogo. Aparece em todo o lado e sempre mais rápido do que os outros, dando até vontade perguntar: onde é que tu não estás, Neves?
Protagonista de várias exibições de luxo (algumas deram-lhe o prémio de melhor em campo, como por exemplo o clássico da 7ª jornada, a deslocação a Chaves na 10ª e o dérbi da 11ª), João Neves tem-se afirmado como um dos melhores jogadores do Benfica e a sua atitude em cada jogo deixa evidente que há um meio campo mais interessante quando o pequeno craque é parte dele.
Idades bem diferentes, momentos de carreira também. A experiência, a sabedoria e a consistência de Di María de um lado a contrastar com a juventude e o potencial de João Neves do outro. Duas apostas distintas, porém certeiras, que demonstram a importância de mesclar o traquejo e o conhecimento com a energia, o crescimento e o potencial dos jovens da formação.
A sensação que fica a quem os vê em campo é a de que não há diferença de idades. Será pela maturidade de Neves ou pela frescura de Di María que faz o que muitos da sua idade (e até mais novos) não fazem? A certeza é uma: há muito brilho nos dois e é um prazer vê-los jogar.
o talento e a qualidade não tem idade e nem se é bom só por ser jovem, nem mau, como alguns acham nem se é mau por já se ter uma idade, nem bom só por isso.
ResponderEliminaragora convém é ter um plantel equilibrado em todos os sentidos e não entupir o plantel só de gente jovem e imatura, como se esta a fazer, que nem é bom para ninguém nem para os que já cá estão, nem para os que chegam muito menos para o clube.
é que neste equilíbrio não podemos só ter jovens e jogadores experientes temos de ter jogadores feitos e esses quase não existem no plantel.
outra coisa é o perfil físico dos jogadores como se pode ver por estes dois exemplos não é preciso ser um mastodonte para se ser bom jogador.
agora mais uma vez convém ter um plantel equilibrado com jogadores fortes fisicamente, em altura e em massa muscular, para compensar os que não tem essas características.
e o que temos vistos é andar a contratar sempre o mesmo perfil jogadores, débeis nos dois aspetos, a somar a uma serie deles que já temos no plantel.
👏👏
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