E bater com o pé não?

Hoje é notícia d'A Bola que o Real Madrid está disposto a oferecer 40 milhões de euros por Neymar. Isto enquanto que demonstram uma relutância em baterem os 30 milhões da cláusula de Coentrão e tentam incluir jogadores no negócio para baixarem o valor para os 22 milhões combinados á uns meses atrás.

Se o Benfica tivesse á sua frente alguém com coragem, em vez de termos um Presidente que se desloca a Madrid para vender as joias do clube ao desbarato qual vendedor ambulante desesperado enviava-se um fax aos espanhóis a dizer que não há cá negócios sem chegar aos 30 milhões ou quanto muito 25 milhões mais Garay de modo a resolver outro problema do plantel enquanto andam a oferecer 40 milhões por outro jogador.
Qual a imagem que passa quando é o Presidente do clube detentor do jogador a deslocar-se a Madrid em vez de ser o clube comprador a vir a Lisboa? Parece que quem está mais interessado neste negócio não é o Real mas sim o Benfica.

Coentrão quer ir para o Real? Talvez, mas Simão também queria ir para Inglaterra, Luisão já quis ir imensas vezes para fora e não foi por isso que deixaram de render dentro de campo. Se houvesse uma estrutura de futebol solidificada em vez de ser tudo ao molho podia-se perfeitamente fazer ver ao jogador que para um jovem de 22 anos as oportunidades de dar o salto são muitas e que acima de tudo está a salvaguarda de um negócio que seja benéfico não só para o jogador e seu empresário mas também para a entidade empregadora - o Benfica. Entidade essa que não desistiu do jogador quando este foi corrido do Saragoça por andar em más companhias e fazer coisas que não devia em Espanha...

E assim poupava-se mais uma compra de valor obsceno como o que tem sido mencionado na Imprensa: a vinda de Ansaldi para substituir Coentrão será sempre por valores absurdos e corre-se o grande risco de ter um Roberto 2 - alguém que pelo preço vai ter muitas expectativas sobre si e com a responsabilidade de substituir um jogador de altíssimo nível.