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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Futebol: O desporto que nunca se adaptou aos tempos modernos

. 32 comentários
Infelizmente é assim, e ainda recentemente assistimos a mais um erro crasso, a seleção do Brazil eliminada da Copa América com um golo com a mão.

E foi assim com o Brazil como tantas vezes é assim com outras equipas, clubes profissionais que investem muitos milhões todos os anos tentando maximizar as hipóteses de alcançar o sucesso, clubes que vivem do fervor dos adeptos, treinadores que perderam e ganham emprego todas as semanas por causa de um erro arbitral que não devia acontecer, éxito e inêxito decidido tantas vezes por coisas que não têm nada a ver com a realidade do que se passa em campo.

O futebol tem sido historicamente adverso à tecnologia que chegou a outros desportos, e eu entendo porquê, e a isso me vou referir mais à frente...

Mas essa relutância à tecnologia tem sido amenizada com mais árbitros em campo, julgando quem manda que mais olhos em campo significa menos erros e mais verdade desportiva...

Mas não é assim, aliás, mais árbitros em campo tem significado sim mais revolta de quem ao jogo assiste e vislumbra erros de palmatória, com essa coisa caricata que é ver dois árbitros de baliza que ninguém percebe de facto o que andam lá a fazer...

Primeiro ponto e quiçá o mais importante:
Se colocarmos o desporto futebol ao lado de desportos como o andebol, o vólei, o rugby, o ténis, veremos que o grande problema do futebol e que o diferencia de todos os outros desportos é o problema da subjetividade das leis do jogo.

A tecnologia, que tão bom resultado tem dado no Rugby e no Ténis por exemplo, é suportada nestes dois desportos pela objetividade das leis.

No Ténis é simples e objetivo: a bola está dentro ou a bola está fora;

No Rugby é também simples e objetivo: a bola está dentro ou está fora; no ensaio a bola está em contacto com a mão ou está no ar; na placagem o jogador desarmado está no chão ou está no ar, a placagem é feita abaixo ou acima da zona da cintura;

E sendo assim, quem tem o privilégio de assistir à tecnologia ao serviço desses dois desportos num ecrã gigante no estádio, conhecedor da objetividade das regras, fica em 99% dos casos tão esclarecido como qualquer árbitro que visione essas imagens. O consenso é QUASE sempre, geral...

O problema do futebol é diferente e muito mais complexo... É que no futebol por exemplo, não é a mão tocar na bola que é falta... Pode ser falta e pode não ser, tem sim de se julgar a intenção... Quantos e quantos jogadores não se percebe facilmente o tão fácil que é colocarem as mãos à frente da trajetória da bola mas olhando para outro lado qualquer, para que os “árbitros da TV” opinem que é um corte com a mão sem intenção quando a intenção esteve toda lá?

O contacto no desarme também é permitido... Eu posso tocar no adversário, eu até lhe posso acertar nas pernas desde que primeiro acerte na bola, o futebol é na verdade um jogo de contacto, com milhares de jogadores a subverterem essa regra atirando-se para o chão a toques mínimos, aproveitando-se mais uma vez da subjetividade da lei e de um árbitro que tem de julgar, não o toque que vê mas a sua intenção e até a sua intensidade.

O problema da tecnologia que agora está tão em voga e que parece que irá ser implantado brevemente, é que, na minha opinião só irá piorar as coisas...

Ok, poder-me-ão dizer, se o quarto árbitro pudesse decidir o lance da mão que eliminou o Brazil da Copa América com base nas imagens televisivas, tinha-se poupado uma grande injustiça. Corretíssimo.

Mas o problema é que esses lances 100% óbvios são uma minoria no meio de tantos e tantos lances altamente subjetivos.

Alguém consegue imaginar programas como O Dia Seguinte” ou o Prolongamento a viverem de desportos como o Ténis ou o Rugby?! Iam discutir o quê?! Se a bola bate na linha ou para lá da linha?! Não havia discussão possível! O consenso era obrigatório!

Mas no futebol lá vemos, semanas após semana os mesmos comentadores a verem esses mesmos lances na TV mais de 20 vezes e em câmera lenta e, na maior parte das vezes, sem consensos e com leituras totalmente opostas, suportados, lá está, pela subjetividade das regras do futebol e que permitem arrastar o juízo para o lado que mais nos interessa.

Programas como o Prolongamento ou O Dia Seguinte são na verdade a prova provada de que a tecnologia não resolve quase nada nem é sinónimo de consensos!

Se é assim nos programas de discussão de futebol, porque razão não será assim se, amanhã, 60000 adeptos num estádio passarem a poder assistir a imagens de repetição de lances num ecrã gigante? Haverá consensos?! Para mim, na maior parte das vezes não... Mas com uma agravante:

É que no dia em que tecnologia chegar em força ao futebol, a pressão que sobre os árbitros já é altíssima, chegará a níveis inimagináveis...

É que hoje um árbitro ainda se pode enganar e dizer que não viu bem o lance no campo. Mas no dia em que o árbitro começar a enganar-se depois de ver as imagens na TV ou no ecrã gigante de um estádio, todas essas imagens ficarão em arquivo e o árbitro não pode dizer que não viu. E depois sim, lá estarão os diretores dos clubes e os paineleiros desportivos a confrontá-lo todas as semanas a comparar imagens de centenas de jogos e a perguntar porque é que no jogo X o árbitro decidiu assim e no jogo Y num lance parecido (mas nunca igual) decidiu de forma diferente: A suspeição para mim será incomparavelmente maior.

Serve esta lenga lenga toda para manifestar a minha posição contra a tecnologia no futebol? De maneira nenhuma. Sou 100% apoiante de cameras na linha de golo e nas linhas laterais, e até de tecnologia que pudesse decidir os foras de jogo sem que fossem precisos em campo a presença de dois ficais de linha. Sou 100% apoiante da tecnologia em lances objetivos, como acontece no rugby ou no ténis.

Mas em tudo o mais, nos lances corridos, não acredito realmente que a tecnologia venha a melhorar coisa nenhuma (para mim só irá piorar).

Para mim o progresso e a adaptação do futebol aos tempos modernos terá de passar por dois lados:

1. Ou se altera algumas leis do jogo para critérios objetivos: por exemplo bola na mão ser sempre falta independentemente da intencionalidade. Mas também aqui, a ratice dos jogadores faria com que muitos chutassem a bola deliberadamente contra a mão dos adversários;

2. Para mim a verdadeira solução, que a tecnologia sirva para castigar EXEMPLARMENTE após o jogo, jogadores que em campo fazem simulações, simulam agressões que não houve, expulsam adversários injustamente, ou cavam penalties que não existiram adulterando a verdade desportiva.

No dia em que os jogadores sentirem que só a verdade vale, que a mentira é punida, e que tentar enganar o árbitro não é permitido, será o dia em que o árbitro terá em campo uma missão radicalmente mais facilitada, e onde os erros diminuirão drasticamente. Para benefício de todos.


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32 comentários

  1. Masterpiece17/6/16 11:07

    Aí, aí, meu BRASIL,BRASILEIRO...
    Por amor da Santa, poupa—nos a essas brasileirices...

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  2. O golo não foi com a mão, foi com a coxa. A câmara de cima mostra isso. Todas as outras dão a ilusão de ser com a mão. Boa decisão do árbitro.

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    1. Bate na coxa e depois o jogador da.lhe com a mão recorrendo a imagens televisivas o golo era anulado! Mas não é só com recurso as tecnologias um jogador que cometa uma irregularidade destas devia ser castigado por faltar à verdade desportiva e enganar adeptos, adversários, árbitros e todos que gostam de futebol!

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  3. Na minha opiniao, eu penso que a tecnologia deveria ser colocada aos poucos, so para certas situacoes.

    Neste momento existem 3 regras no jogo que penalizam muitos as equipas em caso de erro:
    - O fora-de-jogo
    - A mao da bola
    - O cartao vermelho

    O fora-de-jogo, alem da tecnologia, acho que a regra deveria ser alterada, visto prejudicar completamente o jogo para quem esta a assistir e estraga completamente a beleza do futebol. A meu ver, deveria ser criada uma chamada area fora-de-jogo que iria cerca de 3 metros a frente da linha de meio campo, ate a linha da pequena area, como acontece no hoquei no gelo, eh ridiculo continuar-se a marcar foras de jogos por meio centimetro.
    Com a introducao das imagens nunca se marcaria qualquer fora de jogo ate a jogada terminar, apos isso iria-se verificar se eh ou nao valida a jogada. Seria facil a implementacao da tecnologia no fora-de-jogo.

    - A mao na bola, como o REDMOON disse, apenas vai resultar quando tornarem esta lei mais objectiva, enquanto assim for, nao vai trazer grandes beneficios.

    - O cartao vermelho e acumulacao de amarelos em nada beneficia a equipa que sofre "a porrada". Imaginemos que estamos num Benfica vs Sporting e a proxima jornada eh um Sporting vs Porto. Durante o jogo todo o Benfica leva pancada a ficarmos sem jogadas perigosas, um amarelito aqui, um amarelito ali e aos 80 minutos sai um vermelho para o menos pior jogador do sporting. Quem vai beneficiar com isso eh o Porto no proximo jogo e nao nos.
    Eu sou defensor do cartao branco ou la a cor que queiram dar, de modo a que castiguem esses jogadores durante o jogo por 5 minutos por exemplo.

    Mais tarde ou mais cedo as tecnologias vao entrar no futebol.

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  4. O futebol é espelho da sociedade.. em que há clubes e dirigentes que devem 600 milhões aos bancos e são loudados e bajulados como se fossem os mais maiores bons!!

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    1. Ena, este jogo é giro. Vá, vou dizer três coisas e tu fazes a ponte para dizer mal do SLB e do Vieira:

      1. Pera-abacate

      2. Citroen 2 cavalos

      3. Chave de fendas.

      O premio é uma viagem com tudo pago (pelo Benfica) ao Vicente Calderon.

      podes começar....

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  5. Sou a favor da tecnologia e não da subjectividade de cada árbitro. O fora de jogo, para mim, é o grande pecado do futebol. Quantos golos foram marcados e sancionados com jogadores em fora de jogo.
    O jogo está mais rápido e exige tecnologia para o fora de jogo, ou seja como o ténis, ou está fora de jogo ou não. Penso que até existe uma regra que não se deve punir quem ataca, em caso de dúvida. A tal subjectividade.

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  6. Mais do que sancionar jogadores, deveriam sancionar igualmente os clubes em que esses jogadores actuam! Dessa forma, alem de sancionares o jogador estaríamos a incutir na massa adepta dos clubes a necessidade e a mudança de mentalidades que se exige!

    Vivemos num tempo em que tudo vale desde que se ganhem jogos.. onde ate apanha bolas e staff entram campo para impedir um golo ou parar uma jogada de perigo.

    Por isso, sancionar de forma pesada os jogadores e as equipas era a forma de se acabar de uma vez com este futebol circo que vivemos actualmente. Este futebol de milhões mas que pretende ser visto como futebol de rua em que quem e dono da bola tem de ganhar sempre!

    Nao, muito obrigado!

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    1. Totalmente de acordo. Olhando para aquele teatro que o Pepe fez na final da champions um castigo pesado para ele e para o clube não ficava nada mal, a culpa não é só dos árbitros, eles tal como nos que gostamos de ver futebol tb somos enganados!

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  7. Coitado do Brasil, no primeiro jogo quando ganhou o jogo com a bola fora ninguem chorou.

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  8. Brazil? Porquê?

    basta ver o penalty escandaloso do Naldo em Arouca, em que muitos árbitros dizem que não foi nada. Ou a nucada do samaris no cotovelo do argelino. O video arbitro só provocaria mais indignação...

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  9. Para além de tudo mais, a implementação do video arbitro daria um poder descabido aos realizadores dos jogos, na selecção dos planos para a repetição. E quem os controlaria?

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    1. Águia Preocupada17/6/16 13:41

      Exactamente! Quem se lembra da agressões bárbaras do Paulinho Santos a João Pinto, ao ponto de lhe quebrar os maxilares e o obrigar a duas semanas sem poder comer, limpas em plena transmissão directa, pela RTP? Não fosse a TVI que ainda era "jovem" na altura e que mostrou as imagens 4 ou 5 dias depois, ainda hoje não se sabia o que tinha acontecido!
      E a agressão de um jogador do Sporting ao nosso jogador argentino, de cabelo comprido, cujo nome não me recordo, também limpa na transmissão directa, pelo mesmo canal e que só veio a público porque o nosso jogador se queixou, pois foi expulso depois de tentar vingar-se da agressão?!
      Hoje, tudo se pode manobrar, manipular, adulterar...

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    2. Só tenho pena das que caíram no chão!!!
      Se ficasse sem comer mais algum tempo, não tinha feito merda no mundial da Coreia, que nos prejudicou com aquele vermelho estúpido...

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    3. Etologista de serviço17/6/16 14:05

      Só passaram 21 anos desde que Cláudio Caniggia foi expulso pelo poliglota corrupto para uns, eminência parda da arbitragem para outros, sabujo e lambe—botas de triste memória para a maioria !

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    4. Não me lembro dessa do jogador argentino... seria o cannigia?

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    5. Como bom lampião que és, ignoras o pormenor, pormaior que ANTES, o JVP mandou um biqueiro cobarde nos tomates ao Paulinho Santos, que, só depois, lhe partiu (e bem) os dentes!! Também podias dizer que Paulinho Santos foi o único até hoje, em 80 de futebol em Portugal, que cumpriu castigo enquanto o JVP não ficou curado. Ou podias referir os 4 jogadores do SLV que partiram pernas a 4 jogadores do FCP!! Já sei, a maior parte das aves não tem memória!!

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    6. Já as aves esfomeadas não tem cérebro. .. nem dentes...

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    7. Masterpiece17/6/16 16:22

      Está bonito isto hoje, só dá passaralhos galegos e lagartixas desvairadas...falta pouco para parecer o circo Chen...

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    8. Águia Preocupada17/6/16 22:06

      Hungry Birds

      Ena, tanta perna partida! Que me lembre e vi - foi mesmo à minha frente - o Marco Aurélio partiu a perna numa disputa de bola com o Toni. Aquilo nem sequer foi uma falta por aí além... O campo estava enlameado e o MA prendeu o pé e a perna partiu-se. Mas logo, logo, Toni pediu a substituição em lágrimas porque nada havia feito que prejudicasse o seu adversário.
      Já vocês, tiveram lá assassinos à mais alta escala: Paulinho Santos, Frasco, André, Jorge Costa, Bruto Alves... Queres mais?

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    9. Porque te chamas Hungry Birds se tens no avatar um Angry Bird? É um estúpido jogo de palavras de um Birdamerda que passa muita fominha (de títulos, pelo menos), ou é apenas ignorância?

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  10. Respostas
    1. É. Agora é assim. E depois quer ser levado a sério...

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  11. Sabem a quem é que isto devia ser mostrado? Ao "Batatinha Trinca-Bolotas" (vulgo, Bruno de Carvalho). Ele quer a introdução da tecnologia no futebol, sim, mas desde que não sirva para desmontar os esquemas estapafúrdios para aliviar ou pressionar os árbitros, consoante as decisões (certas ou erradas) que possam prejudicar ou beneficiar o seu clube. Gostava de saber se ele ainda defenderia a introdução do video-árbitro caso este anulasse o golo do Slimani em fora-de-jogo em Moreira de Cónegos.

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  12. Estás completamente enganado. Tal como no rugby é linear avaliar se a bola passou a linha ou não tb no futebol é linear ver se a bola entrou ou não na baliza e se é fora de jogo ou nao. Aliás no rugby por vezes é difícil mesmo com câmaras perceber se foi ensaio ou não dado o amontoado de jogadores na zona de decisão. Nem sempre é linear a decisão do árbitro no rugby e mto menos isenta de críticas, agora que simplica mto ninguém pode negar. Como simplicava no futebol. Resta só saber pq é que quem gere os destinos do futebol nao tem interesse nisso. Pela verdade desportiva não é de certeza e para evitar paragens desnecessárias no jogo tb não pq se assim fosse não permitiam que jogadores passassem meio jogo a fingir lesoes.

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  13. Águia Preocupada17/6/16 13:33

    Sinceramente, sou frontalmente contra essa palhaçada do vídeo árbitro. Porquê? Porque onde houver o cérebro e a mão humana a manobrarem, há SEMPRE hipótese de subverter a verdade.
    Na linha de golo, sim! É pouco mais! Nas faltas violentas? Viu-se o resultado da agressão da cabeça do Samaris ao cotovelo do Slimane...
    No fora de jogo? E as linhas colocadas obliquamente e da forma que todos sabemos?!
    Isto só se minoraria com sanções bastante gravosas para os clubes, para jogadores e para os árbitros envolvidos!
    Por exemplo, sempre que um jogador se lesiona de forma a ter que sair de campo, deveria estar 5 minutos fora de campo e o agressor, o dobro, 10 caso não houvesse vermelho! Com uma lei destas, diminuiriam bastante as simulações e as faltas violentas.
    E pouco mais se pode fazer... Porque os árbitros são pessoas e como tal erram porque são humanos e porque são malandros!
    Por exemplo, uma lei de marcação de penaltis após um determinado número de faltas, seria interessante! Mas aí, daria muitas hipóteses ao marcador de faltas - o árbitro -.
    Tudo o que tenha que ter decisão humana, tem os seus quês e porquês!
    Deixem lá estar como está porque quanto mais mexem, pior fica!

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  14. 100 % de acordo. O futebol chegou a desporto rei com a intransigência do international board em desumanizar as decisões e fazer mudanças profundas nas regras. Se não fossem os velhinhos retrogrados do board, há muito já teriamos time outs e jogo dividido em periodos de 20 minutos, para publicidade à Americana.

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  15. Concordo com o post e digo mais.

    Quando se invoca o rugby e o ténis (já agora na NBA também se aplica), não há tecnologias em todos os jogos, apenas em algumas competições, dado que a tecnologia é cara.

    Para além disso nem todas as decisões podem ser questionadas e há um número limitado de acessos às câmaras, para impedir o arrastar dos jogos.

    A forma como se tem discutido as novas tecnologias é muito superficial e leviana, lançam-se umas ideias mas concretizar está quieto.

    Sim, as linhas de golo e laterais faz todo o sentido ter tecnologia, mas as regras têm de se clarificar. E aqui os ingleses parecem os portugueses, todos estão a ver que está mal, mas não se muda.

    - Mão na bola é sempre falta, o árbitro só tem de avaliar se o avançado teve intenção de se aproveitar chutando a bola propositadamente. É mais fácil do que perceber a intenção do defesa, isto para além de que não é assim tão fácil acertar com os pés.

    - Definir uma zona a partir da qual não há foras de jogo. Não fazem sentido rábulas como no ano passado Jonas/Mitroglu dentro da área. Passes na grande área não são fora de jogo. O fora de jogo é a principal fonte de discórdia no futebol.

    - Jogador que precisa de ser assistido, pelo menos 3 minutos fora. Não pode ir à linha e entrar de seguida.

    Não se esgota aqui, não sou um legislador, mas se for feito um exercício de avaliação simples percebe-se rapidamente. Mas como as coisas são difíceis de por em prática e o dito por não dito é o mesmo em todo lado (bolas quentes do Blatter e Gil Vicente sobe num dia, fica no outro).

    Sócio do SLB rumo ao #36 (no futebol 11)

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  16. Concordo integralmente com os dois pontos finais do post. E acrescento num outro registo que um jogador que lesione um adversário por manifesta entrada para incapacitar o adversário (ou sem cuidado) que deva ficar sem jogar o mesmo tempo que o lesionado, teríamos um futebol mais técnico. Ainda noutro contexto preferia ter 35 minutos reais cronometrados em cada parte, e o anti-jogo (demorar na reposição de bola principalmente) ser punido com cartão amarelo.

    Rumo ao tetra e seis!

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    1. Tetra e nove, segundo as novas regras ovinas

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  17. Se o problema é subjectividade, acabe-se com a subjectividade.

    TODOS os toque com a mão passam a ser falta.
    TODOS os agarrões de camisola passam a ser falta.
    TODOS os contactos sem chegar primeiro à bola já são falta, por isso aí nem há problema.
    Acabar com os fora de jogo.

    Isso e câmaras nas linhas e 99% dos lances ficam resolvidos.


    Já agora, outra coisa boa para o espetáculo era obrigar um jogador assistido a ficar 5 minutos fora de campo. Se for uma lesão a sério não é em 5 minutos que recupera e provavelmente é substituído. Quem quer segurar um resultado não vai deixar a sua equipa a jogar com menos um, e deixam de tentar queimar tempo com lesões fingidas.

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