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sábado, 31 de outubro de 2009

Nem tanto ao mar... nem tanto à terra!

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Num momento em que a motivação está a um nível muitíssimo elevado, e de forma totalmente justificada, os benfiquistas são (ainda mais) apaixonados do que noutros momentos. A tendência para "transformar em ouro" tudo o que (re)luz é algo que caracteriza os benfiquistas. E isso é algo que, não tendo o perigo que lhe pretendem atribuir, é importante ser devidamente cuidado pelos dirigentes benfiquistas, como tem estado a ser pelo treinador e jogadores.

Todos conhecemos o lado "populista" de Luis Filipe Vieira. Dos "novos ciclos" aos "dream teams" passando pelas "melhores equipas dos últimos 15 anos" até aos "300.000 ou vou-me embora" e as "contratações mais valiosas são feitas para a Liga e não para o plantel", etc. etc. etc. Ontem saiu-se novamente com a frase de que "somos o clube mais assediado da Europa". Calma, Presidente! Não se entusiasme porque não dá bom resultado.

Foram muitas as frases que proferidas que, por certo não eram a sua real intenção (todos sabemos que não tem - apesar de estar muito melhor - o dom da palavra), mas que acabaram por marcar o percurso do Presidente junto dos sócios e adeptos, especialmente quando no "final do dia" a equipa acabava por... nada ganhar!

E agora é hora, novamente, de ponderar muito bem as palavras com o cuidado necessário de perceber o impacto que as mesmas têm a todos os níveis: na imprensa, nos sócios e adeptos... e mesmo em clubes adversários ou que pretendem "atacar" o nosso clube, jogadores, etc. O maior erro que podemos cometer nesta fase (ainda tão prematura) é o da soberba.

Por um lado, é preciso não embarcar em alarmismos como os da reportagem do "Jornal i": Benfica quer financiar expansão com fundo de alto risco. Atentem ao detalhe do "alto risco" e verifiquem depois ao longo da reportagem como tentam demonstrar que o Benfica corre o risco de ficar sem todos os bons jogadores ou quem investe de ficar sem o dinheiro. Esta reportagem não termina sem procurar dar a entender que a "cenoura" que o Benfica aponta para quem investe são a preferência ou retorno nos direitos televisivos. Acho um bocadinho forçado!

Por outro lado, também não podemos acreditar no caminho totalmente oposto e acreditar que agora todos os anos vamos vender dois ou três jogadores por 30, 40, 50M€ cada um. Ou sequer que todos vão entrar exemplos "Ramires" que vão chegar por 3, 4 ou 7M€ e em meses viram jogadores de 30M€. Estou certo que vão acontecer, no futuro, excelentes negócios para o Benfica. Outros não serão tão bons e é preciso que estamos seguros de todas as circunstâncias.

Em paralelo, é importante que estejamos todos conscientes que nada aconteceu, na pré-epoca e agora com o Fundo, como exclusivo sinal de pujança financeira do Clube. É fundamental que todos estejamos conscientes que o Benfica tem efectivas e reais dificuldades financeiras e que sustentou esta época em investimento directo externo (entidades que, com garantias, emprestaram dinheiro ao Benfica) e envidivamento na Banca (vulgo empréstimo).

O futuro desportivo, nesta continuidade, será risonho. Mas desiludam-se os que pensam que essas ajudas não serão nessa altura retornadas a quem nos ajudou. Uma parte das receitas que estamos a obter, uma parte as transferências dos jogadores e mesmo "preferência" em futuros projectos, tudo isto são ferramentas para "devolver" essa ajuda a quem nos ajudou. Isso é, entenda-se, perfeitamente normal.

Se por um lado demonstra que este momento não advém de uma saúde financeira como desejaríamos, por outro demonstra que temos um elevadíssimo potencial de retorno para os nossos patrocinadores e parceiros, o que os leva a investir no Benfica.

A política desportiva de antecipação tem que ser uma realidade cada vez maior, com um investimento muito bem antecipado nos valores seguros do nosso plantel, complementados com contratações cirúrgicas (2 a 3 por ano) de jogadores que se "façam estrelas" no Benfica.

Um factor fundamental, porque recordo que o clube mantém-se em termos de organização desportiva sustentada numa fase ainda muito atrasada, é a manutenção de um homem com o perfil de Jorge Jesus. Muita da organização que caberia ao Clube, foi este ano colocada em prática pelo treinador e absorvida (e operacionalizada) pela Direcção.

O Jesus não é o único e último treinador do Benfica, mas é alguém que o Benfica precisa que se mantenha no Clube por, pelo menos, 3 a 4 anos. Para isso é fundamental que saibamos (mais uma vez) antecipar-mo-nos à natural ambição do treinador em crescer na Europa do futebol.

Se lhe dermos condições para se sentir realizado a todos os níveis (financeiro inclusive), não terá tentação de "ser mais um" noutros clubes europeus que lhe acenem com milhões em ordenado e milhões para craques. O SLBenfica, com Jorge Jesus, com organização e com títulos pode perfeitamente dar a Jorge Jesus um lugar na história do Mundo do futebol.

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